Licenciatura de Gestão de Recursos Humanos

Unidade Curricular: Gestão de Equipas

Docente: João Aragão Pina
Discente: Mª Alice Rabaça - 99228

Relatório Individual

Ano letivo: 2022 / 2023

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 Lisboa, 01 de maio

Índice
Introdução...........................................................................................................3

Trabalho de Equipa............................................................................................4

Comunicação......................................................................................................5

Gestão de stress.................................................................................................6

Zona de conforto................................................................................................7

Conclusão............................................................................................................7

Bibliografia..........................................................................................................8

Anexos.................................................................................................................9

Reflexões individuais.........................................................................................9

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Introdução

A Unidade Curricular de Gestão de Equipas colocou-nos à prova… de nós

mesmos! Nas várias aulas pudemos experimentar o que é “sair da zona de
conforto”, levando sempre aprendizagens para outras esferas da vida
(profissional, académica ou até mesmo social). No âmbito desta unidade
curricular foi-nos solicitado que realizássemos um relatório final que visasse
analisar as temáticas que mais impacto tiveram e que nos fizeram refletir
acerca de aspetos individuais e coletivos.

Para iniciar este trabalho irei começar por explicar o que se entende por
Trabalho em Equipa. Seguidamente, serão abordados dois exemplos de
reflexões individuais extraídos das reflexões individuais das aulas. Esses
exemplos terão uma base teórica: a Comunicação e a Gestão de Stress,
respetivamente.

No final, farei uma breve conclusão para poder evidenciar as duas bases
teóricas presentes nas reflexões escolhidas, dando destaque ao enorme
contributo que esta Unidade Curricular teve para o restante percurso
académica e, além disso, para o futuro profissional que se avizinha em
Recursos Humanos.

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Trabalho de Equipa

Segundo Kaspary e Seminotti (2012), quando pensamos em processos grupais

na gestão de equipas, temos de pensar na dimensão coletiva do homem. Os
processos grupais apenas acontecem no conjunto, no encontro com os vários
intervenientes, e a gestão de equipas apenas acontece numa relação entre
elementos com um objetivo em comum.

Apesar de terem papéis específicos e únicos, os membros de um grupo

contribuem para o sucesso global do mesmo. Por sua vez, o insucesso do
trabalho em equipa pode não estar totalmente ligado à incapacidade dos seus
membros, mas também ligado à dificuldade em coordenar o grupo em si
(Zaccaro, Rittman, e Marks, 2001).

Um grupo de trabalho é composto por indivíduos que se vêm a si próprios e

são vistos pelos outros como uma entidade social, ou seja, um grupo de
trabalho pode resultar na existência de interdependência entre os seus
membros e as respetivas tarefas (Kulik, Oldham, e Hackman, 1987; Sitkin e
Hackman, 2011).

Nas aulas da Unidade Curricular de Gestão de Equipas pusemos à prova o

trabalho em equipa, uma vez que todo o desenrolar da UC foi em vários
grupos. Para além do desafio que é trabalhar em grupo, gerindo tarefas, mas
também métodos de trabalho distintos, a maior prova foi nenhum elemento do
grupo se conhecer. A meu ver é muito importante que haja um primeiro
contacto que promova um maior à vontade, para que no decorrer das tarefas e
das exigências seja tudo mais simples.

Apesar de sinónimos, “equipa” e “grupo” surgem com definições diferentes: os

grupos se transformam em equipas quando desenvolvem um commitment
partilhado e lutam por sinergias entre membros (Katzenbach e Smith, 1993).

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Comunicação

Reflexão da Aula 1

Relativamente à aula de hoje acho que foi uma aula de conhecimentos gerais e
pessoais. Achei muito interessante aquelas perguntas gerais, nas quais pudemos
perceber as tomadas de decisão de cada um. Com a dinâmica inicial que fizemos fez
com que houvesse uma comunicação e, ao mesmo tempo, um maior conhecimento de
cada pessoa. Além disso também motiva a relação entre os grupos/indivíduos.

A comunicação, depois do instinto de sobrevivência física, é a necessidade

mais básica e vital (Ribeiro, 1992).

Santos (2014) refere na literatura que as pessoas formam grupos nas

empresas e organizações para alcançarem as suas necessidades e objetivos
comuns. Podemos até mesmo relacionar esta afirmação com a teoria de
Maslow na pirâmide das necessidades. Santos (2014) refere ainda que as
pessoas, esse alcançar de necessidades vai fazer com que os indivíduos ajam,
interajam e se organizem no meio onde se encontram.

É aqui que entra o poder da comunicação. Numa organização é essencial a

interação entre colaboradores e chefias, de modo que se crie um bom
relacionamento interno e, por sua vez, se evitem eventuais conflitos (Santos,
2014).

De salientar ainda que para a gestão eficaz de uma organização é essencial o

processo comunicativo de modo a garantir que todas as funções e tarefas
ocorram de forma eficiente. Só deste modo é que haverá a informação e,
consequente, compreensão acerca das tarefas desenvolvidas, com o objetivo
de promover a motivação, cooperação, e satisfação de todos os papéis em
causa (Santos & Bernardes, 2010).

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Gestão de stress

Reflexão da Aula 4

Nesta aula senti-me mais desconfortável e um pouco insegura pois foi uma aula em
que fomos postos à prova e sob pressão. A tarefa foi pensar, durante 3 min, 10
palavras sobre o tema da gestão de equipas. Depois das 10 palavras, voltámos a
pensar mais 3 min e voltávamos a indicar 10 palavras. Assim sucessivamente durante
cerca de 10 min, o que obrigou a acelerar o nosso pensamento. Posteriormente, o
professor escolheu a palavra que mais se destacou e pediu que realizássemos um
trabalho em grupo, fazendo pesquisas através de um livro e artigos científicos que
falassem sobre esse tema da palavra em questão. Havia um timing e esse tinha de
ser respeitado, o que por um lado é positivo pois podemos testar as nossas
capacidades de criatividade e organização, mas por outro lado, existia muito stress em
todos os membros do grupo e essa gestão de stress também foi preponderante para a
correta realização da atividade planeada.

Segundo investigadores, o stress é considerado nos dias de hoje a pandemia

social e psicológica, e é definido como uma situação que ocorre com os
indivíduos quando ocorre uma situação de pressão e tensão (Armağan &
Kubak, 2013 in Altindag, 2020). Numa equipa, composta por pessoas de várias
personalidades e com tarefas exigentes, pode surgir stress e o mesmo terá de
ser gerido. Caso contrário, o insucesso poderá surgir. Elementos como a
centralização excessiva, as dificuldades sentidas na tomada de decisão, a
exposição a uma carga de trabalho excessiva, a falta de oportunidades de
progresso e desenvolvimento, obstáculos burocráticos (excesso de
procedimentos e regras) estão entre as principais fontes de stress
organizacional (Altan, 2018 144-147 in Altindag, 2020).

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Zona de conforto

“A zona de conforto é um estado comportamental no qual uma pessoa atua

numa condição de ansiedade neutra, utilizando um conjunto limitado de
comportamentos para obter um nível de desempenho estável, normalmente
sem uma sensação de risco”. (White, 2009)

A grande palavra-chave desta Unidade Curricular foi a zona de conforto. Desde

o primeiro momento que todas as tarefas nos empurraram para fora da nossa
zona de conforto. É a partir da saída da zona de conforto que se pode perceber
a quantidade de potencial que temos e muitas das vezes ainda não
descobrimos. Por vezes, por vontade própria esta saída não é tão facilmente
conseguida, mas quando colocados à prova de atividades em que a
necessidade proporciona a saída do nosso conforto percebemos que não é
assim tão difícil esta adaptação.

Conclusão

Concluindo, este trabalho foi bastante positivo no percurso da minha

aprendizagem, acima de tudo porque foi uma Unidade Curricular que me
fascinou e cativou desde o primeiro instante. Afinal, a Gestão de Equipas pode
ser transversal a muitas áreas, mas enquanto Gestor de Recursos Humanos
esta valência deve estar ainda mais desperta. Vamos lidar com pessoas,
vamos lidar com gestores de equipas, e vamos ter de mediar em muitas alturas
as várias ligações numa organização. Cabe-nos uma tarefa imprescindível:
comunicar e ajudar na comunicação.

Para a análise das várias reflexões foi necessário recorrer a literatura para
apoiar o conteúdo. Esta pesquisa foi de cariz importante, pois ajudou a
entender algumas das questões que estavam por detrás das atividades
desenvolvidas em aula. Se, por um lado, foi essencial termos extraído o nosso

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ponto de vista das várias aulas, reforçar com artigos e revistas tornou o
processo ainda mais rico. Em anexo, estão todas as minhas reflexões acerca
desta Unidade Curricular. Apenas me foquei em duas, abordando a
Comunicação e a Gestão de Stress, pois senti que eram duas questões
pertinentes numa equipa e na própria gestão da mesma.

Concluo ainda que as atividades e reflexões da Unidade Curricular e a

elaboração deste trabalho fizeram com que, como já disse anteriormente,
pudesse sair da minha zona de conforto, mas também pudesse melhorar pouco
a pouco a minha comunicação com os outros e ainda gestão de todo o stress
que surgiu de algumas atividades em grupo.

Mais do que gerir pessoas, devemos primeiramente saber gerir-nos. Aprender

com as nossas emoções, conhecer a nossa personalidade, e arranjar formas
de contornar fraquezas é muito importante quando temos de lidar com outros
indivíduos. Ao chegar a um grupo de pessoas com personalidades e formas de
trabalhar diferentes, o desafio será gigante e temos de conseguir gerir com
facilidade todos os contratempos; sem sabermos gerir primeiro do nosso lado,
a tarefa subirá de nível de dificuldade.

Bibliografia

Altindag, O. (2020). Relação entre gerenciamento de estresse e desempenho

no trabalho nas organizações. International Journal of Research in Business
and Social Science (2147-4478) , 9 (2), 43-49.

Guzzo, R. A., & Dickson, M. W. (1996). Teams in organizations: Recent

research on performance and effectiveness. Annual review of
psychology, 47(1), 307-338.

Kaspary, M. C., & Seminotti, N. A. (2012). Os processos grupais e a gestão de

equipes no trabalho contemporâneo: compreensões a partir do pensamento
complexo. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 13, 15-43.

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Katzenbach, J. R., & Smith, D. K. (1993). The rules for managing cross‐
functional reengineering teams. Planning Review, 21(2), 12-13.

Kulik, C. T., Oldham, G. R., & Hackman, J. R. (1987). Work design as an

approach to person-environment fit. Journal of vocational behavior, 31(3), 278-
296.

Ribeiro, L. (1992). Comunicação global: aumentando sua inteligência

interpessoal. Rosa dos Tempos.

Santos, C. I. F. D. (2014). A comunicação com a equipa: que procedimentos

adoptar para aumentar a produtividade (dissertação de mestrado).

Santos, M. C. D., & Bernardes, A. (2010). Comunicação da equipe de

enfermagem e a relação com a gerência nas instituições de saúde. Revista
Gaúcha de Enfermagem, 31, 359-366.

Sitkin, S. B., & Hackman, J. R. (2011). Developing team leadership: An

interview with coach Mike Krzyzewski. Academy of Management Learning &
Education, 10(3), 494-501.

White, A. (2009). From comfort zone to performance management. White &

Maclean Publishing.

Zaccaro, S. J., Rittman, A. L., & Marks, M. A. (2001). Team leadership. The

leadership quarterly, 12(4), 451-483.

Anexos

Reflexões individuais

Aula 1 – Dia 6 de fevereiro de 2023

Relativamente à aula de hoje acho que foi uma aula de conhecimentos gerais e
pessoais. Achei muito interessante aquelas perguntas gerais, nas quais
pudemos perceber as tomadas de decisão de cada um. Com a dinâmica inicial
que fizemos fez com que houvesse uma comunicação e, ao mesmo tempo, um
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maior conhecimento de cada pessoa. Além disso também motiva a relação
entre os grupos/indivíduos.

Aula 2 – 7 de fevereiro de 2023

Esta aula permitiu uma aprendizagem sobre reflexões acerca do tipo de

desenvolvimento que temos feito e vamos fazer ao longo das aulas. Acho que
nesta aula também permitiu que cada um pudesse gerir o seu tempo de
apresentação e destacar a qualidade dos trabalhos. No final das apresentações
dos grupos sobre a atividade proposta pelo professor, fizemos votos de que
apresentações tiveram mais destaque e melhor progresso. Os temas da
maioria dos trabalhos de grupo/apresentações focaram-se acima de tudo no
“desconforto”. Ao longo das apresentações também se pôde verificar a
criatividade de cada grupo e foi fascinante ver até onde essa capacidade nos
pode levar.

Aula 3 – 8 de fevereiro de 2023

A aula de hoje levou-nos para o campo. Foi através de uma mini entrevista que
colocámos o tema da gestão de equipas em prática. A ideia de que a
importância da gestão de equipas é fundamental para a boa organização de
uma empresa foi uma ideia transversal às várias opiniões que retirámos.

Por outro lado, fizemos um concurso de fotografias. Esta atividade fez-nos

refletir a forma como cada grupo quis demonstrar a criatividade. Todas estas
atividades em grupo fazem-nos ter um maior conforto e segurança, bem como
um maior à vontade para comunicar com os outros.

Aula 4 – 9 de fevereiro de 2023

Nesta aula senti-me mais desconfortável e um pouco insegura pois foi uma
aula em que fomos postos à prova e sob pressão. A tarefa foi pensar, durante 3
min, 10 palavras sobre o tema da gestão de equipas. Depois das 10 palavras,
voltámos a pensar mais 3 min e voltávamos a indicar 10 palavras. Assim
sucessivamente durante cerca de 10 min, o que obrigou a acelerar o nosso
pensamento. Posteriormente, o professor escolheu a palavra que mais se
destacou e pediu que realizássemos um trabalho em grupo, fazendo pesquisas
através de um livro e artigos científicos que falassem sobre esse tema da

10
palavra em questão. Havia um timing e esse tinha de ser respeitado, o que por
um lado é positivo pois podemos testar as nossas capacidades de criatividade
e organização, mas por outro lado, existia muito stress em todos os membros
do grupo e essa gestão de stress também foi preponderante para a correta
realização da atividade planeada.

Aula 5 – 13 de fevereiro de 2023

Hoje a aula foi atípica devido aos constrangimentos que estão a haver (greve
dos comboios). A meu ver, este constrangimento tornou mais difícil a
realização das apresentações orais, pois deu para perceber que existiam
algumas pessoas que não estavam preparadas e, por outro lado, alunos que
estavam muito bem preparados tendo uma base escrita para se basearem ao
longo da apresentação. Ao longo das várias apresentações pudemos aprender
quais os vários conceitos teóricos, bem como as várias maneiras e dinâmicas
de como se deve fazer uma apresentação. Só não me senti confortável devido
ao facto de o professor fazer perguntas muito difíceis, às quais nós também
não esperávamos e não estávamos preparados para responder.

Aula 6 – 14 de fevereiro de 2023

A aula de hoje foi com base das apresentações que faltavam. As

apresentações de hoje deram para perceber que estavam mais bem
preparados porque tiveram a oportunidade de ver as primeiras apresentações e
alem disso tiveram mais tempo para corrigir erros.

Aula 7 – 15 de fev

Hoje foi uma aula em que todos nós tivemos a oportunidade de aprender os
conceitos relativos a equipa e a grupo. De facto, a maioria dos alunos acreditou
que os conceitos seriam iguais ou, pelo menos, idênticos. No entanto existem
diferenças, conforme pudemos verificar. Atualmente já se pode considerar que
uma equipa é um conjunto de pessoas que estabelecem entre si um
compromisso com um objetivo comum, e um grupo é um conjunto mais
alargado de pessoas, que poderão depois ter objetivos e metas diferentes, mas
que têm algo que as une.

Aula 8 – 16 de fev

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Hoje foi a última aula, podemos concluir que tivemos 8 aulas de longas horas,
mas que nos serviu de um grau de aprendizagem muito elevado. Também fez-
nos crescer mentalmente de uma forma mais eficaz e alem disso foi uma
estratégia que pode ser utilizada no nosso futuro seja profissional ou pessoal.
Foi uma aula com apresentações finais que podemos dizer que todos nós
estivemos muito bem, tirando que alguns fizeram mais alem do tempo como
previsto, mas no geral foram apresentações de diferentes maneiras de
apresentar, alguns fizeram de uma apresentação mais dinâmica que outros. No
entanto houve kahoots que me surpreenderam muito por ter perguntas
complexas o que me dificultou mais em responder às questões.

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