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CENTRALIDADE
DE CRISTO
Praticando a Centralidade de Cristo
em Nossas Vidas e Igrejas
Monte Mor/SP
2018
Esta apostila foi redigida a partir das videoaulas ministradas na Escola
Convergência de Teologia & Vida Cristã EAD (Ensino a Distância) e
outros materiais didáticos relacionados, cujas referências constam no
corpo da mesma.
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Copyright© 2018 por Escola Convergência
Todos os direitos reservados
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Autor:
Tony Felício
Revisão Teológica:
Harlindo de Souza
Revisão Final:
Maria de Fátima Barboza
Diagramação:
Fabi Vieira
•
Esta apostila ou qualquer parte dela não pode ser reproduzida
ou usada de forma alguma sem autorização expressa da Escola
Convergência, exceto pelo uso de citações breves desde que
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Aula 5
v.1.0.0
A PRÁTICA DA
CENTRALIDADE
DE CRISTO:
NA VIDA PESSOAL
Parte 2
Nessa segunda parte de “A Prática da Centralidade de Cristo na vida Pessoal” es-
tudaremos mais dois aspectos: sobre a ação do Espírito Santo em nós e através de
nós, e sobre as nossas expectativas.
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Entre as muitas ações do Espírito Santo (desde que Jesus foi assunto ao céu) está
a principal delas: dar testemunho de Jesus. Não há como conhecer a Cristo sem a
revelação do Espírito. Sabemos que ele é a palavra, o Verbo de Deus, mas é o Es-
pírito Santo que o revela a nós e transforma a palavra em vida em nosso interior.
Portanto, a diversidade de trabalhos do Espírito Santo só tem uma finalidade: dar
testemunho de Jesus Cristo. Ou seja, o Espírito nos ensina sobre Jesus, nos conduz
a ele, e nos revela quem é o Filho de Deus. Todas as suas obras em nós, e através de
nós, tem esse único objetivo e intenção.
Destacaremos a seguir, as obras do Espírito Santo em nós que expressam o senho-
rio de Cristo na nossa vida, individual e comunitária:
1. Os dons e os ministérios
(1) palavra da sabedoria; (2) palavra do conhecimento; (3) fé; (4) dons de curar;
(5) milagres; (6) profecia; (7) discernimento de espíritos;
(8) línguas; (9) interpretação de línguas.
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“E ele designou uns como apóstolos, outros como profetas, outros como
evangelistas, e ainda outros como pastores e mestres” (Ef 4.11 – A21)
(1) apóstolo; (2) profeta; (3) evangelista; (4) pastor; (5) mestre.
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“De modo que temos diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se
é profecia, que seja de acordo com o padrão da fé; se é serviço; se é ensino,
que seja exercido no ensino; ou quem encoraja, use o dom para isso; o que
contribui, faça-o com generosidade; quem lidera, com zelo; o que usa de
misericórdia, com alegria.” (Rm 12.6-8 – A21)
(1) profecia; (2) serviço; (3) ensino; (4) encorajamento; (5) contribuição;
(6) liderança; (7) misericórdia.
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Vimos acima que existem diversos dons, os quais o Espírito Santo dá como pre-
sente aos cristãos. Sem eles seria muito difícil ser edificado, tanto a nível pessoal
quanto coletivo (a igreja). É certo que necessitamos dos dons, porém, precisamos
vê-los da perspectiva certa, isto é, eles não servem para glorificar o indivíduo nem a
igreja. Seu principal objetivo é testemunhar e glorificar Cristo (o cabeça). Os dons
nos possibilitam, individualmente, a ser mais parecidos com Jesus.
Em relação aos ministérios, eles são dados para que o corpo de Jesus (a Igreja) seja
bem equipado, capacitando-o para o seu bom funcionamento. Seu propósito não é
a pessoa que o tem (não é exaltá-la nem levantá-la), mas a edificação do corpo e a
glória de Cristo. A finalidade última dos dons e ministérios (individuais e coletivos)
é ligar o corpo à cabeça (Cristo) levando-o a conhecê-la mais.
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2. Ele é o Consolador
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
para sempre convosco, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode
receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, pois ele
habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para
vós.” (Jo 14.16-18 – A21)
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Creia! Tudo o que o Espírito Santo faz é para nos mostrar Jesus, para nos preparar
para ele e fazê-lo mais visto e percebido em nós e através de nós.
Ter expectativa não é errado, pois são elas que normalmente nos movem para che-
gar onde queremos. Ter expectativa é importante em nossa caminhada, aliás, todo
projeto humano é gerado a partir de alguma expectativa. Porém, elas são, muitas
vezes, a origem de nossas frustrações, ansiedade e falta de paz interior. Como fazer,
então, para que as expectativas não sejam uma arma contra nós mesmos? Paulo
parece ter encontrado a solução disso. Vejamos o que ele escreveu a respeito disso,
em sua carta aos Filipenses:
“Se bem que eu poderia até mesmo confiar na carne. Se alguém pensa
que pode confiar na carne, muito mais eu; circuncidado no oitavo dia, da
descendência de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto
à lei, fui fariseu; quanto ao zelo, persegui a igreja; quanto à justiça que
há na lei, eu era irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, passei a
considerar perda, por amor de Cristo. Sim, de fato também considero
todas as coisas como perda, comparadas com a superioridade do conhe-
cimento de Cristo Jesus, meu Senhor, pelo qual perdi todas as coisas. Eu
as considero como esterco, para que possa ganhar Cristo, e ser achado
nele, não tendo por minha a justiça que procede da lei, mas sim a que
procede da fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé, para
conhecer Cristo, e o poder da sua ressurreição, e a participação nos seus
sofrimentos, identificando-me com ele na sua morte, para ver se de al-
gum modo consigo chegar à ressurreição dos mortos. Não que eu já a
tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, procuran-
do alcançar aquilo para que também fui alcançado por Cristo Jesus. Ir-
mãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado; mas faço o seguinte:
esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que
estão adiante, prossigo para o alvo, pelo prêmio do chamado celestial de
Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.4-14 – A21)
O apóstolo Paulo diz que se esqueceu das coisas que ficaram para trás a fim de pros-
seguir para as que estavam diante dele. Algo havia levado todas as suas expectativas
e seu foco agora era uma expectativa muito maior, a qual roubou a sua atenção e o
brilho de tudo o que ele tinha. Sim! Paulo resolveu o problema das expectativas.
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Quando Jesus ensina (por parábolas) sobre o reino do céu, fica ainda mais claro para
nós o que Paulo disse acima:
Vamos fazer um paralelo entre algumas expressões usadas por Paulo e algumas coi-
sas que costumamos fazer com a nossa vida:
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Conhecer Jesus vai além de saber quem ele é – conhecer Jesus é experimentá-lo.
Faz parte disso o querer conhecer os detalhes do seu coração, da sua mente, da obra
que ele realizou e realizará, isto é, conhecer os detalhes da sua vinda e do seu go-
verno futuro. Se você se empenhar em conhecê-lo descobrirá que os dias são curtos
aqui nesta terra e que, então, precisará da eternidade para continuar a conhecê-lo.
Muitas pessoas estão travadas porque pararam em algum momento de suas vidas
em algum tipo de frustração, por algo que não aconteceu ou não deu certo. Elas
colocaram como alvo as suas expectativas em coisas e pessoas, deixando sua espe-
rança fora de Cristo. Que possamos entender que tudo o que fazemos, e também
os nossos relacionamentos, devem acontecer a partir do nosso trabalho de conhe-
cer a Cristo. Que em meio aos seus afazeres diários você o encontre, porque tudo
o que precisa está nele. Não pare em nenhuma frustração. Deixe o Senhor curar,
restaurar e tirar você de onde parou, acreditando que ali estava a sua satisfação.
Que, como Paulo, você possa prosseguir em direção ao alvo – conhecer a Jesus e
ser achado nele, quando voltar.
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Não há melhor e mais sublime expectativa do que ver o nosso amado no dia da sua
volta! Reencontrar face a face o autor e consumador de nossas vidas há de suprir a
maior de todas as nossas expectativas. Para que assim seja precisamos, como Paulo,
nos esquecer das coisas que ficaram para trás. Isso requer de nós duas ações progressi-
vas: DEIXAR e ESQUECER. Ou seja, deixar as coisas para trás e esquecê-las.
Essas duas ações nos farão entender que as coisas que ficaram para trás, em nada
suprem o nosso ser, e que nosso interior anseia em sua totalidade (alma, espírito e
matéria) ser preenchido por Cristo – pelo que ele é e faz por nós – até que sejamos
totalmente preenchidos pela sua glória.
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