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Coliridianismo e o culto a Maria

Poucos cristãos ouviram falar sobre o coliridianismo, esse foi um


movimento do Século IV dentro da cristandade que deu forte ênfase
pratica da mariolatria. O movimento emergiu dentro do cenário
controverso do nestorianismo. Não há muitas informações disponíveis
sobre esse movimento, é certo que adoravam Maria e ofereciam pão
consagrado a ela. Alguns teólogos católicos argumentam que os
coliridianos ultrapassavam a linha da ortodoxia mariana do
catolicismo e tornaram-se idolatras.(1) O cenário em que se levantou
essa questão pode ser descrito nessas palavras: “A rivalidade que
existia entre as escolas de Alexandria e Antioquia, os dois centros
teológicos que regiam o pensamento da igreja cristã, tanto ocidental
como oriental, se caracterizava por distintos sistemas de interpretação
das Escrituras. A Escola alexandrina empregava o método alegórico,
como herança da cultura grega, para interpretar a bíblia. A escola de
Antioquia pelo contrario optou pelo método de interpretação mais
cientifico, baseado em um exame histórico gramatical do texto bíblico”
(2) isso corrobora um fato pouco percebido por muitos pesquisadores,
que enquanto uma vertente da fé cristã, estava fundamentada na
interpretação correta das Escrituras, a de Antioquia, outra ramificação
parecia ser mais influenciada pelo gnosticismo, e como Orígenes, optou
pela alegorização das Escrituras. Por essa distinção de escolas de
interpretação, percebemos outro fator importante o desenvolvimento
de versões das Escrituras bizantinas e alexandrinas, pois de certa
forma, essa seria uma tendência natural no tocante a duas escolas de
interpretação completamente opostas.

Foi Epifanio (315-403) um dos principais opositores a reagir contra o


coliridianismo, este foi amigo de Jerônimo, era asceta, e enquanto
combatia a mariolatria do Coliridianismo, defendia de forma
extremamente fanática o uso de ícones. O gérmen do marianismo tal
como ocorreu por causa de controvérsias a respeito de disputas
teológicas se Maria era ou não a Mâe de Deus. O coleridianismo como
vamos ver nesse artigo, nunca deixou de existir, ela nunca perdeu sua
força, e por mais que o catolicismo tente argumentar sobre essas

1
questões, usando supostos termos teológicos para distinguir latria de
dulia e hiperdulia e veneração de adoração, a literatura teológica do
catolicismo romano expõe claramente a crença na divindade de Maria
e na sua adoração como idolatria, ou seja, a heresia do coliridianismo
está presente hoje na liturgia católica, e para provar isso, escrevi esse
estudo.

Antes quero tomar as palavras do ex-padre Aníbal Pereira Reis, pois


ele fez declarações que se harmonizam completamente com a teologia
bíblica do Novo Testamento, essas são as convicções do autor desse
artigo. Com relação a concepção de Maria, mulher de exemplo de vida
piedosa, que deve ser imitada, mas nunca adorada e nem mesmo
venerada. O ex-padre escreveu: “ Maria é mãe do corpo físico, das
carnes de Jesus Cristo. Em sendo ele Deus, como Deus, não pode ter
sido gerado por uma mulher” (3) o Dr Anibal prossegue: “Ora, a pessoa
de Cristo não se originou no ventre de Maria, COM EFEITO, EM Cristo
ocorre a união substancial das duas naturezas, a humana e a divina,
numa só pessoa. É o caso impar, único, entre todos os homens”(4)

Que a igreja do Novo Testamento é completamente cristocentrica é um


fato irrefutável, que a veneração a Maria vai de encontro a pratica de
outro evangelho é um fato a considerar. Teólogos católicos
desenvolveram terminologias não bíblicas para tentar justificara
veneração de imagens, na tentativa de diferenciar o ato da adoração e
veneração, argumentam que a latria se oferece a Deus e a hiperdulia á
Maria. É uma tática falaciosa, escritores do Novo Testamento e os
apóstolos não reconhecem esses termos e muito menos essas praticas.
Diego Barrera explica com eficiência a questão da adoração: “A palavra
latina ‘adoratio’, como seu equivalente grego ‘proskynesis’ designava
em sua origem a simples genuflexão ate um ser considerado divino ou
a suas imagens. Depois tomou o sentido estrito de ‘homenagem ou
tributo a Deus como tal” y não se pode render-se a nada mais” (5)
Segue-se que veneração num sentido real é o mesmo que praticar
“Proskynesis”, e isso percebeu o autor da Carta a Diogneto, nesse
documento antigo, pode se perceber claramente que o autor faz
criticas aos que prestam adoração aos ídolos, “venerando ídolos
incapazes de receber reverencia”(6) esse documento é um escrito
apologético contra o paganismo, demonstra a percepção do autor

2
quanto ao ato de venerar deuses falsos. A Carta a Diogneto é um
documento que foi escrito aproximadamente no ano 120 da nossa era,
e estava alinhado a idéia teológica de que veneração é adoração
(proskyneo)

Como não há nas Escrituras qualquer justificativa para se venerar


imagens e prestar culto a Maria, católicos precisam recorrer a
autoridade extra bíblica e aos “teólogos” que começarem a introduzir
novas idéias e falsas doutrinas no seio da fé cristã, porem há uma
advertência no Livro de Atos que precisava ser levada em
consideração, mas que foi quase que ignorada: “Porque eu sei isto que,
depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não
pouparão o rebanho” (Atos 20:29) essa advertência foi feita em Efeso,
justamente na cidade onde era venerada a grande deusa Diana. Toda a
argumentação em defesa do culto mariano leva esse argumento “como
fala os santos padres”(7). As evidencias são meros subterfúgios
incoerentes. “Os milagres mesmos, operados tão freqüentemente pela
Virgem Santíssima mediante suas imagens, são uma confirmação
eloqüente da legitimidade desse culto.” (8) Afonso de Ligório, Doutor
da Igreja católica, cita Brigida, que recebeu uma revelação de Maria,
messa aparição, a entidade que se identificava como “Maria” lhe disse
“Eu sou Rainha do Céu e Mãe de misericórdia; para os justos eu sou
alegria e para os pecadores sou a porta por onde entram para
Deus”(9) É difícil de acreditar que uma pessoa que recebe uma
revelação dessas, precisa ignorar completamente os fundamentos da
doutrina cristã do Novo Testamento, uma vez que o próprio Cristo
declara que “ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6) Ele
declarou ser a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á...”(João
10:9) aqui está claramente revelada a exclusividade de Cristo ser a
Porta, é uma declaração singular, feita pelo próprio Cristo com um
contexto que diz, aquele que tenta entrar por outra porta é ladrão e
salteador (João 10:1) Uma entidade que aparece com o nome de
“Maria” contradizendo as declarações exclusivistas de Cristo nos levam
para as advertências de Galatas 1:8 e 9, “Mas ainda que nós mesmos ou
um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho
anunciado, seja anátema, se alguém anuncia vos anunciar outro
evangelho além do que já recebestes, seja anátema” Todo o teólogo

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católico precisa adotar a dialética hegeliana, para fundir duas opostas
numa idéia só, para aceitar as declarações exclusivistas de Cristo como
verdadeiras e ao mesmo crer que as revelações do mundo espiritual
contrarias as declarações do Novo Testamento não sejam falsas. Isso é
um absurdo.

A visão que o catolicismo tem de Maria ultrapassa muito o bom senso e


afasta-se completamente das paginas do Novo Testamento. Assumem
a regia negação que Maria não é tratada como divindade, porém deve-
se prestar atenção as suas declarações expostas de forma explicita em
suas publicações. Afonso de ligório, no livro Glórias de Maria, afirma:
“Por conseguinte estão sujeitos ao domínio de Maria os anjos, os
homens e todas as coisas no céu e na terra” (10) se isso não é crer em
uma autoridade absoluta, então as palavras perderam o sentido em
meio aos devaneios místicos. O Novo Testamento é muito claro em
ensinar que Deus sujeitou todas as coisas aos pés de Cristo, e não aos
pés de Maria,(Leia Efésios 1:21 a 23) a expressão infeliz de Ligório
remete um católico a acreditar que Maria supostamente tem prela
autoridade no céu e na terra, mas se você não esta convencido, então
leia isso: “Eis aqui como em todas as batalhas com o inferno, seremos
sempre vencedores seguramente, se recorrermos a mãe de Deus, e
nossa, dizendo e repetindo: sob a tua proteção nos refugiamos”(11)
Domínio sobre todas as coisas no céu e na terra, completo poder contra
o inferno, o que mais precisa para se tornar uma divindade, a não ser
chamada de Toda poderosa? Pois é então veja as declarações do autor
de um clássico de espiritualidade católica: “E como não existe doença
espiritual que seja incurável nesta vida e nenhuma pode resistir ao
tratamento da todo-poderosa Mãe de Deus, ela nos curará”(12) Sim se
é toda poderosa significa que é uma divindade, se é toda poderosa
então tem todo o poder, se tem todo poder não pode ser menos do que
Deus, se não pode ser menos do que Deus é igual a Ele. Essa veneração
chamada de hiperdulia é uma verdadeira falácia, no bom sentido da
palavra um logro teológico para enganar bobos. No céu, Maria é capaz
até mesmo de colocar Deus em delicias místicas, como Joseph Tissot
declara: “Mas o leite da bem-aventurada Virgem Maria também como
que o poder de embriagar a Deus, porque quando o bebeu, bebeu com
ele a misericórdia...”(13) Tissot ainda lamenta que na parábola das

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dez virgens, as imprudentes não tenham recorrido a “esposa” ao invés
do esposo, nessa exegese tão ridícula e falaciosa, argumenta ele que se
tivesse clamado “Nossa Senhora! Nossa Senhora” teriam recebido a
graça de entrar nas núpcias, em outras palavras, na parábola o noivo
negou a entrada das imprudentes, mas se elas tivessem recorrido a
noiva, ela teria concedido a entrada, isso insinua que Maria pode
confrontar a vontade de Cristo, opor-se a vontade dEle, e fazer com que
a sua vontade predomine sobre a vontade de Cristo. Assim de forma
tão infeliz Tissot exorta “Olha para Maria, pensa em Maria”(14),
enquanto que o Espírito Santo, usando o Escritor da epistola aos
Hebreus exorta a olharmos para Cristo, autor e consumador da nossa
fé (Hebreus 12:2 leia também Isaias 45:22 Zacarias 12:10, João 19:37)
Ligório a fim de incitar essa mariolatria descarada, confirmada pelos
próprias declarações dos “doutores católicos” para justificar essa super
ênfase á Maria, afirma que Deus “concedeu-lhe plenos poderes a fim de
nos valer”(14) Para finalizar, muitos “santos” católicos, ou são
mentirosos, ou fazem do Espírito Santo um mentiroso, Ligorio
completamente desviado das Escrituras recorre aos escritos de seus
comparsas e cita São Germano que afirmou “Que ninguém se salva a
não ser por meio de Maria”(15) Oh meu Deus! Quanto engano em tão
pequena declaração. é lamentável que tamanha heresia seja exposta
sem qualquer temor, o Novo Testamento, a afirmação apostólica de
Pedro é “Em nenhum outro há salvação, pois também abaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser
salvos” (Atos 4:12) essa é a voz da autoridade do Espírito Santo. Jesus é
único, único mediador (I Timóteo 2:5) único intercessor (Isaias 59:16)
Único remédio (João 3:14) Único Alimento (João 6:35) Único Salvador
(Atos 4:12) Única fonte da verdade (João 6:67) único fundamento (I
Coríntios 3:11) A bíblia diz claramente, esse era o ensino fundamental
da igreja do Novo Testamento que “Deus o exaltou soberanamente e
lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus
se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da
terra, e toda a língua confesse que Jesus é o Senhor, para a glória de
Deus Pai”(Filipenses 2:9 a 11) essa é a doutrina dos apóstolos, essa é
uma declaração irrefutável, essa é a mais sublime e pura verdade,
Cristo é Tudo em todos (Colossenses 3:11)

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A CRENÇA NO PURGATORIO, OCULTISMO E O NOVO TESTAMENTO.

Eu assisti alguns dias atrás um documentário sobre o “Museu das


Almas do purgatório” conferi para ver mais de perto os dados, trata-se
de uma coleção de arquivos “sobrenaturais” exposto em uma
pequena igreja em Roma, a igrejinha do Sagrado Coração do Sufrágio.
Fiquei surpreso, porque o arquivo do vídeo estava em um website
espírita. O purgatório como lugar de purificação pós morte, é uma
crença católica romana, anexo a essa crença, está outras que sustentam
toda a escatologia do catolicismo no que diz respeito ao estado
imediato de das almas que partem desse mundo. (1)

A crença no purgatório está intimamente ligada a outra crença católica;


o oficio medianeiro de Maria (2) Afonso de Ligório ensina: “Feliz
aquele que se abraça amorosamente a essas duas ancoras de salvação:
Jesus e Maria!nunca perecerá eternamente.(3) Como veremos mais
adiante, o marianismo e a crença do purgatório são partes importantes
do sistema romanista, e diminui drasticamente a perfeita e consumada
obra de Cristo na cruz, como ensina claramente o Novo Testamento.

Estudar a literatura católica sobre essas crenças nos leva a conclusões


obvias de que o catolicismo depende de revelações extra-biblicas e das
experiências de seus doutores teológicos e místicos para manter em pé
todo o conjunto de crenças que defende. A crença de almas precisam
de sufrágios num suposto purgatório, também mina com duas
doutrinas fundamentais da fé cristã o valor total do sangue de Cristo
como uma necessidade vital com efeito vicário e a perfeição da obra
consumada de Cristo na cruz. Com efeito, qualquer um que leia o Novo
Testamento entende que somos justificados gratuitamente pela graça
que há em Cristo Jesus (Romanos 3:24) O sangue de Cristo foi
oferecido imaculado através do Espírito Eterno (Hebreus 9:14) A igreja
de Deus foi regatada com Seu próprio sangue (Atos 20:28) Com uma só
oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados (Hebreus

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10:14) e ainda pela obediência de UM muitos serão feitos
justos.(Romanos 5:19) não há salvação em nenhum outro (Atos 4:12)
Cristo constitui-se o único caminho autorizado, único caminho oficial
para a salvação e para a vida eterna (João 14:6), alterar o curso da
revelação da redenção tão explicita nas paginas do Novo Testamento é
ir após outro evangelho. Não quero ser exaustivo nessa questão, que
amado leitor estude o Novo Testamento e encontre a verdade
indissolúvel e eterna de que a Salvação é obtida única e exclusivamente
pela fé no sacrifício perfeito do Senhor Jesus. Abrir o caminho da
subjetividade pelas revelações místicas para formar novas doutrinas e
alterar o plano de salvação, constitui-se num agravo ao Espírito da
graça. (Galatas 1:8 e 9 I Timóteo 1:3, 6:3 e I Coríntios 4:6, etc.)

A doutrina do purgatório do catolicismo é uma abertura ao ocultismo e


a crença com contato com os mortos, é verdade que muitos apologistas
católicos atacam o espiritismo kardecista, por outro lado é bem
explicito na literatura católica o contato com as almas dos mortos, por
causa da crença na doutrina do purgatório. Nesse artigo, vou usar um
livreto que envolve experiências de uma católica com as supostas
almas padecentes , ela é conhecida como Maria Simma, austríaca, e
católica devota, Simma presta “auxílio” as almas que supostamente
estão sofrendo nesse lugar, e tem contato com elas, como ela mesmo
narra em suas experiências : “ As almas do purgatório aparecem de
diversas formas e diferentes modos. Algumas batem á porta, outras
aparecem de improviso. Umas se mostram em aparência humana,
claramente visíveis como em sua vida mortal, vestidas comumente,
outras aparecem de modo evanescente”(4) está claro nessas
declarações, que o catolicismo aceita essas aparições de mortos que se
comunicam com os vivos, elas aparecem pedindo “ajuda”. A historia de
Maria Simma é cercada de acontecimentos de natureza sobrenatural “A
partir de 1940 as almas do purgatório vieram, algumas vezes, pedir-lhe
orações. No dia de todos os Santos de 1953, começou a ajudar os
defuntos com sofrimentos expiatórios...”(5) Observamos por essas
declarações que espíritos desencarnados saem do “purgatório”, e se
comunicam com os vivos pedindo ajuda, se isso nada mais é do que
uma versão católica do espiritismo. Todo esse fenômeno sinistro
parece de alguma forma ser acompanhada de manifestações

7
demoníacas, que podemos ver claramente nessas declarações “De vez
em quando o demônio fazia um barulho terrível, como se a casa caísse
ou pegasse fogo. Parecia também como se a chama fosse lançada no
quarto, onde havia como que um rumor de explosão” (6) “De vez em
quando me dava uma queimação infernal; passava um grande susto.
Uma voz diabólica gritou-me ‘cretina, viremos logo buscar-te, era
assustador, quase perdia a esperança” (7) e ainda “O mais terrível era
que eu tinha o sentimento de estar abandonada por Deus, de não poder
rezar e de sentir-me em poder do demônio”(8). Está claro que isso é
muito similar aos fenômenos ocultistas, e ainda de forma mais
tenebrosa di que certas manifestações decorrentes da casuística
espiritualista, não é uma experiência que procede de uma vida cristã
genuína, mas de uma sincretismo carregado de superstições e
crendices ocultistas.

A crença no purgatório rouba completamente os méritos de Cristo,


sua obra consumada e perfeita na cruz é minimizada, o poder do
sangue imaculado de Cristo é anulado, é uma crença que descentraliza
a obra da graça de Deus e coloca toda a confiança nos méritos
humanos. É perturbador porém fato de que a ênfase dada sobre todas
essas manifestações tem como propósito anular completamente as
bases da redenção alicerçadas nas paginas do Novo Testamento,
colocando os méritos em pratica que nunca encontramos nas
Escrituras. Simma recebeu a “missão” de sofrer em prol das “almas do
purgatório” seu sofrimento e as praticas favoráveis a “libertação” dos
encarcerados nesse lugar, são chamadas de sufrágio, missas, velas,
novenas e rezas dirigidas favoravelmente a essas almas, irão ajudar na
“expiação” delas, para se purificarem e receberem o paraíso. “Eu
conheço o sofrimento : tem muito valor porque é penoso! Não vejamos
o sofrimento como uma punição: ele pode ser acolhido como expiação
não só por nós mesmos, mas sobretudo pelos outros...”(9) Com relação
a esses sofrimentos, eles segundo Maria Simma tem poder para expiar
os pecados das almas que “padecem no purgatório” (10) toda ênfase
recai sobre Maria, ao invés de Cristo, ela é a libertadora das almas do
purgatório, conta-se que por ocasião de sua morte e ascensão, Maria
pediu a Cristo a libertação de todas almas do purgatório, o que foi
concedida, e que desde então ela “passa com freqüência pelo

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purgatório. Isso é o que Maria Simma viu” (11) A enfase sobre Maria e
a confiança nos méritos dela segue contrario ao ensino do Novo
Testamento onde aponta para Cristo como libertador (João 8:36 e
Apocalipse 1:5) além disso vimos com toda a clareza que Cristo é quem
nos pode socorrer sempre (Hebreus 2:8,4:16 , Mateus 11:28, 15:21 a
28 etc.)Toda a salvação passa da obra de Cristo na cruz, para as obras e
sofrimentos que um devoto sofre pelos padecentes defuntos,
sofrimentos esses que terão efeitos de expiação sobre esses espíritos
que padecem, como se isso não fosse um grande erro, ainda assim é
dito que “É lamentável que em muitas casas não haja mais água benta,
assim, não há oportunidade de, com a mesma, aliviar as almas do
purgatório” (12) De um desvio doutrinário é lógico que segue outro,
assim a narração torna-se cada vez mais distante da mensagem da
cruz, e Poe nos homens todos os méritos de salvação a narrativa
seguinte revela a natureza real dessa falsa doutrina e suas
conseqüências. Sob a luz do Ensino do Novo Testamento encontramos
segurança em permanecer nos caminhos da verdade.

“ O QUE ESTÁ FAZENDO COM ESTE BALDE? PERGUNTEI A UMA


SENHORA QUE ENCONTRARA COM O BALDE NA MÃO. (Nota do autor
do estudo: trata-se de um dialogo entre Simma e um espírito )

“É a minha chave para o paraíso – respondeu alegremente. Não rezei


muito durante minha vida, raramente ia à igreja, certa vez, porem
antes do natal, limpou gratuitamente a casa de uma pobre idosa. Foi a
minha salvação” Essa declaração sai completamente contratia ao
ensino dos apóstolos (Efesios 2:8 e 9)

“ESTA É A PROVA QUE TUDO DEPENDE DA CARIDADE” (13)

Dessa seqüência de afastamento da obra expiatório de Cristo na cruz,


segue o afastamento cada vez mais distante do evangelho, colocando a
ênfase da salvação na caridade, aproxima-se muita com a visão espírita
e nega a própria essência da obra redentora, até chegarmos nessa
declaração ainda mais comprometedora: “O tentador pode torturar
cruelmente as almas que estão no purgatório, não para aniquilá-las,
mas para purificá-las” (14) pode o diabo infringir sofrimentos num

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espírito para purificar os pecados e os delitos de tal? Aonde chegamos,
que declarações são essas ao ponto de concluirmos que o sangue e o
sacrifício de Cristo na cruz não são suficientes para purificar e salvar
uma alma, mas o diabo impondo terrores numa alma condenada tem
esse efeito como se fosse mais eficiente que o sangue de Cristo? Isso é
uma blasfêmia, Se Paulo em seu tempo ou qualquer apostolo ouvisse
umas coisas dessas, simplesmente classificariam como um anátema
grave (Veja Gálatas 1:8 e 9). Amo os católicos, sei que há muita gente
sincera e boa entre eles, mas se uma religião me leva a tal crendice, eu
seria um hipócrita em não denunciar que isso se trata de um desvio
sério da sã doutrina, é bem mais grave, isso é outro evangelho. É
indiscutível que toda a crença enraizada nas paginas do Novo
Testamento nos levam para a segurança que há em Cristo, e todas as
crenças que nos separam do Novo Testamento nos afasta da verdade e
pode nos conduzir a outro evangelho.

O testemunho do Novo Testamento é que a redenção foi feita pelo


sangue de Cristo(Colossenses 1:14) a redenção foi feita pelo próprio
sangue de Cristo (Hebreus 13:12) Ele deu a si mesmo pelo pecador (I
Timóteo 2:6) Sem derramamento de sangue não há remissão de
pecados (Hebreus 9:22) a entrada no santuário divino se deu pelo
sangue de Cristo, portanto a eficiência desse sangue imaculado é
absoluto em questões de redenção, expiação e purificação (Hebreus
10:19) Sangue que Ele derramou oferecendo-se a si mesmo na cruz
(Hebreus 7:27) portanto segue a máxima espiritual que Ele Jesus é a
causa de salvação a todos os que lhe obedecem (Hebreus 5:9) e por
uma obra perfeita e consumada tornou-se o nosso grande sumo
sacerdote que nos dá socorro permanente (Hebreus 4:14 a 16 e 6:20) e
ainda o testemunho das escrituras é “Mas este tendo oferecido um
único sacrifício pelos pecados, está assentado a destra de
Deus”(Hebreus 9:12) a declaração de Pedro é que não há salvação em
nenhum outro nome, porque abaixo de céu não existe nenhum outro
nome pelo possamos ser salvos (Atos 4:12) e a salvação é pela graça e
não pelas obras, para que nenhum homem se glorie (Efésios 2:8 e 9)
tudo isso é explicito, muito claro nas escrituras, como uma luz que
alumia no escuro, jamais devemos descer do cume do evangelho, para
aceitar a obscuridade de revelações extra-biblicas que afastam pessoas

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da fé em Cristo e da perfeita obra consumada e perfeita de Jesus Cristo
na cruz.

O PERIGO DAS NOVAS REVELAÇÕES

Paulo faz séria advertências sobre a possibilidade deres espirituais


apresentarem outro evangelho (Gálatas 1:8 e 9) ele adverte que o
satanás se transfigura em anjo de luz (I: Coríntios 11:4) nesse caso, a
sentença do Novo Testamento e o parecer do Espírito Santo é um
anátema, por essa razão, muitos deveriam ficar atentos sobre o que as
Escrituras dizem sobre isso. A crença no purgatório leva muitos para a
prática do ocultismo e contato com os mortos, Alexander Seibel, teceu
um bom comentário no seu livro “A Sutil Sedução na Igreja”:

“Muitos grandes ‘santos da igreja católica foram na realidade médiuns


de um poder estranho, levados ao engano, e apresentavam sintomas
(Temporários) de possessão. Teresa de Avila, por exemplo,
constantemente escutava um zumbir nos ouvidos e tinha acessos de
tontura. Durante quase duas décadas ela mal conseguia comer, ataques
cardíacos e nevralgias quase a levaram-na á morte. Em uma viagem
astral, Catarina de Siena foi guiada ao paraíso, ao inferno e ao
purgatório. Muitos ensinamentos da igreja católica, como por exemplo
o purgatório e a festa do Corpus Christi, baseiam-se nessas visões
mediúnicas. O catolicismo está repleto de um ‘espiritismo
piedoso’(Orações pelos mortos, purgatório) e de misticismo, e nas
atuais tendências apocalípticas estas forças estão ganhando uma nova
e crescente popularidade”(15)

Quando a bíblia deixa de ser a autoridade em questões espirituais, o


que resta senão um completo lamaçal de confusão e subjetividades
doutrinarias.

Além das aparições de supostos mortos que procuravam a “ajuda” de


Simma, “pedindo” orações e rogando por praticas supersticiosas como
meios eficazes de libertação, Simma também era visitada
freqüentemente por essas entidades, além de também perceber
manifestações que causavam terror, ela afirmava receber comunicação
do mundo dos mortos “Muitas vezes, recebi das almas comunicações,
exortações e conselhos práticos”(16) assim também notamos como

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tais fenômenos sobrenaturais eram freqüentes “Ainda no mês de
outubro de 1954, uma alma do purgatório lhe disse que durante a
semana dos mortos poderia fazer perguntas a todas as almas cujos
parentes estavam dispostos a ajudar, prestando os socorros
necessários”(17) Devemos fixar nosso coração nos ensinos do Novo
Testamento e lutar para permanecermos nessa luz durante toda a
nossa peregrinação.

Cristo e os apóstolos nunca falaram sobre o purgatório, se essa crença


fosse de fato uma verdade, porque Cristo não mencionou nada sobre
esse lugar? Um estudo cuidadoso das Escrituras revela que durante
todo o seu ministério Cristo advertiu muito sobre juízo após a morte,
ele falou sobre o fogo do inferno (Mateus 5:22) seu ensino está
alicerçado no fato de haverem só dois destinos (Mateus 25:41 com
Lucas 16:10 a 31) ele adverte sobre os terrores da maldição eterna, o
fogo do juízo do inferno (Marcos 9:45 a 47) o livro de Apocalipse
revela que há um inferno que será lançado no lago de fogo (Apocalipse
20:14 e 15) por outro lado é restritamente proibido o contato com os
mortos (Deuteronômio 18:11 e Isaias 8:19) e a passagem de Saul
consultando uma médium, revela dentro do próprio contexto que isso
levou Saul á uma condenação definitiva.(I Samuel 28:1 a 25)

Notas Bibliograficas do Artigo Coleridianismo:

(1) www.ewtn.com/library/HOMELBR/COLLYRID.TX
(2) La Outra Historia de La Virgen Maria. Diego Rubio Barrera
Editorial ATE. 1981. Barcelona. Espanha.Pagina 127
(3) A Virgem Maria. Anibal Pereira Reis. Edições Caminho de
Damasco. 1999. Pagina 20
(4) Idem pagina 21.
(5) La Outra Historia de La Virgen Maria. Pag 147
(6) Carta a Diogneto Capitulo 3 verso 5 , pagina 20, 2003.
Editora Vozes
(7) Glorias de Maria Pagina 45

12
(8) Instruções Marianas. G. Roschini. Edições Paulinas . 1960.
Pagina 232
(9) Glorias de Maria 41
(10) Idem Pagina 35
(11) Idem 49
(12) A Arte de Aproveitar as próprias faltas. Joseph Tissot.
Quadrante Editora 1995-Pagina 125
(13) Idem Pagina 120
(14) Glorias de Maria Pagina 97
(15) Idem 143

Notas Bibliograficas: A CRENÇA NO PURGATORIO, OCULTISMO E O


NOVO TESTAMENTO

(1 ) https://pt.aleteia.org/2017/11/17/museu-das-almas-do-
purgatorio-1/

(2) https://es.aleteia.org/2015/04/18/hasta-que-punto-nos-ayuda-a-
salvarnos-la-virgen-maria/

(3) Glorias de Maria. S. Afonso de Ligorio.Editora Santuário. 1987.


Pagina 31

(4) Maria Simma e as Almas do Purgatório. Correio da Rainha da Paz.


1998 Idem. Pagina 14

(5) Idem pagina 10

(6) Idem. Pagina 7

(7) Idem pagina 29

(8) Idem Pagina 29

(9) Idem Pagina 82

(10) Idem Pagina 57

(11) Idem Pagina 38

(12) Idem pagina 63

13
(13) Idem Pagina 83

(14) Idem pagina 28

(15) A Sutil Sedução da Igreja. Alexander Seibel.União Cristã. Pagina 55

(16) Maria Simma e as Almas do Purgatório Pagina 95

(17) Idem. Pagina 19

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Autor: Clavio J. Jacinto

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