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Dr. ANÍBAL PEREIRA DOS REIS
ÊX-PADRE
7 – Prefácio
9 – Dados Bibliográficos
11 – A VOX POPULI e a Baixa Moralidade Pública
14 – Os Pecados Comuns do sacerdotes
21 – Minha Libertação
24 – Arrepender-me de Quais Pecados?
30 – O Pecado Capital
39 – A Iniquidade Mais Execrada Por Deus
55 – O Conceito Divino das Mentiras Religiosas
60 – O Ministério de Moisés
63 – Fatos do Meu Arrependimento
72 – A Conduta de Jesus Cristo Perante a Fraude Religiosa
79 – O Exemplo de Paulo Apóstolo
90 – Terá O Senhor Deus Mudado de Propósito?
97 – Uma Tragédia e a Capitulação de Minha Fé na Missa
106 – De Três Uma
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PREFÁCIO
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DADOS BIOGRÁFICOS
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Presidente, organizei e dirigi muitas obras sociais. Como Diretor do
Instituto Profissional S. José, criei e eduquei mais de dois mil órfãos.
Prossegui em minhas lides de professor no Colégio Arquidiocesano
do Recife. Desincumbi-me da tarefa de Assistente Eclesiástico da
Juventude Operária Católica. Fui Consultor da Arquidiocese de
Olinda e Recife. Por muitas vezes funcionei na qualidade de jurista
canônico como defensor do vínculo em processos de anulação de
casamentos.
De Março de I960 a Maio de 1963 empossaram-me pároco da
“Senhora da Glória” em Guaratinguetá, e de Junho de 1963 a Maio
de 1965 em Orlândia (ambas cidades no Interior do Estado de São
Paulo).
Por duas vezes a “santa sé” me convidou para o episcopado.
Se não as houvesse recusado hoje estaria ocupando elevadíssimo
posto na hierarquia clerical brasileira e teria participado dos
conclaves que elegeram os dois últimos pontífices vaticanos.
Convertido a Jesus Cristo abandonei tudo. Em meu livro: ESTE
PADRE ESCAPOU DAS GARRAS DO PAPA, cuja leitura se faz mui
necessária, registro o longo processo de minha conversão
evangélica.
Em obediência a ordenança do Batismo, aos 13 de Junho de
1965, desci às águas do Batistério do Templo da Primeira Igreja
Batista em Santos (SP), situado na praça José Bonifácio, 11.
Um Concílio legítimo presidido pelo Dr. Antônio Gonçalves
Pires e tendo como pregador o pastor Eliseu Schimenes me ordenou
ao Santo Ministério da Palavra de Deus, no Templo da Igreja Batista
em Vila Esperança, da Capital de S. Paulo (situado na rua Dr.
Heládio, 57) no dia 16 de Abril de 1966.
Desde fins de Maio de 1965 envido todos os esforços e imolo
todas as minhas energias, percorrendo todo o País na proclamação
da luminosa Verdade do Evangelho: SÓ CRISTO SALVA O PECADOR.
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A VOX POPULI E A BAIXA
MORALIDADE PÚBLICA
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O CONSENSO POPULAR E A MODA “TOMARA QUE CAIA”
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A FONTE DA MORAL IMORALÍSSIMA
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OS PECADOS COMUNS DO SACERDOTE
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- O sr. não é chefe religioso? E como fuma?
Imperturbável, explicou-lhe o sacerdote:
- Ma fumar não e pecado. Pela pergunta você se demonstra
evangélico. Os crentes tem essa mania de julgar pecaminoso o
habito de fumar. Eu disse: habito porque fumar não é vicio. É um
hábito elegante. Até as mulheres fumam. E é bonito ver-se uma
moça “charmosa” no seu gesto feminino de levar o cigarro aos
lábios tragar e soltar a fumaça . . .
O clérigo continuaria a despejar o seu enxurro se o crente não
houvesse se afastado.
O sacerdote fuma sem qualquer ideia de estar pecando.
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com discrição, depositava sobre o altar uma reforçada xícara de café
bem forte para o arcebispo, também com discrição, tomá-la (ainda a
missa era celebrada de costas para os fiéis) e o povão nem
percebia. A dose dobrada do café forte servia para “ fazer boca” do
cigarro a ser fumado na sacristia.
O TOMBO DO CONFESSIONÁRIO
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Nem ao tempo de criança experimentara o cigarro. Nem por
curiosidade!
- Todo mundo fuma! Que que tem? É um habito (não é vício)
elegante, eis a repetida filosofia do clero.
O CONFESSIONÁRIO, OS CONVENTOS
DE FREIRAS E O SEXO
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Durante todos os anos de seminário católico os alunos são
pelos superiores acompanhados, vigiados, examinados e estudados
em suas mínimas reações no intuito da aprovação ou não de sua
capacidade de se submeter por toda a vida ao celibato.
Essa lei do Código de Direito Canônico proíbe o casamento aos
sacerdotes. Todo o clérigo católico vaticano aceita a lei do celibato,
a qual lhe veda e veta o contrair legalmente núpcias.
Nenhum sacerdote faz voto de castidade. Este seria um voto
de nunca cometer um pecado de ordem sexual. Não, nenhum
clérigo jura jamais pecar contra o sexo. Dessa forma se um
sacerdote tem uma amante, ou se se masturba ou frequenta uma
prostituta não incorre em excomunhão. Continua a rezar a sua
missa e a administrar os seus sacramentos. Está tudo bem!
Se tentar o casamento incorre em excomunhão E suspenso “ a
divinis”, isto é, é-lhe vetado o exercício do ministério sacerdotal.
Já se vê quão imoral é o celibato. E é a razão de tantos
descalabros morais dos clérigos e dos bispos vaticanos, cuja história
causa asco as próprias prostitutas mais sórdidas e devassas.
Ah, por que a lei do celibato?
É uma outra das muitas fontes de enriquecimento desmedido
do Vaticano. No final da vida do sacerdote, tudo o que ele ajuntou
durante o exercício do seu ministério, vai para as bruacas do papa.
O clérigo não deixa esposa e nem herdeiros... E depois, o solteirão é
mais subserviente... (Num outro livro vou explicar essa história de
celibato trocada em miúdos).
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O SACERDOTE EXPLORADOR E ESPOLIADOR DO POVO…
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os dias. “Padres” e freiras “comiam” o dinheiro do Governo com
passeios e “aventuras” e depois iam arranjar recibos falsos com
comerciantes amigos deles.
Uma tarde fui ao palácio de um arcebispo. Havia lá uma
reunião de “padres”. O “ordinário” (conforme o Direito Canônico,
“ordinário” é o termo oficial que designa o bispo diocesano), o
“ordinário” propôs fazer uma rifa de um luxuoso automóvel. Dez mil
bilhetes a vinte cruzeiros. Vinte milhões de cruzeiros! Isso em 1963.
Dinheiro à bessa! Cada “padre” deveria se encarregar de vender um
tanto de bilhetes. Quem não conseguisse vender, pagaria do mesmo
jeito. O arcebispo, o amantíssimo “ ordinário”, de maneira alguma
admitia devolução de bilhetes. Queria o dinheiro limpinho de cada
sacerdote do bispado.
O carrão custou oito milhões. O arcebispo, o “ ordinário”,
distribuiu só a metade dos bilhetes. Cinco mil. E guardou em palácio
os outros cinco mil. Ele sozinho concorreu no sorteio com cinco mil
chances. Ganhou! E claro!
Pegou dez milhões em dinheiro soante e ficou com o carrão.
Quando vejo nos jornais as baboseiras dos bispos sobre as
suas reivindicações econômicas e sociais em favor do povo, só me
lembro de uma frase: hipócritas safados.
Enganadores, demagogos, falsários sabem eles como
ninguém, ludibriar o pobre povo e sugar-lhe o quanto podem…
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A MINHA LIBERTAÇÃO
PEDRAS E CHICOTE
A BÍBLIA DESPREZADA
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Agora, ali parado, com os olhos divagando, sem outras
reflexões senão as de minha angústia, lia os títulos deles quando
distingui o Livro Precioso.
Retirei-o. Abri-o ao acaso e li no capítulo 11 do Evangelho
segundo João o fato da ressurreição de Lázaro. Já o conhecia. Lera-
o muitas vezes, em latim, nas encomendações e nas missas de
defuntos.
Aquela leitura trouxe-me grande alívio. Por isso levei a Bíblia
para o meu quarto e a cada momento livre de minhas lutas la ia eu
ler a Palavra de Deus. Ela me confortava!
Depois fui movido pelo Espírito Santo a estudá-la. Estudei-a
com afinco. Profundamente!
ARREPENDIMENTO
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de lá saído, o cardeal Agnelo Rossi, meu ultimo bispo, o único
cardeal brasileiro que atualmente se encontra em Roma, em carta
ao atual cardeal em S. Paulo, Evaristo Arns, proclama as minhas
qualidades de sacerdote.
Em Setembro de 1977, viajando em Ônibus – leito para o
Nordeste, o Pastor João Falcão Sobrinho, Secretário-Executivo da
Convenção Batista Brasileira, teve como companheiro de bordo o sr.
Aloísio Lorscheider, cardeal arcebispo em Fortaleza (Ceará). Quando
o Pastor Falcão Sobrinho se deu a conhecer ao hierarca vaticano, a
primeira pergunta dele foi: – e como vai o Dr. Aníbal Pereira dos
Reis? tecendo em seguida os maiores elogios à minha pessoa. E isto
doze anos após a minha saída de lá.
Conquanto sempre me esforçasse por ser em tudo muito
correto e haja fugido das contaminações do clero mazelento,
também precisei arrepender-me. Arrepender-me dos meus pecados!
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ARREPENDER-ME DE QUAIS PECADOS?
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Sem duvida, é ele um pecado horrível. Imagine-se a tristeza
de um homem ao descobrir a infidelidade da esposa ou a angustia
da mulher ao saber das traições do seu marido.
O matrimônio e sagrado e no intento de preservar a sua
santidade, Deus nosso Senhor no Decálogo estabelece: “ Não
adulteraras” (Êx 20:14; Dt 5:18).
No instante da minha conversão também não me arrependi do
vício do cigarro, embora fumasse muito. Nem me lembrei de fumo
porquanto achava ser o tabagismo um hábito inocente, um ingênuo
passatempo.
Fizera já muitos esforços no desejo de deixá-lo por sofrer os
efeitos nocivos em minha saúde. Mas no momento de minha
conversão, sem mesmo pensar nele, Jesus Cristo me libertou desse
vício.
Se não me arrependi do roubo, do assassinato, do adultério e
do tabagismo, contudo arrependi-me do pecado mais ultrajante a
Deus. Do pecado que mais O revolta. Do pecado mais abominado
por Ele. Do pecado por Ele mais castigado.
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Arrependi-me de me haver reconhecido “padre” (=pai) e
interposto entre Deus e o pecador e entre este e Deus na cobiça de
ser sacerdote mediador.
Arrependi-me de haver mastigado tantas “ ave-marias” e
tantas outras rezas.
Arrependi-me de haver “batizado” tantas crianças, supondo
torná-las com esse “sacramento” herdeiras do Céu e imunes do
pecado original, fazendo-as nascer para a Graça.
Arrependi-me de haver crido no purgatório e encomendado
defuntos.
Arrependi-me de haver sido submisso como uma bengala
como um cadáver ao papa por ver nele o sucessor de Pedro e
vigário de Cristo na terra.
Arrependi-me de haver sido obediente ao meu bispo perante
quem tantas vezes me ajoelhei a fim de lhe beijar o anel prelatício.
Arrependi-me de haver crido e praticado tanta mentira
religiosa, o pecado abominável em sumo grau.
Ah, é pura verdade! Cometi tudo isso com a maior sinceridade
e com a máxima fé.
Cria de todo o coração na missa, na hóstia, no purgatório, nos
“santos”, em Maria como corredentora, como medianeira, como
advogada e refúgio dos pecadores. Na confissão sacramental. No
primado, na autoridade e na infalibilidade do pontífice vaticano. Na
autoridade do meu bispo Com amor e fé beijava as imagens.
Incensava-as. Diante delas ajoelhava-me. Em minhas rezas devotas
falava com elas.
Apesar da minha fervorosa devoção, apesar da minha ardente
fé, apesar da minha grande sinceridade, tudo isso era pecado.
Deus, o Deus revelado nas Escrituras Sagradas, é o Deus-
Verdade. Verdade Objetiva. Real.
Ele recusa ser servido com uma sinceridade baseada na
mentira. Repele a fé falsificada.
Aliás, os próprios homens rejeitam a sinceridade no erro.
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SINCERO NO ENGANO?
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Você sabe que Sincerildo é muito honesto. Verdadeiro.
Simples. Sem dissimulação. Sem disfarce. Incapaz de ficar com um
centavo alheio. Tão sincero que lhe entrega o papel da conta.
Você a recusa, mas ele insiste. Você acaba levando.
A noite, em casa, enquanto o pessoal vê a novela na televisão,
você fica lá na cozinha vendo os seus papéis. No meio deles
descobre o papel da conta.
Não porque duvide do Sincerildo. Só por curiosidade.
Passatempo. Resolve conferir a soma.
Enquanto estava a meio do conferir vem a sogra a cozinha
beber água. Com o lenço na mão a enxugar lágrimas do capítulo tão
triste da novela.
Você se atrapalha. Começa tudo de novo. Sem se agastar
porque se trata de mero passatempo.
Aí você, testa franzida, verifica. A soma certa e de quatro mil,
duzentos e setenta e oito cruzeiros e dezesseis centavos.
O Sincerildo se enganou em mil cruzeiros contra você.
Ah, é absolutamente certo. Foi engano mesmo. Ele é sincero.
Sinceríssimo. Eis a sua convicção inabalável.
Apesar disso, você aceita esse erro? Mesmo praticado com a
máxima sinceridade?
Você, leitor, recusa a sinceridade no erro.
E vai querer um Deus complacente com a mentira só porque
praticada com sinceridade?
Nestes tempos de idiotice generalizada há supostos
pregadores do Evangelho que dizem encontrarem-se lá no Céu
também católicos.
Dizem: só Cristo salva! A Igreja não salva! Então lá no Céu
estão seguidores de todas as “igrejas”, inclusive os católicos.
Nada mais falso. Nada mais antievangélico. Nada mais idiota!
Só Cristo salva! Assim como o batismo não salva, a Igreja
também não salva.
Ocorre, no entanto, que quem se converte a Jesus Cristo
abandona a mentira religiosa e se liga a uma Igreja fiel a Verdade
do Novo Testamento.
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Quem já viu uma prostituta converter-se e continuar no
lupanar?
A Bíblia repete tantas vezes que o idólatra está impossibilitado
de entrar no Céu. E querem idolatria mais crassa, mais aberrante do
que a missa, a hóstia?
O catolicismo está longe de ser “igreja”.
Ele é idolatria de ponta a ponta.
Quem assistiu pela teve a entronização desses dois últimos
papas viu os cento e tantos cardeais ajoelharem-se aos pés dele. O
que é isso senão idolatrar um homem?
Se a Bíblia tem razão, no Céu não pode haver nenhum
católico. E se no Céu há católicos, então rasgue-se a Bíblia por
imprestável.
Se o católico pudesse se salvar, voltaria eu hoje mesmo ao
exercício do sacerdócio porque teria sido vão o meu
arrependimento.
Graças a Deus, porém, porque a Bíblia é a Palavra Divina.
Graças a Deus porque o Sacrifício de Jesus Cristo nos salva quando
nEle confiamos. Graças a Deus porque o pecador é salvo
exclusivamente pelo Nome Sacratíssimo de Jesus Cristo.
Graças a Deus porque me arrependi da mentira religiosa.
Graças a Deus por haver Ele me libertado dessa maldição.
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O PECADO CAPITAL
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PROSTITUEM, E AS VOSSAS NORAS ADULTERAM. E não castigarei
vossas filhas, que se prostituem, nem vossas noras, quando
adulteram; porque eles mesmos com as prostitutas se desviam e
com as meretrizes sacrificam; pois o povo que não tem
entendimento será transtornado” (4:12-14).
Abro as Escrituras Sagradas e nelas acho fatos comprobatórios
dessa minha afirmação fundamentada em Oseias.
O TRAVESTI SATANÁS
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advérbio LIVREMENTE. Quis mostrar-lhe um cerceamento da
liberdade imposto por Deus.
A pobre Eva aceitou a matreirice do diabo. Quis ser simpática.
Ecumênica. Agradável. Com sorrisos retribuiu os sorrisos da
serpente tão linda.
Considerar-se-ia bitolada, quadrada, velha, fora de época, se
rejeitasse a palavra de satanás. Anuiu, por conseguinte, a
depravação da Palavra do Senhor perpetrada, pela meiga e brilhante
serpente, travesti do diabo.
Aceitou e, ao embalo do ecumenismo do travesti satã,
acrescentou outra desmoralização quando disse: “ nem nele (no
fruto da árvore) tocareis” (Gn 3:3).
Deus não proibira tocar nos frutos da árvore. Proibira, sim,
comer deles (Gn 2:16-17).
Antes de desobedecer a Deus Eva concordou na contrafação
da Palavra do Senhor. Ela desobedeceu porque antes admitiu o
suborno da Santa Palavra cometido pelo diabo.
O PRIMEIRO ASSASSINATO
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Encolerizou-se o primogênito de Adão e a inveja furiosa
impeliu-o ao assassinato.
O culto falso a Deus se constituiu no primeiro elo da corrente
de pecados sucessivos de Caim.
É insuficiente a devoção, como é insuficiente a sinceridade por
parte de quem oferece culto a Deus. Torna-se ele abominável e em
iniquidade se for em desacordo com a Vontade Soberana do Senhor
Deus.
E NO FIM O SUICÍDIO
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O monarca aguardou por sete dias a chegada de Samuel.
Impaciente, contudo, com o retardamento do profeta, o insensato
Saul celebrou culto a Deus com holocaustos e ofertas pacíficas
perante o povo (1 Sm 13:8-9).
Qual foi o resultado?
Ao invés de confirmá-lo rei sobre Israel, Deus retirou de Saul a
Sua Bênção e o Seu Poder.
O monarca fora sincero em sua devoção a Deus. De certo,
realizou o culto dentro das normas rituais corretas. Não era, porém,
ele a pessoa ou o ministro autorizado.
Não basta cultuar a Deus. É preciso cultuá-LO de maneira
certa! E isto faltou a Saul.
Posteriormente na batalha contia os amalequitas Saul, o falso
adorador, desobedeceu de novo a Deus, intentando outro culto falso
a ponto de o Senhor dizer: “ Arrependo-Me de haver posto a Saul
como rei; porquanto deixou de Me seguir, e não executou as Minhas
Palavras”. (1 Sm 15:11)
E qual desta feita a desobediência do insano rei?
Contrariando expressa determinação de Deus, Saul preservara
o melhor das ovelhas e bois quando da guerra contra os
amalequitas. Poupara esses animais não para se banquetear. A
intenção de Saul era mui sincera e santa em extremo. Na sua
religiosidade queria aquelas excelentes ofertas a fim de oferecê-las
em sacrifício digno de Deus.
Sacrifício digno no conceito do soberano. Porém, espúrio para
Deus.
E o velho ditado: o cesteiro que faz um cesto faz um cento
contanto que se lhe de taquara é tempo.
Saul, precipitando-se, prestara anteriormente um culto
fraudado a Deus, lá em Gilgal. Agora, quer celebrar outro culto com
holocaustos fraudulados. Se antes o culto fora falso por não ser ele
a pessoa autorizada ou credenciada, agora o é também porque a
vítima, embora do melhor do re banho, e imprestável e indigna de
Deus.
E nesta oportunidade Samuel ao repreender Saul (o profeta
longe de ser ecumenista ou subserviente ao monarca; ao contrário,
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abominava-o) ministra-nos uma magistral e sempre atualíssima
lição, dentre outras: “Porque a rebelião é como o pecado de
feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria ” (1 Sm 15:23).
O culto de Saul, apesar de certo em seu ritual e devoto em
sua intenção, foi adulterado. Por isso semelhante a rebelião. Tornou-
se, por conseguinte, em obra de feitiçaria. Em idolatria.
E isso aí, senhores evangélicos simpatizantes do catolicismo!
O culto falso, embora praticado com sinceridade e com a
máxima devoção é rebeldia, feitiçaria e idolatria.
A idolatria não se resume ao culto a um deus falso. Idolatria
também é um culto falso ao Deus Verdadeiro.
Samuel deveria constituir-se em nosso modelo de fidelidade
ao Senhor. Daquela fidelidade ao Senhor que nos move a separar-
nos dos falsos adoradores de Deus. Apesar de se compadecer do
estúpido rei, Samuel se separou dele.
Em seu primeiro Livro, a partir do capítulo 15, o profeta
registra os pecados resultantes da solidão de Saul por causa do
pecado capital por ele cometido, praticados contra Deus conquanto
exteriormente contra a pessoa de Davi.
Abandonado do Poder de Deus por haver incidido em
iniquidade de culto mentiroso a Deus, Saul, de pecado em pecado,
foi a prática do espiritismo quando consultou em sessão espírita a
feiticeira de En-Dor.
E a desgraçada vida de Saul terminou no suicídio.
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Manassés de Judá, desviando-se dos caminhos retos do seu
pai Ezequias, restaurou as abominações religiosas e entronizou uma
imagem no recinto do Templo do Senhor. Em consequência,
“derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu a Jerusalém
de um ao outro extremo” (2 Rs 21:16).
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as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário a natureza.
E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da
mulher, se informaram em sua sensualidade uns para com os
outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si
mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E co- mo eles se
não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os
entregou a um sentimento per verso, para fazerem coisas que não
convém; es- tando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia,
avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano,
malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de
Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males,
desobedientes aos pais e as mães; néscios, infiéis nos contratos,
sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais,
conhecendo a Justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais
coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem
aos que as fazem”.
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Aliás, quando se fala em idolatria os crentes evangélicos só se
lembram das imagens.
A missa, porém, é a mais crassa manifestação idolátrica.
Quando o católico se ajoelha diante de uma imagem, ele sabe
que é uma imagem, um símbolo do santo de sua devoção. Mas,
quando eles e ajoelha diante da hóstia ele quer adorar o próprio
Deus porque o catolicismo romano mudou a Glória de Deus
Incorruptível em semelhança da imagem de uma bolacha de farinha
de trigo.
E o resultado é esse: tanto cristianismo e tamanha decadência
moral. É o pecado em analuvião a se abater sobre a sociedade dos
homens em decorrência trágica da iniquidade capital, máxima, da
mentira religiosa a conspurcar o Sacrifício de Jesus Cristo.
Naquela hora da madrugada de 8 de Novembro, com lágrimas,
arrependi-me desse hediondo pecado por mim, embora com
sinceridade e devoção, praticado tornando־me também culpado da
anemia moral do mundo.
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A INIQUIDADE MAIS EXECRADA POR DEUS
A MALDIÇÃO EM HERANÇA
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FOGO ESTRANHO E MORTE INSTANTÂNEA
ADULTÉRIO E TRAIÇÃO
ESPLENDOR E DESASTRE
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sua gloriosa vida resvalou para a idolatria e como castigo Deus
dividiu o Reino.
O esplendor de Salomão! Excedeu todos os reis da terra em
riquezas e em sabedoria (2 Cr 9:22). “ E todos os reis da terra
procuravam ver o rosto de Salomão, para ouvirem a sua sabedoria
que Deus lhe dera no seu coração” (2 Cr 9:23).
O desastre de Salomão! “… e suas mulheres lhe perverteram o
seu coração. Porque sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão,
suas mulheres lhe perverteram o seu coração para seguir outros
deuses; e o seu coração não era perfeito para com o Senhor seu
Deus, como o coração de Davi, seu pai ” (1 Rs 11:3-4). “Assim fez
Salomão o que parecia mal aos Olhos do Senhor ” (1 Rs 11:6).
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“Por causa dos pecados de Jeroboão, o qual pecou, e fez pecar a
Israel, e por causa da provocação com que provocara ao Senhor
Deus de Israel”. (1 Rs 15:30).
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E Jezabel? Porventura escapara ilesa? A Ira do Senhor a
poupara?
E embora ela se enfeitasse, pintando inclusive as voltas dos
olhos, para receber o monarca Jeú, mandou este lançá-la da janela
do alto prédio abaixo sendo ela pisoteada por patas de cavalos. E
nem puderam sepultá-la porque os cães lhe comeram as carnes e
ela se tornou em esterco sobre o campo (2 Rs 9:30-37).
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Os exércitos de Jeoacaz pelas forças de Hazael e Bene-Hadade
foram reduzidos a pó e pisoteados (2 Rs 13:7). E as Escrituras
Sagradas levantam sobre a miséria de Samaria esta triste inscrição:
“E Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz ” (2
Rs 13:22).
Os descendentes de Jeú não tiveram melhor sorte do que os
de Acabe. Com efeito, em resulta do de sua repulsa contra Acabe e
os profetas de baal, o Senhor Deus permitiu-lhe a benção de se
assentarem sobre o trono os seus descendentes até a quarta
geração. Esta se completou com Zacarias, ferido e morto por Salum
que lhe movera conspirata. Se a Ira Divina atingiu a nação e o povo,
bem assim ela feriu a casa real em consequência da idolatria de Jeú
(2 Rs 15:10-12).Executou-se dessa maneira, outra vez, a ameaça dê
Deus no Decálogo: “porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus Zeloso
que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e QUARTA
geração daqueles de Me aborrecem” (Êx 20:5).
Os cruéis sofrimentos sob o jugo sírio foram insuficientes para
mover as tribos e os soberanos de Israel ao verdadeiro
arrependimento e ao propósito firme de inflexível fidelidade ao
Senhor, Único Deus. Os clamores e as advertências dos servos do
Senhor, como Elias, Eliseu, o profeta deu (homônimo do rei Jeú), o
sacerdote Jeoiada, de nada valeram para despertar aquele povo
endurecido na sua procrastinação idolatra. Por isso no reinado de
Oseias os Juízos Divinos se consumaram com a tomada de Samaria
pelos assírios, a vara da Ira Divina (Is 10:5) e o consequente
cativeiro de Israel.
O extremo da falsidade religiosa com a sua consequente
cadeia de corrupção moral clamava a Cólera de Deus. “ Samaria vira
a ser deserta, por que se rebelou contra o seu Deus; cairão à
espada; seus filhos serão despedaçados, e as suas mulheres
grávidas serão abertas pelo meio” (Os 13:16)
Com efeito, o capítulo 17 de 2 Reis, a começar do v.7, com
fortes e tristes pinceladas, registra a maldade pertinaz daquele povo
e as punições resultantes de sua idolatria: “ E sucedeu assim por os
filhos de Israel pecarem contra o Senhor, que os fizera subir da terra
do Egito, de debaixo da debaixo de mão de Faraó, rei do Egito; e
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temeram a outros deuses, e andaram nos estatutos das nações que
o Senhor lançara fora de diante dos filhos de Israel, e nos dos reis
de Israel, que eles fizeram. E os filhos de Israel fizeram
secretamente coisas que não eram retas, contra o Senhor seu Deus,
e edificaram altos em todas as suas cidades, desde a torre dos
atalaias até a cidade forte. E levantaram estátuas e imagens do
bosque, em todos os altos outeiros, e de baixo de todas as árvores
verdes. E queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações,
que o Senhor transportara de diante deles; e fizeram coisas ruins,
para provocarem a ira o Senhor, e serviram os ídolos, dos quais o
Senhor lhes dissera: Não fareis estas coisas. E o Senhor protestou a
Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os
videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos, e
guardai os Meus Mandamentos e os Meus Estatutos, conforme toda
a Lei que ordenei a vossos pais e que vos enviei pelo ministério de
meus servos, os profetas. Porém não deram ouvidos, antes
endureceram sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não
creram no Senhor seu Deus. E rejeitaram os Seus Estatutos, e o Seu
Concerto, que fizera com seus pais, como também os Seus
Testemunhos, com que protestara contra eles; e andaram após a
vaidade, e ficaram vãos, como também apos as nações, que
estavam em roda deles, das quais o Senhor lhes tinha dito que não
fizessem como elas. E deixaram todos os Mandamentos do Senhor
seu Deus, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros, e fizeram
um ídolo no bosque, e se prostraram perante todo o exercito do
céu,e serviram a baal. Também fizeram passar pelo fogo a seus
filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros;
e venderam-se para fazer o que parecia mal aos Olhos do Senhor,
para o provocarem a ira. Pelo que o Senhor muito Se indignou sobre
Israel, e os tirou de diante da Sua Face: nada mais ficou, senão só a
tribo de Judá. Até Judá não guardou os Mandamentos do Senhor
seu Deus; antes andaram nos estatutos de Israel, que eles fizeram.
Pelo que o Senhor rejeitou a toda a semente de Israel, e os oprimiu,
e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da
Sua Presença. Porque rasgou a Israel da casa de Davi; e fizeram rei
a Jeroboão, filho de Nebate. E Jeroboão apartou a Israel de seguir o
45
Senhor, e os fez pecar um grande pecado. Assim andaram os filhos
de Israel em todos os pecados que Jeroboão tinha feito; nunca se
apartaram deles. Até que o Senhor tirou a Israel de diante da Sua
Presença, como falara pelo ministério de todos os Seus ser vos, os
profetas. Assim foi Israel transportado da sua terra a Assíria até o
dia de hoje".
II
HOMOSSEXUAIS NO PODER
46
Amargando confrangedora humilhação substituiu os antigos
vasos sagrados feitos de ouro ao tempo de Salomão, por outros
fabricados de cobre porque os primeiros foram saqueados (1 Rs
14:27).
O resultado da liderança dos reis ímpios, sucessores do ímpio
Reoboão, levou o povo a estar “ por muitos dias sem o Verdadeiro
Deus, e sem sacerdote que o ensinasse, e sem Lei .” (2 Cr 15:3).
Em decorrência desse abandono espiritual o sofrimento recaía
sobre ele: “E naqueles tempos não havia paz nem para o que saía,
nem para o que entrava, mas muitas perturbações sobre todos os
habitantes daquelas terras. Porque gente contra gente, e cidade
contra cidade se despedaçavam, PORQUE DEUS OS CONTURBARA
COM TODA A ANGÚSTIA”. (2 Cr 15:56).
47
entrou no Templo e apesar da resistência dos sacerdotes ofertou
incenso. O castigo ocorreu prontamente com a lepra que o
acometeu para o resto da vida.
Ao tempo do governo deste soberano os profetas Isaías, Amós
e Oseias iniciaram o seu ministério de duras advertências ao povo e
as autoridades.
Os festivos idiotas de hoje apregoam o ecumenismo como
experiência moderna em busca de paz e de entendimento entre os
homens.
Vou às Escrituras e encontro lá a prática da ação ecumênica.
Séculos antes de Cristo os monarcas do Reino de Judá e do Reino
da Samaria decidiram experimentar a pacificação, o entendimento, a
política da boa vizinhança, o diálogo, o ecumenismo.
A aliança política enraizada no respeito mútuo e na mútua
cooperação até nas operações bélicas em prol da defesa diante dos
ataques de outros povos vizinhos, Síria e Assíria, inimigos comuns.
Como não podia deixar de ser a iniciativa de acordo
ecumênico partiu de Acabe, ímpio rei da Samaria.
Os efeitos nefastos se fizeram imediatos. O culto a baal entrou
no Reino de Judá provocando a dissolução das restantes energias
espirituais e morais dos príncipes e do povo.
48
A operação limpeza do santo rei iconoclasta atingiu bem assim
o culto falso a Deus, além do culto aos deuses falsos.
Com efeito, o povo transformara em objeto de veneração
aquela imagem milagrosa da serpente metálica construída por
Moisés sob a ordem divina. Na sua retidão, o piedoso soberano
quebrou-a reduzindo-a a pedaços.
A etapa positiva da administração de Ezequias foi a da
restauração do Templo, do legítimo culto, do exercício do sacerdócio
e dos sacrifícios.
As Sagradas Escrituras celebrizam-no com esta proclamação:
“E fez o que era reto aos Olhos do Senhor… No Senhor Deus de
Israel confiou, de maneira que depois dele não houve seu
semelhante entre todos os reis de Judá, nem os que foram antes
dele. Porque se chegou ao Senhor, não se apartou de após Ele, e
guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés. Assim
foi o Senhor com ele…” (2 Rs 18:3,5-7)
Deus abençoou com abundância a sua administração,
concedendo-lhe inclusive importante vitória sobre os assírios
invasores.
49
vista o zelo iconoclasta daquele piedoso rei, tornar-Se-ia tolerante
para com as imundícias de Manassés?
Bem ao contrário! A fidelidade de Ezequias ainda na memória
de Manassés e do próprio povo, se tornara em vigorosa razão para
se inflamar mais ainda a Justiça Infinita. Aquele povo obstinado em
servir a vaidade religiosa jamais poderia alegar ignorância!
É a ameaça do Senhor Deus: “Eis que hei de trazer tal mal
sobre Jerusalém e Judá, que qualquer que ouvir, lhe ficarão
retinindo ambas as orelhas. Estenderei sobre Jerusalém o cordel de
Samaria e o prumo da casa de Acabe; e limparei a Jerusalém, como
quem limpa a escudela a limpa e a vira sobre sua face. E
desampararei o resto da minha herança, entrega-los-ei na mão de
seus inimigos; e far-se-ão roubo e despojo para todos os seus
inimigos” (2 Rs 21:12-14).
A Ira de Deus atingiu Manassés quando o Senhor trouxe os
exércitos assírios, que o prenderam entre espinhais, e o amarraram
com cadeias e o levaram a Babilônia.
Deus, todavia, é Deus também de Compaixão. Arrependa-se o
pecador e Ele Se aplaca. Na sua angústia, arrependido e contrito,
Manassés clamou ao Senhor.
Restaurado pelo Poder Misericordioso de Deus, o arrependido
monarca passou a se comportar de acordo com o seu
arrependimento. Limpou da Casa do Senhor a imundícia dos altares
estranhos e das estátuas, reparou o verdadeiro altar de Deus e
ordenou ao povo fidelidade ao Senhor.
Conquanto esse povo atendera a determinação do seu
soberano, ao suprimir a veneração aos baalins, prosseguiu no culto
falso a Deus porque oferecia sacrifícios a Deus nos altos, lugares
inconvenientes de vez que o local escolhido e indicado pelo Senhor
Deus para os holocaustos era o Templo.
O arrependimento de Manassés não o moveu a espatifar os
ídolos como deveria ter procedido a exemplo de seu pai Ezequias
que, embora jamais houvesse pessoalmente praticado a abominação
da mentira religiosa, destruíra as imagens de escultura e a própria
serpente metálica.
50
Manassés apenas retirou as estátuas dos lugares sagrados. E
seu filho Amom, ao subir ao trono, restaurou-as todas e as
reentronizou. E as serviu...
Seguidor de falsa religião, Amom multiplicou os seus delitos.
Nunca se humilhou e, como castigo vítima de uma conspiração
tramada pelos seus próprios servos, foi assassinado em seu palácio.
51
todas as obras das suas mãos, o Meu furor se acendeu contra este
lugar, e não se apagará” (2 Rs 22:16-17).
O Senhor Deus permitiu o encontro do Livro da Lei, o
Pentateuco, a Bíblia da época, para o povo tomar conhecimento das
maldições divinas contra os devotos praticantes de mentiras
religiosas. “Eis que trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus
habitantes, a saber: todas as maldições que estão escritas no Livro
que se leu perante o rei de Judá” (2 Cr 34: 24).
A Josias, porém, Deus prometeu poupá-lo permitindo-lhe
passar para a Eternidade antes da assolação: “ os teus olhos não
verão todo o mal que hei de fazer sobre este lugar” (2 Rs 22:20).
ACHINCALHE A RELIGIÃO?
52
proveitosas. Furtareis vos, e matareis, e cometereis adultério, e
jurareis falsamente, e queimareis incenso a baal e andareis após
outros deuses que não conhecestes, e então vireis, e vos poreis
diante de Mim nesta Casa, que se chama pelo Meu Nome e direis:
Somos livres, podemos fazer todas estas abominações? É pois esta
Casa, que se chama pelo Meu No me, uma caverna de salteadores
aos vossos olhos? ” (7:8-11). “Como pois dizeis: Nós somos sábios e
a Lei do Senhor esta conosco? eis que em vão tem trabalhado a
falsa pena dos escribas” (8:8).
O ecumenismo de Judá fizera transbordar o cálice da Repulsa
Divina ao extremo de Deus impedir que Jeremias orasse por aquele
povo na iminência de receber o flagelo dos Juízos do Senhor “ Eis
que a Minha Ira e o Meu Furor se derramarão sobre este lugar (o
suntuoso Templo), sobre os homens e sobre os animais, e sobre as
árvores do campo, e sobre os frutos da terra; e acender-se-a e não
se apagará ”(7:20). “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes
por eles clamor nem oração, porque não os ouvirei no tempo em
que eles clamarem a Mim, por causa do seu mal” (11:14)
Com efeito, a morte de Josias precipitou a tragédia. Por isso,
chorou-a Jeremias em tão amargo pranto.
Conquanto perseguido, vilipendiado, encarcerado, desprezado,
ridicularizado, o impertérrito profeta continuou firme no
cumprimento de sua missão de deblaterar o ecumenismo de Judá.
(Se Jeremias viesse hoje ao mundo, repetiria o seu ministério
nos meios evangélicos tão semelhantes ao quadro ecumenista de
Jerusalém. E de igual maneira seria tratado hoje pelos evangélicos
conluiados e acomadrados com o modernismo teológico, com o
sibaritismo da vida macia, com o prazer dos sentidos, com o
descaso pelas coisas de Deus, com o ecumenismo, com a filosofia
do mundo).
A voz do profeta ecoava diante das portas do Templo e nas
ruas de Jerusalém. Com indiferença ouvia a maioria por considerar
vinda de um louco. Com revolta uns tantos por julgarem-na
negativista. Com desprezo e sarcasmo por muitos por reputarem-na
de um fanático, antiquado, bitolado.
53
OLHOS VAZADOS E ESCRAVIDÃO
54
O CONCEITO DIVINO DAS MENTIRAS
RELIGIOSAS
55
são exteriorizações da idolatria pelo mesmo motivo de pretenderem
se apropriar da Glória de Deus.
O Senhor Deus detesta a idolatria em todas as suas
manifestações, desde o culto as imagens esculpidas em Sua honra
ate as fabricadas em louvor de deuses falsos. Desde a veneração do
sol e das forças da natureza até o respeito a hóstia.
Tudo o que intenta subtrair-Lhe ou sonegar-Lhe a Glória que
Lhe é exclusiva se constitui em idolatria e Ele, por isso, abomina e
repudia.
Deus, no propósito de revelar ao homem a Sua repulsa a ela,
na extensão das Escrituras Sagradas, emprega as palavras mais
contundentes e chocantes. Cunha-a com os vocábulos que denotam
as piores baixezas.
Chama-a de:
־VAIDADE (1 Rs 16:13,26; 2 Rs 17:15; Jr 2:5; 10:3,15; 18:15; 51:
18; Hc 2:16; At 14:15),
- VAIDADES DOS GENTIOS (Jr 14:22; 16:19),
- ENSINO DE VAIDADES (Jr 10:8),
- MENTIRA (Jr 10:14; 13:25; 16:19; 51:17; Hc 2:18; Nm 3:1; Is
28:15),
- MAL (2 Rs 21:15,16; 2 Cr 33:6; 34:33; Dt 4:25; 9:18; 17:2),
- MALDADE (Dt 17:5; Jr 14:10; 23:11; 33:5; 44:3,5,9,22; Ez 6:9;
7:19; 36:23,31,33),
- O QUE E MAU (Dt 4:25; 9:18; 17:2),
- COISAS RUINS (2 Rs 17:11),
- COISA VÃ (Is 41:29),
- COISA ABOMINÁVEL (Jr 44:4; Ez 20:8),
- COISA IMUNDA (Ez 7:20),
- COISA VERGONHOSA (Jr 3:24),
־DESVIO DO CAMINHO (Dt 4:25),
- PECADO (Dt 9:21),
־TROPEÇO DE MALDADE (Ez 14:3-4,7),
- VENTO E NADA (Is 41:29),
- OBRA DE ENGANOS (Jr 10:15),
- DE NENHUM PROVEITO (Jr 2:8),
- CISTERNAS ROTAS (Jr 2:13),
56
- FALSIDADE (Is 28:15),
- REBELDIA (Jr 14:7),
- INFIDELIDADE (Ez 16:43),
- TESOUROS DE IMPIEDADE (Mq 6:10),
- IMPIEDADE (Jr 14:20),
- APOSTASIA (Jr 2:19; 3:6; 4:6),
- MALÍCIA (Jr 2:2),
- CORRUPÇÃO (Dt 4:16; 9:12; 2 Cr 27:2),
- IMUNDÍCIA (2 Cr 29:5,16; Ez 36:29),
- VIOLÊNCIA (Ez 8:17),
- FEITIÇARIAS (2 Rs 9:22; Mq 5:12),
- PREVARICAÇÃO (Mq 1:5),
- CONTAMINAÇÃO (Ez 20:7,30,31; 23:7,12,17),
- ABOMINAÇA0 (Dt 17:4; 21:18; 2 Cr 33:2; 36:14; Jr 13:27; 16:18;
32:34; 44:22; Ez 6:9; 7:3, 4, 8, 9, 20; 14:6; 16:22, 36, 50, 51, 58;
20:7, 30, 36; 33:29; 36:31; 44:6, 7, 13),
- ABOMINAÇÃO DAS MALDADES (Ez 6:11),
- IMPUDÊNCIA (Jr 11:13),
- IMPUDICÍCIA (Ez 23:8,14,17),
- DEVASSIDÃO (Ez 23:7, 11, 18, 29, 35),
- LASCÍVIA (Ez 23:48),
- LUXURIA (Ez 23:21, 27, 29, 35),
- PROSTITUIÇÃO (Êx 34:15-16; 2 Rs 9:22; Jr 2:20; 3:2; 13:27; Ez
16:15-17, 20-22, 25-29, 33-34, 36; 20:30; 23:19,27, 29; 43:7-9; Mq
1:7),
- MERETRÍCIO (Ez 16:30-31, 33, 35),
- ADULTÉRIO (Jr 3:8-9;13:27; Ez 16:32; 23:37).
Essas palavras e locuções brutais revelam o conceito que Deus
tem da mentira religiosa.
Em meu livro: A MISSA me alongo em dissecar a luz das
Escrituras a cerimônia-coração do catolicismo vaticano.
Celebrava-a eu com toda a devoção, crendo firmemente
transformarem-se o pão e o vinho no próprio Deus. E quando me
ajoelhava, fazia-o com plena consciência para adorar a Deus
naquela hóstia porque de acordo com a teologia romanista a hóstia
não representa Deus, pois ela é o próprio Deus.
57
Pois bem, esse meu pecado repetido por mim umas sete mil
vezes é idolatria espessa.
Lá nas remotas antiguidades os pagãos primitivos adoravam o
sol, a lua, o trovão, as forças da natureza. Ainda hoje, na índia,
cultua-se a vaca por considerá-la sagrada.
Mas o pagão atual, o pagão católico, adora uma bolacha de
farinha trigo.
Ao rezar sete mil missas, sem enumerar as muito mais vezes
que me prostrei perante a hóstia para adorá-la fora da missa, ao
rezar sete mil missas por sete mil vezes me sujeitei a mentira.
Por sete mil vezes submeti-me a vaidade.
Por sete mil vezes pratiquei a maldade.
Por sete mil vezes fiz o que é mau, coisa vã, coisa abominável,
coisa imunda e vergonhosa.
Por sete mil vezes cometi o grande pecado.
Por sete mil vezes rebelei-me.
Por sete mil vezes fui ímpio.
Por sete mil vezes prevariquei.
Por sete mil vezes resvalei para a imundícia.
Por sete mil vezes envolvi-me em feitiçarias.
Por sete mil vezes perpetrei a abominação.
Por sete mil vezes incorri em prostituição.
Por sete mil vezes adulterei.
Por sete mil vezes fui luxurioso, devasso, lascivo.
E as outras tantas manifestações de idolatria católica? Como o
culto aos santos? As imagens? A Maria? Ao papa? Aos sacramentos?
Ao purgatório? As almas dos defuntos?
Multipliquem-se sete mil por sete mil! Por sete milhões ou por
sete trilhões!!!
Os meus pecados em suma gravidade são muitos,
muitíssimos, incontáveis.
Lendo as cartas de Paulo Apostolo encontro um
pronunciamento do qual eu discordo.
De todas as Maravilhosas Escrituras do Apóstolo discordo de
uma só.
58
Em sua Primeira Epístola a Timóteo (1:15) ele se apresenta
como o principal de todos os pecadores.
Discordo dele porque de todos os pecadores, inclusive ele,
abrangendo-se todos os assassinos, todos os terroristas, todos os
perversos, todos os opressores, eu, sim sou o maior, o principal.
Paulo nunca celebrou missa, nunca cultuou Maria, Diana, ou
os “santos”, nunca rezou por defuntos, nunca expôs a hóstia à
adoração pública, nunca incorreu nas formas idolátricas de qualquer
seita do catolicismo. Eu, porém, pratiquei tudo isso.
Não tenho, portanto, sobradas razoes ao me apresentar como
o principal, o maior de todos os pecadores?
O maior de todos eles embora jamais haja me prevalecido do
meu confessionário para seduzir mulher alguma.
O maior de todos os pecadores embora jamais haja me
locupletado de riquezas ao administrar as fortunas do Vaticano.
O maior de todos eles embora jamais haja derramado uma
gota de sangue de quem quer que seja.
Sim, de todos os pecadores sou o maior por haver cometido o
pecado que Deus nosso Senhor mais aborrece, mais abomina, mais
detesta, mais odeia, mais repele. Do qual Deus Se enoja e tem asco
por Lhe ser o pecado mais ultrajante, mais injurioso, mais
insultante, pois Ele é o ÚNICO SENHOR e a ninguém transfere a Sua
Glória!
59
O MINISTÉRIO DE MOISÉS
60
Abirão, com efeito, castigados ao serem engulidos pela terra
fendida.
Manso, o homem mais manso dentre todos! Todavia, nas
Paginas Sagradas encontro Moisés em fúria extrema lá em Sitím
onde o povo se prostituiu com as mulheres moabitas e cultuou Baal-
Peor, e a estimular o sacerdote Finéias a atravessar um varão e sua
mulher idólatras.
Manso, o homem mais manso dentre todos, movido a clamar
misericórdia em favor do povo de dura cerviz! Vejo-o, contudo,
ameaçador e a anunciar pavorosos castigos.
Manso, o homem mais manso dentre todos! Na hora de sua
partida para a Eternidade todavia, ouço-o a proclamar o seu
derradeiro cântico. Suas advertências são de inexcedível
terribilidade. Não aconselha ao povo que se escuse de assassinar.
Não lhe lembra que evite de roubar. Não o exorta a que se esquive
do adultério. Não lhe menciona os postulados morais do Decálogo.
Recrimina-lhe, sim, o haver se corrompido com a mentira
religiosa. Adverte-o das tremendas punições se, resvalando para a
idolatria, provocar Deus a ira e a zelos.
Encontro Moisés, o homem mui manso, o mais manso dentre
todos a espatifar as tábuas da Lei, a moer e a queimar o bezerro de
ouro e a mandar matar os idolatras do seu povo quando acampado
no deserto de Sinai.
Manso e com os lábios carregados de palavras duras e
ameaçadoras?
Manso e a clamar vingança?
Manso e a espatifar objetos religiosos do culto dos outros?
Manso e a vingar a Santidade Divina?
Haverá incoerências na conduta de Moisés? Ou contradições
nas Sagradas Escrituras?
Manso e o indivíduo brando de gênio, plácido, tranquilo.
Manso, contudo, está longe de significar um indivíduo
mansarrão, pachorrento, moleirão, “banana”, omisso, palerma,
indolente, simplório, pateta, conivente.
Moisés foi manso! Mui manso. O mais manso de todos os
varões!
61
A sua mansidão move-o a renunciar as glórias e o comodismo
do palácio de faraó e a abrigar-se pacientemente durante quarenta
anos nas terras de Midiã. Indu-lo à perseverança tranquila diante do
procrastinador e dissimulador faraó.
A sua mansidão fá-lo suportar Zípora sua esposa agastada e
azeda, que resolve, na sua tola obstinação, abandonar o marido
levando-lhe os filhos.
A sua mansidão leva-o a ser indulgente com as recriminações
do povo contra a sua própria pessoa e a, compadecido dos seus
dirigidos flagelados com duras provas consequentes de sua rebeldia,
exorar a Misericórdia de Deus.
Manso, mui manso, o mais manso dentre todos, Moisés,
entretanto, jamais se emparceirou com os idolatras e nunca se
acumpliciou com a mentira religiosa, o pecado que afronta a Deus
na Sua própria Verdade Infinita.
62
FATOS DO MEU ARREPENDIMENTO
63
NUM FOLHETO “PROTESTANTE” O MOTIVO
DO MEU DESESPERO
64
A MINHA COVARDIA DE BOM SACERDOTE
65
- Fui covarde. Soneguei explicações claras ao povo. Que
vigário sou eu?
E procurava desculpar-me:
- Mas, nem eu mesmo entendo do assunto. Esses
“protestantes” deveriam continuar lá nas suas baiucas e me
deixarem em paz…
Propunha-me outrossim:
- Durante esta semana vou estudar a fundo o assunto e Domingo
que vem eu racho os “protestantes”. Ah, eles vão ver com quem
estão brincando…
66
Quando todos se foram, com um uuufffaaaa… bem comprido
fechei a porta da frente:
- Pronto! Agora vou tirar a limpo esse assunto de culto de
imagens. Que esperar para o meio da semana! É agora!
A PROVA DA SERPENTE
67
venenosas, olhando para a imagem metálica, de imediato e
prodigiosamente, curava-se.
Eis a grande prova bíblica do culto as imagens, concluíam os
compêndios de teologia dogmática.
Cansado de tanto corre-corre daquele Domingo e, mais ainda,
extenuado de tantos aborrecimentos e de tantas tristezas, dei-me
por vencido. E concluí:
- Deus autoriza mesmo o culto das imagens! É da Bíblia. Os
católicos estão certos. Domingo próximo darei claras explicações ao
meu povo.
68
LHE QUEIMAVAM INCENSO, E LHE CHAMOU NEUSΤÃ ” (2 Rs 18:3-
4).
Ao ler o Texto sofri amarga sensação de haver sido espoliado,
esbulhado, defraudado em minha boa-fé, em minha disposição de
total fidelidade ao catolicismo.
Perguntava-me a mim mesmo: - Por que os manuais de
teologia omitem essa passagem? Por que deixam de analisá-la?
Os pensamentos se atropelavam em meu cérebro.
Orei por longos minutos ate me tranquilizar.
Queria submeter-me absoluta e incondicionalmente a Vontade
de Deus nosso Senhor.
69
Meus professores de seminário diziam que os israelitas
fundiram aquela estátua em honra de deuses pagãos.
70
Pelo fato de mudarem a Glória de Deus Incorruptível em
semelhança de imagem de um quadrúpede, “ mudaram a Verdade
de Deus em mentira” (Rm 1:24-25).
As Santas Escrituras, Palavra Inerrante e Infalível do Senhor
Deus, naquelas horas da madrugada, destruíram da minha velha fé
toda a estrutura das convicções das imagens sedimentada ao longo
de tantos anos.
71
A CONDUTA DE JESUS CRISTO PERANTE
A FRAUDE RELIGIOSA
DEUS IMUTÁVEL
72
Deus, em Seu Infinito Amor, quer a nossa submissão a sua
Soberania. Em sendo o Único Deus como admitiria transferissem
Suas criaturas a Sua Glória a outrem?
DEUS-VERDADE
GRAÇA E VERDADE
73
Se “a Lei foi dada por meio de Moisés, a Graça e a Verdade
vieram por Jesus Cristo” (João 1:17).
Jamais Moisés se apresentou dizendo: eu sou a Lei. Jesus
Cristo, contudo, Se revelou como a Verdade. “ Eu sou … a Verdade”
(Jo 14:6).
CULTO EM VERDADE
A LEGÍTIMA LIBERTAÇÃO
74
Da mentira aritmética? Da mentira geográfica? Da mentira
comercial? Da mentira econômica? Da mentira social? De qual
mentira?
Em princípio, Ele liberta da mentira religiosa.
SANTIFICAÇÃO NA VERDADE
O ESPÍRITO DE VERDADE
75
A RAIZ DO FARISAÍSMO
A PUNIÇÃO DE CRISTO
76
religiosa, consubstanciada na idolatria, contemporâneos da
Dispensação da Igreja, Ele ameaça com a punição eterna, além de
com sofrimentos terrenos.
Jesus Cristo, o Amor de Deus Encarnado, “ cheio de Graça e de
Verdade”, vindicou e reivindicou a Verdade Divina; Jesus Cristo, o
Restaurador da Verdade Divina porque os homens A trocaram pela
mentira (Rm 1:25); Jesus Cristo foi categórico, afirmativo e
definitivo, ao garantir: “Ficarão de fora” (dos Céus) os cães (os
falsos cristãos), e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idolatras, e qualquer que ama e comete a mentira
(Ap 22:15). É evidente, a mentira religiosa!
77
Quantas vezes — vezes sem número — pessoas se
ajoelharam para adorar a hóstia por mim exposta no ostensório ao
culto publico.
Quantas vezes induzi os meus fiéis (meus fiéis e infiéis de
Deus) a assistirem ã missa, que pretende repetir ou renovar o
Sacrifício de Jesus Cristo, movendo-as, assim, a cometer sacrilégio
de espezinhar o Sangue de Cristo.
Sim, Jesus Cristo Senhor nosso, na qualidade de Deus-Verdade
também detesta a fraude religiosa.
Mas Ele não e Amor?
Exatamente por ser Amor é que Ele a abomina e execra todos
quantos a praticam porquanto “o amor se regozija na Verdade” (1
Co 13:6) e não na mentira.
Regozija-se Jesus na Verdade como Amor Infinito que Ele e. E
abomina a falsidade. Por isso Ele exigiu pureza de Verdade no Culto
ao Pai.
78
O EXEMPLO DE PAULO APÓSTOLO
79
E a cegueira, por algum tempo, tomou conta das vistas do
bruxo, enquanto o procônsul creu “maravilhado da doutrina do
Senhor”.
O que seria de um pregador se hoje, nestes desgraçados
tempos de ecumenismo, de amaciamento, de sibaritismo burguês,
de religião materializada, de conivência com a falsidade, o que seria
de um pregador hoje se se voltasse contra um idólatra à
semelhança de Paulo? Os próprios evangélicos o degolariam.
80
Os servos do Senhor, contudo, protestaram e recusaram com
determinação as grinaldas e os sacrifícios que o povo se dispunha a
oferecer-lhes. Na sua ousadia de homens cheios do Espirito Santo,
lançaram em rosto dos licaônicos a brutal recusa classificando
aqueles atos religiosos idolátricos de vaidades.
Os aplausos, porém, se transformaram em apupos e o delírio
em Ódio. Assulada pelos judeus a massa apedrejou o Apóstolo e o
arrastou para fora da cidade.
Teria, é evidente, sido muito mais cômodo para a carne se
Paulo houvesse se omitido e aceitado as homenagens idolatras.
O AGACHAMENTO DE CARTER
81
posse dos pontífices Joões ou Joãos Paulos, participaram da missa
celebrada na ocasião.
A assistência a missa seja lá a que pretexto for é imoral por
ser um rito da idolatria mais crassa. A exortação de Paulo pode
perfeitamente ser aplicada ao caso: “meus amados, fugi da
idolatria” (1 Co 10:14).
O intimorato Apóstolo nunca concordou em que os cristãos de
Jesus Cristo se tornassem participantes com os demônios.
Os coríntios cometiam abusos na celebração da Ceia do
Senhor, recebendo do Apóstolo, por isso, grave repreensão por
considerá-los sacrificando aos demônios e não a Deus.
No conceito sobre a Verdade Paulo não tergiversou. Ser ou
não ser! Sem meias medidas. Sem complacências.
Nessa linha de fidelidade a Verdade exigia separação
incondicional. Absoluta! “Não vos prendais a um jugo desigual com
os infiéis; porque, que sociedade tem a Justiça com a injustiça? E
que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6:14).
82
São indispensáveis outrossim os sacramentos, as devoções aos
“santos”, a Maria, e a submissão a hierarquia.
Essa contrafação do Evangelho é tao grave que impeliu Paulo
a gastar grande parte de suas energias em combatê-la.
Graças a sua valorosa intrepidez, de sua pena magistral
herdamos os seus dois luminosos documentos teológicos: as
Epístolas aos Romanos e aos Gálatas, cujo estudo e cuja
propagação são sempre atuais.
83
desobediência e destruir os conselhos, e toda a altivez “ que se
levanta contra o conhecimento de Deus ” (2 Co 10:5-6), sempre
zeloso dos crentes com zelo de Deus, concretizou a sua luta contra
a heresia de frontando-se com pessoas e enfrentando-as, as quais
classificava de:
• “sem entendimento” (2 Co 10:12),
• “falsos apóstolos” (2 Co 11:13), pois “os tais não servem a
nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre” (Rm 16:18),
• “obreiros fraudulentos”, os quais, assim como “ satanás se
transfiguram em anjo de luz, transfiguram-se eles em ministros da
Justiça” (2 Co 11:13-14),
• “anátema” (Gl 1:8-9),
• “dissimulados” (Gl 2:13),
• “insensatos” (Gl 3:1,3),
• “querem mostrar boa aparência na carne” (Gl 6:12),
• “cães” (Fp 3:2),
• “maus obreiros” (Fp 3:2),
• “inimigos da cruz de Cristo” (Fp 3:18),
• “querendo ser doutores da Lei, e não entendendo nem o que
dizem nem o que afirmam” (1 Tm 1:7),
• “náufragos na fé” (1 Tm 1:19), “cuja palavra roerá como
gangrena” (2 Tm 2:17),
• “desordenados, faladores, vãos e enganadores” (Tt 1:10),
• “homens que transtornam casas inteiras ensinando o que
não convêm, por torpe ganância” (Tt 1:11)
• “homens que se desviam da Verdade” (Tt 1:14),
“ ־confessam que conhecem a Deus, mas negam-nO com as obras,
sendo abomináveis e desobedientes e reprovados para toda a boa
obra” (Tt 1:16).
Na conceituação do grande Apóstolo o pecado da mentira
religiosa é tao abominável para Deus, que o levou a entregar
Himeneu e Alexandre a satanás a fim de aprenderem a não
blasfemar (1 Tm 1:20) que o moveu a agredir Pedro repreendendo-
o na cara (Gl 1:11).
84
Dizendo a Verdade Cristalina, Clara e Límpida do Evangelho,
dizendo-a com ousadia e em combate contra a mentira, fez-se ele
inimigo dos verdadeiros fiéis?
Exortava a Tito que na doutrina mostrasse incorrupção,
gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível (Tt 2:7-8).
Aos próprios servos aconselhava serem ornamento da doutrina
de Deus, nosso Salvador (Tt 2:10).
85
cifra a conduta cristã no exercício do Amor. Renova este ensino em
sua Segunda Epístola.
O amor cristão no conceito de João, porém, impede a parceria
com a mentira religiosa. Por isso ele exorta: “ Se alguém vem ter
convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem
tão pouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas
obras” (2 Jo 10-11)
86
E, arrependido, confiara evangelicamente em Cristo Jesus
como meu Único e Todo suficiente Salvador.
Desfrutando de segurança inabalável de vida Eterna, persistia
no propósito de continuar como sacerdote.
Do templo da minha paróquia retirara as imagens. Cobrira
algumas, quebrara outras e encafuara a maior parte. No
confessionário esquivava-me de repetir a fórmula de absolvição de
pecados. Na missa furtava-me de dizer a frase consecratória. Abolira
a prática das novenas aos “santos” e as “senhoras” da devoção
popular.
Procurava acomodar-me à minha nova condição espiritual.
Queria permanecer sacerdote católico.
Justificava em meu íntimo essa atitude com o anelo ardente
de encontrar mais oportunidades para pregar o Evangelho aos
católicos.
E, com efeito, tudo fazia no propósito de esclarecer as
consciências.
No meu confessionário, na estação das missas dominicais, em
todas as solenidades falava do Evangelho e exaltava Cristo como
Único Salvador.
O meu antigo programa radiofônico da “ave-maria” das 6
horas da tarde, de grande audiência, mudei-o para: “ Programa
Bíblico sob a responsabilidade do Padre Aníbal Pereira dos Reis ”.
Uma tarde, um crente evangélico, semi-analfabeto,
empregado e morador numa fazenda, apareceu em minha casa.
Muito respeitoso me pediu uma entrevista particular. Levei-o para
minha biblioteca e fechei a porta.
Sentamo-nos e ele começou:
• Peço disculpa ao sinhô. Quase num sei lê. Mas, em oração,
resolvi vim lhe falá. Num quero ofendê. Tenho iscuitado todos os dia
o seu pograma de rádio. O povo comenta as mudança que o sinhô
tem feito na paróquia. A maior parte tá assustada e espera onde vai
dá tudo isso. Mas eu lhi pregunto: por que o sinhô faz tudo isso?
Sem ter por onde escapar revelei minha fé em Jesus Cristo de
acordo com os ensinos das Escrituras.
O rapaz me disse que sentia isso.
87
• Só quem crê na Bíblia como Palavra de Deus pode fazê o qui o
sinhô faz. Mas o sinhô tá muito errado.
Com as faces rubras e a voz tremida, porém, disposto a ser
franco, prosseguiu:
• O sinhô tá muito errado. Me perdoe a ousadia. Não tenho
nenhum estudo. O sinhô está errado porque Jesus diz: “a ninguém
chameis pai” e o sinhô premite que todo mundo chame o sinhô de
pai. Padre não é pai? O sinhô aparece com todas aquelas roupa pra
dize missa. Por obrigação de sacerdote, o sinhô benze image, reza
em cima de defunto. E faiz tudo o que o sacerdote deve fazê.
E o moço continuou… Na medida em que falava, sua ousadia
se avolumava. Suas palavras eram quais marteladas em minha
consciência.
Impossível fugir a realidade de suas denúncias.
Subia ao altar para rezar missa, ia ao batistério batizar
crianças, distribuía a água que o povo queria benta, sentava-me no
confessionário, ungia moribundos, aceitava a imposição do
calendário romanista quanto a determinadas procissões, inclusive de
Corpus Christi quando saía pelas ruas de hóstia exposta a adoração
pública.
Conquanto em minha consciência negasse e renegasse tudo
aquilo, continuava a praticar e pessoalmente a expor o povo a
continuar crendo.
Minha permanência no exercício do sacerdócio impedia-me o
legítimo, autêntico e verdadeiro testemunho do Evangelho. A minha
pregação, por causa do meu compromisso clerical se reduzia, isso
sim, a um nefando contratestemunho.
O moço tinha razão!
Para concluir a sua palavra franca abriu a Bíblia e me mandou
ler: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque,
que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a
luz com as trevas? E que concórdia hã entre Cristo e Belial? Ou que
parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus
com os ídolos? Porque vos sois o templo do Deus Vivente, como
Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e Eu serei o seu
Deus e serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, apartai-vos,
88
diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e
serei para vos e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor
Todo-Poderoso” (2 Co 6:14-18).
E concluiu:
- A Palavra de Deus é clara. Eu dei o meu recado. Se o sinhô se
converteu de verdade arranque essa batina e renuncie o
catolicismo. A rapariga quando se converte larga tudo até a
aparência de rapariga. Agora vou embora. Não quis ofendê. O que
eu disse foi por amor verdadeiro. O sinhô me abre a porta. Inté
logo!
O recado do rapaz se me constituiu em autêntico divisor de
águas. Confirmou as minhas suspeitas e cismas. A Palavra de Deus
a mim transmitida pelo rapaz da roça foi definitiva. O seu
extraordinário ministério de combate a mentira religiosa e quaisquer
comprometimentos com ela, me atingiu em cheio.
Dispus-me a tomar uma atitude definitiva. Logo viajei a Santos
com a resolução de desenvolver as primeiras iniciativas no sentido
de romper com tudo.
A Santa, Inerrante e Infalível Palavra de Deus me obrigou a
romper até com a aparência do mal, da idolatria, da feitiçaria, da
mentira religiosa.
89
TERÁ O SENHOR DEUS MUDADO
DE PROPÓSITO?
90
No Novo Pacto Jesus Cristo nosso Senhor, na permanência
eterna dos propósitos de Deus, reafirma e confirma: “ E a Vida
Eterna é esta: que Te conheçam a Ti só, por ÚNICO Deus
Verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste ” (Jo 17:3). “O
primeiro de todos os mandamentos e: Ouve Israel, o Senhor nosso
Deus é o ÚNICO Senhor. Amaras, pois ao Senhor teu Deus de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento,
e de todas as tuas forças: este e o primeiro mandamento ” (Mc
12:29-30).
AMEAÇAS E CASTIGOS
91
vosso Deus, que tem feito convosco, e vos façais alguma escultura,
imagem de alguma coisa que o Senhor vosso Deus vos proibiu.
Porque o Senhor teu Deus é um fogo que consome, um Deus
Zeloso. Quando, pois, gerardes filhos, e filhos de filhos, e vos
envelhecerdes na terra, e vos corromperdes e fizerdes alguma
escultura, semelhança de alguma coisa, e fizerdes mal aos Olhos do
Senhor, para o provocar a ira; hoje tomo por testemunhas contra
vos o céu e a terra, que certamente perecereis depressa da terra, a
qual, passado o Jordão, ides possuir. Não prolongareis os vossos
dias nela, antes sereis de todo destruídos. E o Senhor vos espalhará
entre os povos e ficareis poucos em número entre as gentes, as
quais o Senhor vos conduzirá. E ali servireis a deuses que são obra
de mãos de homens, madeira e pedra, que não veem nem ouvem,
nem comem nem cheiram” (Dt 4:23-28).
E o Senhor Deus por intermédio de Moisés: “ Porei sobre vós
terror, a tisica e a febre ardente, que consumam os olhos e
atormentem a alma; e semeareis debalde a vossa semente, e os
vossos inimigos a comerão. E porei a Minha Face contra vós, e
sereis feridos diante dos vossos inimigos; e os que vos aborrecerem
de vós se assenhorearão, e fugireis, sem ninguém vos perseguir. E,
se ainda com estas coisas não Me ouvirdes, então Eu prosseguirei
em castigar-vos sete vezes mais por causa dos vossos pecados.
Porque quebrantarei a soberba da vossa força, e farei que os vossos
céus sejam como ferro e a vossa terra como cobre. E debalde se
gastará a vossa força, a vossa terra não dará a sua novidade, e as
árvores da terra não darão o seu fruto. E se andardes contraria-
mente para comigo, e não Me quiserdes ouvir, trar-vos-ei pragas
sete vezes mais, conforme aos vossos pecados. Porque enviarei
entre vós as feras do campo, as quais vos desfilharão, e desfarão o
vosso gado, e vos apoucarão: e os vossos caminhos serão desertos.
Se ainda com estas coisas não fordes restaurados por Mim, mas
ainda andardes contrariamente comigo, Eu também convosco
andarei contrariamente, e Eu, mesmo Eu, vos ferirei sete vezes mais
por causa dos vossos pecados. Porque trarei sobre vós a espada,
que executará a vingança do Concerto; e ajuntados estareis nas
vossas cidades; então enviarei a peste entre vós, e sereis entregues
92
na mão do inimigo. Quando Eu vos quebrantar o sustento do pão,
então dez mulheres cozerão o vosso pão num forno, e tornar-vos-ão
o vosso pão por peso; e comereis, mas não vos fartareis. E se com
isto Me não ouvirdes, mas ainda andardes contrariamente comigo,
também Eu convosco andarei contrariamente em furor; e vos
castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque
comereis a carne de vossos filhos, e a carne de vossas filhas
comereis. E destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas imagens
do sol, e lançarei os vossos cadáveres sobre os cadáveres dos
vossos deuses: a Minha Alma Se enfadará de vós. E porei as vossas
cidades por deserto, e assolarei os vossos santuários, e não
cheirarei o vosso cheiro suave. E assolarei a terra, e se espantarão
disso os vossos inimigos que nela morarem. E vos espalharei entre
as nações, e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra
será assolada, e as vossas cidades serão desertas” (Lv 26:16-33).
No solene instante de entregar o cajado de mando sobre o
povo escolhido a Josué, como num último testamento, Moisés
insiste em repetir as ameaças de Deus contra os que se resvalarem
para a mentira religiosa (Dt 27:15-26;28:15-45).
Longas e terríveis as ameaças.
As determinações de Deus nosso Senhor foram cumpridas
com rigor implacável. Quando, por exemplo, os israelitas em Sitim
se misturaram com os moabitas no culto a Baal-Peor, o látego da
Justiça Divina pesou com uma praga mortífera sobre o povo,
cessando somente com a morte dos principais transgressores (Nm
25:1-9).
Quando o povo, no deserto do Sinai, cultuou a Deus num
bezerro de ouro, atendendo ordens do Senhor, Moisés passou ao fio
da espada cerca de três mil homens (Ex.32:25-29).
93
PERMANECE INALTERADA A IRA DIVINA
NOS DIAS ATUAIS
94
Estender-nos íamos sem nunca parar caso desejássemos
lembrar todas as desgraças que atormentam a sociedade mais do
que nunca praticante de mentiras religiosas.
É sintomática a presença por demais constante dos vocábulos
amor e direitos humanos. Embora a saciedade repetidos nunca
foram tão postergados.
Os homens não se amam e não se respeitam por que se
omitem no cumprimento do primeiro preceito. Se não querem amar
a Deus torna-se-lhes absolutamente impossível amar seus
semelhantes.
Todos os flagelos físicos são, contudo, proporções
reduzidíssimas diante da condenação eterna que aguarda o idólatra.
Só numa época de suprema traição ao evangelho é que se podem
ouvir pregadores sibaritas e malabaristas, mercenários e
politiqueiros, a garantir dos púlpitos a presença de católicos salvos
nos Céus.
Jesus Cristo afirma bem ao contrário: “ Ficarão de fora os cães,
e os feiticeiros, e os que se prostituem e os homicidas, e os
idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira ” (Ap 22:15).
Nos seus elencos de pecados, Paulo Apóstolo sempre inclui a
idolatria como iniquidade que impede a posse do Reino de Deus (1
Co 6:10; Gl 5:20).
Apesar da rompância e do prestígio político desses pregadores
almofadinhas de polpudos salários, prefiro ficar com a dureza do
Evangelho.
A Ira de Deus Se abate pesadamente sobre o mundo de hoje
porque o Senhor Deus jamais muda. Ainda na era da técnica, do
ecumenismo, dos direitos humanos, do neo-evangelismo idiota, o
chicote da Vingança Divina inflige duros castigos aos homens
sempre pertinazes na abjeta idolatria, síntese de todas as falsidades
religiosas.
Deus não mudou e nunca poderá mudar de propósito quanto
à idolatria. Como sacerdote católico fui também responsável por
todas essas desgraças que assolam a humanidade.
De certa feita, em Vitória (ES) onde dirigia uma serie de
pregações evangelizantes, encontrei um antigo criminoso e
95
assaltante convertido a Jesus Cristo. Relatou-me a longa lista dos
seus crimes e, agradecido, magnificava o Poder de Jesus Cristo, que
o libertara dos ergástulos do banditismo.
Quando ele concluiu o seu relato, disse-lhe com toda a
sinceridade de minha convicção bíblica: - o sacerdote católico é o
pior bandido entre todos os bandidos.
Diante do seu espanto e da sua dúvida, expliquei-lhe o porque
de minha peremptória afirmação.
E ele acabou concordando!
Sim, o sacerdote dentre todos os facínoras é o pior. O mais
refinado na perversidade porque, com as mentiras religiosas que
promove e divulga, corrompe o povo e se torna no maior e principal
responsável pelos sofrimentos da pobre humanidade.
96
UMA TRAGÉDIA E A CAPITULAÇÃO DE
MINHA FÉ NA MISSA
CONFIRMA-SE A ICONOLATRIA
97
romano. Basta um espirro de qualquer hierarca e supõem eles uma
aproximação das Escrituras. Basta um clérigo remover de seu
pagode um ícone e lá anunciam eles a supressão do abjeto culto.
98
A TRAGÉDIA DA CEGUEIRA
99
vigorosas marteladas da Palavra de Deus sempre e superpotente no
esmigalhar, esmiuçar e pulverizar a penha das mentiras religiosas.
E O VENTO LEVOU…
100
dessa ocorrência do Cajueiro e de tantos outros fatos
desabonadores da presença real de Cristo na hóstia. Na minha fé,
contudo, resistia às evidências bíblicas contrárias ao dogma
eucarístico.
As várias doutrinas católicas confrontadas com a Bíblia não
suportaram o impacto do exame sincero e ruíram fragorosamente.
Foi-me realmente dificílimo aluir a convicção cega sobre esse
dogma incrustado em minha alma desde a mais tenra infância.
Apavorava-me com a lembrança dos fatos presenciados por mim e
que a qualquer inteligência livre de subserviências, evidenciariam o
absurdo do ensino católico referente à hóstia. Rezava para
afugentar essas lembranças consideradas como graves tentações
contra a fé.
Por mais que examinasse dentro do seu contexto, os textos
bíblicos invocados pelo catolicismo romano como provas da
transubstanciação, a minha cegueira não me permitia desvendar o
absurdo inominável dessa doutrina diabólica.
Somente uma grande cegueira me levava a não perceber o
raciocínio lógico e normal diante destes dois textos bíblicos:
“Isto é o Meu Corpo” (Lc 22:19) e “Eu SOU a videira
verdadeira” (Jo 15:1) ou este outro “Eu SOU a porta” (Jo 10:9).
Se Cristo é obreia, então, logicamente Ele é também uma
parreira, um pé de uva… Uma porta com batentes, dobradiças e
fechadura…
A MORTE DA VOVÓ
101
Naquela tarde que caía mansamente, nuvens flamejavam em
ouro e escarlate, como enormes línguas de fogo, coroando as
cabeças das montanhas e despertavam em meu coração indefiníveis
sentimentos. A pachorra da alimária permitia-me tranquilidade para,
encantado, observar as curvas amáveis do Rio Piagui que rolava
pelas várzeas floridas e o espadanar das suas águas que saltavam
pelas pedras, aljofrando as touceiras de avencas esverdinhadas.
Cruzei com tropas que tilintavam guizos e cincerros e,
circunspecto, respondi aos cumprimentos dos roceiros
sobressaltados que, de lenços ao pescoço e enxadas as costas,
retornavam das lavouras.
- Os veio pioro?, perguntou ao meu cicerone uma robusta
matrona emoldurada pelos umbrais vermelhos da casa nova.
É que o povo, ao ver o padre avizinhar-se do enfermo, cisma
morte próxima.
Deparei-me, naquele tugúrio de sapé coberto de palha de
coqueiro, com dois anciãos nos extremos limites da vida. Num canto
da cozinha, sobre uma enxerga forrada de trapos encardidos, um
velho esquálido e peito arfante na respiração difícil. No quarto de
paredes forradas de estampas piedosas e cromos de calendários
vencidos, uma anciã, pescoço comprido e rosto chupado, ardia na
febre alta que a cozinhava.
Na sala de chão batido, a conversa melancólica encolhia-se em
cochichos.
Dentre os que aguardavam o fatal desenlace, uma jovem de
longas tranças caindo sobre as espáduas de blusa branca, com
íntima convicção profissional, contava casos de doenças para ilustrar
seus conhecimentos de enfermagem.
• A presença do padre prestigiado pelo mistério viera armar o
cenário decente da morte, imaginei.
No quarto, uma tosca mesa de tábua de caixotes, forrada com
uma toalha feita de saco vazio de farinha de trigo e bordada de
letras encarnadas, exibia uma imagem desbotada da “senhora
Aparecida”, um copo de água e um galinho de arruda. Duas velas de
espermacete, com chamas esvoaçantes como asas a tatalar na meia
treva do crepúsculo. Caído no chão um jarro de flores murchas.
102
Os agonizantes, figuras centrais daquele aparato religioso,
urgiam minha atenção. Procurei perceber-lhes as últimas
declarações entrecortadas de ais.
Por primeiro, dei à senhora a hóstia como viático. E fui
imediatamente a cozinha repetindo o mesmo ritual para o velho
que, na impaciência de sua sororoca, perguntou-me ao lhe dar a
hóstia:
- Sô vigaro, será que essa “hostrinha” vai me cura memo?
Desapontado com a inesperada intervenção do velho que mais
me parecia um sacrílego, retornei junto da mesa do quarto para
arrematar a administração desses derradeiros sacramentos.
Transformou-me o desapontamento em assombro!
Enquanto eu fora à cozinha levar a comunhão ao ancião, a
velhinha agonizante, naquele semidelírio e de boca ressequida pela
febre, incomodada pela hóstia que eu lhe depositara na língua,
retirou-a com a mão, atirando-a pela janela.
Trêmula de pavor, sua filha bradava:
• Qui disgraça! Coitado di nosso Sinhô!
Todos acorreram aos gritos. O quarto encheu-se de alarido.
Adensava-se o pavor.
Cristo atirado pela janela afora!
Imóvel, petrificado, presenciava aquele espetáculo de
desespero.
• Corre, sô vigaro, prá pega nosso Sinhô, si não os porco come!,
foi o brado que, sobressaindo-se ao vozerio, me arrancou daquela
fixidez do susto.
Sob a janela, pelo lado de fora, os porcos, que se refocilavam
a sombra da casa nas horas de calor, fizeram um lamaçal onde se
refestelavam na imundície dos seus próprios excrementos. Ao sair,
precipitado, pela porta da cozinha, ainda vi a hóstia inteirinha,
destacando-se pela sua alvura.
Em sua direção ia um suíno, balofo na sua gordura
sacolejante. E aconteceu o que, de um relâmpago, previra. Com o
focinho o porco afundou a hóstia no atoleiro fétido. O cristo-de-
farinha-de trigo submerso no charco asqueroso dos porcos!
103
A desesperação geral atingiu às raias da loucura porque,
precisamente nesse instante, um meninozinho gritou:
- A vovó tá morta!!!
Impossibilitado de articular qualquer palavra, juntei os meus
petrechos litúrgicos e saí a pé - nem me lembrei do cavalo baio! -
em busca da estrada distante onde ficara o automóvel à minha
espera. Com uma melancolia indizível a apertar-me a garganta,
imergi-me na treva noturna.
104
primeiramente por meus próprios pecados, e, depois, pelos do povo,
já que nas finalidades da missa está o objetivo propiciatório?
Se Cristo ofereceu-Se uma vez, por que ofertórios repetidos?
“Mas, agora na consumação dos séculos uma vez Se manifestou,
para aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo ” (9:26). “Cristo
ofereceu-Se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez…” (9:28). “Temos sido santificados pela oblação do
Corpo de Jesus Cristo feita uma vez” (10:10). “Mas Este (Jesus),
havendo oferecido um Único Sacrifício pelos pecados, está
assentado para sempre a destra de Deus” (10:12). “Porque com
uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados ”
(10:14)
E diz o Senhor: “E jamais Me lembrarei de seus pecados e de
suas iniquidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais
oblação pelo pecado” (Hb 10:17-18).
O catolicismo romano ensina que na missa, a que chama de “santo
sacrifício”, há repetição do Sacrifício de Jesus Cristo. Só há uma
diferença, é que, no Gólgota, foi cruento e na missa é incruento.
Mas, naquele dia, sob o impacto do que me acontecera na
véspera, a Palavra de Deus penetrou em minha alma, iluminou-me a
mente e diluíram-se as escamas da minha cegueira! Entendi o Valor
Infinito do Único e Suficientíssimo Sacrifício de Jesus Cristo. A missa
se me figurou, pela primeira vez, como um escárnio sacrílego a
Oblação do meu Bendito Salvador. E os sacerdotes católicos como
uma farandola de saltimbancos.
Com profunda dor íntima deblaterei o repugnante pecado da
mais vil expressão idolátrica.
105
DE TRÊS UMA
106
107
impresso na
planimpress gráfica e editora
rua Anhaia, 247 - S.P.
108
109
DO MESMO AUTOR:
DO AUTOR:
TORTURAS E TORTURADO
ESTE PADRE ESCAPOU DAS GARRAS DO PAPA
PEDRO NUNCA FOI PAPA! NEM O PAPA É VIGÁRIO DE
CRISTO
A MISSA
A SENHORA APARECIDA
A SENHORA DE FÁTIMA
A VIRGEM MARIA
OS CURSILHOS DE CRISTANDADE POR DENTRO
O CARDEAL AGNELO ROSSI DESMASCARA O ECUMENISMO
MILAGRES E CURA DIVINA SERÃO BOAS TODAS AS
RELIGIÕES?
O DIABO
JESUS E O DIVÓRCIO
O CRENTE PODE PERDER A SALVAÇÃ0?
A BÍBLIA TRAÍDA
CRISTO E ASSIM; SALVA ATÉ PADRE
A GUARDA DO SÁBADO
UM PADRE LIBERTO DA ESCRAVIDÃO DO PAPA CRISTO?
SIM! PADRE? NA0!!!
AOS “CRISTA0S” QUE NÃO CREEM NA DIVINDADE DE
CRISTO
O PAPA ESCRAVIZARA OS CRISTÃOS?
PODER-SE-Á CONFIAR NOS PADRES?
O VATICANO E A BÍBLIA
CATÓLICOS PENTECOSTAIS? ESSA NÃO!!!
O CRENTE E O SEU PASTOR
O ECUMENISMO: SEUS OBJETIVOS E SEUS MÉTODOS O
ECUMENISMO E OS BATISTAS CRENTE, LEIA A BÍBLIA
ESSAS BÍBLIAS CATÓLICAS!!!
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