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Edição: 12 - 1° Trimestre de 2023

A Viva a Tua Obra


Estudo sobre o
Avivamento

Subsídios Bíblicos para


a Escola Dominical
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👉Editor Chefe: EV. Jair Alves
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👉Edição: 12, 1° trimestre de 2023
1° trimestre de 2023 Revista: Cristão Alerta

Lições Bíblicas - 1° trimestre de 2023

Comentarista Pr. Elinaldo Renovato de Lima


Subsídios Bíblicos EBD | 1° trimestre de 2023
Jair Alves é Evangelista da Assembleia
de Deus, ministério do Belém, SP. É
Graduado em Teologia, professor e
Fundador da Escola Teológica ECB,
Editor chefe da Revista
Digital Cristão Alerta,
revista especializada em
subsídios para a Escola
Dominical – Classe
Adultos – CPAD.

Subsídios: Ev. Jair Alves


1° trimestre de 2023 Revista: Cristão Alerta

Palavra do Editor
A Revista Digital Cristão Alerta trata-se de uma grande fonte de
pesquisas e estudos para quem deseja ampliar o seus
conhecimentos relacionados à área da Escola Bíblica e outras
áreas do conhecimento teológico.

Agora você não precisará se preocupar onde pesquisar os temas


de sua revista da Escola Dominical, a fim de apresentar uma
aula enriquecedora! Esta é uma ferramenta indispensável para
professores e alunos de Escolas Bíblicas.

Nossa proposta editorial: Fonte de Estudos e Pesquisas do


Professor e do Aluno de Escola bíblica Dominical.

Informações:
1 - Cada subsídio está baseado no tema das lições
bíblicas de adultos.
2 - Esses subsídios não devem ser substituídos pela sua
revista da Escola Dominical, CPAD.
3 - Use-os como fonte de pesquisas e consultas no
preparo de suas aulas.

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Boa leitura
Jair Alves – Editor Geral
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SUMÁRIO
Subsídios Bíblicos
1 – O Avivamento Espiritual
2 – O Avivamento no Antigo Testamento
3 – O Avivamento no Novo Testamento
4 – O Ministério Avivado de Jesus
5 – O Avivamento na Vida da Igreja
6 - O Avivamento no Ministério de Pedro
7 – Estêvão - um Mártir Avivado
8 – O Avivamento Espiritual no Mundo
9 – O Avivamento Pentecostal no Brasil
10 – O Avivamento na Vida Pessoal
11 – O Avivamento e a Missão da Igreja
12 – Vivendo no Espírito
13 – Aviva, ó Senhor, a tua Obra

Artigos Bíblicos
1) Famosas traduções da Bíblia
2) Noções de cronologia bíblica
3) Tipos de Fé na Bíblia
4) Propósitos da educação em relação ao aluno
5) Reavivamentos na Bíblia
6) Anjos e Demônios na Bíblia
7) O Reino Milenial de Cristo

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Subsídios Lição 1

O Avivamento Espiritual

LEITURA BÍBLICA Crônicas 7.11-14


Se o meu povo, que se
chama pelo meu nome,
VERSÍCULO CHAVE se humilhar, orar, me
buscar e se converter
dos seus maus
caminhos, eu ouvirei
dos céus, perdoarei os
seus pecados e sararei a
sua terra (Crônicas 7.14
NAA).

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Quais os significados das palavras “avivamento,
reavivamento e renovação”? Quais são as
características de um avivamento espiritual bíblico?
Como posso saber se a minha igreja local precisa de
um avivamento espiritual?
Através deste estudo buscaremos as respostas para
estas questões.
I - CONCEITO DE AVIVAMENTO / REAVIVAMENTO /
RENOVAÇÃO
1. Definições do “que é avivamento”.
A) Para o professor itinerante da Bíblia Arthur Wallis
“O avivamento é a intervenção divina no curso
normal das coisas espirituais; é o Senhor desnudando
o seu braço e operando com extraordinário poder sobre
santos e pecadores”. (Veja Is 52.10; 59.1-2.)

B) Para o Mestre Antônio Gilberto


É uma operação soberana, irresistível e
sobrenatural do Espírito Santo na Igreja para trazê-la
de volta ao real cristianismo bíblico como retratado no
livro padrão dá Igreja - Atos dos Apóstolos (At 2.42-47).

C) Estranha e soberana obra de Deus


O avivamento é “aquela estranha e soberana obra
de Deus na qual ele visita o seu próprio povo,
restaurando-o, reanimando-o e libertando-o para
receber a plenitude de suas bênçãos” (Stephen Olford).

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D) No dicionário
A palavra “avivamento” é a união do verbo "avivar" com
o sufixo "mento", formador de substantivos que
indicam ação ou efeito. Outros termos sinónimos são
reavivamento, despertamento e renovação. Já o termo
“avivalista”, se refere a alguém que promove
avivamento em igrejas ou em eventos com esse fim.
(Dicionário do Movimento Pentecostal – CPAD)

Avivamento é o ato de se avivar, ou seja, de


se tornar mais vivo, mais ativo, mais
intenso, despertado e nítido.
2. Reavivamento.
A) No dicionário.
Ato ou efeito de reavivar. O reavivamento, consiste
em voltar a avivar algo que, por algum motivo, tinha
perdido o seu vigor ou energia original.
B) De acordo com Jesus.
Para Jesus Cristo, é voltar ao primeiro amor! É
voltar a praticar as primeiras obras de fervor espiritual
que praticávamos quando nos convertemos ao Senhor
(Ap 2.4-5).
Reavivamento espiritual é retornar ao altar da
oração que foi abandonado; é recuperar a alegria da
salvação que foi perdida; é ter a restauração da
comunhão com Deus que foi interrompida; é reacender
a chama do Espírito Santo em nosso coração; é voltar
a sentir paixão pelas almas.

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Reavivamento espiritual na prática é isso:
✓ O retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja
Primitiva (Veja Atos 2.42-47).
✓ É o retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé
e prática.
✓ É o retorno à oração como a mais bela expressão do
sacerdócio universal do cristão.
✓ É o retorno às experiências genuínas com o Cristo,
sem as quais inexistiria o corpo místico do Senhor.
✓ É o retorno à Grande Comissão, cujo lema continua
a ser: "... até aos confins da terra..."

3. Renovação espiritual.
Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”,
“reaver”, “retornar”. Na renovação espiritual, o Espírito
Santo restaura e revigora a obra que anteriormente
havia iniciado na vida do crente (Sl 103.5; Rm 12.2; Ap
2.4,5; Sl 51.10; Cl 3.10).
Renovar espiritualmente é:
A) Retornar às experiências espirituais do passado.
Só o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode
revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das
águias (Is 40.28-31).
B) Restabelecer as bênçãos perdidas.
A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o amor
(Ap 2.4), a alegria da salvação (Sl 51.12), a fé (1Tm
6.10), a firmeza em Deus (2Pe 3.17), o poder (Jz 16.20),
e muitas outras coisas. É por isso que somos
advertidos a guardar o que temos (Ap 3.11).
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Pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura
completamente e torna a dar-nos as bênçãos perdidas
(Sl 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23).

C) Receber novas bênçãos.


Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos
prometidas que até então não tínhamos recebido (Is
45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js
18.3).

4. As benções de um verdadeiro avivamento.


• O crente voltar a ter apetite pelas coisas de Deus e
desejar buscá-lo mais intensamente.
• Um avivamento cria prazer na prática da oração.
Como crianças gostam de brincar, e jovens se
empolgam no campo de futebol, os avivados gostam de
orar.

• SANTIFICAÇÃO (1Pe
1.15) - Uma outra Hoje se fala muito em
caraterística dos avivamentos "reavivamento", mas
é que motivam a busca pela reavivamento e
santificação. A frase santidade caminham
“Esforcem-se para serem
santos” vira uma realidade na de mãos dadas. Não
igreja avivada como um todo, há reavivamento sem
bem como para os indivíduos santidade.
que participam das atividades
eclesiásticas.

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A santificação deve ocorrer em "todo o vosso espírito,
e alma, e corpo", conforme lemos em 1 Ts 5.23. Isso
significa que devemos ser santos em nosso viver, em
nossa conduta - isto é, em nosso caráter,
internamente -, e em nosso proceder, externamente.
Nossa vida natural é uma série diuturna de hábitos,
práticas e costumes, que podem ser bons ou maus,
ou um misto dos dois. É evidente que um povo
santo, porque pertence a Deus, deve ter costumes
santos.

• O avivamento cria uma unidade espiritual entre os


membros da família de Deus que inclui todos os
irmãos que acreditam firmemente nos três lemas da
Reforma: Sola Scriptura, sola gratia e sola fides.

• O avivamento traz as marcas da atuação de Deus


por meio de milagres e prodígios. Lucas registra que
“muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos
apóstolos”; essas são marcas comuns nos
avivamentos como aquele que Deus mandou no Dia
de Pentecostes (At 2.43).

Princípios do
Avivamento
Bíblico
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II – EXPRESSÕES DE UM VERDADEIRO
AVIVAMENTO ESPIRITUAL
O avivamento espiritual de que precisamos, como
no princípio, tem como características as seguintes
expressões:
1. Contrição total pelo Espírito Santo.
É neste contexto espiritual que o avivamento se
instala e o Espírito assume a primazia e predomina.
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2. Amplo perdão e reconciliação (At 4.32).
No primeiro avivamento da igreja, a Bíblia diz: “Era um
o coração e a alma da multidão dos que criam”.

3. Santidade de vida, dentro e fora da igreja.


Se um avivamento não resultar nessa mudança de
vida, tudo não passará de mero entusiasmo,
artificialismo e emoção.

4. Renovação espiritual.
Batismo com o Espírito Santo acompanhado de línguas
estranhas e manifestação dos dons espirituais.

5. Segundo o modelo da Palavra de Deus (Sl


119.25,154).
Sem inovações descabidas; distorções ou manipulação
humana.

6. Amor, zelo e frequência à Casa do Senhor.


A Casa de Deus vem sofrendo por falta de avivamento
dos que a frequentam.

Além desses seis pontos apresentados a cima o pastor


Claudionor adiciona outras características de um
verdadeiro avivamento. Vejamos.
• O verdadeiro avivamento tem a Bíblia Sagrada
como a inspirada, infalível, inerrante e completa
Palavra de Deus.
• O verdadeiro avivamento não admite qualquer
outra revelação que venha contrariar as Sagradas
Escrituras, pois estas são soberanas e irrecorríveis.

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• O verdadeiro avivamento prima pela ortodoxia
bíblica e pela sã doutrina.
• O verdadeiro avivamento é espiritual, mas não
admite o misticismo herético e apóstata que, sob a
capa da humildade, busca desviar os fiéis das
recomendações dos profetas do Antigo Testamento e
dos apóstolos do Novo Testamento.
• O verdadeiro avivamento prega o Evangelho
completo de Nosso Senhor, anunciando que Jesus
salva, batiza no Espírito Santo, cura os enfermos,
opera maravilhas e que, em breve, haverá de nos
buscar, a fim de que estejamos para sempre ao seu
lado.
• O verdadeiro avivamento enfatiza a salvação pela
graça através do sacrifício vicário do Filho de Deus.
• O verdadeiro avivamento é pentecostal; realça a
atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons
espirituais.
• O verdadeiro avivamento tem um firme
compromisso com o imperioso ide de Nosso Senhor
Jesus Cristo, por isto não poupa recursos humanos
e financeiros na evangelização local, nacional e
transcultural.
• O verdadeiro avivamento acredita na necessidade e
possibilidade de todos os crentes viverem uma vida
de santidade e inteira consagração a Deus.
• O verdadeiro avivamento é intercessor. Leva os
crentes a rogar ao Pai Celeste por aqueles que ainda
não foram alcançados pelo Evangelho.” (ANDRADE, C. C.
Fundamentos bíblicos de um autêntico avivamento. RJ: CPAD, 2004)

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III – COMO SABER SE MINHA IGREJA PRECISA DE


UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL?
O saudoso pastor Antonio Gilberto fez uma lista de
alguns sinais de uma igreja local que precisa de um
avivamento espiritual. Vejamos:

Quando ou em que situação a igreja carece de um


avivamento do Espírito?
✓ Quando nela prevalecer o comodismo e a
indiferença (Ez 37.9);
✓ A sonolência espiritual (Ef 5.14);
✓ A insensibilidade (Cl 4.17; 2Tm 1.6);
✓ O secularismo (Rm 12.2),
✓ Quando passa somente a defender-se do mal, em
vez de atacá-lo.

Princípios do
Avivamento
Bíblico
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Subsídios Lição 2

O Avivamento no Antigo
Testamento

LEITURA BÍBLICA 2 Crônicas 34.29-33


O rei se pôs em pé no
seu lugar e fez aliança
VERSÍCULO CHAVE diante do SENHOR, para
o seguir, guardar os seus
mandamentos, os seus
testemunhos e os seus
estatutos, de todo o seu
coração e de toda a sua
alma, cumprindo as
palavras da aliança, que
estavam escritas naquele
livro (2 Crônicas 34.31
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Através de alguns reis e profetas de Deus, vemos
casos de avivamentos e reavivamentos na história do
povo de Israel. Portanto, analisaremos alguns desses
avivamentos no Antigo Testamento.

I - AVIVAMENTO/REAVIVAMENTO NO ANTIGO
TESTAMENTO

1. Avivamento no reinado de Josafá.


• Primeiro avivamento no reinado de Josafá (2Cr
17.7-10; 19.4-11).
• Segundo avivamento no reinado de Josafá (2Cr
18.17.7-9; 19.4-11).
Josafá, nome hebraico que significa Jeová julga"
foi o quarto rei de Judá desde a divisão do reino,
contemporâneo de Acabe, rei de Israel, com quem
viveu em paz. Era filho do rei Asa a quem substituiu
no trono e de quem aprendeu boas lições de obediência
e submissão ao Senhor Jeová (1Rs 22.43).

2. Avivamento por intermédio de Joiada Joiada


(heb., “Iavé sabe”), (Leia 2Reis 11.17-20; 2Crônicas
23.16-21).
Os sete pontos do avivamento de Joiada:
(1) Ele fez uma aliança entre Deus, o rei e seu povo,
para que fossem considerados o povo do Senhor (2Reis
11.17).
(2) Fez uma aliança entre o rei e o povo.
(3) Todo o povo derrubou a casa de Baal (2Reis 11.18).
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(4) Eles derrubaram os altares de Baal.
(5) Eles quebraram as imagens de Baal.
(6) Eles mataram Matã, o sacerdote de Baal.
(7) O sacerdote pôs oficiais sobre a casa do Senhor
(2Reis 11. 19).
Consequência do avivamento na vida do povo.
Houve grande regozijo e paz em toda a cidade,
como resultado do avivamento liderado por Joiada
(2Reis 11.20).
3. No tempo de Ezequias.
Ezequias reinou (c. 716-687 a.C.) cerca de 250
anos depois de Salomão (c. 970-931 a.C.). Ele foi um
rei bom e sábio que liderou um reavivamento para
restaurar o culto no Templo (2Cr 29.20-35).
Pelo fato de Ezequias ter feito "o que era bom, e reto, e
verdadeiro perante o Senhor", liderou o povo em sua
renovação espiritual.
As ações do rei Ezequias:
As ações do rei Ezequias nos servem como um
modelo de avivamento. pois ele:
(1) lembrou-se da compaixão de Deus (2 Cr 30.9);
(2) persistiu, apesar da ridicularização que sofreu (2 Cr
30.10);
(3) eliminou corajosamente as más influências de sua
vida (2 Cr 30.14; 31.1);
(4) intercedeu por seu povo ao implorar o perdão do
Senhor (2 Cr 30.15-20);

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(5) mostrou-se espontâneo na adoração (2 Cr 30.23); e
(6) contribuiu generosamente para a obra de Deus (2
Cr 31.3).
4. No tempo de Neemias.
O reavivamento em meio ao Povo (Esdras 9-10;
Neemias 8.1—9.38).

A) Quem era Neemias?


Seu nome significa “Deus consola”. Ele era filho de
Hacalias e o seu irmão chamava-se Hanani (Ne 1.1;
7.2). Na corte persa, exerceu a função de copeiro do rei
Artaxerxes I. Como se vê, Deus usa as pessoas
segundo o seu querer e de acordo com a sua vontade.

B) Chamado por Deus.


Catorze anos depois da expedição de Esdras a
Jerusalém, em 444 d.C., Neemias recebe urgentes e
preocupantes notícias de Jerusalém. Apesar de o Santo
Templo já estar funcionando conforme as leis levíticas,
a cidade encontrava-se ainda abandonada (Ed 6.14-16;
Ne 1.1.2). Ele, então, sente o chamado de Deus para
deixar o conforto palaciano e viajar para Israel, a fim
de reconstruir os muros da Cidade Santa que se
achavam fendidos “e as suas portas, queimadas a fogo”
(Ne 1.3).

C) Orando em tempos de crise.


“Assentei-me e chorei” (Ne 1.4).

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Ao tomar conhecimento da situação de seu povo,
em Jerusalém, Neemias sentiu-se incomodado e pôs-se
a orar ao Senhor. Sua oração, regada com abundantes
lágrimas e acompanhada de jejum, lamentos, adoração
e confissão, é um exemplo de como um homem de
Deus deve proceder em momentos de crise (Ne 1.5-10).
Ele fez o que o Senhor ordenou em 2 Crônicas 7.14.
Neemias orou durante quatro meses antes de se dirigir
ao rei (cf. 1.1 e 2.1). A oração é a chave que nos abre
as portas dos céus.

D) Evidências de um avivamento espiritual na


época de Neemias.
• Choro ao ouvir a leitura das Escrituras (Neemias
8.9).
• Generosidade de coração (Neemias 8.10,12).
• Grande alegria e força.
• Santificação do dia a Jeová (Neemias 8.9,10,11).
• Tranquilidade (Neemias 8.11).
• Libertação da tristeza e sofrimento (Neemias
8.10,11).
• Desfrutar das coisas boas (Neemias 8.12).
• Alegria por ouvir e compreender a verdade.
• Fome por mais da verdade (Neemias 8.13).
• Conformidade aos cerimoniais da lei (Neemias 8.14-
17).
• Busca diária pela verdade (Neemias 8.18).
• Confissão e restituição (Neemias 9.1-3).
• Jejum e oração.
• Separação do mal (Neemias 9.2).

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• Verdadeira adoração e louvor (Neemias 9.3-38).
• Fazer votos a Deus (Neemias 10.1-30).
• Apoio financeiro de todo o coração à obra de Deus
(Neemias 10.32-39)

5. No tempo do profeta Jonas (Jn 3.5-10).


O avivamento de Nínive, ocorrido após a pregação
de Jonas, foi um dos mais extraordinários avivamentos
espirituais que o mundo já viu.

A) Quem era Jonas?


Jonas foi um profeta do Reino do Norte, durante o
reinado de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25).

B) A chamada.
Jonas foi chamado por Deus para advertir a Nínive
concernente ao juízo divino que estava prestes a se
abater sobre ela em consequência de seus muitos
pecados.

C) O profeta Jonas em Nínive.


A cidade de Nínive tinha mais de 120 mil
habitantes, ela era a capital da Assíria, uma nação
perversa, cruel e imoral (Na 1.11; 2.12,13;
3.1,4,16,19). Israel odiava os assírios, e os considerava
uma grande ameaça à sua sobrevivência.

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D) Os passos para o avivamento dos ninivitas
(Jonas cap. 3).
O pano de saco era
1) Ouviram a Palavra de Deus
por meio do Profeta Jonas (Mt uma vestimenta
12.41; Jn 3.4). usada durante os
2) Creram em Deus (Jn 3.5). dias de luto e
3) Se humilharam por meio de humilhação a Deus.
jejum e panos de saco (Jn 3.5).
4) Clamaram fortemente a Deus (Jn 3.8).
5) Se converteram com a pregação de Jonas (Lc 11.32).
“... se converterão, cada um do seu mau caminho e da
violência que há nas suas mãos” (Jn 3.8-10).

DOSE DE CONHECIMENTO
CULTURA BÍBLICA: PANO DE SACO
Pano de material inferior ou veste de pele de bode
geralmente usado como um símbolo de luto ou
sofrimento, mas também era usado por alguns profetas
e prisioneiros.
O pano de saco era grosseiro e possivelmente de
cor escura (Is 50.3; Ap 6.12).
O formato dessa veste é discutível. Há duas
versões mais importantes.
Uma é que a veste era retangular, costurada dos dois
lados e com espaços em uma das pontas para a cabeça
e os braços. Esse formato lembra os sacos de cereais
usados pelos irmãos de José no Egito (Gn 42.25-27,35)
e também os sacos usados pelos gibeonitas (Js 9.4; Lv
11.32).
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Outra é que o pano de saco era uma pequena veste
que lembrava uma canga.
Os prisioneiros asiáticos são retratados assim. As
práticas hebraicas de cingir de panos de saco (2Sm
3.31; Is 15.3;22.12; Jr 4.8; Gn 37.34; 1Rs20.31; Jr
48.37) apoiam essa visão, embora mais de um tipo de
vestimenta pudesse ser feito com pano de saco.
PANO DE SACO - Esse tecido era primeiramente
associado ao luto (Gn 37.34; 1Rs 21.27; Lm 2.10).
Crises nacionais (2Rs 6.30; Is 37.1; Jn 3.8), assim
como as pessoais, constituíam ocasiões para o uso do
pano de saco. Reis (1Rs 21.27; 2Rs 6.30), sacerdotes
(Jo 1.13), anciãos (Lm 2.10), profetas (Is 20.2; Zc 13.4)
e o gado (Jn 3.8), todos vestiam pano de saco.
O pano de saco também é usado pelo penitente (Jr
6.26; Mt 11.21) embora tal uso não fosse restrito a
Israel (Is 15.3; Jr 49.3; Ez 27.31; Jn 3.5).
Comentava-se que o tecido grosseiro causava
desconforto físico e por isso era usado para infligir
autopunição a quem usava.
II - LÍDERES DE AVIVAMENTOS NO ANTIGO
TESTAMENTO
1. Por intermédio de Jacó (Gn 35.1-4).
• Contexto: Retornando a Betel, Jacó ordenou que
toda a casa tirasse os deuses estranhos, lavassem-
se e mudassem suas vestes. Eles fizeram isso
enquanto Jacó construía um altar para o verdadeiro
Deus. Os deuses falsos foram enterrados debaixo de
um carvalho em Siquém.
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2. Por intermédio de Samuel (1 Sm 7.3-6).
• Contexto: Com a exortação de Samuel, o povo tirou
seus falsos deuses e preparou o coração para servir
ao único Deus verdadeiro.

3. Por intermédio de Moisés (Êx 14.31—15.21).


• Contexto: Isso ocorreu quando a murmuradora
Israel viu a poderosa mão de Deus abrindo o mar
Vermelho. Da segura margem (esquerda) do mar,
Moisés conduziu o povo com uma canção de louvor,
enquanto Miriam e as mulheres acompanhavam a
música especial.

4. Por intermédio de Davi (1 Cr 15.25-28; 16.1- 43;


29.10-25).
• Contexto: Houve duas ocasiões em que Davi
conduziu o povo a um avivamento.
A) Quando a arca da aliança foi levada a Jerusalém
pela primeira vez (1 Cr 15; 16).
B) Na dedicação dos materiais usados na construção
do futuro templo (1 Cr 29).

5. Por intermédio de Ester (Et 9.17-22).


• Contexto: Esse período de arrependimento e
regozijo veio após a salvação dos judeus do plano do
perverso Hamã.

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III - SÍNTESE DE AVIVAMENTOS NO ANTIGO


TESTAMENTO
Na Bíblia, foram registrados avivamentos em que
um grande número de pessoas se voltou para Deus e
desistiu de seu modo pecaminoso de viver.
Os avivamentos foram liderados por alguém que
reconheceu a crise espiritual da nação, superou o medo
e tornou a vontade de Deus conhecida às pessoas.

Líder Referência Como as Pessoas Responderam


Moisés Êxodo 32,33 Aceitaram as leis de Deus e
construíram o Tabernáculo.
Samuel 1 Samuel 7.2-13 Prometeram colocar Deus em
primeiro lugar em sua vida e
destruíram os ídolos.
Davi 2 Samuel 6 Levaram a Arca da Aliança para
Jerusalém e louvaram a Deus com
cânticos e instrumentos musicais.
Josafá 2 Crônicas 20 Decidiram confiar somente na ajuda
de Deus, e o desânimo deu lugar à
alegria.
Ezequias 2 Crônicas 29— Purificaram o Templo, livraram-se
31 dos ídolos e levaram os dízimos à
Casa de Deus.
Josias 2 Crônicas 34, Fizeram um compromisso de
35 obedecer às ordens de Deus e
remover as influências pecaminosas
de sua vida.

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Esdras Esdras 9.10;Pararam de associar-se com aqueles
Ageu 1 que os faziam transigir em sua fé.
renovaram seu compromisso com os
mandamentos de Deus e
começaram a reconstruir o Templo.
Neemias Neemias 8—10 Jejuaram, confessaram seus
(e Esdras) pecados, leram a Palavra de Deus
publicamente e prometeram por
escrito (2 Cr 9.38) servir novamente
a Deus, de todo o coração.

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Subsídios Lição 3

O Avivamento no Novo
Testamento

LEITURA BÍBLICA João 4.1-42


Muitos samaritanos
daquela cidade
VERSÍCULO CHAVE
creram em Jesus, por
causa do
testemunho da
mulher, que tinha
dito: “Ele me disse
tudo o que eu já fiz”
(João 4.39 NAA).

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Neste estudo veremos acerca do avivamento
registrado no Novo Testamento com destaque especial
para a igreja em Jerusalém.

I – O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS


Os quatro evangelhos são retratos da pessoa e da
obra do Messias prometido, rei de Israel e Salvador do
Mundo. Como retratos, apresentam quatro aspectos
diferentes de uma única personalidade.

1. Quatro aspectos da pessoa de Jesus.


A) O Evangelho segundo Mateus.
Mateus, por meio do Espírito Santo, apresenta
Cristo como rei. A expressão “Reino dos céus”, “Reino”
ou “Reino de Deus” aparece mais de trinta vezes no
seu texto.
Objetivo.
Revelar, primeiramente aos judeus e depois a todo
o mundo, que Jesus é o Messias prometido no Antigo
Testamento por meio dos profetas.
B) O Evangelho segundo Marcos.
Marcos apresenta Jesus como servo.
C) O Evangelho segundo Lucas.
Este evangelho apresenta Cristo, como homem.
D) O Evangelho segundo João.
João apresenta Cristo como Deus.

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2. O significado da palavra "evangelho".
Aplicado aos quatro retratos de Cristo, utiliza-se o
termo "evangelho" (Mc 1.1) no sentido da boa nova da
salvação anunciada pela morte, sepultamento e
ressurreição de Jesus (1Co 15.1-3).

3. O propósito dos evangelhos.


Os evangelhos, em seu retrato quádruplo da
pessoa de Cristo como rei, servo, homem e Deus,
concentram-se no ministério tríplice do Messias, como
profeta, sacerdote e rei.
Como profeta, cumprindo a grande predição de
Moisés (Dt 18.15-19), ele foi o profeta por excelência,
em virtude da singularidade da sua pessoa — não
falou meramente para Deus como os outros profetas
que o precederam, mas Deus falou por meio dele, seu
Filho (Hb 1.1,2).
Jesus profeta – Em contraste com o profeta do Antigo
Testamento, uma voz para Deus, o Filho, sendo Deus,
era a voz mesma Deus.
Jesus sacerdote – Como sacerdote, Cristo, quando
morreu na cruz para salvar os pecadores, tornou-se
tanto o sacrifício quanto o sacrificador (Hb 9.14) e, por
meio de sua ressurreição, vive eternamente para
interceder por eles (Hb 7.25).
Jesus Rei – Como rei de Israel, foi rejeitado em sua
primeira vinda, mas reinará sobre Israel na segunda
vinda, cumprindo a aliança davídica (2Sm 7.8-16; Lc
1.30-33; At 2.29-36; 15.14-17).
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4. Os evangelhos e a humanidade.
Os quatro evangelhos são dirigidos às várias
classes da sociedade do século I d.C.
Mateus aos judeus, Marcos aos romanos, Lucas
aos gregos e João aos que não eram nem judeus nem
gentios (1 Co 10.32), mas crentes no Senhor Jesus
Cristo.

II - O AVIVAMENTO EM ATOS DOS APÓSTOLOS

1. O avivamento em Jerusalém (At 2.14-8.3; 8.4;


11.19)
Jesus ordenou os discípulos a não deixar Jerusalém
até ele enviar a promessa do Pai (Lc 24.49).
Lucas repete a ordem: “Não saiam de Jerusalém,
mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes
falei. Pois João batizou com água, mas dentro de
poucos dias vocês serão batizados com o Espírito
Santo” (At 1.4-5).
A atividade principal dos discípulos, das mulheres
e dos irmãos de Jesus foi orar. “Todos eles se reuniam
sempre em oração” (At 1.14).
Tanto o enchimento do Espírito como a
capacitação de falar em línguas não foram experiências
isoladas ou secretas. Pois este fato se repetiu em
Cesaréia (At 10.46), em Éfeso (At 19) e em Corinto (cap.
14).

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Como a cidade estava repleta de judeus e tementes
a Deus, vindos de muitas outras terras para celebrar a
festa de Pentecostes, eles foram imediatamente
atraídos pelo fenômeno de ouvir os seguidores de
Jesus, declarando as maravilhas de Deus, em idiomas
que os discípulos nunca aprenderam. Isso não quer
dizer que os “crentes” estavam, na realidade, falando
as línguas nativas das regiões relacionadas em Atos
2.9-11. As línguas foram do mesmo gênero das que
foram faladas em Cesaréia (At 10.46) e em Éfeso (At
19). Sem interpretação ou tradução, não era possível
entender nada.
Essa conclusão se baseia nas seguintes razões:
• A palavra glossais (línguas) é a mesma em todas as
passagens.
• Ouvindo o som (gr. phones, At 2.6), a multidão
ficou perplexa porque cada um ouvia falar em sua
própria língua (gr. dialekto e não glossa). O som foi
singular, mas o milagre ocorreu nos ouvidos dos
presentes (em Coríntios, essa capacitação está incluída
na lista dos dons como “interpretação”).
• Algumas pessoas zombavam deles, acusando-os de
estarem bêbados. Isso somente pode indicar que
alguns não ouviram os discípulos falando em suas
línguas nativas. Para eles, o fenômeno não passava de
loucura.
Paulo também achava que os coríntios seriam
tachados de “loucos”, se alguns não instruídos ou
descrentes entrassem no lugar do culto em que o dom
de línguas se manifestasse (1Co 14.23).
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Seria pela mesma razão que alguns dos peregrinos
na festa de Pentecostes não entenderiam nada que
estava sendo falado nas línguas estranhas.

2. O avivamento em Samaria (At 8.5,14,15).


O nome Samaria foi imortalizado por Jesus por
causa do episódio narrado em João 4, onde é
mencionado o encontro do Mestre com a mulher
samaritana, quando Ele passava por aquela região.
Em situações normais um judeu não iria a
Samaria, em razão do desprezo total que davam ao povo
samaritano.
Esse desprezo originou-se assim:
As cidades de Samaria foram completamente
despovoadas em 722 A.C. quando os assírios levaram
Israel (as 10 tribos do Norte) ao cativeiro.
Em 2 Rs 17.24 informa-se que o rei da Assíria
posteriormente enviou um povo seu, assírio, para
habitar nessas cidades samaritanas deixadas vazias.
Esses novos habitantes eram idólatras, adorando a
uma série de divindades falsas. Quando anos depois os
judeus voltaram do cativeiro babilónico e tratavam de
reedificar Jerusalém e o templo, os samaritanos
queriam ajudar, sendo recusados pelos judeus. A
inimizade entre os dois povos intensificou-se através
dos anos até os dias de Cristo.
Após a dispersão dos membros da Igreja em
Jerusalém, Filipe dirigiu-se à cidade de Samaria, onde
foi usado por Deus para um extraordinário avivamento
(At 8).
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III - LÍDERES DE AVIVAMENTOS NO NOVO


TESTAMENTO
1. Por intermédio de João Batista (Lc 3.2-18).
Contexto: João pregava a iminente aparição do
Messias de Israel, alertando-os a arrependerem-se e
submeterem-se ao batismo nas águas.

2. Por intermédio do Salvador Jesus (Jo 4.28-42).


Contexto: a conversão de uma samaritana pecadora
instigou esse avivamento.

3. Por intermédio de Filipe (At 8.5-12).


Contexto: a forte pregação do evangelista Filipe sobre o
Reino de Deus gerou um grande avivamento em
Samaria.

4. Por intermédio de Paulo (At 19.11-20).


Contexto: um dos grandes avivamentos bíblicos
ocorreu em Éfeso durante a terceira viagem missionária
de Paulo. Essa narrativa deve ser lida cuidadosamente.
Aqueles que desejam o derramamento do
Espírito em sua vida, para terem poder para
realizar a obra de Deus, devem colocar-se à
disposição do Espírito Santo mediante sua
submissão à vontade de Deus e à oração (At
1.4; 2.38; 9.11-17; Lc 11.5-13; 24.49; Is 40.29-31).

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Subsídios Lição 4

O Ministério Avivado
de Jesus

LEITURA BÍBLICA Lucas 4.14-22


O Espírito do Senhor está
sobre mim, porque ele
VERSÍCULO CHAVE me ungiu para
evangelizar os pobres;
enviou-me para
proclamar libertação aos
cativos e restauração da
vista aos cegos, para pôr
em liberdade os
oprimidos, e proclamar o
ano aceitável do Senhor
(Lc 4.18,19 NAA).

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Jesus promoveu verdadeiro avivamento, que se
espalhou por todo o mundo e chegou até nós, porque o
Espírito do Senhor era sobre Ele e ungiu-o para
cumprir a sua gloriosa missão. (Pr. Elinaldo R.)

I – JESUS E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO


1. No nascimento de Jesus.
O Senhor Jesus Cristo, foi gerado no ventre de sua
Mãe Maria, através de um ato sobrenatural do Espírito
de Deus, e nasceu cerca do ano 6 ou 5, Antes da era
cristã.
Podemos verificar os relatos do nascimento de
Jesus em textos tais como:
Mateus, capítulo 2 e Lucas, capítulo 2. 1-14.

A) Onde Jesus nasceu?


Vemos em Mateus 2, versículos 1 e 23, que Jesus
nasceu em Belém e foi criado em Nazaré da Galileia
(Veja Lucas 4.16).
De acordo com Mateus 2.23, Jesus é chamado de
Nazareno porque habitava na cidade de Nazaré. Ele
também foi chamado de "profeta de Nazaré" (Mt 21.11 -
ARC) e Jesus de Nazaré (Mc 10.47; At 10.38).
Jesus se mudou de Nazaré para Cafarnaum (Mt
4.12,13), que ficava aproximadamente 32 quilômetros
ao norte. Cafarnaum se tornou a base de seu
ministério na Galiléia.
Jesus provavelmente se mudou:
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1) Para afastar-se da intensa oposição que havia em
Nazaré.
2) Para causar um impacto sobre um número maior de
pessoas (Cafarnaum era uma cidade onde havia
muitas atividades — as Boas Novas poderiam alcançar
mais pessoas e divulgar-se mais depressa), e
3) Para utilizar recursos e apoio extras em seu
ministério.
A mudança de Jesus cumpriu a profecia em Isaías
9.1.2: o Messias seria uma luz em Zebulom e Naftali,
cidades na região da Galiléia, onde Cafarnaum estava
localizada. Em Zebulom e Naftali estavam duas das 12
tribos originais de Israel.

B) O milagre do nascimento de Jesus.


O Filho de Deus, Jesus Cristo, aceitou,
voluntariamente, ser despido de parte da sua glória
celestial (Fp 2.6,7), para naquele momento tomar a
forma de servo (Fp 2.7). Foi então que o milagre se deu!

Jesus, o Filho de Deus tomou forma de


"semente de homem'' e entrou no ventre da
virgem Maria.
No mesmo momento em que ela disse:' 'Eis aqui a
serva do Senhor! Cumpra-se em mim segundo a tua
palavra'' (Lc 1.38), o Verbo Divino, havia, pela operação
do Espírito Santo, entrado no ventre de Maria, que
desde então se achou grávida.

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2. No batismo de Jesus.
Jesus foi batizado como os outros seres humanos,
sujeitando- se à justiça divina (Mt 3.15) porém, Deus
falou naquela ocasião: "...Este é o meu Filho amado em
que me comprazo" (Mt 3.17b).
O batismo de Jesus foi acompanhado de sinais,
comprovando que Ele era o Filho de Deus. Vejamos.
Primeiro sinal: a descida do Espírito de Deus em
forma de pomba (Mt 3.16). Logo após a saída de Jesus
das águas os céus se abrem para Ele. A abertura dos
céus revela favor divino a pessoa que estava em
consonância com Deus (Ez 1.1; At 7.56; Ap 19.11).
O evangelista afirma que ao sair Jesus das águas o
Espírito de Deus desceu sobre Ele como uma pomba
(Mt 3.16). O Espírito Santo que já estava ativo no
nascimento de Jesus (Mt 1.18) continua presente no
início de seu ministério terreno.
Segundo sinal: uma voz dos céus. Na sequência,
Mateus afirma que “e eis que uma voz dos céus dizia:
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt
3.17). Mais uma vez Mateus recorre ao Antigo
Testamento, fazendo uma alusão ao Salmo 2.7 e Isaías
42.1.

A descida do Espírito Santo em forma de


pomba e as palavras de aceitação do Pai
que acompanharam o batismo
representaram a aprovação de Deus do
ministério que se seguiria. [...]
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No batismo de Jesus, Deus o confirmou como seu
Filho e encheu-o com seu Espírito (Mt 3.13-17),
capacitando-o para sua missão” (Guia Cristão de Leitura da
Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.436).

DOSE DE CONHECIMENTO
Por que Jesus se submeteu ao batismo?
Há várias maneiras de responder. De acordo com Lucas,
era necessário para que Jesus recebesse o poder do
Espírito Santo a fim de cumprir sua chamada como
Messias.
Em Mateus, Jesus disse: ‘Assim convém cumprir toda a
justiça’ (3.15).
Ele carecia de purificação de pecados? Não, pois o Novo
Testamento destaca que o entendimento que os primeiros
cristãos tinham de sacrifício exigia um sacrifício sem
mancha nem pecado, como nos sacrifícios judaicos.
Jesus é apresentado como Cordeiro imaculado de Deus e o
sacrifício pascal (Mt 26.17-29; Jo 1.29; Ap 5.6-8). Paulo
também entendeu que Jesus não tinha pecados (2Co 5.21);
portanto, a purificação de pecados não é o ponto de debate
para Jesus.

O frequente tema de Mateus - cumprimento - afiança a


resposta: para ‘cumprir toda a justiça’. A justiça para
Mateus não é meramente guardar normas e regulamentos
[...] Contudo a verdadeira justiça está baseada numa
relação com Deus, que está implícita no seu perdão
misericordioso, e num recebedor arrependido que deseja
cumprir a justiça de Deus - e não no próprio entendimento
que a pessoa tenha disso (Mt 5.20; 6.33)”.
ARRINGTONN, EL; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. 2.ed.,
RJ: CPAD

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3. Na tentação de Jesus.
O evangelista Lucas registra que Jesus foi cheio do
Espírito Santo (Lc 4.1). Após o nosso Senhor ser cheio
do Espírito, Ele foi conduzido pelo mesmo Espírito ao
deserto, onde foi tentado pelo Diabo por quarenta dias.
Neste período, o Senhor Jesus ficou em comunhão com
Deus Pai através de jejum e oração.
A) Jesus, como homem, foi também tentado em
tudo (Hb 2.17,18; 4.15,16; Mt 4.1-11). Toda a tentação
que um homem pode sofrer neste mundo, Jesus a
experimentou como homem. Como Deus, Ele jamais
podia ser tentado (Tg 1.13).
B) Jesus era em tudo semelhante aos homens
(Hb 2.17). Porém num ponto Ele se distinguiu
inteiramente. Jesus nunca sofreu nenhuma fraqueza
moral, nem cometeu nenhuma falta. Jesus era perfeito
(Hb 7.28). Santo (Hb 7.26), Justo (1 Jo 3.7),
Incontaminado e Imaculado (1 Pe 1.19). Nunca
cometeu pecado (1 Jo 3.5; Hb 4.15; 2 Co 5.21).
C) As tentações do Diabo tiveram como foco
três áreas cruciais.
1) A física, representada pela necessidade de comer,
satisfazer o desejo de saciar a fome. A essa tentação
Jesus respondeu: “Escrito está que nem só de pão
viverá o homem” (Lc 4.3,4).

2) A emocional, representada por uma necessidade de


segurança.

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“A segunda tentação é a oferta que o Inimigo fez a
Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8).
O Reino que Jesus veio estabelecer é muito diferente. É
um reino no qual Deus reina, e é formado por homens
e mulheres livres da escravidão do pecado e de
Satanás”.
3) A psicológica, representada pelo orgulho, fazer-se
superior a Deus como intentou o Diabo (1 Jo 2.15,16).
Quando o Diabo quer ver a queda de alguém, procura
levá-lo até o ponto mais alto (Lc 4.9). É a tentação de
ser visto, de ser notado. Era algo muito tentador saber
que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali
para ver e aplaudir aquela cena com características
cinematográficas. Jesus não se dobrou frente aos
apelos de Satanás.
Mas Jesus não cedeu. O texto em Hebreus 4.15 diz
que Jesus "em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Ele
sabe em primeira mão o que experimentamos, está
disposto e é capaz de ajudar-nos em nossas lutas.
Quando você for tentado, recorra a Ele, peça lhe
forças.

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II – O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS (Lc 4.18,19)


A unção de Jesus por meio do Espírito Santo é
uma demonstração clara de que Jesus exerceria o seu
ministério de maneira avivada.
Logo após o início de seu ministério, com 30 anos
de idade, Jesus recebeu um revestimento de poder. O
Espírito Santo, em forma corpórea de uma pomba, veio
sobre Ele (Lc 3.22). A unção divina investiu Jesus nos
ministérios de Profeta (Jo 7.40), Sacerdote (Hb 3.1) e
Rei (Jo 18.37). Jesus podia dizer com verdade: "O
Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu..." (Lc
4.18a).

1. O Espírito Santo ungiu Jesus e o capacitou para


a sua missão.
Jesus era Deus (Jo 1.1), mas Ele também era
homem (1Tm 2.5). Como ser humano, Ele dependia da
ajuda e do poder do Espírito Santo para cumprir as
suas responsabilidades diante de Deus (Mt 12.28; Lc
4.1,14; Rm 8.11; Hb 9.14).

2. Somente como homem ungido pelo Espírito,


Jesus podia viver, servir e proclamar o evangelho
(At 10.38).
Jesus é um exemplo perfeito para o cristão; cada
crente deve receber a plenitude do Espírito Santo (At
1.8; 2.4).
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3. Propósito da unção de Jesus.
O propósito do seu ministério ungido pelo Espírito
Santo.
A) É para pregar o evangelho aos pobres, aos
necessitados, aos aflitos, aos humildes, aos abatidos
de espírito, aos quebrantados de coração e aos que
temem a sua Palavra (Is 61.1-3; 66.2).
B) É para curar os aflitos e oprimidos. Essa cura
envolve a pessoa inteira, tanto física quanto espiritual.
C) É abrir os olhos espirituais dos que foram cegados
pelo mundo e por Satanás, para agora verem a verdade
das boas-novas de Deus (Jo 9.39).
D) É para proclamar o tempo da verdadeira liberdade
e salvação do domínio de Satanás, do pecado, do medo
e da culpa (Jo 8.36; At 26.18).

III – O CRENTE E O MINISTÉRIO AVIVADO

O crente que deseja exercer


atividades no Reino de Ministério - [Do lat.
Deus (ou seja, seu ministerium] Ofício, cargo e
ministério) precisará seguir função. A principal
os passos de Jesus. Ou característica do ministério
seja: cristão é o serviço. Nisto,
1. Precisa ser ungido pelo segue as recomendações
Espírito Santo (Exemplo de Cristo que veio para este
Lucas 4.18,19; Veja Lucas
mundo não para ser
24.49).
servido, mas para servir.

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2. Precisa orar (Exemplo Lucas 3.21; 6.12-16).
3. Cumprir a missão para qual foi chamado por Cristo
( Exemplo João 4.34;6.38; Veja 1 Coríntios 15.58).
4. Ser obediente ao Senhor (Exemplo Filipenses 2.8;
Veja Mateus 7.21).
Sem a ação do Espírito Santo, não há dons
espirituais (1Co 12.4-11), pois é Ele quem distribui
dons; não há fruto (Gl 5.22), pois é Ele quem produz
fruto no caráter do crente e sem a ação do Espírito
Santo não há verdadeira conversão (Jo 16.7-11).

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Subsídios Lição 5

O Avivamento na Vida
da Igreja

LEITURA BÍBLICA Atos 2.1-13; At 2.42-47

Todos ficaram cheios


do Espírito Santo e
VERSÍCULO CHAVE
começaram a falar
em outras línguas,
segundo o Espírito
lhes concedia que
falassem (At 2.4 NAA).

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Embora a palavra avivamento não apareça
literalmente no novo Testamento, a igreja recebeu o
revestimento do Espírito de Deus e passou a
demonstrar as marcas de uma igreja avivada. A igreja
avivada retorna aos princípios que caracterizavam a
Igreja Primitiva (At 2.42-47).

I - AS MARCAS DE UMA IGREJA AVIVADA

1. Como se deu o início da igreja de Cristo no


primeiro século?
A Igreja de Jerusalém teve início com o
derramamento do Espírito Santo, com a pregação
cristocêntrica e com a permanência dos novos
convertidos na doutrina dos apóstolos.

• A presença do Espírito
Santo é indisponível, pois é
Ele convence o pecador (Jo
O avivamento começa
16.8). com a igreja e, a
• É o Espírito Santo quem partir dela, atinge o
dá dons para a igreja de mundo. Quando a
Cristo (1Co 12.4-11). igreja acerta sua vida
• A pregação da Palavra
com Deus, do céu
de Deus é importante pois
ela é alimenta alma (Mt 4.4) brota a cura para a
e produz fé em nossa vida terra (2Cr 7.14).
(Rm 10.17).

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2. As marcas de Igreja de Cristo no primeiro século.
Vejamos algumas:
(2.1) Firmeza doutrinária, era o seu alicerce (At
2.42).
(2.2) Levava a oração a sério (At 2.42).
EM RELAÇÃO AOS CRENTES
• Todos perseveravam unanimemente em oração e
súplicas (At 1.14).
• A oração da igreja era fervorosa e poderosa (At
4.31).
• Em situações adversas, a igreja fazia contínua
oração (At 12.5).
EM RELAÇÃO A LIDERANÇA
Os líderes da igreja eram assíduos nas reuniões de
oração (At 3.1).
2.3) As prioridades da igreja.
A oração e o ministério da Palavra eram prioridade
para a liderança da igreja (At 6.4);
(2.4) Temor a Deus.
Havia temor de Deus na igreja de Jerusalém (At 2.43).
Por conta desse temor, ou sentimento de reverência ao
Senhor, havia manifestações extraordinárias da parte
de Deus na vida da igreja.
(2.5) Havia as manifestações dos dons do Espírito
Santo.
• A obra missionária teve início com oração e jejum,
seguidos de uma profecia (At 13.1-3).
• Os dons do Espírito Santo estavam em constante
operação na Igreja Primitiva (At 2.43; 4.30; 5.12;
6.8; 14.9,10; 19.11; 28.8; Mc 16.17,18).
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(2.6) Tinha prazer em cultuar a Deus.
A igreja tinha prazer de estar na Casa de Deus (At
2.46; Sl 27.4;84). Os crentes da Igreja de Jerusalém
tinham bastante entusiasmo nos cultos.

(2.7) O louvor era prazeroso e constante (At 2.47).


Uma igreja cheia do Espírito Santo tem um louvor
fervoroso, contagiante, restaurador, sincero e
verdadeiro.

(2.8) A comunhão cristã era importante.


Essa igreja valorizava a comunhão cristã, pois os
crentes tinham prazer de estar juntos (At 42, 44, 46).

(2.9) Os crentes eram ajudados.


Os crentes eram sensíveis para ajudar os necessitados
(At 2.44-45). Havia desapego dos bens e mais apego às
pessoas.

(2.10) Causava impacto na sociedade.


• A igreja causou um impacto na sociedade pelo seu
estilo de vida (At 2.47) e, por causa disso, contava
com a simpatia de todo o povo.
• Os novos crentes se tornarem melhores maridos,
melhores esposas, melhores filhos, melhores pais,
melhores estudantes, melhores profissionais.

3. A ação do Espírito Santo na igreja do primeiro


século.
Como resultado da ação do Espírito Santo na
igreja, ela crescia diariamente (At 2.47).

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Esse crescimento vertiginoso se deu pela ação
poderosa do Espírito na evangelização, nas seguintes
dimensões (At 1.8):
✓ 120 membros (At 1.15);
✓ 3 mil membros (At 2.41);
✓ 5 mil membros (At 4.4);
✓ Uma multidão é agregada à igreja (At 5.14);
✓ O número dos discípulos é multiplicado (At 6.17);
✓ A igreja se expandiu para a Judéia, Galiléia e
Samaria (At 9.31).
A igreja de Cristo apresentada no livro de Atos, serve
como modelo para a igreja cristã atual.

A igreja local que não deseja aprender com a igreja


de Jerusalém, do primeiro século, se receber o
avivamento espiritual, não terá condições de manter
acesas as chamas de um avivamento.

II – OS CESSACIONISTAS E OS DONS DO ESPÍRITO


SANTO

1. A teoria cessacionista. As evidências históricas têm


mostrado que o
A teoria cessacionista é
cessacionismo é pós bíblico,
uma corrente teológica,
segundo a qual os sinais, e nada há nas Escrituras
maravilhas e milagres do que sustente a ideia de que
Novo Testamento cessaram os milagres e as
com o fim da era manifestações do Espírito
apostólica. cessaram. Tal crença não
pode ter vindo da Bíblia (Pr.
Esequias Soares).

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É a doutrina na qual se crê que os dons do
Espírito Santo, apesar de terem sido de fundamental
utilidade e importância nos primórdios da igreja cristã,
cessaram de existir quando do estabelecimento do
Cânon bíblico.

2. A doutrina continuísta.
É o oposto de cessacionista. É a doutrina na qual
se crê que os dons do Espírito Santo não cessaram,
mas ainda são atuantes no meio da igreja cristã.
Diferentemente da tradição teológica reformada
(calvinista e cessacionista), a tradição teológica
pentecostal (armínio-wesleyana e continuísta) sempre
creu no sobrenatural; naquilo que, muitas vezes, não
pode ser explicado, mas que é atribuído ao poder
divino. Nossa base de interpretação é a leitura da
Bíblia sob inspiração do Espírito Santo (Jo 14.16,17).
Por isso, para nós, os dons espirituais e o batismo no
Espírito Santo nunca cessaram.

Leia: Atos At 1.4,5; At 1.8; 1Coríntios 12.1-11

Sem os dons espirituais, uma igreja não passa


de uma “associação de direito privado, de
caráter religioso, sem fins econômicos” ou
lucrativos.
Pr. Elinaldo R.

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3. Os reformadores e a teoria cessacionista.
Embora Calvino, como Lutero, tenha aceitado a
teoria cessacionista, não o fez por achar que Deus
retirou os dons espirituais da Igreja. Ele acreditava que
os dons haviam caído em desuso nas igrejas em razão
de “uma falta de fé”. O reformador jamais proibiu o uso
dos dons ou achou que deviam ser proibidos. Além
disso, pelo fato de se ocupar bastante da terceira
pessoa da Trindade em seus escritos, ele era chamado
“o teólogo do Espírito Santo” entre os reformadores.

4. O pastor que não deixou de acreditar na


atualidade das manifestações dos dons do Espírito
de Deus.
O pregador britânico da Igreja Metodista, William
Arthur 1856, publicou um livro, por meio do qual
rejeita o ponto de vista tradicional da cessação e da
revogação dos dons do Espírito, dizendo:
“Ficamos felizes de ver que aquele que permanece
na expectativa do dom de cura, do dom de línguas ou
de qualquer outra manifestação miraculosa do Espírito
Santo [...] tem dez vezes mais base escriturística na
qual fundamentar sua expectativa que aqueles cuja
incredulidade não lhes permite esperar o poder
santificador para o crente.

5. A oração pentecostal de William Arthur.


Agora, adorável Espírito, procedente do Pai e do Filho,
desce sobre todas as igrejas, renova o Pentecoste em
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nossos dias e batiza teu povo generosamente — Oh!
Batiza-os mais uma vez com línguas de fogo! Coroa o
século XIX com um avivamento de “religião pura e
imaculada”, mais que no último século, mais que no
primeiro, mais que em qualquer manifestação do
Espírito até agora concedida aos homens!

III - UM GUIA PARA DESCOBRIR O CAMINHO DO


AVIVAMENTO
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome,
se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei
dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua
terra” (2 Crônicas 7.14 – ACF).

Biblicamente, seria inconcebível pensar que o


avivamento viria sem a humilhação, a oração, a busca
pela presença do Senhor e o abandono do pecado.
Quando o rei Salomão terminou de construir o
templo, onde seria o lugar de adoração e de sacrifício,
em favor da nação de Israel (2Cr 7.11.12), o Senhor
Deus, O único Deus verdadeiro, deu orientações para o
Rei.
Essas orientações, na verdade são diretrizes para o
povo que Chama pelo nome do Deus da Bíblia.

2 Crônicas 7.14, expressa melhor do que qualquer


outro texto bíblico os requisitos de Deus para abençoar
uma nação, seja na terra de Salomão, seja na de
Esdras, seja na nossa.

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Quem crê deve abandonar seus pecados, deixar a
vida centrada no eu e se entregar à palavra e à vontade
de Deus. Só então, e não antes, o céu enviará
reavivamento.

1. Se humilhar diante do eterno.


1.1. O significado de se humilhar diante de Deus.
É você mostrar diante do Senhor, através de suas
atitudes e palavras que: tem noção da sua limitação,
por isso você não quer ser pretensioso e vai obedecer
ao Senhor.
1 Pedro 5. 6: Humilhai-vos, pois, debaixo da
potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte.

UM GRANDE EXEMPLO DE HUMILHAÇÃO DIANTE


DE DEUS
A história do General do Exército do rei da Síria, o
Leproso Naamã. Isso pode ser visto lá no segundo Livro
dos reis, Capítulo 5.
2. Segunda atitude: ORAR
A oração pode ser definida como: Uma conversa
que mantemos com Deus em o nome de Jesus.
2.1. O QUE A BÍBLIA ENSINA-NOS SOBRE A
IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO?
• Somos convocados a ORAR. 1
Tessalonicenses 5.17. Orai sem cessar.
• A oração é uma das peças da armadura de Deus, na
batalha Espiritual (Ef 6.10 - "18").
• Os cristãos são assegurados de que Deus ouve e
responde as orações oferecidas no nome de Jesus
(Jo 14.13-14).
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• A oração e amaneira pela qual nos aproximarmos
do trono da graça de Deus.
• A carta aos Hebreus 4.16, diz:
Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com
confiança, a fim de recebermos misericórdia e
encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno
(NAA).

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: quanto


tempo por dia você passa em oração?
Exemplos Bíblicos de pessoas que diariamente
separava tempo para orar. Entre tantos exemplos
destaco apenas dois.

A) O Rei Davi.
Ele fala que orava 3 vezes ao dia (Sl 55.17).
🛑 De tarde e de manhã e ao meio dia orarei; e
clamarei, e ele ouvirá a minha voz (Sl 55.17 -ACF).

B) O profeta Daniel.
Ele passava três períodos de oração (Dn 6.10).

3. Buscar a face do Senhor.


Buscar a face do Senhor, em 2 Crônicas 7.14
(ACF), significa procurar com a finalidade de
encontrar. Há uma versão bíblica que mostra que
buscar a face do Senhor é o mesmo que Buscar a
presença do Senhor (NVT).
Isso indica compromisso e perseverança da parte
de quem verdadeiramente quer buscar o Senhor.

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3.1. O QUE PODE ACONTECER QUANDO SE BUSCA
O SENHOR?
• Se obtêm comunhão com Deus,
• Passamos a desfrutar das ações divinas
• Passamos a ter uma visão clara do quão poderoso é
o Senhor.

Jó 42.2: Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum


dos teus propósitos pode ser impedido.

4. Se converter dos maus caminhos.


Se converter aqui, é voltar do caminho errado para
caminho certo.
O verdadeiro arrependimento implica mais do que
simplesmente falar: exige mudança de comportamento.
Quer o pecado seja individual, de um grupo ou de uma
nação.
Em outras palavras é você deixar de fazer tudo
aquilo que a Bíblia reprova e passar a fazer o que a
Bíblia te ordena.

O SENHOR revelou para o rei Salomão


quais seriam as reações de Deus em
resposta as quatro atitudes de seu povo
(2 Cr 7.14).
1) Ouvirei (significa prestar atenção a ponto de atender
as nossas orações).
2) Perdoarei.
3) Sararei (literalmente, significa curar).

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Subsídios Lição 6

O Avivamento no
ministério de Pedro

LEITURA BÍBLICA Atos 2.14-25

Pedro respondeu:
Arrependam-se, e
VERSÍCULO CHAVE
cada um de vocês
seja batizado em
nome de Jesus Cristo
para remissão dos
seus pecados, e
vocês receberão o
dom do Espírito
Santo. (At 2.38 NAA).
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Podemos analisar a vida espiritual do apóstolo
Pedro em dois aspectos: o Pedro antes do pentecostes e
o Pedro depois da experiência do pentecostes e, assim
teremos uma ideia do quão importante é ser cheio do
Espírito Santo.

I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES


Pedro era um homem impulsivo, em geral
tempestuoso, sendo o primeiro a agir e falar o que lhe
vinha à mente e caracterizava-se por seu entusiasmo
em tudo o que participava.
1. Quem era Pedro?
A) Seu nome.
Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra pequena)
é também chamado de Simão.
Ocasionalmente nos evangelhos os dois nomes são
usados juntos (Mt 16.16; Lc 5.8; Jo
1.40;6.8;68;13.6,8,24,36;18.10,15,25;20.2,6;21.2,7,11,
15). Às vezes, o uso de ambos os nomes é indicado
(Mt4.18;10.2;At 10.5,18,32;11.13).
É evidente que ele foi chamado de “Simão” ao
longo do ministério de Jesus, porém tornou-se cada
vez mais conhecido por “Pedro” durante o período
apostólico.
O Novo Testamento nos diz que Pedro era casado.
Em Marcos 1.29-31, Jesus cura a sogra dele. Em
1Coríntios 9.5, o texto afirma que Pedro, juntamente
com outros apóstolos casados, com frequência levava
sua esposa com ele durante as viagens missionárias.
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B) Sua cidade.
O texto de João 1.44 afirma que a cidade natal de
André (seu irmão) e Pedro era Betsaida.
O nome do pai de Pedro era Jonas (João 1.42; 21.15-
17). O pai era um pescador por profissão, como o eram
seus filhos Pedro e André. Eles eram da cidade de
Betsaida (Jo 1.44), mas posteriormente, quando eles
encontram Jesus eles residem em Cafarnaum (Mc
1.21,29).

C) Ocupação.
Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar
da Galileia (Mt 4.18; Mc 1.16). É possível que eles
fossem sócios no negócio da pesca com Tiago e João,
filhos de Zebedeu (Lc 5.10).

D) Encontro com Jesus.


A conversão de Pedro é presumida em João 1.42,
quando André apresenta Jesus a seu irmão e este
recebe um novo nome.
André, irmão de Pedro, era um discípulo e seguidor
de João Batista (Jo 1.35,40), mas tornou-se um
seguidor de Jesus após o testemunho de João, “Eis, o
Cordeiro de Deus!” (1.36,37). André, por sua vez,
localizou seu irmão Pedro e disse, “Achamos o
Messias” (1.41). Quando Jesus viu Pedro, disse, “tu és
Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas” (1.42).

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E) Pedro, um líder dos discípulos.
Pedro ocupou a posição de liderança no grupo dos
doze. Ele é o primeiro nas quatro listas dos doze
discípulos no Novo Testamento (Mt 10.2; Mc 3.16; Lc
6.14-16; At 1.13). Nos evangelhos ele é o mais
frequentemente mencionado entre os doze.
Ele frequentemente era o porta-voz dos doze (Mt
15.15; 16.16; Mc 8.29; Lc 9.20; Mt 18.21; 19.27; Mc
10.28; e Lc 18.28; 12.41). O fato de os cobradores de
imposto do Templo terem se aproximado de Pedro
indica seu papel de liderança (Mt 17.24).
Ao longo dos relatos, Pedro agiu e falou em nome
dos demais discípulos. No evento da Transfiguração é
Pedro quem queria levantar as tendas (Mc 9.5) e
somente ele teve fé suficiente para tentar andar sobre
as águas (Mt 14.28-31). É ele quem pede ao Senhor
para explicar seu ensino sobre o perdão (Mt 18.21) e as
parábolas (Mt 15.15; Lc 12.41). Ainda, é Pedro quem
expressa a mente dos discípulos em Mateus 19.27:
“Eis que nós deixamos tudo e seguimos o senhor; que
será, pois, de nós?”

2. Confissão e repreensão.
A) Confissão.
Em uma conversa com seus discípulos a respeito
das declarações de quem o povo dizia que ele era,
Jesus perguntou: “Mas vós, [...] quem dizeis que eu
sou?” (Mt 16.15) e Pedro respondeu sem hesitar: “Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16).

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Em sua réplica, Jesus declarou o que tem sido
tema de muitos comentários: “Tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja [...] Dar-te-ei as chaves
do reino dos céus [...]” etc. (Mt 16.13-19; Mc 8.27-29;
Lc 9.18-20).

Mateus Mt 16.13-19. O significado desta passagem é


que Cristo edificará a sua igreja sobre a verdade da
confissão feita por Pedro e os demais discípulos, i.e.,
que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (v. 16; At
3.13-26).
Jesus emprega um trocadilho. Ele chama seu
discípulo de Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra
pequena). A seguir, Ele diz: Sobre esta pedra (gr.
petra, que significa uma grande rocha maciça ou
rochedo) edificarei a minha igreja , i.e., sobre a
confissão feita por Pedro.

B) Repreendendo Jesus.
Certa ocasião, Jesus começou a informar seus
discípulos acerca de seu sofrimento vindouro e morte.
“E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo,
dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo
algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a
Pedro: Arreda, Satanás!” (Mt 16.21-23; Mc 8.31-33).
Embora o Senhor pareça chamar Pedro de Satanás, na
verdade Jesus estava reconhecendo Satanás nas
palavras preferidas por Pedro.

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3. Pedro e as atitudes de um homem impulsivo.
A) Na última ceia.
Durante a celebração de sua última Páscoa, Jesus
forneceu instruções a Pedro e João para os
preparativos necessários (Lc 22.8). Depois de tudo
pronto, Jesus começou a lavar os pés dos discípulos;
entretanto, ao chegar a vez de Pedro, este declarou em
humildade presunçosa: “Nunca me lavarás os pés”,
mas ao ouvir a resposta de Jesus: “Se eu não te lavar,
não tens parte comigo”, concordou e acrescentou que
lavasse também as mãos e a cabeça (Jo 13.3-9).

B) No Getsêmani.
Depois de acompanhar Jesus ao Getsêmani, Pedro
puxou da espada ao ver Judas com a multidão armada
para prender Jesus e cortou a orelha direita de Malco,
servo do sumo sacerdote — atitude prontamente
repreendida por Jesus (Mt 26.51-52; Jo 18.10-11).

C) Na Negação.
Mais tarde, Pedro declarou que de modo nenhum
abandonaria Jesus, ao que Jesus respondeu: Eu lhe
digo, Pedro, que hoje, antes que o galo cante, você
negará três vezes que me conhece (Lc 22.31-34 NAA).

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Pedro então, nega a Jesus por três vezes:
PRIMEIRA NEGAÇÃO.
Depois da prisão de Jesus, Pedro e João o
seguiram de longe até o palácio do sumo sacerdote
Caifás e entraram no pátio, onde uma serva perguntou
a Pedro: “Não és tu também um dos discípulos deste
homem? Não sou, respondeu ele” (Jo 18.15-17; Mt
26.58,69-70; Mc 14.66-68; Lc 22.55-57).

SEGUNDA NEGAÇÃO.
A segunda negação ocorreu no alpendre, para onde
havia se retirado. Ali outra serva exclamou aos que
estavam por perto: “Este também estava com Jesus, o
Nazareno”. Pedro negou, por meio de juramento,
sequer conhecer Jesus (Mt 26.71-72; 14.69-70; Lc
22.58 [aqui quem o acusa é um homem]; Jo 18.25).

TERCEIRA NEGAÇÃO.
A terceira negação ocorreu algum tempo depois
(“passado cerca de uma hora”, Lc 22.59) em resposta a
alguém que o acusou em razão de seu modo de falar
(Mt 26.73). Pedro começou a praguejar e declarou:
“Não conheço esse homem!” (Mt 26.74).
O galo cantou em seguida e Pedro, ao ver Jesus
fitando-lhe os olhos (Lc 22.61), percebeu sua própria
culpa e “saindo dali, chorou amargamente” (Mt 26.73-
75; Mc 14.70-72; Lc 22.59-62; Jo 18.26-27).

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Entre as principais características de Pedro pode-
se destacar: Devoção ao Mestre (Jo 13.37), que o
levava a exageros (Jo 13.9), e uma disposição vigorosa
que por vezes se manifestava como ousadia (Mt 14.29)
e impulsividade (Jo 18.10). Possuía um temperamento
colérico que se deslocava facilmente de um extremo a
outro (Jo 13.8-9).

II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES

1. A transformação de Pedro.
Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro foi
transformado noutro homem. A vida de Simão Pedro é
um testemunho imperecível de como o Espírito Santo
pode transformar uma vida e usá-la a serviço do Reino
de Deus. Depois da experiência do batismo com o
Espírito Santo, no Dia de Pentecostes (At 2), Pedro
nunca mais foi o mesmo. Tornou-se um homem cheio
do Espírito, um grande pregador e um apóstolo de
sucesso.

2. A vida de Pedro durante e depois do pentecostes.


B) Durante o Pentecostes.
Pedro foi revestido de coragem (At 2.14), para
pregar as boas-novas de salvação (At 2.14), com
revelação, unção (At 2.15,16), autoridade (At 2.23) e
um bom testemunho (At 2.31,32).

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C) Depois do Pentecostes.
Depois do Pentecostes, o ministério de Pedro foi
marcado por numerosas demonstrações do poder de
Deus: um coxo foi curado (At 3), o lugar em que Pedro
e outros irmãos em Cristo estavam reunidos moveu-se
com o poder Deus (At 4.31), ele usou o dom de
discernimento de espíritos (At 5.1-4), um avivamento
ocorreu em Samaria (At 8), ele foi liberto da prisão por
um anjo (At 12.1-19).

DOSE DE CONHECIMENTO
O PERFIL DE PEDRO
A história de Pedro é contada nos Evangelhos e no
livro de Atos. O apóstolo também é mencionado em
Gálatas 1.18 e 2.7-14. Ele escreveu as duas epístolas
que levam o seu nome: 1 e 2 Pedro.

Pontos fortes e êxitos


• Tornou-se um líder reconhecido entre os discípulos
de Jesus, estava entre os três mais próximos do
Mestre.
• Foi a primeira grande expressão do evangelho,
durante e depois do Pentecostes.
• Provavelmente, conheceu Marcos e deu-lhe
informações que foram registradas no Evangelho deste.
• Escreveu duas epístolas: 1 e 2 Pedro.
Fraquezas e erros
• Muitas vezes, falava sem pensar, mostrando-se
impulsivo e impetuoso.
• Durante o julgamento de Jesus, negou três vezes que
o conhecia.
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• Mais tarde, Pedro considerou muito difícil tratar com
igualdade gentios e judeus convertidos ao cristianismo.

Lições de vida
• O entusiasmo deve unir-se à fé e ao conhecimento,
para não se extinguir.
• A fidelidade de Deus pode compensar nossas maiores
infidelidades.
• É melhor ser um seguidor que erra às vezes do que
alguém que não segue ao Senhor.

Informações essenciais
• Ocupações: Pescador, discípulo.
• Familiares: Pai - João: irmão - André.
• Contemporâneos: Jesus. Pilatos, Herodes.
Fonte: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal - CAPD

Curiosidades
Escatológicas

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Subsídios Lição 7

Estêvão - um Mártir
Avivado

LEITURA BÍBLICA Atos 6.8-10; 7.54-60

Estêvão, cheio de
VERSÍCULO CHAVE
graça e de poder,
fazia prodígios e
grandes sinais entre
o povo (Atos 6.8
NAA).

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Estêvão (At 6.5; 8-15) atuar como diácono e
evangelista, cujo ministério foi exercido de maneira
avivada e fiel a Cristo até a morte. "Sê fiel até à morte, e
dar-te-ei a coroa da vida" (Ap 2.10). Estêvão foi fiel
tanto em sua vida quanto em sua morte, portanto é
um excelente exemplo para nós.

I – A VIDA DE ESTÊVÃO
1. Quem era Estêvão?
Estêvão (Nome pessoal que significa “coroa”) foi o
primeiro mártir cristão. Ele foi um dos sete homens
escolhidos e aprovados, tanto pelos Doze quanto pela
comunidade, para a distribuição diária de alimento (At
6.1-7).

2. O ministério avivado de Estêvão.


As características do ministério de Estêvão demonstram
que ele exercia o seu ministério de maneira avivada.
Vejamos.
Como era a vida • Cheia de fé
espiritual de Estêvão? • Cheia do Espírito Santo
(Atos 6.5; 7.54-56) Observação. Ser "cheio de"
significa ser "controlado por".
✓ Cheio de graça
Como Estêvão exercia o ✓ Cheio de poder
seu ministério? ✓ Fazia prodígios e grandes
(Atos 6.8,10) sinais entre o povo
✓ Cheio de sabedoria

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3. Os céus abertos para Estêvão (At 7.55).
Estêvão vê os céus abertos e recebe um a
percepção sobrenatural de realidades celestiais (At
7.55,56). Ele viu a glória de Deus e Jesus, que estava à
direita de Deus. Estêvão tornou-se o primeiro de três
homens a ver Jesus depois de Sua ascensão. Os outros
dois foram Paulo (At 9.3-6) e João (Ap 1.10,12-16).
Estêvão viu Jesus à direita de Deus.

A) Os céus abertos para os servos de Deus.


• Deus abriu os céus e convidou Ezequiel para
contemplar a sua glória, a qual constituía a base tanto
do juízo como da esperança de Israel (Ez 1.1).
• A única outra referência no Antigo Testamento à
abertura dos céus ocorre em Gn 7.11, em bora Is 64.1
fale do Senhor fendendo os céus.
• No Novo Testamento, os céus se abrem no batismo
de Cristo (Mt 3.16).
• Casos semelhantes de céus se abrindo são
encontrados em Ap 4.1; 19.11.

II – A MORTE DE ESTÊVÃO
“E enquanto o apedrejavam, Estêvão orava,
dizendo: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então,
ajoelhando-se, gritou bem alto: Senhor, não os
condenes por causa deste pecado! E, depois que ele
disse isso, morreu” (At 7.59,60 NAA).

1. Motivos usados par matarem Estêvão:


acusações falsas de blasfémia.

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A) Blasfemou contra Moisés


O martírio de
ao fazer Cristo Maior do que
Moisés (At 6.11,14). Estêvão
B) Blasfemou contra Deus • Seus
ao exaltar Cristo acirra do perseguidores (At
templo e da lei (At 6.11,14). 7.54,57,58).
C) Blasfemou contra o • Sua visão da
templo ao dizer que Cristo glória (At 7.55,56).
o destruirá (At 6.14; Mt • Suas orações.
24.1-3; Lc 21.20-24; Dn a) Por si mesmo.
9.26). b) Por seus inimigos.
D) Blasfemou contra a lei ao Estêvão orou por
dizer que Cristo aboliu a lei seus assassinos (At
e fez uma nova aliança (At 7.59,60).
6.14; Mt 26.28; 2 Co 3.6-15; • Sua morte.
Cl 2.14-17). Os anciãos judeus
mataram Estêvão (At
7.58.59,60).

2. O apedrejamento de Estêvão (At 7.54-60).


Seu poderoso sermão encheu a multidão de ódio.
(1) Eles enfureceram-se (At 7.54).
(2) Eles rangeram seus dentes (At 7.54).
(3) Eles gritaram em alta voz (At 7.57).
(4) Eles taparam os ouvidos (At 7.57).
(5) Eles arremeteram unânimes contra ele (At 7.57; At
19.29).
3. Os dois pedidos antes de morrer.
As duas petições de Estêvão são surpreendentes.
A) A primeira, Senhor Jesus, recebe o meu espírito,
proclama que Jesus é Juiz e Salvador.

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B) A segunda petição de Estêvão, para que Deus não
[...] imputasse] [...] pecado aos seus executores nessa
questão, ilustra o espírito não vingativo de alguém que
compreende que os seus próprios pecados foram
perdoados pela graça.

Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e


fizeram grande pranto sobre ele (At 8.2).
Estêvão estava na dianteira do grupo que via o
cristianismo como mais que uma seita judaica. Eles
levaram a sério a ordem de Jesus de levar o Evangelho
a todo o mundo e lideraram o movimento missionário
mundial que levou o Evangelho a todo o Império
Romano no séc. I.
Estêvão foi o primeiro “não apóstolo” a quem se
atribuem milagres, como também o primeiro “não
apóstolo” cujo sermão está registrado, no Livro de Atos.
Não se sabe quanto tempo o ministério de Estêvão
durou, mas obviamente ele teve um ministério
poderoso, visível e influente.
O martírio de Estêvão deu início a uma grande
perseguição em Jerusalém (At 8.1-3), que foi seguida
pela proclamação do evangelho aos samaritanos e
depois os gregos.

Significado de Mártir
Pessoa submetida a torturas, a sacrifícios ou à morte
por um ideal ou por uma crença.
Quem se sacrificou em nome da fé e de suas
convicções; mártir religioso.
Martírio
Grande tormento sofrido por causa da fé.

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(1) DOSE DE CONHECIMENTO


Tipos de Crimes punidos com a morte
No sistema judaico havia uma grande variedade
de penas relacionadas a todo tipo de crime e
transgressões das regras civis e religiosas.
Entre os crimes passíveis de morte se
encontravam:
1) blasfêmia (Lv 24.14,16,23),
2) não observância do sábado (Nm 15.32-36),
3) feitiçaria (Êx 22.18),
4) adultério (Lv 20.10; 18.20),
5) estupro (Dt 22.25),
6) incesto (Lv 20.11-12,14,17,19-21; 18.6-18),
7) rapto (Êx 21.16),
8) idolatria (Lv 20.1-5; cf. 18.21) e
9) homicídio (Êx 21.12-14; Lv 24.17,21).
A pena capital mais comum era o
apedrejamento (Lv 20.2,27; 24.14,16; Dt 13.10;
17.5), embora também se mencione outras
formas, como enforcamento (Gn 40.22; Nm 25.4;
Js 8.29) e incineração (p. ex., Gn 38.24; Js 7.15).

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(2) DOSE DE CONHECIMENTO
Estêvão cometeu contradições em sua
pregação?
1. SOBRE OS DESCENDENTES DE JACÓ
Gênesis 46.26, 27 afirma que a casa de Jacó era
constituída de setenta pessoas, inclusive a família de
José, que já se encontrava no Egito; mas Estêvão fala
de setenta e cinco pessoas (At 7.14; ver Êx 1.1-5).
O texto hebraico apresenta o número setenta tanto
em Gênesis como em Êxodo, mas a Septuaginta (a
tradução grega do Antigo Testamento) diz setenta e
cinco.
De onde surgiu esse número da Septuaginta?
Ao fazer a contagem, os tradutores incluíram os
netos de José (1 Cr 7.14, 15,20-25). Uma vez que
Estêvão era um judeu helenista, usou, naturalmente, a
Septuaginta. Não existe aqui qualquer contradição; o
total depende dos elementos incluídos.
2. SOBRE O SEPULTAMENTO DE JACÓ
Atos 7.16 sugere que Jacó foi sepultado em Siquém,
mas Gênesis 50.13 afirma que ele foi sepultado numa
caverna em Macpela, em Hebrom, juntamente a
Abraão, Isaque e Sara (Gn 23.17).
José foi sepultado em Siquém (Js 24.32). É
provável que os filhos de Israel tenham levado embora
do Egito os restos mortais de todos os filhos de Jacó,
não apenas os de José, e que os tenham sepultado em
Siquém. Os "pais" mencionados em Atos 7.15 seriam,
então, os doze filhos de Jacó.

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Mas quem comprou o sepulcro em Siquém, Abraão
ou Jacó?
Estêvão parece afirmar que a compra foi feita por
Abraão, mas o Antigo Testamento diz que foi Jacó
quem comprou a propriedade (Gn 33.18-20). Abraão
comprou a caverna de Macpela (Gn 23.14-20).
A explicação mais simples é que, na verdade,
Abraão comprou as duas propriedades, e,
posteriormente, Jacó teve de readquirir a terra de
Siquém. Abraão mudou-se em várias ocasiões, e os
habitantes daquela terra podem facilmente ter
ignorado a transação ou se esquecido dela.

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Subsídios Lição 8

O Avivamento
Espiritual no Mundo

LEITURA BÍBLICA Ezequiel 37.1-10

Porei em vocês o meu


Espírito, e vocês
VERSÍCULO CHAVE viverão. Eu os
estabelecerei na sua
própria terra, e vocês
saberão que eu sou o
SENHOR. Eu falei e eu o
cumprirei, diz o
SENHOR.”
(Ezequiel 37.14 NAA)

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Através do capítulo 37 do livro do profeta Ezequiel,
vemos a promessa de Deus de restauração nacional e
reavivamento espiritual do povo escolhido, Israel. Além
do povo Judeu, o mundo precisa da ajuda divina para
desfrutar de um avivamento.

I – EXEMPLOS DE AVIVAMENTO NA HISTÓRIA

Contando a partir da Reforma Protestante, no


século 16, a maioria dos historiadores identifica seis
ondas de avivamentos especiais ou “Despertamentos”
na igreja em todo o mundo, com muitos grandes
nomes e eventos associados a cada um deles:
Ano: 1727 - O Grande Despertamento.
Theodore J. Frelinghuysen (1691-1747), Gilbert
Ten-nent (1703-1764), Jonathan Edwards (1703-
1758), George Whitefield (1714-1770) e John Wesley
(1703-1791) estão associados ao Primeiro Grande
Despertamento, ocorrido a partir de 1727, na América
do Norte.

Ano: 1800 - Segundo Grande Despertamento.


Começou por volta de 1800. Enquanto o primeiro
limitou-se essencialmente aos presbiterianos e
congregacionais, esse atingiu todas as denominações,
especialmente os batistas e os metodistas, que tiveram
um crescimento vertiginoso e tornaram-se os maiores
grupos protestantes da América do Norte. Um nome
forte associado a esse despertamento é Charles G.
Finney (1792-1875), que acreditava que o avivamento
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poderia ser produzido pelo uso de técnicas que
incluíam apelos insistentes e carregados de emoção,
aconselhamento pessoal dos decididos e séries
prolongadas de reuniões evangelísticas.
Esse segundo despertamento resultou, tanto na
América como na Europa, no surgimento das grandes
sociedades bíblicas, de missões, das escolas
dominicais, reformas sociais, abolição do comércio de
escravos, prisões reformadas e inúmeras instituições
de benevolência abertas.

Ano: 1830 – O renascimento.


O terceiro Despertamento ou “renascimento”, de
1830, influenciou grandemente a América do Norte e
muitos países, principalmente a índia e o Ceilão. Os
Plymouth Brethren começaram a surgir com John
Nelson Darby naquela época, em resultado da
desilusão com o denominacionalismo e a hierarquia
clerical.

Ano: 1857 - O terceiro Despertamento.


O despertamento seguinte é também chamado de
Terceiro Grande Despertamento. Começou a partir de
1857, no Canadá, e se espalhou pelo mundo,
principalmente na América e Austrália. Nomes
significativos dessa época incluem Dwight L. Moody,
Ira D. Sankey, William e Catherine Booth (fundadores
do Exército da Salvação), Charles Spurgeon e James
Caughey. Hudson Taylor deu início à China Inland
Mission (Missão para o Interior da China), e Barnardo
fundou os seus famosos orfanatos.
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As conferências de Keswick deram início ao
Movimento da Santidade na Grã-Bretanha,
incentivando um estilo de vida de santidade, unidade e
oração.

Ano: 1880-1903 - Novo Renascimento.


O Despertamento seguinte (1880-1903) tem sido
descrito como “um período de esforço e sucesso
evangelístico incomuns”, e algumas vezes considerado
como “ressurgimento” das ondas de despertamentos
anteriores. Moody, Sankey e Spurgeon são outra vez
notáveis. Outros nomes incluem Sam Jones, J. Wilber
Chapman e Billy Sunday, na América do Norte,
Andrew Murray, na África do Sul, e John McNeil, na
Austrália. A Faith Mission começa em 1886.

Ano: 1900 a ?? - Avivamentos Pentecostais.


O último Grande Despertamento (1900 em diante)
tem suas raízes no Movimento da Santidade que se
Trata-se os
havia desenvolvido no século 19.
movimentos de avivamentos pentecostais
na América do Norte e na Europa, por
causa de um anseio por mais poder e maior
derramamento do Espírito Santo com a
evidência do falar em outras línguas, num
movimento Restauracionista, promovendo
um retorno à Igreja primitiva.

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DOSE DE CONHECIMENTO
Outros casos de avivamento.
Vários avivamentos aconteceram nos Estados Unidos e
na Europa antes e depois da Rua Azusa (em Los
Angeles, Estados Unidos entre 1906 e 1910).

Em verdade, a Rua Azusa transformou-se em poderosa


fogueira divina, onde centenas e milhares, de todos os
pontos da América, atraídos pelos acontecimentos, iam
ver o que se passava, eram batizados com o Espírito
Santo, e levavam para suas cidades essa chama viva -
o batismo com o Espírito Santo.

Quem levou a mensagem pentecostal a Los Angeles, foi


uma senhora metodista, que, por sua vez, a recebeu
na cidade de Houston, quando aí fora visitar seus
parentes.

Outros exemplos de avivamentos aconteceram na


Suécia em 1858, e 1740 na Inglaterra.

Na América do Norte, podem-se mencionar os


avivamentos nos Estados de Nova Inglaterra em 1854,
e na cidade de Moorehead, em 1892, seguidos dos de
Galena, Kansas, em 1903, e Orchard e Houston, em
1904 e 1905 respectivamente.

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II - AVIVAMENTO NO PAÍS DE GALES

O País de Gales ou simplesmente Gales é um país


constituinte do Reino Unido. Faz fronteira com a
Inglaterra a leste, com o Mar da Irlanda ao norte e a
oeste, e com o Canal de Bristol ao sul.

1. Avivamento de oração de 1859 no País de Gales.


O País de Gales experimentou avivamento em
escala local diversas vezes em sua história. Houve a
chamada “bênção de 1739”, “o grande avivamento” de
1762, e mais visitações de Deus em 1791, 1817, 1840
e 1848.
Chegando a meados do século 19, muitos cristãos
piedosos em Gales sentiam necessidade de novo e
poderoso despertar. Oravam em particular, às vezes
nos cultos domésticos e nos cultos congregacionais:
“Não tornarás a vivificar-nos, para que teu povo se
alegre em ti? “(Sl 85.6)
A notícia do poderoso avivamento no País de Gales
descrevia-o como “um poderosíssimo despertar”, “fogo
celestial” e “dedo de Deus”. “Verdadeiramente, este é o
maior derramar do Espírito […] jamais experimentado
em nossa nação e nosso país.” Foi maravilhosamente
como se a nação tivesse nascido em um único dia (Is
66.8).

2. O Reavivamento de 1904
Onde começou a série de avivamentos poderosos
de 1904, com suas maravilhosas colheitas?
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Os historiadores geralmente referem-se ao que
começou no vilarejo de Loughor, no sul do País de
Gales, como ponto de fusão.
Evan Roberts foi instrumento de Deus no
lançamento desse reavivamento de 1904. Evan Roberts
começou em 1891, como menino de treze anos, a ter
fome e sede e orar por dois motivos principais:
1) para que Deus o enchesse de seu Espírito e
2) para que Deus enviasse o avivamento a Gales.
Talvez Roberts tenha feito o maior investimento no
banco de orações de Deus para o avivamento que o
Senhor desejava muito enviar. Talvez seja por isso que
a onda internacional de avivamento começou em Gales
— por meio de Evan Roberts.
A Vida de Evan Roberts
Nascido em Loughor, no
País de Gales, Evan
Roberts foi o mais novo dos
dois filhos de Henry e
Hannah Roberts. Criado
em um lar calvinista
metodista, ele foi uma
criança séria que
frequentava a igreja
regularmente e memorizava
as Escrituras à noite. Da
idade de 11 a 23 anos, ele
trabalhou nas minas de
carvão ao lado de seu pai.

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Evan Roberts, evidentemente, era um jovem que
passava horas orando a cada semana, ambas as
orações pessoais e as realizadas nos encontros de
oração. Diversos estudos de caráter têm notado seu
zelo incomum e caráter caloroso. Ele era humilde. Uma
explosão, quando ele ajudava seu pai na mina,
chamuscou sua Bíblia. Ele a lia diligentemente.
O avivamento seguiu um período de oração e
interesse em vários trimestres. Mas a centelha parecia
voar de Roberts. Evan teve uma visão de uma foto de
um cheque com 100.000 de almas salvas. Dentro de
poucos meses, em Outubro de 1904, era este o caso.
Os números de conversões foram narrados diariamente
no Western Mail, o jornal nacional do País de Gales.
Jornalistas famosos, pregadores, e até mesmo o futuro
Primeiro Ministro Lloyd George, atestaram a
autenticidade do avivamento e a de Evan Roberts.

Evan Roberts morreu em 1951 na idade de 73 anos.

A MENSAGEM DE EVAN ROBERTS

Os quatro "pontos" de sua mensagem eram:

1. Confesse todo pecado conhecido, recebendo perdão


através de Jesus Cristo;
2. Remova qualquer coisa em sua vida sobre a qual
você tem dúvidas ou se sente inseguro;
3. Esteja pronto a obedecer ao Espírito Santo
imediatamente;
4. Confesse publicamente o Senhor Jesus Cristo.

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III - O AVIVAMENTO DOS ÚLTIMOS DIAS


“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do
meu Espírito derramarei sobre toda a carne... (Joel
2.28; Atos 2.17).

1. O significado dos últimos dias.


Os últimos dias começaram com a primeira vinda de
Cristo e o derramamento inicial do Espírito sobre o
povo de Deus, e terminarão com a segunda vinda do
Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2).

2. Avivamento nos últimos dias.


A) Os sinais dos últimos dias.
➢ Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do
Espírito Santo (Mt 12.28).
➢ Os últimos dias abrangem a investida do poder de
Deus, através de Cristo, contra o domínio de
Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra
apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a
atividade satânica ainda estão fortemente presentes
(Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de
Jesus aniquilará a atividade do poder maligno e
encerrará os últimos dias (1 Pe 1.3-5; Ap 19).
➢ Os últimos dias serão um período de testemunho
profético, conclamando todos a se arrependerem,
crerem em Cristo e experimentarem o
derramamento do Espírito Santo (At 1.8; 2.4,38-40;
Jl 2.28-32).

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B) A profecia de avivamento sobre toda a carne.
Foi o profeta Joel, no Antigo Testamento, a quem
Deus revelou sobre o derramamento do Espírito nos
últimos tempos (Jl 2.23-32).

“Sobre toda a carne” (Joel 2.28,29). Isso fala de algo


da parte de Deus para todos, em todos os países, povos
e raças do mundo. Também de imparcialidade.
➢ “Vossos filhos e vossas filhas”: Para a família, o
lar; também, sem distinção de sexo.
➢ “Vossos jovens e vossos velhos”: Sem distinção de
idade, pois Deus quer usar a todos, de um modo ou
de outro.
➢ “Servos e servas”: Não há discriminação social.
Deus abençoa os que são pequenos em si mesmos,
mas elevados no Senhor (Sl 115.13; Hb 8.11).
Este manancial está a fluir desde o Dia de
Pentecostes. Não é apenas para o futuro, mas
também para os dias atuais.

B) Futuro profético (Atos 2.16-20).


A vinda do Espírito Santo no Dia de Pentecostes
para dotar os crentes de poder, não se limita aos
tempos atuais, mas adentra o futuro profético. Os
sinais sobrenaturais esboçados nos vv. 19 e 20, bem
como em outras passagens correlatas, aguardam
cumprimento futuro. A efusão do Espírito terá a sua
plenitude durante o Milênio no reinado do Messias,
como prediz Isaías 32.15-17. É justo crer que no
reino do Messias, o Espírito será amplamente
derramado (Zc 12.10; Ez 39.29).

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Subsídios Lição 9

O Avivamento
Pentecostal no Brasil

LEITURA BÍBLICA Atos 19.1-7

E, quando Paulo lhes


VERSÍCULO CHAVE impôs as mãos, o
Espírito Santo veio
sobre eles, e tanto
falavam em línguas
como profetizavam
(Atos 19.6 NAA).

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Como surgiu o termo pentecostalismo? Quem
foram os primeiros missionários pentecostais que
chegaram em terras Brasileiras? Qual é a mensagem
pentecostal? Nesta oportunidade buscaremos à luz da
Bíblia e da História as respostas para essas perguntas.

I - O MOVIMENTO PENTECOSTAL

O Movimento Pentecostal é assim chamado porque


resgatou a plenitude da experiência de Atos 2, ocorrida
durante a festa judaica de Pentecostes. Os dons do
Espírito, os chamados “sinais”, foram prometidos por
Jesus (Mc 16.17-20).
O termo
Além do episódio de
“pentecostalismo”
Atos 2, vemos o
deriva da experiencia do
derramamento do
Dia de Pentecostes,
Espírito Santo em
quando o Espírito Santo
várias partes do livro de
desceu sobre os
Atos. Em alguns casos,
discípulos de Cristo num
os dons do Espírito
cenáculo de Jerusalém.
Santo são frisados:
línguas e profecias, O pentecostalismo é
principalmente (At definido como um
10.45-46). movimento religioso com
ênfase na espiritualidade
e que saiu do
protestantismo
tradicional.

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1. O surgimento do pentecostalismo no livro de
Atos.
A expressão “pentecostalismo” procede do vocábulo
grego pentekosté que significa quinquagésimo.
O Pentecostes era a segunda das três principais festas
judaicas (Lv 23) e recebe esse nome por ser comemorado
cinquenta dias após a Páscoa (Lv 23.16). Foi durante o
Pentecostes que os quase 120 que oravam no cenáculo
receberam o batismo com o Espírito Santo (At 1.3; 2.1-13).
2. O movimento pentecostal a partir de 1901.
Em 1901, o pentecostalismo que conhecemos hoje
teve seu início e, em 1906, na Rua Azuza, em Los
Angeles, USA, um pastor negro, William Seymour,
homem piedoso e de vida santa, começou a orar pelas
pessoas e o Espírito Santo manifestava-se
poderosamente, com sinais e prodígios e a
manifestação de línguas espirituais como em Atos dos
Apóstolos.
A) A ênfase do movimento pentecostal.
É um movimento que enfatiza a experiencia dos
discípulos de Cristo no Dia de Pentecostes como uma
manifestação que não ficou restrita ao passado, ou
seja, enfatiza a atualidade da doutrina do batismo no
Espírito Santo e dos dons espirituais”.
3. O que é ser pentecostal?
Pentecostal é aquele que acredita na atualidade do
batismo com o Espirito Santo com a evidência inicial de
falar em outras línguas. Durante um tempo essa
verdade foi negligenciada por muitos cristãos, mas no
início do século XX a igreja passa por um grande
avivamento nesse sentido.
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II - O MOVIMENTO PENTECOSTAL NO BRASIL

1. Pentecostalismo no Brasil.
O movimento pentecostal da Rua Azuza
influenciou Daniel Berg e Adolf Gunnar Vingren, que
vieram ao Brasil, chegando a esta terra em 1910.
Em 1906 a igreja Missão de Fé Apostólica,
localizada na rua Azusa, Califórnia, e pastoreada por
Willian Seymour, começou a influenciar todo os
Estados Unidos com sua mensagem pentecostal,
inclusive dois imigrantes suecos: Daniel Berg e Gunnar
Vingren.
Berg e Vingren, em 1911 fundaram no Brasil “a
Missão da Fé Apostólica” que mais tarde se chamaria
Assembleia de Deus e que viria a ser a maior
denominação evangélica do Brasil.

2. As fases do pentecostalismo no Brasil.


O pentecostalismo brasileiro pode ser dividido em
três fases onde o foco da mensagem variou durante o
tempo: 1ª fase (1910 - 1950), ênfase no Batismo com o
Espírito; 2ª fase (1950 -1970), ênfase em cura divina;
3ª fase (1970 - dias atuais), ênfase em expulsão de
demônios.
A) 1ª fase (1910 - 1950): Começou com a vinda do
missionário italiano Louis Francescon, que fundou a
Congregação Cristã no Brasil (1910) e trabalhou entre
os italianos nos Estados do Sul e Sudeste brasileiro, e
com Daniel Berg e Gunnar Vingren, que fundaram a
Assembleia de Deus (1911) nos Estados do Norte e
Nordeste.
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Neste período a mensagem era centrada no
Batismo com o Espírito Santo, em uma separação total
do mundo (Rm 12.2) e na prática de uma vida moral e
espiritual.

B) 2ª fase (1950 - 1970): Começou na década de 1950


com a chegada de dois missionários norte-americanos
que fundaram a Igreja do Evangelho Quadrangular
(1951), pois tinham por objetivo alcançar o maior
número de pessoas possível, usando o rádio para este
fim.
Neste período, também foram fundadas a Igreja
Evangélica Pentecostal o Brasil para Cristo (1955) e a
Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962), sendo que a
mensagem principal deste período era a cura divina.

C) 3ª fase (1970 - dias atuais): Esta fase também é


chamada de neopentecostalismo, e seus principais
representantes são a Igreja Universal do Reino de Deus
(1977), Igreja Internacional da Graça de Deus (1980),
Igreja Apostólica Renascerem Cristo (1986) e Igreja
Mundial do Poder de Deus (1998), onde a mensagem
enfatizada é a expulsão de demônios e, principalmente,
a prosperidade financeira.

3. A experiência pentecostal na vida dos fundadores


da Igreja Assembleia de Deus no Brasil.
A) A experiência pentecostal de Daniel Berg.
Em 25 de março de 1902, o jovem sueco Daniel Berg,
com 18 anos e crente batista, desembarcou em Boston,
nos Estados Unidos. Depois de sete anos, retornou a
Suécia e conheceu a nova doutrina do batismo com o
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Espírito Santo por meio do pastor Lewi Pethrus que
fora seu amigo de infância.
Quando retornou aos Estados Unidos, em Chicago,
ele recebeu a promessa pentecostal em 15 de setembro
de 1909.

B) A experiência pentecostal de Gunnar Vingren.


Em 19 de novembro de 1903, o jovem sueco
Gunnar Vingren chegou a Kansas City (EUA). Era
crente batista e trabalhara como evangelista na
Suécia. Recebeu o batismo com o Espírito Santo em
novembro de 1909 numa conferência em Chicago.

III - A MENSAGEM PENTECOSTAL

O Movimento Pentecostal no Brasil, principalmente


sob o trabalho de evangelização das Assembleias de
Deus, prega a seguinte mensagem: Jesus salva, Jesus
batiza no Espírito Santo, Jesus cura e Ele breve
voltará. Essa mensagem é conhecida como a pregação
completa do Evangelho.

1. Jesus Salva.
Pregar o Evangelho sempre foi prioridade no
Movimento Pentecostal porque nossos primeiros pais
sempre tiveram o entendimento de que o ser humano
está perdido em delitos e pecados (Rm 1.18-32; Ef
2.1,2). Logo, se ele não arrepender-se a tempo (Jo
3.16-19), certamente receberá a devida condenação no
juízo de Deus (Mt 25.41-46).

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Sabedores disso, os missionários pentecostais não
mediram esforços para anunciar a única chance para o
pecador ser livre do pecado: arrepender-se e
reconhecer que Jesus Cristo é o único e exclusivo
salvador (At 2.38).

2. Jesus Cura.
Jesus Salva, uma bênção que ocorre na esfera
espiritual da vida do ser humano. Entretanto, por
intermédio do exercício dos dons espirituais na vida do
crente, e com o objetivo de mostrar que o Evangelho de
Cristo é uma mensagem de poder (Hb 2.1-4), e não
apenas teoria doutrinária, existe uma bênção que
ocorre no corpo físico da pessoa: a cura divina. Esta
mensagem pentecostal está fundamentada
biblicamente em Isaías 53 (vv.4,5) e ao longo do
ministério de Jesus os quatro Evangelhos) e do
ministério dos apóstolos (Atos dos Apóstolos e Cartas
Apostólicas). Jesus Cristo que tem poder para salvar a
alma do pecador, tem poder para curar as
enfermidades do corpo.

3. Jesus Batiza no Espírito Santo.


Uma vez que o pecador está salvo em Cristo, há
uma promessa gloriosa acerca do Batismo no Espírito
Santo dirigida para ele: "essa promessa é para vocês,
para os seus filhos e para todos os que estão longe, isto
é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus,
chamar” (At 2.39).

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A partir do Batismo no Espírito Santo, conforme
narrado nos Atos dos Apóstolos, com a evidência do
falar em línguas (At 2.4; 8.14-7; 10.44-46), abre-se
uma porta gloriosa para os dons espirituais (1Co 12.1-
11) para que, a partir desse crente batizado, e dos
demais, haja uma igreja viva, orgânica e capacitada
pelo Espírito a pregar o Evangelho ao pecador com
poder, sinais e maravilhas (At 3.1-10; vv.11-21; 1 Co
2.4,5).

4. Jesus Breve Voltará.


Uma vez apresentada a Salvação, o Batismo no
Espírito Santo e a Cura Divina, a mensagem
pentecostal apresenta a esperança de que breve Jesus
Virá (Ap 3.11).
Consciente de que Nosso Senhor
pode voltar a qualquer momento, o
pentecostal procura viver de
maneira santa, cheio do Espírito
Santo, uma vida devocional ungida, a
fim de pregar o Evangelho completo
até que nosso Senhor arrebate a sua
Igreja e distribua galardões aos
santos (1Co 3.10-14; Ap 3.12).

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Subsídios Lição 10

O Avivamento na Vida
Pessoal

LEITURA BÍBLICA Salmos 63.1-8

A minha alma está


VERSÍCULO CHAVE
apegada ao pó;
vivifica-me
segundo a tua
palavra
(Salmos 63.1 NAA).

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Em Salmos 119.25 o salmista clama por um
avivamento pessoal, dizendo: “A minha alma está
pegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.” Em
Sl 119.107 o salmista reconhece a palavra do Senhor
como fonte de avivamento, dizendo: “Estou aflitíssimo;
vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua palavra.” A
exemplo do salmista, precisamos desejar e buscar em
Deus o avivamento para a nossa própria vida.

I – CLAMANDO POR AVIVAMENTO PESSOAL


(Salmos 119.154-159)

“Defende a minha causa e liberta-me; vivifica-me,


segundo a tua promessa” (Sl 119.154 NAA).
1. Vivifica-me.
Significado de vivificar:
Dar vida a; fazer existir; animar.
A expressão vivifica-me quer dizer: "dá-me vida, ergue-
me e dá me forças para prosseguir".

2. Clamando por vivificação.


A) Vivifica-me, ó SENHOR, segundo o teu juízo (Sl
119.149).
B) Vivifica-me segundo a tua palavra (Sl 119.154).
C) Vivifica-me, ó SENHOR, segundo a tua benignidade
(Sl 119.159).
D) Vivifica-me no teu caminho (Sl 119.37).
E) Vivifica-me, segundo a tua misericórdia (Sl 119.88).

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3. Promessa de vivificação.
Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a
eternidade e cujo nome é Santo: “Habito no alto e
santo lugar, mas habito também com o contrito e
abatido de espírito, para vivificar o espírito dos
abatidos e vivificar o coração dos contritos (Is 57.15
NAA). Significa que está desanimado; deprimido; que
se enfraqueceu; humilhado.

B) coração contrito.
Que sente remorso ou arrependimento pelos pecados
ou por ofensas a Deus; que expressa contrição;
arrependido.

II – O AVIVAMENTO ESPIRITUAL DO CRENTE FIEL

A oração, leitura da bíblia e a santificação deve fazer


parte vida do crente que deseja desfrutar do
avivamento espiritual.
1. Buscando o avivamento pessoal por meio da
oração (Ef 6.18; 1Ts 5.17).
Um crente que não desenvolver o costume de
buscar ao Senhor frequentemente por meio da oração,
certamente não terá um avivamento em sua vida.
A) Exemplos de oração constante.
• Davi tinha o costume de começar o dia orando e
vigiando. Ele orava pelo menos três vezes ao dia (Sl
55.17).
• Daniel orava três vezes ao dia (Dn 6.10).
• Jesus costumava orar diariamente (Mt 26.36-44; Lc
22.39).

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B) Buscando a face do Senhor.
“Ó DEUS, tu és o meu Deus, de madrugada te
buscarei...” (Salmos 63.1 ACF).
O escritor de Crônicas emprega o verbo ‘buscar [ao
SENHOR]’ oito vezes nos caps. 14-16 (14.4,7;15.2,4,12,
13, 15;16.12) e trinta vezes ao todo nos dois livros de
Crônicas.
Significa desejar e buscar com fervor a presença do
Senhor, sua comunhão, seu reino e sua santidade (1
Cr 16.11).

Buscar ao Senhor inclui:


(1) voltar-se de todo o coração para Deus, em oração
fervorosa (Is 55.6; Jr 29.12,13);
(2) ter fome e sede de justiça e da presença do Senhor
(15.2; SI 24.3-6; Is 51.1; Mt 5.8; Jo 4.14; Mt 5.6)
(3) dedicar-se resolutamente a fazer a vontade de Deus
e abandonar a prática de tudo que possa ser ofensivo a
Deus (vv. 2-7; 7.14) e
(4) crer em Deus e depender dEle como nosso
verdadeiro socorro (Hb 13.6), na certeza de que Ele é
‘galardoador dos que o buscam’ (Hb 11.6; 2 Cr 14.11).
A Bíblia recomenda que devemos orar sem cessar
(1Ts 5.17), perseverar em oração (Cl 4.2), orar em todo
o tempo (Ef 6.18). A oração nos leva pelo novo e vivo
caminho até o trono da graça onde recebemos ajuda
em tempo oportuno, a fim de sermos vitoriosos (Hb
10.19,20; 4.16).

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2. Lendo e meditando na Palavra de Deus (Is 1.8; Sl
1.2; Sl 119.97).
Além de viver uma vida de oração, o crente avivado
precisa conhecer qual é a vontade de Deus para a sua
vida e a leitura e meditação na Bíblia Sagrada nos
ajudará neste sentido.

A) “O que é a meditação bíblica?


A verdadeira meditação nos ajuda a aplicar a verdade
bíblica a circunstâncias difíceis ou estressantes.
Algumas palavras descrevem a meditação cristã da
Escritura: refletir, ponderar e até ruminar. Assim como
a vaca primeiro engole a comida para mais tarde
regurgitá-la e mastigá-la outra vez; também o crente,
em seu momento de reflexão, alimenta a memória com
a Palavra de Deus e depois a traz de volta a seu
consciente, quantas vezes forem necessárias. Cada
nova ‘mastigação’ produz ainda mais nutrientes para o
sustento da vida espiritual.
“Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação
em todo o dia!” (Sl 119.97). Como vemos, o salmista
tinha prazer em ler e meditar na Palavra de Deus.

B) A importância da leitura da Bíblia.


Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e
sabe o que é bom para suas criaturas. E essas
orientações estão na Bíblia, o “manual do fabricante”
(2Tm 3.15,16).
A Palavra de Deus nos adverte:
“Persiste em ler, exortar e ensinar”
(1Tm 4.13).
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3. Uma vida santa (1Pe 1.15,16).
Essa exigência é mais do que natural porque Deus
é Santo: “mas, como é santo aquele que vos chamou,
sede vós também santos em toda a vossa maneira de
viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu
sou santo” (1Pe 1.15,16) assim como o é seu Filho
Jesus Cristo (Lc 1.35; Jo 6.69), assim também o
Senhor Jesus nos chamou para vivermos uma vida
santa.
Santo (Novo Testamento): hagiasmos , é traduzido
em Rm 6.19,22; 1Ts 4.7; 1Tm 2.15; Hb 12.14 por
‘santificação’. Significa: separação para Deus (1Co
1.30; 2Ts 2.13; 1Pe 1.2).
Ser santo é condição indispensável para ser salvo.
Sem santificação, “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

III - O CRENTE AVIVADO E A FAMÍLIA

O pastor Elinaldo Renovato destaca algumas


atitudes do crente avivado em relação sua família.
Vejamos.

1. Amando a esposa(Ef 5.25-29).


Isso exige demonstrações práticas de carinho, de afeto
(Pv 31.29; Ct 4.1; 1.16), através de palavras e gestos (1
Jo 3.18).

2. Zelando pela esposa (Ef 5.29; 1 Co 7.33).


Se cuidar da sua esposa, zelando pela sua saúde e as
suas emoções com carinho, afeto e amor, terá uma
esposa alegre e feliz.

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3. Cuidar da parte sexual (1 Co 7.3,5).
É importante para o equilíbrio espiritual,
emocional e físico do cristão e da sua esposa. Por
incrível que pareça, um casal avivado espiritualmente
tem uma vida sexual bem melhor do que crentes
puramente carnais.

4. O Relacionamento com os Filhos.


No relacionamento com os filhos, os pais cristãos
devem ter alguns cuidados, indispensáveis para uma
vida cristã avivada e feliz.
É preciso dar tempo para conversar com os filhos.
Não os provocar à ira (Ef 6.4); não os irritar (Cl 3.21).
Pedir perdão quando errar com eles.
Cuidados gerais: Alimento, educação, saúde e demais
necessidades.

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Subsídios Lição 11

O Avivamento e a
Missão da Igreja

LEITURA BÍBLICA Marcos 16.14-20

E disse-lhes: Vão
VERSÍCULO CHAVE
por todo o mundo
e preguem o
evangelho a toda
criatura (Marcos
16.15 NAA).

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Quando o avivamento chega, a igreja se torna
ousada para pregar a Palavra. Cada crente se torna
um embaixador, um ministro da reconciliação. Quando
o avivamento vem, a igreja cresce em graça, em
conhecimento e em número.

I - A MISSÃO DE UMA IGREJA AVIVADA

O avivamento promovido pelo Espírito Santo move


e leva a igreja a evangelizar e a fazer missões entre os
povos. Evangelização e missões são dois lados de um
só assunto - de um mesmo trabalho para Deus (At 1.8;
5.42; 8.4; 13.1 -4). E este trabalho é a atividade
principal de uma igreja avivada, um fato patente no
livro de Atos dos Apóstolos, mas também na história
subsequente da igreja, sempre que ela é reavivada.

1. Termos relacionado a missão da Igreja.


A) Evangelho (Mc 16.15).
Essa palavra vem de duas palavras gregas, eu,
advérbio, “bem”, e, angelia, que significa “mensagem,
notícia, novas”. Assim, a palavra euangelion quer dizer
“boas novas, boas notícias, notícias alvissareiras”.
Os seres humanos são pecadores e precisam se
reconciliar com Deus (Rm 3.23; 5.12). Não existe um
meio de salvação sem Jesus (At 4.12; Jo 14.6).
O evangelho é o meio que Deus usa para a
salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16; 1Co 15.2).
Só por meio do Evangelho é que o ser humano conhece
a salvação na Pessoa de Jesus.

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B) Evangelização. É o ato de comunicar as boas novas
de salvação a todas as pessoas por meio de palavras e
ações.

C) As missões. O trabalho do missionário é a


evangelização entre as pessoas de cultura diferente da
nossa. A palavra MISSÃO significa Tarefa que deve ser
feita por alguém a mando de outra pessoa; encargo,
incumbência. Existem missões transculturais (em
outras nações) e missões nacionais (em nossa própria
pátria).

(1) DOSE DE CONHECIMENTO


MISSÃO
O conceito de “missão” no contexto bíblico teológico é
“enviar” e vem da palavra grega apostolos. Esse
vocábulo é usado no Novo Testamento para designar
os doze apóstolos: “e escolheu doze deles, a quem deu o
nome de apóstolos” (Lc 6.13). É também usado para os
enviados como embaixadores ou missionários da Igreja
(2 Co 8.23; Fp 2.25). A Igreja Ortodoxa Grega desde o
princípio usava o vocábulo apostolos para designar
seus missionários. Já os nossos termos linguísticos
“missão” e “missionário” vem do latim “mitto”, que quer
dizer enviar, mandar (Pr. Esequias Soares).

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‘Vão’ (gr. poreuthentes) Significa, literalmente, ‘tendo
ido’. Jesus toma por certo que os crentes irão, quer por
vocação, por lazer, ou por perseguição. O único
imperativo nesse trecho bíblico é ‘façam discípulos’ (gr.
mathêteusate), que inclui batizá-los e ensiná-los
continuamente.
Marcos 16.15 também registra esse mandamento:
‘Tendo ido por todo o mundo, proclamem (anunciem,
declarem e demonstrem) as boas novas a toda a
criação’ (tradução literal)” (HORTON, Stanley M.
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª
Edição. RJ: CPAD).

2. A igreja avivada e a pregação.


A pregação do Evangelho aos gentios, era uma
prioridade para a igreja primitiva. Vemos isso através
dos seguintes exemplos:
✓ A pregação de Pedro (Atos 2),
✓ a pregação de Filipe aos samaritanos e o Eunuco
(Atos 8),
✓ a pregação de Pedro na casa de Cornélio (Atos 10),
✓ as viagens missionárias do apóstolo Paulo (Atos 13
em diante).

3. Quatro compromissos de uma igreja avivada em


relação a evangelização.
Mateus 28.19,20 apresenta o imperativo
evangelístico de Cristo à sua igreja, com quatro
determinações verbais:
(1) Ir. No sentido de mover-se ao encontro das
pessoas, a fim de comunicar a mensagem salvífica do
evangelho;

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(2) Fazer discípulos. Com o sentido de “estar com” as
pessoas e torná-las seguidoras de Cristo;
(3) Batizar. É o ato físico que confirma o novo
discípulo pela sua confissão pública de que Jesus
Cristo é o seu Salvador e Senhor;
(4) Ensinar as doutrinas da Bíblia, com o objetivo de
aperfeiçoar e preparar o discípulo para a sua jornada
na vida cristã.

II - O RESULTADO DO AVIVAMENTO PARA A


IGREJA
1. Na Inglaterra.
No século XVIII, o avivamento na Inglaterra tirou a
igreja das cinzas do desanimo para um estupendo
crescimento numérico. Multidões se acotovelavam nas
praças para ouvir os servos de Deus.

2. Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, cerca de dois milhões de pessoas
converteram-se a Cristo no avivamento que varreu o
país nos idos de 1857 a 1859.

3. País de Gales.
No avivamento do País de Gales, em 1904, em apenas
seis meses, cerca de cem mil pessoas converteram-se
ao evangelho e foram agregadas as igrejas.

4. Coreia do Sul.
Na Coreia do Sul, ainda hoje os ventos do avivamento
enchem igrejas com dezenas de milhares de membros
comprometidos com a santidade e com o trabalho.

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Sempre que o avivamento vem, a igreja se fortalece, e
multidões são atraídas e transformadas pelo
evangelho.

(2) DOSE DE CONHECIMENTO


Avivamento e ação social: equilíbrio.
O avivamento espiritual, que é tanto a causa como o
produto de uma Igreja Viva, precisa abranger a igreja
como um todo, se não queremos um organismo
aleijado ou disforme. Não se pode falar de um
avivamento que priorize apenas um aspecto da
totalidade do ser humano como, por exemplo, o destino
de sua alma, em detrimento de seu bem-estar físico e
social.
Não nos interessa uma comunidade apenas
voltada para o futuro, em prejuízo do hoje, pois isso
implica em negligenciar as necessidades imediatas e
urgentes do ser humano. O homem vive na dimensão
do aqui e agora. Tem fome, frio, doença, sofre
injustiças; enfim, tem mil motivos para não ser feliz.
Nossa missão, pois, é socorrer o homem no seu todo,
para que não somente usufrua paz de espírito, mas
também conserve no corpo e na mente motivos de
alegria e esperança. O projeto de Jesus é para o
homem todo e para todos os homens. Fugir dessa
verdade é desobediência e rebelião contra aquEle que
nos comissionou.

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Um verdadeiro avivamento trará de volta ao crente
brasileiro o amor pelos quase 50 milhões de irmãos
pátrios que vivem na pobreza absoluta. O estilo de vida
de uma igreja avivada não se presta a esquisitices
humanas, mas à formação de personalidades de
acordo com o caráter de Cristo, que não negligenciam o
amor ao próximo”. (CIDACO, J. A. Um grito pela vida da igreja.
RJ: CPAD)

As necessidades sociais das pessoas


As necessidades sociais das pessoas podem ser:
✓ psicológica (desequilíbrio emocional; depressão,
doenças psicossomáticas),
✓ econômica (desemprego, pobreza, miséria),
✓ educacional (analfabetismo),
✓ física (abrigo, alimento, roupas, enfermidades), e
✓ espiritual (idolatria, pecado).

O evangelho integral, no entanto, não se limita


apenas ao atendimento espiritual da pessoa, mas
implica em atendê-la em suas necessidades gerais —
psicológica, econômica, educacional, física e espiritual
(Tg 1.27; 2.1-17).

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Subsídios Lição 12

Vivendo no Espírito

LEITURA BÍBLICA Gálatas 5. 19-25

Digo, porém, o
VERSÍCULO CHAVE seguinte: vivam
no Espírito e
vocês jamais
satisfarão os
desejos da carne.
(Gálatas 5.16 NAA).

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O que é viver no Espírito? Quais são os pecados
frequentes do Crente que anda na carne? Como
conservar o Espírito de Deus em nossa vida?
Neste estudo, buscaremos as respostas bíblicas para
essas perguntas.

I - CONCEITO DE VIVER NO ESPÍRITO

1. Viver no Espírito (Rm 8.1; Gl 5.16).


Andar em Espírito (ARC) ou viver no Espírito (NAA),
com “E” maiúsculo, trata-se de ter uma vida cristã
dominada pelo Espírito Santo.
1) Faz a vontade de Deus.
2) Tem a Bíblia como o seu
manual de conduta e
Benefícios para quem prática.
vive no Espírito 3) Não ficará de fora do
Reino de Deus.
4) Não será lançado no
lago de fogo eterno.

2. Caraterísticas do crente que vive no Espírito.


A) Desenvolve em sua vida o fruto do Espírito Santo
(Gl 5.22 ARC).
B) Julga (avalia) e discerne (compreende) as coisas do
Espírito de Deus (1 Co 2.14,15 NAA).
C) Não aceita em sua vida as obras da carne (1Co 6.9-
10; Gl 5.19-21; Ef 4.25; Ap 21.8; 22.15).

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II - O CRENTE QUE VIVE SEGUNDO A CARNE (Rm


8.1,13 ARC)
Viver "segundo a carne" é desejar e satisfazer os
desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa;
ter prazer e ocupar-se com eles.
1. Definição de carne.
“Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com
seus desejos corruptos, a qual continua no cristão
após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm
8.6-8,13; Gl 5.17,21).
Romanos 8 e em Gálatas 5, Paulo não se refere à
carne como substância física, mas sim ao caráter
moral e ético da expressão. É o campo (área de nossa
vida) ao qual o poder do pecado e do Diabo tem acesso
e controle, e no qual as obras próprias da natureza
carnal são concebidas e praticadas (Gl 5.19-21).

2. Obras da carne.
O cristão que vive segundo a carne é aquela pessoa
que ainda na prática das obras pecaminosas descritas
em alguns textos bíblicos. Vejamos.
1) Adultério 2) Prostituição
3) Impureza 4) Lascívia 5) Idolatria
6) Imoralidades 7) Feitiçaria 8)Inimizades
Pecados 9) Porfias
10) Emulações 11) Iras 12) Pelejas 13)
frequentes do
Dissensões 14) Heresias
Crente que anda 15) Invejas 16) Homicídios
na carne 17) Bebedices 18) Glutonarias
19) Injustiças 20) Homossexualismo 21)
Roubo 22) Avareza 23) Alcoolismo
24) Mentira
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• Inimizade contra Deus
Consequências • Morte
para o crente que • Não herdará o reino de Deus.
anda na carne • A parte que lhe cabe será no lago
que está queimando com fogo e
enxofre.

✓ Romanos 8.7,13
Referências ✓ 1Coríntios 6.9-10
Bíblicas ✓ Gálatas 5.19-21
✓ Efésios 4.25; Ap 21.8; 22.15

“Os que vivem segundo a carne têm amente


voltada para as vontades da natureza carnal,
entretanto, os que vivem de acordo com o
Espírito, têm a mente orientada para satisfazer o
que o Espírito deseja” (Rm 8.5 KJA).
III - TRÊS TIPOS DE SERES HUMANOS NA BÍBLIA
Diante de Deus, toda a humanidade está
classificada nos três grupos.
1. O homem natural (1 Co 2.14; Jd v. 19).
• Esse homem ou mulher chamado por Deus natural,
não é salvo.
• Não foi transformado em nova criatura (Jo 3.3,5; 2
Co 5.17).
• O "homem natural" não é convertido a Deus e está
perdido (Rm 7.18; 8.6,13).
• Tal pessoa não tem o Espírito Santo (Rm 8.9) e está
sob o domínio de Satanás (At 26.18).
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2. O homem espiritual (1 Co 2.15; 3.1; Gl 6.1).
O termo "espiritual" em 1Co 2.15;3.1;Gl 6.1, tem a
ver com o Espírito Santo reinando soberanamente
neste homem ou mulher. Nele, o seu "eu "está
plenamente consciente, mas inativo, mortificado,
crucificado com Cristo (G1 2.19,20; Rm 6.6.14).
O homem espiritual é aquele que tem Espírito
Santo habitando e governando seu espírito, alma e
corpo.
Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se para seguir
a orientação do Espírito que nela habita e resiste aos
desejos sensuais e ao domínio do pecado (Rm 8.13,14).

3. O homem carnal (1 Co 3.1,3,4).


É o crente convertido, mas que vive um a vida
cristã mista, egoísta, dividida, fracassada, por ser
controlada por sua própria natureza carnal.
Se um crente carnal não tomar a resolução de se
purificar de tudo quanto desagrada a Deus (Rm 6.14-
16; 1Co 6.9,10; 2Co 11.3; Gl 6.7-9; Tg 1.12-16), ele
corre o risco de abandonar a fé.

IV - CONSERVANDO O ESPÍRITO SANTO EM NOSSA


VIDA

Vejamos três aspectos para os quais


devemos estar atentos se queremos
conservar o Espírito Santo na nossa vida.
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1. Pureza (Jó 17.9).
O Espírito Santo atua na regeneração e na
santificação. Em virtude de sua natureza santa, exige
de nós santidade (1Pe 1.15). Impureza e imundícia da
carne e do espírito interrompem a comunhão com
Deus. No Antigo Testamento há exemplos de o Espírito
retirar-se por causa do pecado (1Sm 4.1-11; Jz
16.19,20). “[…] Serei santificado naqueles que se
cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o
povo” (Lv 10.3).

2. Obediência à Palavra de Deus (At 5.32).


A) Obediência à Palavra significa seguir a
orientação da Bíblia em assuntos espirituais. Deus nos
deu sua Palavra para que a sigamos (Sl 119.4).
Devemos em tudo seguir o modelo das sãs palavras
(2Tm 1.13; 2Tm 3.14; Rm 6.17).

B) Obediência à Palavra de Deus significa que


rejeitamos diretivas humanas como regra de fé e
prática de vida, contrárias à Palavra de Deus (At 5.29).
Caso contrário, incorreríamos no pecado da rebeldia
que Deus com veemência condena (Is 30.1; Is 63.10).

3. Humildade (2Co 12.9,10).


Não é por força nem por violência, mas pelo
Espírito do Senhor (Zc 4.6). Quando Moisés quis livrar
o povo de Israel com a própria força, fracassou (Êx
2.11-15). Mas quando Deus o encontrou quebrantado,
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em fraqueza própria (Êx 4.10), a força de Deus se
manifestou através dele, operando grandes maravilhas
(Êx 15.2).

A excelência do poder de Deus se manifesta em


vasos de barro (2Co 4.7). A verdadeira humildade gera
uma dependência absoluta de Deus. Jesus quando
entre nós, repetidamente expressou sua absoluta
dependência do Pai (Jo 5.19,30; Jo 8.28; Jo 14.10).

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Subsídios Lição 13

Aviva, ó Senhor, a tua


Obra

LEITURA BÍBLICA Habacuque 3.1,2

Ouvi, SENHOR, a tua


palavra e temi; aviva,
VERSÍCULO CHAVE
ó SENHOR, a tua
obra no meio dos
anos, no meio dos
anos a notifica; na ira
lembra-te da
misericórdia
(Habacuque 3.2 ARC).

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Veremos alguns detalhes do livro do profeta
Habacuque, definiremos o avivamento desejado pelo
profeta e apontaremos algumas condições para o
avivamento em nossos dias.

I - HABACUQUE, O PROFETA DO AVIVAMENTO

1. O livro de Habacuque.
Habacuque
Autor O autor deste livro identifica-se como “o profeta
Habacuque”(1.1; 3.1).

Significado Seu nome significa “o que abraça ou o que luta”

Tema Viver pela Fé


Data Cerca de 606 a.C.
Destinatários Judá (o Reino do Sul) e o povo de Deus em
todos os lugares.
1) Curiosidades – faz perguntas honestas ao
Senhor (cap. 1).
2) Fé – revela fé inabalável na soberania divina
Características (2.4; 3.18,19);
de Habacuque 3) Zelo – manifesta zelo pelo avivamento (3.2).
A profecia de Habacuque reafirma que Deus
A mensagem do livro está no controle da história, e que as suas
atitudes são sempre justas e corretas.

1) Habacuque, pedindo a Deus que agisse (1.1-


5).
As três orações de 2) Habacuque, pedindo juízo (1.12-17).
Habacuque 3) Habacuque, pedindo avivamento (3.2-1 9).

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Nada se sabe a respeito de Habacuque, exceto que
ele era um profeta de Judá. Um manuscrito do livro
apócrifo posterior, Bel and the Dragon (Bel e o Dragão)
identifica Habacuque como sendo um levita. Se essa
informação for correta, isso poderia ajudar a explicar
as notações musicais no terceiro capítulo (Hc
3.1,3,9,13,19), uma vez que os músicos do Templo
eram levitas (1Cr 6.31-47; 25.1-31).

3. Duas lições do profeta Habacuque.


A) Vivendo pela fé.
Habacuque não podia compreender por que Deus
parecia não fazer algo contra a maldade que havia na
sociedade. Então percebeu que somente a fé no Senhor
seria capaz de prover as respostas para as suas
perguntas.

Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela


fé da maneira como Deus o requer: independentemente
das circunstâncias (Hc 3.17,18).

B) Deus está no controle do mundo.


Deus ainda está no controle do mundo, apesar do
aparente triunfo do mal.
Em vez de questionar os caminhos de Deus,
devemos compreender que Ele é totalmente
justo e ter a confiança de que Ele está no
controle e que um dia o mal será totalmente
destruído.
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II - CLAMANDO POR UM AVIVAMENTO


O verbo hebraico (hayah) traduzido por “avivar” em
Hc 3.2, aparece em diversos textos do Antigo
Testamento com o sentido de:
• VIVER: quer literal ou figurado,
• AVIVAR: conservar em, conservar com, dar, deixar
com, guardar em, guardar com, restaurar a, salvar
a vida, criar, manter, livrar, proteger, vivificar,
sarar, renovar, ressuscitar, renascer, conservar.
Este verbo é usado várias vezes nas Escrituras. É
usado no sentido de prosperar (Dt 8.1;1Sm 10.24; SI
22.26 [27]); ou para indicar que um objeto está a salvo
(Gn 12.13; Nm 14.38; Js 6.17). O sentido é reviver em
Ezequiel 37.5 e 1Reis 17.22 ou curar em Josué 5.8 e 2
Reis 8.8. (Bíblia de Estudo palavra chave -CPAD)

1. Lições da oração de Habacuque.


A) O tempo em que a igreja deve buscar o avivamento
(3.2).
Habacuque pede que Deus avive sua obra no
decorrer dos anos. Ele não pensa apenas nele e na sua
geração.
O avivamento deve ser o anseio da igreja em todos
os tempos, em todos os lugares. As vitórias do passado
não são suficientes para a igreja avançar hoje. Os
derramamentos do Espirito no passado não são
suficientes para encher a igreja do Espirito Santo hoje.
Devemos orar pelo avivamento sempre. Devemos nos
preparar para o avivamento sempre. Devemos desejar
ansiosamente por ele sempre.
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B) A base em que a igreja deve buscar o avivamento
(3.2).
Habacuque pede o avivamento a Deus não
confiante na justiça própria ou confiado nos
merecimentos do povo de Judá. Ao contrário, ele diz:
"[...] na tua ira, lembra-te da misericórdia" (3.2).
O avivamento vem quando Deus se volta da Sua
ira para a misericórdia. O avivamento acontece quando
Deus volta Sua face para o Seu povo em favor
misericordioso. O avivamento não é merecimento da
igreja; é favor de Deus.

B) A urgente necessidade que a igreja tem do


avivamento (3.2).
O profeta Habacuque pede avivamento, e não
ausência de sofrimento. Pede a manifestação poderosa
de Deus no meio do seu povo, e não prosperidade
econômica e política para o seu povo. Ele quer Deus,
mais do que as bençãos de Deus.

2. Condições para um avivamento.


• Buscar a Deus;
• Submeter-se à Palavra do Senhor;
• Temer ao Senhor
• Confissão de pecados;
• Arrependimento;
• Mudança de vida.
À semelhança de Habacuque, clamemos a Deus
para que a igreja destes últimos dias empenhe-se por
uma vida de justiça, pureza e santidade e, assim,
venha a desfrutar de um genuíno avivamento (1 Jo
1.9).
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(1) DOSE DE CONHECIMENTO


TEODICEIA
A presença do mal e do sofrimento no mundo,
coexistindo com a ideia de um Deus bondoso que
governa o universo, constitui-se num dos maiores
problemas para a inteligência humana. Se Deus é bom,
por que ele não acaba com o mal e com o sofrimento?
O termo técnico para o estudo desta questão é
teodiceia (Deus + justiça), que significa a defesa da
bondade e onipotência de Deus diante da existência do
mal.
Os teólogos usam o termo teodiceia para
descrever o livro de Habacuque: uma justificação da
bondade e da justiça de Deus diante do mal. Dois dos
atributos de Deus ajudam a explicar a necessidade de
uma teodiceia:

1) Inescrutabilidade: Esta longa palavra significa que


Deus está além da nossa capacidade de compreendê-
lo.
Traduzindo isso nas palavras de Is 55.8-9, lemos:
“Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus
caminhos, diz o Senhor, porque assim como os céus
são mais altos do que a terra, assim são os meus
caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os
meus pensamentos mais altos do que os vossos
pensamentos.”

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Tentando compreender Deus somos
frequentemente como a mulher que buscou a cura
tocando a orla do manto de Jesus Cristo (Mt 9.20).
Ela conhecia muito pouco da profunda essência
da pessoa de Cristo: na realidade ela apenas poderia
alcançá-lo tocando as bordas exteriores de sua pessoa.
Mas isso era o suficiente. E os mistérios de Deus
tornaram-se suficientes para Habacuque.
Parafraseando o profeta: “Embora eu não compreenda
o que vejo, confiarei nele" (Hc 3.17-18). Porque muitas
das respostas às nossas perguntas a respeito de Deus
estão além do nosso alcance no presente, devemos
aprender a viver pela fé.

Eternidade: A primeira pergunta feita por Habacuque


a Deus foi: "Até quando, Senhor?” (1.2).
Foi uma pergunta ditada pela impaciência de
Habacuque a respeito do passar do tempo. Mas Deus
não está limitado pela coação do tempo como nós
estamos.
Deus acalmou Habacuque com sua resposta,
dizendo que faria algo a respeito do problema da
perversidade em Judá durante a vida do profeta.
Entretanto, quanto à segunda pergunta de Habacuque:
Por que Deus usaria uma Babilônia perversa para
julgar Judá? Deus mostrou ao profeta sua própria
perspectiva divina quanto ao tempo: no futuro é tão
bom quanto se fosse no presente. Ele disse a
Habacuque que registrasse a vinda do julgamento da
Babilônia e que o divulgasse por toda a terra — antes
que acontecesse (2.3).

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Babilônia caiu mais de 60 anos depois de
Habacuque haver recebido a revelação do seu
julgamento operado por Deus, mas caiu.
Quanto mais aprendemos a confiar em Deus, tanto
menos seremos coagidos por nossa compreensão
terrena do tempo.

(2) DOSE DE CONHECIMENTO


Deus de mistérios
A vida é misteriosa. Frequentemente temos mais
perguntas que respostas. Se isso não fosse suficiente,
Deus é misterioso. O Salmos 145.3 diz: “Grande é o
SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é
insondável” (NAA).
Habacuque não conseguiu desvendar tudo, mas
compreendeu que o Senhor governa todas as
situações. Ele pode levantar um exército estrangeiro
para disciplinar seu próprio povo.
Portanto, o que fez Habacuque? Ele considerou a
grandeza de Deus e rompeu em louvor. Você, com toda
certeza, pode reconhecer isto: ‘Sabemos que todas as
coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito" (Rm 8.28).
A expressão ‘todas as cosas" incluem as
situações confusas e difíceis em sua vida. Você é capaz
de reconhecer o suficiente para louvar este Deus
misterioso com humildade e reverência em todas as
circunstâncias! Bíblia de estudo esquematizada - SBB

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Artigos Bíblicos e Teológicos


1) Famosas traduções da Bíblia
2) Noções de cronologia bíblica
3) Tipos de Fé na Bíblia
4) Propósitos da educação em relação ao aluno
5) Reavivamentos na Bíblia
6) Anjos e Demônios na Bíblia
7) O Reino Milenial de Cristo

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Famosas
traduções da
Bíblia
Vejamos três traduções famosas da Bíblia Sagrada.
1. A Septuaginta.
Foi a primeira tradução da Bíblia. Local:
Alexandria, no Egito. Tempo: cerca de 285 a.C. A
tradução foi feita do hebraico para o grego.
Compreende só o Antigo Testamento, é evidente. Foi a
Bíblia que Jesus e seus apóstolos usaram. Amais
antiga cópia da Septuaginta está na biblioteca do
Vaticano. Data de 325 d.C.
2. A Vulgata.
É uma tradução da Bíblia toda, feita por Jerônimo,
concluída em 405 d.C.
Local: Belém, Palestina. Jerônimo foi um notável
erudito da igreja que estava em Roma, a qual nesse
tempo ainda mantinha pureza espiritual. A tradução
foi feita do hebraico para o latim — a língua oficial do
Império Romano. É ela a versão oficial da Igreja
Romana desde o Concílio de Trento (1546 d.C.).
3. A Versão Autorizada ou Versão do Rei Tiago.
Local da tradução: Inglaterra.
Tempo: 1611 d.C. Essa versão é até hoje a predileta
dos povos de fala inglesa. O povo inglês tem alta
veneração pela Bíblia.
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Ela formou a mentalidade desse povo, e é tida como
seu sustentáculo e seu maior legado.

4. A Bíblia em português.
A primeira tradução da Bíblia em português foi
feita por um evangélico: o pastor João Ferreira A.
d’Almeida. Fato interessante é que o trabalho foi
realizado fora de Portugal. A cidade foi Batávia, na ilha
de Java, no Oceano Índico. Hoje, essa cidade chama-se
Jacarta, capital da República da Indonésia.
Almeida foi ministro do Evangelho da Igreja
Reformada Holandesa, a mesma que evangelizou no
Brasil, com sede em Recife durante a ocupação
holandesa, no século XVII.
Almeida nasceu em 1628, em Torre de Tavares,
concelho de Mangualde, distrito de Viseu, em Portugal.
Faleceu em Java em 1691.
A Versão de Almeida
O Novo Testamento. Almeida traduziu primeiro o
Novo Testamento, o qual foi publicado em 1681 em
Amsterdã, Holanda.

Almeida traduziu o Antigo Testamento


até o livro de Ezequiel. A essa altura
Deus o chamou para o lar celestial, em
1691.

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Ela formou a mentalidade desse povo, e é tida
como Ministros do Evangelho da Igreja Reformada
Holandesa, amigos seus, terminaram a referida
tradução em 1694, a qual foi publicada completa em
1753.
A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, de
Londres, começou a publicar a tradução de Almeida em
1809, apenas o Novo Testamento. A Bíblia completa
num só volume, a partir de 1819. O texto em apreço foi
revisado em 1894 e 1925. A Bíblia de Almeida foi
publicada pela primeira vez no Brasil em 1944 pela
Imprensa Bíblica Brasileira, organização batista.

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Noções de
cronologia
bíblica

A cronologia bíblica é quase toda incerta, aliás,


toda a cronologia antiga. As datas eram contadas
tomando-se por base eventos importantes da época, e
isso dentro de cada povo. Não havia, é óbvio, uma base
geral para cômputo do tempo.
Quanto à Bíblia, seus escritores não tinham
preocupação com datas. Apenas registravam os fatos.
As datas, quando mencionadas, tinham por base
eventos particulares, como construção de cidades,
coroação de reis, etc.
As datas que aparecem às margens de certas
edições da Bíblia não pertencem ao texto original.
Foram calculadas em 1650 pelo arcebispo anglicano
Ussher (1580-1656). E conhecida por Cronologia
Aceita. A cronologia de Ussher vem enfrentando severa
crítica. Há divergência quanto a muitas de suas datas,
isso em face do progresso do estudo de assuntos
orientais, através de contínuas pesquisas e descobertas
arqueológicas.

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Quanto a Bíblia não se ocupar de um exato
sistema de cronologia, lembremo-nos que ela é acima
de tudo a revelação de Deus à humanidade, expondo o
completo plano da redenção.

1. A utilidade da cronologia bíblica.


Ela fornece pontos de referência na progressão da
mensagem e fatos da Bíblia, situando-os no tempo.

2. Dificuldades no estudo da cronologia bíblica.


Uma das dificuldades no estudo da cronologia
bíblica está no próprio texto bíblico. Há, especialmente
na época dos Juízes, do Reino Dividido, e dos Profetas,
muitos períodos coincidentes em parte, reinados
associados, intervalos de anarquia, arredondamento de
números, etc. Para a busca da solução dessas
dificuldades é mister um profundo exame dos textos
envolvidos.

3. A era antes de Cristo (a era a.C.).


A contagem do tempo que vai de Adão
a Cristo é feita no sentido regressivo, isto
é, o cômputo parte de Cristo para Adão, e não ao
contrário. Noutras palavras, partindo de Adão para
Cristo, os anos diminuem até chegarmos a 1 a.C.
Portanto, de Cristo para Adão (o normal), os anos
aumentam até chegarmos ao ano 4004 a.C., tido como
o da Criação adâmica. E que Jesus é o centro de tudo.
Ele é também o marco divisório e central do tempo.

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4. O erro existente em nosso calendário atual.
O uso do calendário é tão antigo quanto a própria
humanidade. Os primeiros povos a usar calendário
foram os antigos egípcios. Há calendários diversos. O
leitor moderno que só tenha noções do nosso
calendário precisa aperceber-se disso ao estudar
assuntos antigos. Nestas nossas concisas e
incompletas notas, reportamo-nos unicamente ao
calendário cristão, do qual, o calendário atual é uma
continuação.

Em 526 d.C., o imperador romano do Oriente,


Justiniano I, decidiu organizar um calendário original,
entregando essa tarefa ao abade Dionísio Exiguus, o
qual em seus cálculos cometeu um erro, fixando o ano
1 d.C. (o do nascimento de Cristo) com um atraso de 5
anos. Em seus cálculos ele tomou o calendário romano
(o chamado “AUC”) e fixou o ano 1 d.C. (o início da Era
Cristã), como sendo 753 AUC, quando na realidade era
o 749.
Daí dizer-se que Jesus nasceu 5 anos antes da Era
Cristã. O que é um absurdo se não for dada uma
explicação. Nossos livros e tratados apenas declaram o
fato do engano do abade, mas não o explicam.
Portanto, as datas atuais estão atrasadas 5 anos.
Estritamente falando, são quase cinco anos. Trata-se
de arredondamento.
Nota 2. O calendário atual chama-se Gregoriano, porque em
1582 o papa Gregório XIII alterou o calendário de Dionísio,
subtraindo-lhe dez dias, a fim de corrigir a diferença advinda
do acúmulo de minutos a partir de 46 a.C., quando Júlio
César reformou o calendário então existente.

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Nota 3. A palavra calendário vem do latim calenda = l°
dia de cada mês entre os romanos.
5. As divisões do tempo.
O dia. Entre os judeus e romanos era dividido em
12 horas, isto é, o período em que há luz.
Entre os judeus, o dia ia de um pôr de sol a outro.
Entre os romanos, ia de uma meia-noite a outra.
As horas do dia e da noite eram contadas
separadamente, isto é, doze e doze; isto entre judeus e
romanos. (Ver João 11.9 e Atos 23.23.)
Entre os judeus a Hora Primeira do dia era às seis da
manhã. O mesmo ocorria em relação à noite, isto é, às
seis da tarde.
A semana.
Entre os hebreus, os dias da semana não tinham
nome e sim números, com exceção do 6Q e 7Q dias,
que também tinham nomes (Lc 23.54 - TR BR).

Os meses.
Eram lunares. Alua nova marcava o início de cada
mês, sendo esse dia, festivo e santificado (Nm 28.11-
15; 1 Sm 20.5; 2 Rs 4.23; 1 Cr 23.31; SI 81.3; Is 1.13;
Cl 2.16). Tinham 29 e 30 dias alternadamente. Antes
do exílio babilónico eram designados por números.
Depois disso, passaram a ter nomes e números.

Os anos.
Tinham 12 meses de 29 e 30 dias alternadamente,
perfazendo 354 dias. Os judeus observavam dois
diferentes anos: o sagrado, começando em Abibe (mais
ou menos o nosso abril), e o civil, começando em Tisri
(mais ou menos o nosso outubro).

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Os séculos. Sua computação.
Século I. Compreende os anos 1 a 100 d.C.
Século II. Compreende os anos 101 a 200 d.C. Século
III. Anos 201 a 300, e assim por diante.

6. Cronologia dos impérios mundiais.


Isto é, a fase em que exerceram supremacia sobre o
mundo conhecido.

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bases da
Reforma
Protestante.
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1° trimestre de 2023 Revista: Cristão Alerta

Tipos de Fé
na Bíblia
Encontramos na bíblia
diferentes tipos de fé.
Vejamos.
1) Fé salvadora (Rm 10.9,10; Ef 2.8).
2) Fé - fruto do Espírito (Gl 5.5,22 - ARC).
3) Fé - dom do Espírito (1 Co 12.9).
4) Fé - o Evangelho completo. Nossa inteira confissão.
O corpo de doutrinas que professamos (At 6.7, Gl 1.23;
1 Tm 3.9; 4.1; 2 Tm 4.7).
5) Fé - confiança absoluta em Deus - através de sua
Palavra.
6) Fé - A fé natural, intelectual, teórica, da cabeça —
ou como queiram chamar — só serve para as relações
terrenas entre os homens (Jó 20.29; Tg 2.19).
O valor da fé para a nossa vida
A) E vital, essencial ao salvo (Rm 1.17; 11.20).
B) A falta de fé é o pecado máter (Jó 16.8,9; Rm
14.22,23).
C) O sobreexcelente amor precisa de fé (Ef 3.17; 4.5;
6.23).
Como obter fé?
A) Por Jesus (Hb 12.2).
B) Pela Palavra de Deus (Rm 10.17).
C) Pelo Espírito Santo (2 Co 4.13).
D) Dando a glória a Deus e louvando-O. Isso
desenvolve a fé (Rm 4.20; 2 Cr 20. 17-22; At 16.25).

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Propósitos da
educação em
relação ao
aluno
Essencialmente, são três os propósitos da educação
em relação ao aluno:

1. Conhecer a Deus como Criador.


Deus criou o céu, o mar, a terra e tudo o que neles há
(At 4.24). Ele é o Criador sábio e poderoso. E digno de
nossa adoração, pois Ele fez todas as coisas e tudo
sustém com Suas mãos.

Vivendo numa época de confusão e dúvidas, é


confortante sabermos que tudo está nas mãos de
Deus. E bom sabermos que os altos e baixos da
História humana fazem parte de um plano maior.
Pedro caminhou sobre as águas revoltas do mar da
Galiléia porque creu no poder de Cristo. Os nossos
alunos também poderão prosseguir, se crerem que, ao
final, Deus fará o bem triunfar. Esta era a confiança de
nossos primeiros irmãos (At 4.24-30).

Os alunos devem ver na natureza, a glória de Deus.


Devem compreender que todas as coisas seguem o
plano e o propósito de Deus. Nossas vidas também
devem estar submissas a Ele.

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2. Conhecer a Deus como Pai.
Deus não é apenas o Criador Todo-Poderoso. Ele é
também o Pai de amor. O aluno deve compreender que
este Deus, grande e poderoso, é também seu Pai
celestial, que o ama e o protege. Como Pai amoroso,
Deus deseja o melhor para Seus filhos. Conhecer a
Deus desta forma, ajudará os alunos a aceitarem, pela
fé, aquilo que não podem compreender pelo raciocínio.

3. Ter comunhão com Deus.


Como Pai celestial, Deus é acessível. Ele é
comunicativo. Podemos nos chegar a Ele com
confiança.

Normalmente, conversamos com nossos pais carnais,


contando-lhes os nossos problemas e deles recebemos
apoio e orientação. Assim também os filhos de Deus
devem ter comunhão com o Pai. Jesus disse que o
maior mandamento da Lei é: "... Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
todo o teu entendimento. ’’ (Mt 22.37.)

Deus nos ama e espera que nós O amemos também.


Abraão era amigo de Deus. O seu relacionamento com
Deus tomou-se tão íntimo que Deus disse: "...
Ocultarei a Abraão o que estou para fazer ” (Gn 18.17).
Abraão chegou até a arrazoar com Deus na questão de
Sodoma e Gomorra. E este o relacionamento que Deus
deseja ter com os Seus filhos. A mais íntima
comunhão.
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Reavivamentos
na Bíblia

Há muitos reavivamentos registrados na Bíblia.


Todos eles foram preparados ou pela oração, ou pelo
estudo da Bíblia, ou por ambos. Esses reavivamentos
foram buscados pelo povo de Deus, tal como indicado
na lista abreviada abaixo:

Em Jacó (Gn 35.2-4) Em Esdras (Ed 9; 10)


Em Moisés (Êx 14.31— Em Neemias (Ne 13)
15.21) Em Jonas (Jn 3)
Samuel levou Israel a um Em Ester (Et 9.17-22)
grande avivamento (1Sm Em João Batista (Lc 3.2-
7.1-13). 18)
Em Davi (1 Cr 15.25; No Salvador (Jo 4.28-42)
16.43; 29.10-25) Em Pedro (At 2.1-47; 9.32-
Em Salomão (2 Cr 7.4-11) 35)
Em Asa (1 Rs 15.11-15) Em Filipe (At 8.5-12)
Em Elias (1 Rs 18.21-40) Em Paulo (At 13.14-52;
Em Jeú (2 Rs 10.15-28) 17.10-12; 18.8; 19.18)
Em Joiada (2 Rs 11.17-20)
Em Josias (2 Rs 22; 23)
Em Josafá (2 Cr 20)
Em Ezequias (2 Cr 29—31)
Em Manassés (2 Cr 33,11 -
20)
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Anjos e
Demônios
na Bíblia
Os Anjos
1. Eles São seres de ordem espiritual, mais elevados
que o homem. Não são seres divinos, pois foram
criados por Deus. São poderosos (SI 103.20; 2 Ts 1.7).

2. Missão principal dos anjos: Executar ordens de


Deus; daí, seu nome anjo — literalmente, mensageiro
(Hb 1.13,14).

3. Há anjos santos — mensageiros de Deus, e, anjos


maus ou decaídos, que caíram com Lúcifer, tornando-
se mensageiros e agentes de Satanás.

4. Os anjos situam-se em classes e categorias (Ef


1.21; Cl 1.16).

5. Todos os seres angelicais não são idênticos.

Resumo acerca dos anjos:


A) Quanto a origem: são filhos de Deus por criação (Jó
38.7).
B) Quanto a natureza: são espíritos (Hb 1.14).
C) Quanto ao caráter: são santos (Jó 5.1 - ARA).
D) Quanto ao seu ministério: entre os homens: é
ocasional (Sl 103.20; Hb 1.14). Agradeçamos sempre a
Deus pelo ministério dos anjos a nosso favor.
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Anjos e
Demônios
na Bíblia
E) Acompanham os salvos ao partirem deste mundo.
Que boa companhia! (Lc 16.22).
F) Tiram-nos de sérias dificuldades! (Gn 19.16; SI 34.7;
Dn 3.28; 6.22; 10.11-13; At 12.7-11).

Os demônios
São uma ciasse de seres infernais, incorpóreos,
controlados pelo Diabo, como seus agentes.

1. As Escrituras não discriminam a origem deles.


Por certo isto faz parte do mistério que envolve a
origem do mal. (Ver Dt 29.29; 1 Co 4.5; Ap 2.29.)
2. A Bíblia dá abundante testemunho da existência
dos demônios.
3. Em o Novo Testamento aparecem como seres
espirituais, estando sempre procurando possuir corpos
humanos e até de animais (Mt 8.31,32; Mc 16.17; Lc
11.24-26). O termo “expelir” nesta última referência, é
altamente significativo.
4. Tendo personalidade, falam (Me 5.8,9; At 19.15).
5. Sendo reais, podem ser contados (Lc 8.2).
6. Têm pavor do Senhor Jesus Cristo, (Mt 8.29; Mc
5.7; Lc 8.28).
7. Existem tantos, que uma legião (6.000) pode
estar numa pessoa (Lc 8.30).

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O Reino Milenial
de Cristo

O Milênio é o maravilhoso reinado de Cristo na terra


por mil anos. Há aqueles que totalmente o
materializam ou o espiritualizam. Evitemos tais
extremos. Essa idade áurea é ansiosamente esperada
pelo povo israelita (Mt 19.27,28; Lc 2.38; At 1.6,7).

Jesus não lhes tirou esta esperança que hoje


impulsiona o regresso dos judeus à sua pátria e motiva
sua rápida elevação. A Criação toda também aguarda
esse tempo para sua libertação (Rm 8.19-23). Será ele
a resposta aos milhares de orações do povo de Deus
através dos tempos: “Venha o teu reino” (Mt 6.10).

1. O Milênio e a volta de Cristo.


O Milênio será precedido da volta de Cristo, a qual
abrangerá vários eventos portentosos.

A) Ele voltará pessoalmente, com poder, majestade e


glória (Mt 24.30,31; Ap 1.7; Dn 2.34,44,45). Há quem
diga que o Milênio ocorrerá antes da vinda de Jesus,
quando a Bíblia ensina que será após isso. (Comparar
Apocalipse 19.11-16 — a volta de Jesus, com
Apocalipse 20.2,4,6,7 — o Milênio após a volta de
Jesus.)

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B) Ele voltará com seus santos e anjos sobre o monte
das Oliveiras (Zc 14.4,5; At 1.11,12).
C) Ele voltará para julgar as nações (Mt 25.31,32; Ap
19.11-15; Jl 3.2,12; At 17.31,32).
D) Ele voltará para prender Satanás (Ap 20).

2. O Milênio e os salvos.
Os salvos reinarão com Cristo (Ap 5.10; 20.4-6).

3. O Milênio e seus aspectos.


Alguns deles são:

A) Paz na Criação em geral (Is 11.6-9).


B) Paz em Israel (Is 32.18).
C) Paz entre os povos e nações (Sl 72.2-8; Mq 4.3,4).
D) Paz entre Israel e seus vizinhos árabes (Is 19.24,25).
Mas antes que tal aconteça esses povos sofrerão muito.
Israel (Zc 13.8; 14.2). Egito (Is 19.22; Jl 3.19).
E) Justiça perfeita (SI 72.7,8; Is 11.5; 32.17).
F) Abundância de víveres (SI 72.16; Jr 31.12; Jl 3.18;
Zc 8.12).
G) Glória. O Milênio será um reino glorioso (SI 72.19).
A glória divina tornar-se-á visível (Is 40.5; 24.23; 4.5;
66.18).

4. O Milênio e a Terra.
Jesus reinará sobre a Terra. Seu domínio será
universal (SI 72.8,11; Dn 7.14,27; Zc 14.9,10; Fp 2.11;
Ap 11.15).

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5. O Milênio e Israel.
Com o estabelecimento do Milênio por Jesus, findará
aqui na terra toda e qualquer supremacia e
predominância de nações. As nações dantes belicosas,
encontrarão afinal um Guerreiro mais forte que elas...
Uma exceção: ISRAEL, que estará então à testa das
nações (Is 2.3; 60.3; Zc 8.22; Ap 21.24).

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