Você está na página 1de 21

Psicologia da Educação I

1° ano matutino

z
Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR – Campus Paranavaí/PR
DISCIPLINA: Psicologia da Educação I
COLEGIADO/CURSO: Pedagogia/Pedagogia
PROFESSORA: Ma. Fabiana Demizu
O: 2021
Teorias de Freud

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em


CC BY-SA
z
Freud e a Psicanálise

Sigmund Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em


Freiberg, na Morávia (hoje Pribor, na República
Tcheca). Seu pai era comerciante e trabalhava com
lãs.

Quando os negócios fracassaram na Morávia, mudou-


se com a família para Leipzig e, quando Sigmund
Freud estava com quatro anos, para Viena, cidade em
que Sigmund Freud permaneceu por quase 80 anos.

Seu pai, 20 anos mais velho que a mãe, era severo e


autoritário.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA


z
Freud e a Psicanálise

Quando garoto, Sigmund Freud sentia ao


mesmo tempo medo e amor pelo pai. A
mãe era protetora e carinhosa; com ela, o
jovem Sigmund Freud tinha uma ligação
de paixão. Esse medo do pai e a atração
pela mãe foi que ele mais tarde chamou
de complexo de Édipo. Grande parte de
sua teoria possuía base autobiográfica,
resultante das experiências e recordações
da própria infância.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA


z
Freud e a
Psicanálise

 A Teoria de Freud, desperta


interesse do público em geral. Aqui
você encontrará um resumo das
principais teorias de Freud que
marcaram a história da
Psicanálise.
z
O inconsciente

 Não se deve confundir com o subconsciente que é um grau


intermediário entre aquilo que percebemos racionalmente e aquilo
a que não temos acesso racional (inconsciente). É uma
consciência mais passivo ou consciência vivida e não-reflexiva,
mas que pode tornar-se plenamente consciente.

 O inconsciente, ao contrário, jamais será consciente diretamente,


podendo ser captado apenas indiretamente e por meio de técnicas
especiais de interpretação desenvolvidas pela psicanálise.
z
Motivação

    Para explicar o comportamento Freud


desenvolve a teoria da motivação sexual
(sobrevivência da espécie) e do instinto de
conservação (sobrevivência individual).
Mas todas as suas colocações giram em
torno do sexo. A força que orienta o
comportamento estaria no inconsciente e
seria o instinto sexual.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA


z
Fases do desenvolvimento sexual

  Freud contribuiu com uma teoria das fases do


desenvolvimento do indivíduo, dizendo que passamos por
sucessivas fases, caracterizadas como: oral, anal e genital.
Podemos sofrer regressão de um dos dois últimos a um ou
outro dos dois anteriores, e também podemos sofrer fixação em
qualquer das fases precoces.  Tais fases se desenvolverão
entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos de idade e
estão ligadas ao desenvolvimento do Id.
z
Fases do desenvolvimento sexual

(1) Na fase oral, ou fase da libido oral, ou hedonismo


bucal, o desejo e o prazer localizam-se primordialmente
na boca e na ingestão de alimentos. O seio materno, a
mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer;

(2) Na fase anal, ou fase da libido ou hedonismo anal, o


desejo e o prazer localizam-se primordialmente nas
excreções e fezes. Brincar com massas e com tintas,
amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-
se são os objetos do prazer;

(3)Na fase genital ou fase fálica, ou fase da libido ou


hedonismo genital, o desejo e o prazer localizam-se
primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do
corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os
meninos, a mãe é o objeto do desejo e do prazer; para
as meninas, o pai.
z
Tipos de personalidade

   Aqueles que se detêm em seu desenvolvimento emocional, e por algum motivo se fixam em qualquer uma das
fases transitórias (Freud. 1908), constituem tipos e subtipos de personalidade nomeados segundo a fase
correspondente de fixação.

   O tipo que se detém na fase oral é o Oral receptivo - pessoa dependente - espera que tudo lhe seja dado sem
qualquer reciprocidade. Ou ainda pode ser do tipo Oral sadístico, o que se decide a empregar a força e a astúcia
para conseguir o que deseja. Explorador e agressivo, não espera que alguém lhe dê voluntariamente qualquer
coisa.

O Anal sadístico é impulsivamente avaro, e sua segurança reside no isolamento. São pessoas ordenadas e
metódicas, parcimoniosas e obstinadas.

O tipo Genital é a pessoa plenamente desenvolvida e equilibrada.


z
Complexo de Édipo

Depois de ver nos seus clientes o


funcionamento perfeito da
estrutura tripartite da alma(Id/
Ego/Superego) conforme a teoria
de Platão, Freud volta à cultura
grega em busca de mais
elementos fundamentais para a
construção de sua própria teoria.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
z

Complexo de Édipo

 No centro do "Id", determinando toda a vida psíquica, constatou o que


chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma
rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que
organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas
vidas. Freud introduziu o conceito no seu Interpretação dos Sonos (1899).
O termo deriva do herói grego Édipo que, sem saber, matou seu pai e se
casou com sua mãe. Freud atribui o complexo de Édipo às crianças de
idade entre 3 e 6 anos.
z
Estrutura Tripartite da Mente

 O Id, regido pelo "princípio do prazer", tinha a função de


descarregar as tensões biológicas. Corresponde à alma
concupiscente, do esquema platônico: é a reserva inconsciente
dos desejos e impulsos de origem genética e voltados para a
preservação e propagação da vida.
z
Estrutura Tripartite da Mente

Também inconsciente, o Superego faz a censura dos impulsos que a sociedade


e a cultura proíbem ao Id, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente
seus instintos e desejos.

É o órgão da repressão, particularmente a repressão sexual. Manifesta-se á


consciência indiretamente, sob a forma da moral, como um conjunto de
interdições e de deveres, e por meio da educação, pela produção da imagem
do "Eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa. O Superego ou censura
desenvolve-se em um período que Freud designa como período de latência,
situado entre os 6 ou 7 anos e o início da puberdade ou adolescência. Nesse
período, forma-se nossa personalidade moral e social (1923 "O Ego e o Id").
z
Estrutura Tripartite da Mente

O Ego ou o Eu é a consciência, pequena parte da vida psíquica, subtraída aos


desejos do Id e à repressão do Superego. Lida com a estimulação que vem tanto da
própria mente como do mundo exterior. Racionaliza em favor do Id, mas é governado
pelo "princípio de realidade", ou seja, a necessidade de encontrar objetos que possam
satisfazer ao Id sem transgredir as exigências do Superego. É a alma racional, no
esquema platônico. É a parte perceptiva e a inteligência que devem, no adulto normal,
conduzir todo o comportamento e satisfazer simultaneamente as exigências do Id e
do Superego através de compromissos entre essas duas partes, sem que a pessoa
se volte excessivamente para os prazeres ou que, ao contrário, imponha limitações
exageradas à sua espontaneidade e gozo da vida.
z
Estrutura Tripartite da
Mente
 O Ego é pressionado pelos desejos
insaciáveis do Id, a severidade repressiva
do Superego e os perigos do mundo
exterior. Se submete-se ao Id, torna-se
imoral e destrutivo; se submete-se ao
Superego, enlouquece de desespero, pois
viverá numa insatisfação insuportável; e se
não se submeter á realidade do mundo,
será destruído por ele. Por esse motivo, a
forma fundamental da existência para o
Ego é a angústia existencial.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA


z
Complexo de Édipo

Freud disse que o estágio geralmente terminava quando a


criança se identificava com o parente do mesmo sexo e
reprimia seus instintos sexuais. Se o relacionamento prévio com
os pais fosse relativamente amável e não traumático, e se a
atitude parental não fosse excessivamente proibitiva nem
excessivamente estimulante, o estágio seria ultrapassado
harmoniosamente.

Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma neurose infantil


que é um importante precursor de reações similares na vida
adulta
z
Narcisismo

  Conta o mito que o jovem Narciso, belíssimo, nunca tinha


visto sua própria imagem. Um dia, passeando por um
bosque, encontrou um lago. Aproximou-se e viu nas
águas um jovem de extraordinária beleza e pelo qual
apaixonou-se perdidamente. Desejava que o jovem
saísse das águas e viesse ao seu encontro, mas como
ele parecia recusar-se a sair do lago, Narciso mergulhou
nas águas, foi às profundezas à procura do outro que
fugia, morrendo afogado. Narciso morrera de amor por si
mesmo, ou melhor, de amor por sua própria imagem ou
pela autoimagem. O narcisismo é o encantamento e a
paixão que sentimos por nossa própria imagem ou por
nós mesmos, porque não conseguimos diferenciar um do
outro. Como crítica à humanidade em geral - que se
pode vislumbrar em Freud - narcisismo é a bela
imagem que os homens possuem de si mesmos, como
seres ilusoriamente racionais e com a qual estiveram
encantados durante séculos.

Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND


z

Os sonhos: conteúdo manifesto e conteúdo latente


(Significados conscientes e subconscientes)

A vida psíquica dá sentido e coloração afetivo-sexual a todos os objetos


e a todas as pessoas que nos rodeiam e entre os quais vivemos. As
coisas e os outros são investidos por nosso inconsciente com cargas
afetivas de libido. Assim, sem que saibamos por que, desejamos e
amamos certas coisas e pessoas e odiamos e tememos outras.
z
Os sonhos: conteúdo manifesto e
conteúdo latente (Significados
conscientes e subconscientes)

É por esse motivo que certas coisas, certos sons, certas cores,
certos animais, certas situações nos enchem de pavor, enquanto
outras nos trazem bem-estar, sem que racionalizemos o motivo. A
origem das simpatias e antipatias, amores e ódios, medos e prazeres
desde a nossa mais tenra infância, em geral nos primeiros meses e
anos de nossa vida, quando se formaram as relações afetivas
fundamentais e o complexo de Édipo.
z
REFERÊNCIAS

 FREUD, S. Obras Completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1982.

 COSTA, Teresinha. Psicanálise com crianças. Rio de Janeiro: Zahar, 2010

Você também pode gostar