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Oração / Santificação
Vida Cristã
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ÉDITORR CULTURR CRISTÃ
9788576 223429
www.editoraculturacrista.com.br
A busca da
G
Jonathan E^i^<ards
A Busca da Santidade © 2010 Editors Culturs Cristã. Título originsl Pursuing Holtness
in the Lord. Org. T.M. Moore © 2005 The Jonsthsn Edwsrds Institute. Traduzido e
publicado com permissão ds P&R Publishing 1102 Msrble Road, Phillipsburg, New
Jersey, 08865, USA. Todos os direitos são reservados.
Is edição - 2010 - 3.000 exemplares
Conselho Editorial
Adão Csrlos do Nascimento
Ageu Cirilo de Msgslhães, Jr.
Cláudio Msrrs (Presidente)
Fsbisno de Oliveirs
Francisco Solsno Portels Neto
Heber Csrlos de Csmpos Jr.
Jôer Corrês Bstists
Jsilto Lims
Msuro Fernando Meister
Tsrcízio José de Freitss Carvalho Produção Editorial
Valdeci ds Silva Ssntos Tradução
Elizsbeth Gomes
Revisão
Vsgner Bsrbosa
Edusrdo Assis
Rossne Nicolsi
Ediooração
Lidis de Oliveirs Dutrs
Capa.
Leis Design
E2611b Edwards, Jonsthsn
A busca ds ssntidsde / Jonsthsn Edwsrds; tradução de
Elizsbeth Gomes. _São Paulo: Culturs Cristã, 2010
176 p.
Tradução de Pursuing holiness in the Lord
ISBN 978-85-7622-342-9
1. Orsção 2. Ssntificsção
248.32 CDD
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EDITORA CULTURA CRISTÃ
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James A. R. Johnson
Sumário
Introdução da série............................................................................ 9
Prefácio do editor............................................................................ 13
Introdução por Robert M. Norris...................................................... 17
Mazinho Rodrigues!
Introdução da sébie
T. M. Moore
The Jonathan Edwards Institute
*****
Robert M. Norris,
pastor efetivo. Fourth Presbyterian Church.
Bethesda, Maryland.
Prefácio do editor
T. M. Moore
INTRODUÇÃO
1 Samuel Hopkins, The Life and Character of the Late Reverend Mr. Jonathan
Edwards (Boston, 1765), págs. 29-30.
Introdução 19
Robebt M. Nobbis
Pastor Titular Fourth Presbyterian Church
Bethesda, Msrylasd
2 Sobre o papel do Espírito so ersseimssto cristão, visto por Edwards, veja o Volu
me I da série: Growing in God's Spirit (Philliatbsrg, N.J.: P & R, 2003). Ns edição
da Culturs Cristã, A busca do crescimento.
Parte 1
O CARÁTER DE PAULO
COMO EXEMPLO
para OS CRISTÃOS
1
* * * -• *
Filipenses 3.17
"Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam se
gundo o modelo que tendes em nós
♦♦♦♦♦
*****
Pergintas de esttdo
1. Esta é uma seção difícil, pois, se não for lida com cui
dado, pode dar a impressão de que Edwards cria na
salvação pelas obras. Certamente não era isso que ele
ensinava. Ao contrário, ele cria mais assim [tal como
Tiago]: não somos salvos pelas obras, mas não somos
salvos sem tais obras. Qual a diferença entre as duas
expressões? Como fica claro, neste capítulo, que isto
era, de fato, o que Edwards cria?
As virtudes de Paulo
para com Deus
*****
Forte na fé
Fé em face de martírio
Paulo se refere à sincera expectação e esperança do cumpri
mento das promessas de Deus. Pouco antes da morte, quando pri
sioneiro, sabendo que certamente sofreria a provação do martírio,
a maior provação da fé, Paulo expressou sua confiança em Cristo
nos mais fortes termos: “...por isso estou sofrendo estas coisas;
todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e
estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até
aquele Dia” (2Tm 1.12).
Tal exemplo pode nos envergonhar, pois quão fraca e instá
vel é a fé da maioria dos crentes! Se, vez ou outra, parece haver
exercícios mais vividos de fé, dando à pessoa um momento de
firme persuasão e confiança, são, contudo, exercícios abrevia
dos, e bem depressa se desvanecem! Mui frequentemente a fé é
abalada pela tentação; tão seguidamente os exercícios de fé são
interrompidos por dúvidas; e quantas vezes, também, exibem es
pírito hesitante, vacilante! Nossa fé realiza tão pouco em tempos
de aflição; nossa confiança em Deus é tão fácil e frequentemente
abalada e interrompida, prevalecendo à incredulidade! Isso acon
tece desonrando ao Salvador Jesus Cristo e é também muito do
loroso para nós. Que participação feliz e gloriosa seria viver uma
vida de fé como a do apóstolo Paulo! Como galgou alturas nas
asas da fé fortalecida, acima das mesmas pequenas dificuldades
que, hoje, continuam a nos perturbar e querem nos vencer! Tendo
As virtudes de Paulo para com Deus 51
Amob a Cristo
Segundo. Outra virtude que deveriamos imitsr do exemplo
de Paulo é o seu grande amor por Cristo. Os corístios se surpreen
deram observando os atos do apóstolo, a maneira como batalhava
e sofria sem nenhuma motivação mundana. Indagavam sobre o
que influenciava e operava de modo tão maravilhoso nesse ho
mem. O apóstolo disse, de si mesmo, que estava sendo exposto
como espetáculo psra o mundo. Este ers o princípio imediato que
o motivava: um forte e intenso amor dedicado so glorioso Senhor
e Mestre.
Contentamento no Senhor
Sexto. Devemos seguir o exemplo de Paulo em sua atitu
de de contentamento em relação aos desígnios da divina provi
dência. Ele esteve sujeito a uma diversidade de acontecimentos,
passando por grandes mudanças, continuadamente sob circuns
tâncias de extremo sofrimento, de um ou outro tipo, e, às vezes,
muitas dores ao mesmo tempo. Contudo, Paulo havia atingido
tamanho grau de submissão à vontade de Deus que se mostrava
contente em todas as situações e em todas as condições em que se
encontrava: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque apren
dí a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar
humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as cir
cunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome;
assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que
me fortalece” (Fp 4.11-13).
A que benditos sentimentos e disposição mental o apóstolo
Paulo chegou! E como é feliz aquele de quem, hoje, pudermos
As virtudes de Paulo para com Deus 57
Perguntas de estudo
a) força da fé
b) amor por Cristo
c) não se envergonhar do evangelho
d) desprezo pelas coisas do mundo
e) abundância de oração e de louvor
0 contentamento no Senhor
g) cuidado ao falar sobre si mesmo
As VIRTUDES DE PAULO
PARA COM OS HOMENS
Mansidão
Primeiro. Sua mansidão qusndo sofria abusos e seu smor
psra com os inimigos. Multidões odisvam o apóstolo, mss ele
a ninguém parecia odiar. Encontrou inimigos ss maior parte do
mundo por que passou, mas ele mesmo era amigo de todos, traba
lhando e orando tiseeramente pelo bem de todos. Quando repre
endido, ou sendo motivo de zombsria e de maus tratos, sisds as
sim os tratsvs com msnsidão e gentileza de espírito, desejando o
bem aos seus perseguidores: “...sos sfadigsmos, trabalhando com
as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos;
62 A busca da santidade
Pacífico
Segundo. Paulo encontrava deleite na paz. Entristecia-se
com a ocorrência de contendas entre cristãos, tal como quando
ouviu falar das dissensões na igreja de Corinto. Também escre
veu aos filipenses regozijando-se por vê-los vivendo em amor
e paz, e, sinceramente, implorou: “Se há, pois, alguma exorta
ção em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão
do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai
a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o
mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”
(Fp 2.1-2).
O apóstolo se aplicava às coisas que resultariam em paz.
Para isso, dava sempre preferência aos outros, e, no que fosse
possível e legítimo, muitas vezes, condescendia com as fraquezas
e humores de outros, em favor da paz. Paulo declarou que, embo
ra estivesse livre de todos os homens, ainda assim, fazia-se servo
de todos, por amor da paz. Procedia, para com os judeus, como
judeu, para com os que viviam sob a lei, como se estivesse sob a
lei, e, para com os fracos, como se ele mesmo fosse fraco. Esco
lheu agradar a outros, em vez de agradar a si mesmo, por amor à
paz e para o benefício de suas almas. “Eu procuro, em tudo, ser
64 A busca da santidade
Compaixão
Terceiro. Psulo tinha um espírito compassivo e temo para
com qualquer que sofresse aflições. Demonstrou esse espírito es-
aseialments no caso do corístio incestuoso. Grave era o crime e
grande a culpa dos membros da igreja, permitindo a continuação
de tsmsshs iniquidade. O apóstolo se viu obrigado a escrever-
lhes severss palavras de reprovação. Mais tarde, alegrou-se ao
ssber que a repreensão tinhs sido bem acolhida, que os cristãos
de Coristo haviam se arrependido. Mas não deixou de se entris
tecer, sabendo que tisham o corsção cheio de tristeza, inclinando
a eles o próprio coração, quase que arrependido de ter escrito
com tssta rigidez. Preocupava-o que a primeira carta tivesse sido
causa de demasiada tristeza para os leitores: “...ainda que vos
tenha contristsdo com a carta, não me srreaasdo; embors já me
teshs arrependido (vejo que aquels carta vos costristou por breve
tempo)” (2Co 7.8). Teve compaixão tsmbém do incestuoso, pois,
sisds que fosse culpado de tão vil pecado, Paulo desejava que
ele fosse, agora, consolado. Sempre que um irmão sofresse ou
que estivesse ferido, era como se o próprio apóstolo sofresse ou
fosse ferido: “Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça?
Quem se escandaliza, que eu não me inflame?” (2Co 11.29).
Amor de comunhão
Cortesia
Sexto. Paulo tinha um comportamento cortês para com o
próximo. Homem de grande projeção, honrado por Deus, Paulo
era cheio de bondade para com todos os homens, concedendo a
cada um o respeito devido. Quando chamado perante magistra
dos judeus ou pagãos, tratou-os com a honra e o respeito ade
quados às suas posições. Quando os judeus lhe sobrevieram, no
templo, ainda que tenham se comportado mais como diabos do
que como homens, mesmo assim, ele os tratou com termos res
peitosos - “Irmãos e pais, ouvi, agora, a minha defesa perante
vós” (At 22.1). Chamou-os de “irmãos” e saudou os anciãos e
escribas com o título de pais, ainda que fossem uma súcia de
infiéis. Quando apresentou sua causa perante Festo, governador
66 A busca da santidade
Perguntas de estudo
a) mansidão
b) pacificação
c) compaixão
d) regozijo com o próximo
e) smor de comunhão
f) cortesis
As virtudes de Paulo
para com Deus e para com os homens
Espírito público
nossa situação seja boa diante dos homens. Mas será que foi para
isso que viemos ao mundo? Aquele que nos criou e nos deu capa
cidade mental e força física, dando-nos tempo e talentos- no-los
deu prineiaalmsnte para serem gastos assim ou para servir-lhe?
Muitos anos pesam sobre alguns de nós: para o que é que temos
vivido e em que temos empenhado o nosso tempo? Quanto é que
o mundo tem melhorado devido ao nosso empenho? Estaríamos
aqui apenas para comer e beber, devorando o bem que a terra
produz? Muitas bênçãos da providência nos têm sido conferi
das, mas onde está o bem que fizemos, em retribuição? Quanto o
mundo teria perdido, se não tivéssemos nascido, ou se tivéssemos
morrido ainda crianças?
Tais reflexões deveríam preocupar aqueles que se dizem
cristãos. Certamente Deus não planta videiras em sua vinha por
outra razão, senão pelos frutos que espera serem produzidos. Não
contrata trabalhadores para a vinha por razão outra que não a re
alização do trabalho. Os que vivem apenas para si vivem em vão
e, por fim, serão cortados como galhos secos que impedem a pro
dução. Que, daqui para frente, o exemplo de Paulo nos tome mais
diligentes na prática do bem. Pessoas que pouco bem produzem
estão prontas a se desculparem, dizendo que Deus não imprimiu
sucesso aos seus esforços. Entretanto, não deveriamos indagar se
não fomos bem sucedidos porque não nos esforçamos? Quando
Deus vê alguém alsnsmente envolvido, com toda honestidade,
psrssvsrsnts na fidelidade, eertamsnts será propício e lhe dará
alguma medida de realização. Considere como Deus tomou o tra
balho do apóstolo marsvllhosamsnts bem sucedido.
Contudo, Paulo passou por tudo isso com ânimo e boa von
tade, alegrando-se no cumprimento da vontade de Deus e na pro
moção do bem do próximo, ainda que lhe custasse alto preço:
“Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho
o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu
corpo, que é a igreja” (Cl 1.24). Era incansável. Depois de ter
sofrido muito tempo, ele não se desculpou, nem disse que já teria
feito a sua parte.
Aqui, o cristianismo resplandece com as cores certas. Ter tal
espírito é ter o espírito de Cristo, conforme nos é requerido, se
quisermos ser seus discípulos. Significa vender tudo e dar aos po
bres. Significa tomar sua cruz a cada dia e seguir a Cristo. Possuir
esse espírito é evidência de ser, de fato, um cristão, aliás, um cris
tão genuíno, que se entrega sem reservas a Cristo, que aborrece
pai e mãe, esposa, filhos e irmãos, até mesmo, a própria vida por
amor de Cristo, perde tudo isso, para, então, tudo recobrar. Em
bora não seja requerido de todos que sofram tanto quanto Paulo, é
absolutamente necessário que todos os cristãos tenham tal espíri
to, tal disposição para perder todas as coisas e sofrer todas as coi
sas por amor a Cristo, em vez de desobedecer seus mandamentos
e buscar a própria glória. Tal exemplo também pode nos envergo
nhar, pois somos avessos a perder coisas, a nos esforçarmos um
pouco além do pretendido, a negarmos a nós mesmos conforto e
facilidade, apetites pecaminosos, ou a provocarmos o desagrado
de um vizinho. Eia! O que é que pensamos do cristianismo, a
ponto de colocarmos tais coisas em tão alta conta e fazermos ta
manhas objeções, retrocedermos, e acharmos meios de nos esqui
varmos do confronto, quando surge alguma pequena dificuldade!
Que tipo de ideia tínhamos de o que significa ser cristão, quando
inicialmente nos dispusemos a sermos cristãos? Sequer paramos
82 A busca da santidade
Aplicação
Procedo, agora, a uma aplicação geral de tudo o que foi fa
lado sobre o assunto, exortando a todos que se esforcem sincera
mente para seguir o exemplo do grande apóstolo Paulo.
Resumo
Ouvimos falar sobre o tipo de espírito que o apóstolo ma
nifestou e de que modo ele viveu no mundo, como sinceramente
buscou a própria salvação, e isso não apenas antes, mas também
depois de sua conversão. Vimos também como ele era honesta
mente cauteloso para evitar a condenação, mesmo depois de ter
obtido interesse salvífico em Cristo. Ouvimos como Paulo era
forte na fé, como era grande seu amor pelo Senhor e Salvador e
como ele jamais se envergonhava do evangelho, mas gloriava-se
na cruz de Cristo. O apóstolo era abundante em oração e louvor
e condenava as riquezas, os prazeres e as glórias do mundo, es
tando contente com aquilo que a providência lhe dava. Paulo era
prudente e cauteloso ao relatar as próprias realizações, para não
representar mais de si mesmo em palavras do que aquilo que os
homens devessem ver em seus atos.
Ouvimos sobre quanto abuso Paulo sofreu, como amou seus
inimigos, como se deleitou na paz e como se regozijou com os
que se alegraram e chorou com os que choraram. O apóstolo se
alegrava com a comunhão do povo de Deus e era cortês no trato
com o próximo. Ouvimos falar de seu espírito público, como se
preocupou sobremaneira com a prosperidade do reino de Cris
to e com o bem da igreja. Foi diligente, laborioso e infatigável,
desdobrando-se em esforços para fazer o bem. Paulo buscou to
dos os meios para promover tal fim, demonstrando habilidade e
engenhosidade, dispondo-se a abrir mão, até mesmo, de coisas
legítimas em si mesmas, disposto a passar por inúmeros e extra
ordinários sofrimentos. Minha exortação, agora, é que imitemos
seu exemplo, e, para isso, proponho que diversas coisas sejam
consideradas.
90 A busca da santidade
Encorajamento conclusivo
Esperança e consolo
GERALMENTE SEGUEM HUMILHAÇÃO
E ARREPENDIMENTO GENUÍNOS
8
Esperança e consolo
NA CONVERSÃO
Oseias 2.15
“...lhe darei, dali, as suas vinhas e o vale de Acor por porta de
esperança; será ela obsequiosa como nos dias da sua mocidade e
como no dia em que subiu da terra do Egito. ”
Introdução
No contexto do versículo acima, a igreja de Israel foi pri
meiramente ameaçada com a terrível desolação que Deus estava
100 A busca da santidade
O PROBLEMA EM SI
A CAUSA - O PECADO
A doença da alma
O pecado é a causa de tais problemas. É um mal, uma
doença, que, caso a alma não esteja anestesiada, causará intensa
Esperança e consolo na conversão 105
A HUMILHAÇÃO
O fim da aflição
Para aqueles a quem Deus designou misericórdia, a finalida
de da aflição é humilhá-los. Deus os conduz ao deserto para lhes
falar com consolação, tal como levou os filhos de Israel ao deserto
antes de conduzi-los a Canaã, como nos diz, para humilhá-los;
“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus,
te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para
te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias
ou não os seus mandamentos” (Dt 8.2). O homem é naturalmen
te autoconfiante e soberbo. Quando goza apenas de facilidade,
prosperidade e quietude, tende a alimentar uma disposição autô
noma: “...engordando-se o meu amado, deu coices; engordou-se,
engrossou-se, ficou nédio e abandonou a Deus, que o fez, despre
zou a Rocha da sua salvação” (Dt 32.15). Passando por aflições
Esperança e consolo na conversão 107
A MORTE DO PROBLEMA
Prític a
Inquirição. Aqui poderemos perguntar: o que implica a ma
tança do pecado, na conversão? Implica diversas coisas:
Convicção do mal
Tem de haver real convicção da maldade do pecado, diante
de Deus. Tudo ocorre por meio de convicção. Os problemas, su
postamente injustos, sofridos antes da conversão, surgiram de
alguma convicção da maldade do pecado e da culpa e do perigo
consequentes. Afim de matar o perturbador, teremos de encontrá-
lo, como fizeram os filhos de Israel antes de executarem Acã. Le
vantaram cedo, investigaram, trouxeram todo o Israel segundo as
suas tribos, procuraram em cada tribo e família, e indivíduos es
pecíficos em cada família, e, assim, encontraram o perpetrador.
Ódio ao pecado
Implica desviar o coração do mal, tomando-o cheio de ódio
contra o pecado. O perturbador jamais é morto senão por meio de
uma transformação completa e redentora do coração e a renova
ção de sua natureza, de maneira que, aquele que antes amava o
pecado e o escolhia, agora o odeie e o despreze em todas as suas
formas, especialmente na velha forma de pecar.
Esperança e consolo
PARA O CRISTÃO
Frequentemente ,
CRENTES SE ACHAM EM ESCURIDÃO
1 Na edição de Hickman das obras de Edwards, esta seção (que começa com
“Quando os santos estão em trevas”) e a próxima (começando com “Quando é as
sim com os cristãos”) são revertidas. Foram numeradas corretamente por Hickman
de acordo com o esboço que Edwards fez dessa seção, mas colocadas, por engano,
na sequência de itens 2,4,3,5. E provável que, durante a publicação dos volumes
Hickman, a ordem do terceiro e quarto pontos de Edwards tivesse ficado confusa,
devido aos seus três subpontos numerados de modo semelhante sob o item 2, o que
levou à expectação de que o item 4 devesse vir em seguida. Eu restaurei a ordem
das seções, conforme o esboço de Edwards.
122 A busca da santidade
*****
Aplicação da doutrina
*****
Uso da instrução
Uso do autoexame
O USO DA DIREÇÃO
Busca do perturbador
Procure, com afinco, descobrir o perturbador, isto é, desco
brir aquilo que impede o crescimento espiritual. Quando os pie
dosos estão em trevas, não é por falta do amor de Deus nem da
boa disposição de Deus para lhes dar consolação. Certamente o
pecado é, de alguma forma, a causa das sombras. O perturbador
jaz à porta. Sem dúvida, há algum impedimento no arraial, afas
tando-os da presença de Deus. Sendo assim, se você deseja que
a luz seja reavivada e que seja renovada a presença consolado-
ra de Deus, é necessário, primeiro, procurar a causa e destruir o
perturbador.
Muitas pessoas, quando em trevas, procedem de maneira er
rada: examinam experiências passadas. E isto deveria ser feito.
No entanto, elas gastam tempo procurando coisas boas na própria
vida, quando deveríam gastar mais tempo retirando aquilo que
é mau. Qualquer bem que exista não será encontrado até que se
encontre e elimine o pecado que o obscurece. Aquilo sobre o que
refletem, e que antes pensavam ser bom, não lhes trará satisfação
até que o mal seja desarraigado. Vão pelo deserto, perguntan
do sobre a causa das sombras e aflições. Indagam se acolheram
corretamente a obra do Espírito de Deus em seu coração, se re
almente estão entre os filhos de Deus. Contudo, o Pai esconde
delas a face e elas se perguntam sobre as coisas ocorridas, atô
nitas como Josué diante da derrota de Israel, em Ai. As vezes,
chegam a duvidar que sejam filhas de Deus. Oram, pedindo que
Deus lhes renove o consolo. E deveríam mesmo orar. Contudo,
precisariam ainda fazer algo mais. Josué gastou muito tempo em
oração, pesaroso ante a aflição de Israel. Prostrou-se, rosto em
terra, até o anoitecer, indagando por que Deus havia se retirado
deles. Mas Deus lhe disse: “Levanta-te! Por que estás prostrado
assim sobre o rosto?” (Js 7.10), como que dizendo: “Você precisa
fazer mais do que ficar prostrado”. “Israel pecou, e violaram a
minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das
Aplicação da doutrina 149
a) oração e meditação
b) vigilância de si mesmo
c) exame das Escrituras
d) busca do conselho de amigos piedosos
A PRECIOSIDADE DO TEMPO
E A IMPORTÂNCIA
DE REMI-LO
12
A PRECIOSIDADE DO TEMPO
Efésios 5.1b
Remindo o tempo, porque os dias são maus.
seria! Pense no que fez com eles. O que aconteceu com todos
eles? O que poderá mostrar de aproveitamento, ou benefícios rea
lizados, ou bem-outorgado, correspondentes ao tempo que viveu?
Olhando para trás, descobriremos que esse tempo passado de nos
sa vida, em grande medida, foi vazio, não preenchido com coisas
boas diante de Deus. Se Deus, que nos deu o tempo, nos chamar,
agora mesmo, para prestar contas, que poderemos apresentar?
Tempo aproveitado?
Quanta coisa pode ser realizada em um ano! Quanto bem
há oportunidade de se fazer nesse tempo! Quanto serviço muitas
pessoas prestarão a Deus, e para o bem de suas próprias almas, se
fizerem seu máximo para remir o tempo! Quanta coisa pode ser
feita em um dia! E o que é que você tem feito em tantos dias e
anos de sua vida? O que fez com todo o tempo de sua juventude,
se sua juventude já passou? Não teria sido melhor se, durante
todo esse tempo você estivesse dormindo ou permanecido em es
tado de não-existência?
Você teve muito tempo de lazer e liberdade dos afazeres se
culares; pense no propósito com que gastou esse tempo. Não so
mente teve tempo comum, como também bastante tempo santo.
O que você fez com todos os dias do Senhor, os quais ele deu para
usufruto? Considere tais coisas com seriedade e permita que sua
consciência responda.
Aproveitando o tempo
a) Efésios 2.8-10
b) Filipenses 2.12-13
c) João 15.16-17
d) 2Pedro 1.3-11