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ESCOLA CONVERGÊNCIA

de teologia & vida cristã

CENTRALIDADE
DE CRISTO
Praticando a Centralidade de Cristo
em Nossas Vidas e Igrejas

Monte Mor/SP
2018
Esta apostila foi redigida a partir das videoaulas ministradas na Escola
Convergência de Teologia & Vida Cristã EAD (Ensino a Distância) e
outros materiais didáticos relacionados, cujas referências constam no
corpo da mesma.

Copyright© 2018 por Escola Convergência
Todos os direitos reservados

Autor:
Tony Felício

Compilação e Elaboração de Texto:


Gabriel Galvão

Revisão Teológica:
Harlindo de Souza

Revisão Final:
Maria de Fátima Barboza

Diagramação:
Fabi Vieira

Esta apostila ou qualquer parte dela não pode ser reproduzida
ou usada de forma alguma sem autorização expressa da Escola
Convergência, exceto pelo uso de citações breves desde que
mencionada a fonte, com endereço postal e eletrônico.

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Aula 2
v.1.0.0

O LUGAR
QUE DEUS
DEU A JESUS
Nesta segunda aula, sobre a centralidade de Cristo, abordaremos sobre o lugar que
Deus deu a Jesus. Porém, antes de olharmos para Jesus, precisamos entender a
intenção de Deus em criar o homem.

A CRIAÇÃO DO HOMEM

Mesmo sabendo que o homem iria traí-lo Deus o criou, pois não dependia dele
para nada; nem tampouco a criação serviu para completar algo que faltava à Trinda-
de. O que motivou Deus a criar o homem está explicitado em um dos textos mais
conhecidos da Bíblia:

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CENTRALIDADE DE CRISTO
Praticando a Centralidade de Cristo em Nossas Vidas e Igrejas

“Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(Jo 3.16 – A21)

Deus amou! Ele não fez o homem por uma necessidade, ou por algo que lhe faltava.
Ele o fez porque o amor lhe sobrava. Isso é exclusividade de Deus, pois nenhum
homem ou criatura alguma tem tanta abundância de algo a ponto de não necessitar
receber, mas somente dar. Deus não estava carente, mas havia sobra de amor em
sua essência e ele desejou reparti-lo.
Para entendermos melhor o amor de Deus é preciso nos desvencilhar da nossa
definição moral, como nos exorta A. W. Pink:

Há muitos que falam acerca do amor de Deus, que são totalmente alheios
ao Deus de amor. O amor divino é comumente considerado como uma es-
pécie de fraqueza amigável, uma forma de indulgência gentil; ele é redu-
zido a um mero sentimento doentio estampado após a emoção humana. A
verdade é que nisto, como em qualquer outra coisa, nossos pensamentos
devem ser formados e regulados pelo o que está revelado nas Escrituras.

Que há necessidade urgente para isto está aparente, não somente pela
ignorância a qual tão generalizadamente prevalece, mas também pelo
baixo estado de espiritualidade o qual é agora tão tristemente evidente
em toda parte entre Cristãos professos. Quão pouco amor real há para
Deus. Uma razão principal para isto é porque nossos corações são tão
pouco ocupados com Seu maravilhoso amor por Seu povo. Quanto me-
lhor estivermos acostumados com Seu amor – seu caráter, plenitude, ben-
ção – mais nossos corações irão mergulhar em amor por Ele.

Veremos como Wayne Grudem define esse amor divino:

Dizer que Deus tem o amor como atributo é dizer que ele se doa eterna-
mente aos outros. Essa definição interpreta o amor como uma doação de
si mesmo em benefício dos outros. Esse atributo de Deus mostra que faz
parte da sua natureza doar-se a fim de distribuir bênçãos ou o bem aos
outros.

João nos diz que “Deus é amor” (1 Jo 4.8). Temos sinais de que esse
atributo de Deus já existia antes da criação entre os membros da

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Trindade. Jesus fala ao Pai da “glória que me conferiste, porque me


amaste antes da fundação do mundo” (Jo 17.24), indicando assim que o
Pai já amava e honrava o Filho desde a eternidade. E continua até hoje,
pois lemos: “O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas
mãos. (Jo 3.35)”

Entendendo esse amor doador de Deus podemos entender melhor o propósito da


nossa criação e também o de Deus ao enviar Jesus. E tudo o que Deus fez foi a fim
de glorificar o Filho.
Por isso, como um pai prepara tudo a espera de seu filho, Deus deixou tudo pronto
para Jesus, antes mesmo da criação do homem. Tudo estava pronto em um jardim
chamado Éden, lugar no qual o homem não sentiria falta de nada porque Deus
estaria com ele todos os dias. Nesse lugar, Deus e o homem se relacionavam.
Deus foi bondoso para com o homem desde o princípio. Ele o fizera à sua imagem e
semelhança para que todo aquele que o olhasse, lembrasse que Deus reinava sobre
tudo. O criador deu ao homem o trabalho de nomear todos os animais, como sinal
da autoridade deste sobre toda a criação. Além disso, deu-lhe a mulher para ser sua
auxiliadora e o colocou para morar no jardim, lugar chamado satisfação. Éden =
prazer, satisfação.

A QUEDA DO HOMEM

Foi no Éden, lugar onde o homem tinha autoridade e domínio como vice-regente
de toda a criação, que o Criador permitiu Satanás entrar para “oferecer” outra pro-
posta, a fim de dar ao homem a oportunidade de escolha – pertencer ou não a Deus.
O desejo de Satanás era destronar Deus e ter seu próprio trono, tornando-se assim,
igual ao seu Criador. Para tanto, ele queria destruir todas as estruturas e formas de
governo que Deus estabelecera. Assim, na forma de um animal que rasteja, procu-
rou enganar primeiro a mulher e depois o homem.
A serpente, então, mentiu para a mulher dizendo que ela não poderia comer de
nenhum dos frutos das árvores do Jardim. Em seguida, continuou mentindo. Fez a
mulher pensar que, se comesse do fruto proibido, seria igual a Deus. Essa foi, en-
tão, a proposta da serpente para Eva: ser igual a Deus, porém, sem Deus. Esse era
exatamente o sonho de Satanás para si mesmo.
Enganados, o homem e a mulher caem na armadilha de Satanás. O homem, então,
perde tudo o que Deus havia lhe dado; a liderança, os deveres, os privilégios e a
autoridade não estavam mais em suas mãos. Em consequência disso ocorreu um

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processo de desarmonia e degeneração da criação; toda a humanidade e a criação


foram afetadas pelo pecado do homem.
Diversas áreas sofreram profunda desarmonia:
• Toda criação foi afetada;
• O homem passou a viver permanentemente carente de Deus, tentando preencher seu
coração com qualquer coisa que parecesse aliviar a dor da sua irremediável ausência;
• A família e todos os relacionamentos tornaram-se passíveis de serem quebrados
por causa de sua separação de Deus;
• Todas as obras do homem se tornaram más, assim como era má sua natureza rebelde;
• O trabalho passou a estar vinculado ao desgaste e cansaço de um corpo corruptível;
• As ações se tornaram imperfeitas, porque foram afetadas por uma inteligência
comprometida pela queda, passando a gerar um progressivo desgaste – a cada
geração menos tempo de vida. Que tragédia, considerando que na realidade origi-
nal o homem tinha a eternidade!
• Toda a administração (mordomia) do homem deixou de ser para a glória de Deus.
Vazio da glória de Deus, o homem passou a buscar glória para si em suas “reali-
zações”. Inventou, juntou, separou. Tudo para ser alguém sem Deus. Em Babel
percebemos a intervenção justa e misericordiosa de um Deus que não negocia sua
honra. Se Deus abrisse mão, o homem estaria eternamente fadado à terrível vida
longe do plano do Pai.

Todo cosmo foi afetado pela queda.

Após a queda, o homem dependeria da terra e de seu próprio suor para prover
suas necessidades. Assim, o homem se voltou para as coisas naturais e colocou sua
esperança no que é visível, palpável e controlável. O sobrenatural, eterno, e até o
próprio Deus, se tornaram totalmente distantes, e tudo o que o homem passou a
fazer e tocar se tornou contaminado por sua rebeldia. Assim se sucedeu a queda do
homem e de toda a criação.

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Jesus, o Segundo Adão!


Por que foi preciso essa introdução para entender o lugar de Jesus?

“Portanto, assim como o pecado entrou no mundo por um só homem, e


pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
pois todos pecaram. Porque antes da lei o pecado já estava no mundo;
mas, quando não há lei, o pecado não é levado em conta. No entanto, a
morte reinou de Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram
à semelhança da transgressão de Adão, que é figura daquele que havia de
vir. Mas a dádiva gratuita não é como o caso da transgressão; porque, se
pela transgressão de um, muitos morreram, muito mais a graça de Deus,
e a dádiva pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para
muitos. Também a dádiva não é como o caso da transgressão, que veio
por meio de um só que pecou; pois o juízo veio de uma só transgressão
para a condenação, mas a dádiva gratuita veio de muitas transgressões
para a justificação. Porque, se a morte reinou pela transgressão de um só,
então os que recebem da transbordante suficiência da graça e da dádiva
da justiça reinarão muito mais em vida por meio de um só, Jesus Cristo.
Portanto, assim como por uma só transgressão veio o julgamento sobre
todos os homens para a condenação, assim também por um só ato de
justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação que produz
vida. Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos fo-
ram feitos pecadores, assim também pela obediência de um só muitos se-
rão feitos justos. A lei, porém, veio para que a transgressão se ressaltasse;
mas, onde o pecado se ressaltou, a graça ficou ainda mais evidente; para
que, assim como o pecado reinou na morte, assim também a graça reine
pela justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.”
(Rm 5.12-21 – A21)

Como o primeiro Adão falhou, Deus precisou levantar o segundo, e último, Adão.
Alguém que redimiria todas as coisas e que a partir dele se levantasse um novo tipo
de homem. Não mais rebelado contra Deus, mas obediente, submisso e novamente
debaixo da autoridade do Pai. Assim, Deus se humilhou e se fez carne, o Criador se
fez criatura para que tudo retomasse o seu lugar. Jesus, aquele que sempre existiu,
um dia nasceu nesta terra.
Então, mais uma vez, Satanás se levanta para tentar frustrar o plano de Deus.
Pensando que enganaria o segundo Adão como fizera com o primeiro, após mais
uma vez Deus permitir, Satanás tentou o homem. Porém, o segundo Adão, Jesus,

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obedeceu ao Pai. Ele tinha poder para reinar sobre tudo naquele momento, como
Satanás o tentara, mas ele sabia que não era a vontade do Pai e foi obediente até a
morte. Sua obediência nos proporcionou uma nova linhagem e uma nova natureza.
Não somos mais da descendência do primeiro Adão, mas agora, ressurretos em
Cristo, somos nova criatura. Ele viveu uma vida fazendo em todo o tempo a vonta-
de do Pai, vivendo de forma digna e sem pecado. E mesmo sem acusação alguma
se deu para morrer pelos nossos pecados. Ele venceu o pecado e a morte e, com
isso, conquistou o direito divino de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força,
a honra, a glória e o louvor, como descrito em Apocalipse 5.12.
Paulo ensina em Filipenses, que pela obediência de Jesus, o Pai lhe deu o lugar de
destaque:

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que,


existindo em forma de Deus, não considerou o fato de ser igual a Deus
algo a que devesse se apegar, mas, pelo contrário, esvaziou a si mesmo,
assumindo a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens. Assim,
na forma de homem, humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e
morte de cruz. Por isso, Deus também o exaltou com soberania e lhe deu
o nome que está acima de qualquer outro nome” (Fp 2.5-9 – A21)

O Lugar de Cristo
O texto abaixo nos ajudará a ilustrar o cenário do lugar de Cristo:

“Por que as nações se enfurecem, e os povos tramam em vão? Os reis da


terra se levantam, e os príncipes conspiram unidos contra o SENHOR
e seu ungido, dizendo: Rompamos suas correntes e livremo-nos de suas
algemas. Aquele que está sentado nos céus se ri; o Senhor zomba deles.
Então ele os repreende na sua ira e os aterroriza no seu furor, dizendo:
Eu mesmo constituí o meu rei em Sião, meu santo monte. Proclamarei o
decreto do SENHOR; ele me disse: Tu és meu filho, hoje te gerei. Pede-
-me, e te darei as nações como herança, e as extremidades da terra como
propriedade. Tu as quebrarás com uma vara de ferro e as despedaçarás
como se fossem um vaso de barro. Agora, ó reis, sede prudentes; juízes
da terra, acolhei a advertência. Cultuai ao SENHOR com temor e rego-
zijai-vos com tremor. Beijai o filho, para que ele não se irrite, e não sejais
destruídos no caminho; porque em breve sua ira se acenderá. Bem-aven-
turados todos os que confiam nele.” (Sl 2.1-12 – A21)

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Nos primeiros versículos vemos claramente a revolta organizada contra Deus. To-
das as instituições humanas, juntas, conspirando contra ele e contra Jesus, dizen-
do que não querem ser mais controladas, e desejando que lhes tirem as algemas
porque querem governar sozinhas. O que se iniciou no Éden, continua. O mundo
é um lugar de pessoas em rebelião contra Deus, a qual reflete em todas as áreas
de suas vidas. Isso não acontece só a nível individual, mas, como mostra o Salmo,
atinge todas as instituições humanas.
Assim, não devemos nos enganar pensando que a solução virá deste mundo, dos
políticos, empresários ou grandes organizações, como a ONU ou qualquer outra.
Só existe uma Pessoa capaz de consertar todas as coisas. Mais adiante, no Salmo,
diz que Deus se ri. Sim, Deus está tranquilo, pois é muito grande para ser abalado
por qualquer outra força que se levante contra ele. O problema não o atinge, mas
atinge ao homem e a todo o mundo. Ele, porém, está tranquilo porque tudo conti-
nua conforme havia planejado antes da fundação do mundo.
O Salmo é profético e aponta para coisas que ainda vão acontecer. Mas, a partir do
verso 5, fala sobre algo que já está acontecendo. Jesus não é ainda o rei de todas as
nações da terra, pois se fosse os povos não estariam como estão. Deus, porém, es-
tabeleceu uma nação, um povo na Terra; e é nesse lugar que vai honrar a Jesus – seu
povo foi escolhido para glorificar a Jesus. Na sua segunda vinda Cristo não virá mais
como um cordeirinho, mas virá cheio de glória, e como Juiz da terra estabelecerá
juízo sobre todas as coisas.
Antes disso, porém, existe um povo que não se rebela contra o Senhor. Um povo
constituído de homens obedientes e semelhantes a Jesus; semelhantes ao segundo
Adão e não mais ao primeiro. Homens obedientes que confiam e fazem a vontade
do Pai.

Primazia e Plenitude
Há duas palavras chaves a respeito do que o Pai deu a Jesus, e que nos permite
entender o lugar de Cristo.

“Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de en-


tre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a
Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo
sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as
coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.” (Cl 1.18-20 – ARA)

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1. Primazia

Refere-se ao lugar em que Deus colocou Jesus. Na aula anterior vimos que João
reconheceu isso ao dizer que Jesus tinha primazia, porque já existia antes dele.
Deus colocou Jesus no primeiro e mais importante lugar.

2. Plenitude

Refere-se ao que Jesus é e ao que o Pai lhe deu. Todas as coisas lhe pertencem e nele
está tudo o que é necessário para o cumprimento da vontade do Pai. Ele é a fonte
de tudo o que precisamos; é o autor e sustentador de todas as coisas. Nele estão
escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.

“E fez com que conhecêssemos o mistério da sua vontade, segundo a sua


boa determinação, que nele propôs para a dispensação da plenitude dos
tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão
no céu como as que estão na terra.” (Ef 1.9,10 – A21)

Assim, Deus coloca Jesus no lugar de destaque e no centro de todas as coisas.


Somente em Cristo todas as coisas encontram, novamente, a harmonia na qual
foram criadas. Toda a confusão e caos, consequentes da queda de Adão, em Cristo
são restaurados à ordem.

Assentados com Cristo


Vimos que, através de Jesus, todo caos se organizará como no princípio. Relem-
brando o Salmos 2, o Pai diz ao Filho: “Pede-me, e te darei as nações como herança...”
(v.8). Antes da fundação do mundo já estava estabelecido o seu reino sobre todas as
nações, e esse fato será consumado na segunda vinda de Cristo.
Porém, enquanto não chega esse Grande e Terrível dia, Deus estabeleceu uma
estratégia incrível. Chamou um povo exclusivo para que, assentados com Cristo,
entendendo esta realidade possa experimentá-la, mesmo que ainda em parte. Um
povo de uma nova linhagem, não mais filhos do primeiro Adão e condenados à
morte por sua natureza pecaminosa, mas resgatados e inseridos em uma família. É
disso que Paulo está falando – Cristo é a cabeça e a igreja o seu corpo.
Como dissemos antes, Jesus ainda não é o rei das nações, mas através das ações da
sua igreja, governada por ele, podemos mudar a realidade e causar impacto no mun-
do. Além disso, passamos a atrair pessoas para fazerem parte desse povo que tem
Jesus como seu soberano. Como parte desse povo, nós temos essa missão e dever.

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Como vimos anteriormente em Filipenses 2, temos o privilégio de hoje nos


dobrarmos a ele, confessá-lo como nosso Senhor e demonstrar que seu nome está
acima de qualquer outro nome. Sim, o nome de Jesus é o mais poderoso de todos,
e nós podemos experimentar os benefícios desse lugar em que Cristo está.
Quando caminhamos em obediência ao cabeça, àquele que tem todo domínio e
autoridade sobre seu povo, consequentemente, mostramos que existe um rei
digno de ser servido e que está voltando em breve para reinar sobre todas as nações.

“Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo imenso amor com que nos
amou, estando nós ainda mortos em nossos pecados, deu-nos vida junta-
mente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente
com ele, e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus,
para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça,
pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus.” (Ef 2.4-7 – A21)

Terminaremos esta aula nos deliciando com mais um texto a respeito de Jesus e o
lugar que o Pai lhe deu:

“No passado, por meio dos profetas, Deus falou aos pais muita vezes e
de muitas maneiras; nestes últimos dias, porém, ele nos falou pelo Filho,
a quem designou herdeiro de todas as coisas e por meio de quem também
fez o universo. Ele é o resplendor da sua glória e a reprwesentação exa-
ta do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder e
tendo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade
nas alturas, tornando-se superior aos anjos, a ponto de herdar um nome
mais excelente do que eles.” (Hb 1.1-4 – A21)

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