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Parte da Cunha – Técnicas

1.2. Classificação dos grupos


Existem vários tipos de grupos. São eles:
 Grupos Formais – “têm por função desempenhar um trabalho específico
e bem definido” (Maillet, 1988, p. 297):

- De Comando – grupos determinados pelo organograma da


organização. Contêm um gerente e os colaboradores que reportam
diretamente a ele;
- De Tarefa – grupos definidos pela organização e formados por pessoas
que se juntam para executar tarefas específicas. Contudo, podem
ultrapassar as relações de comando.

 Grupos Informais – desenvolvem-se de um modo natural tendo em conta


as preferências ou interesses comuns:

- De Interesse – grupos de pessoas que se juntam para alcançar um


objetivo comum que considere os seus interesses pessoais ou similares;

- De Amizade – grupos de pessoas que ultrapassam o ambiente de


trabalho para manter relacionamentos sociais.

 Grupos Primários: compostos por pessoas com quem temos contacto


regular, pessoal e íntimo;

 Grupo Secundário: composto por um número maior de pessoas, sendo


que o contexto é mais oficial e impessoal.

2. A coesão do grupo
O conceito de “coesão grupal” surgiu pela primeira vez em 1945 no
âmbito das investigações levadas a cabo por Kurt Lewin. Este, psicólogo
alemão, estava convencido de que seria possível criar uma Teoria Geral da
Dinâmica dos Grupos capaz de explicar a natureza dos processos grupais,
sejam eles a família, os alunos de uma sala de aula ou a unidade básica do
exército, por exemplo. Assim, pressupunha que a compreensão da dinâmica
dos grupos deveria atentar a análise da liderança, das redes de comunicação,
da coesão grupal, dos estatutos e papéis atribuídos aos membros de um grupo,
das normas grupais, das relações interpessoais, etc.
Para existir coesão no grupo tem então de existir uma identificação com
o sentimento do “nós”, isto é, tem de haver uma consciência de união, bem
como atração pelas atividades/tarefas, atração dos membros uns pelos outros,
satisfação pessoal dos membros, ausência de conflitos e pressões
externas/internas geradas pelos membros, existência de um ambiente alegre e
atrativo e sucesso do grupo.
O líder tem o importante papel de manter o grupo coeso. Para tal,
deverá dar oportunidades a todos; facilitar as comunicações; estimular a
produção do grupo e promover um ambiente agradável e atrativo.
A coesão varia ainda consoante os grupos, existindo fatores que a
influenciam, tais como a concordância, a atração mútua, o sucesso e, por fim, o
conflito intergrupal.

Considerações finais
Em suma, a coesão grupal define o conjunto de fatores que contribuem
para que os membros de um grupo permaneçam no próprio grupo.
Assim, após a elaboração deste trabalho, pudemos concluir que a
coesão grupal é deveras importante para um grupo por todos os motivos
apresentados ao longo mesmo.
Esta técnica de animação de grupo (coesão grupal) pode perfeitamente
ser trabalhada por um animador socioeducativo. Este pode criar dinâmicas,
sensibilizar, educar, etc. Desta forma, é também possível concluir-se que tanto
a unidade curricular como a presente técnica e as restantes são relevantes
para a formação de um animador, para futuramente as poder aplicar.
Julgamos ter alcançado os nossos principais objetivos, que eram
aprofundar e dar a conhecer melhor a presente técnica de animação, quer
através do conteúdo escrito que será transmitido oralmente aos nossos
colegas, quer através das dinâmicas que serão realizadas também em contexto
de aula.

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