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CV5/CC
1. Introdução
Vamos abordar agora mais uma dimensão do processo de gerenciamento: o trabalho
em equipe. O conceito de equipe tem recebido muito destaque atualmente. Em verdade,
tornou-se um dístico gerencial. Ouvem-se com frequência as expressões trabalho em
equipe e ser integrante de equipe, contudo, apesar das alusões generalizadas ao
esforço de equipe, provavelmente a maior parte das pessoas, no local de trabalho ou
em suas relações pessoais, não vivenciou a experiência de ser membro de uma equipe.
As pessoas podem trabalhar no mesmo departamento durante anos, integrarem
comissões, reunir-se regularmente em grupos de gerenciamento e, ainda assim, não
fazer parte de uma equipe. Por quê? O que é então uma equipe? Equipe e grupo de
trabalho é a mesma coisa? Vamos refletir um pouco mais sobre esse conceito.
O Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa define, por exemplo, a equipe como grupo
de duas ou mais pessoas que juntas participam numa competição esportiva e como
conjunto ou grupo de pessoas que se aplicam a uma tarefa ou trabalho.
No entanto, no universo organizacional, ainda que a equipe possa ser definida como
um agrupamento de pessoas, ela envolve particularidades que a distingue dos demais
grupos. Sylvia Constante Vergara (2009) observa que um conjunto de pessoas
trabalhando juntas é apenas um conjunto de pessoas. Para que se torne uma equipe
é preciso que haja um elemento de identidade, elemento de natureza simbólica, que
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una as pessoas, estando elas fisicamente próximas ou não. Em outras palavras, para
que exista uma equipe, é necessário que também exista um propósito, um objetivo
compartilhado pelas pessoas e em prol do qual elas despendam seus esforços.
Nesse aspecto, pode-se dizer que um time de futebol realmente constitui uma equipe,
obviamente se estão concentrados em um mesmo objetivo. Se cada jogador quiser
realizar o seu próprio jogo e estabelecer seus propósitos individuais, é provável que não
exista um time e que esses jogadores estejam fadados ao fracasso.
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Comparação entre Equipe e Grupo de trabalho:
Você pode estar se perguntando o que é necessário para montar uma equipe de alto
desempenho. Essa é certamente uma das atribuições de um bom gerente. Porém, como
fazê-lo? Em verdade, não existe uma fórmula para isso e será necessário considerar
muitas variáveis dentro da organização. Muitas vezes, dependendo das circunstâncias,
um simples grupo de trabalho pode ser a solução mais adequada para o tipo de
trabalho e de resultados que se pretende alcançar. No entanto, como observam
KATZENBACH & SMITH (1993), alguns procedimentos são compartilhados por muitas
equipes de sucesso, e as consideramos apropriadas para compor, por assim dizer, um
primeiro guia para a formação de equipes eficientes e eficazes. Vejamos:
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• Determine regras claras de comportamento.
• Determine e internalize algumas tarefas e metas imediatas orientadas ao
desempenho.
• Desafie o grupo regularmente por meio de fatos e informações recentes.
• Passem muito tempo juntos.
• Explore o poder do feedback positivo, do reconhecimento e da recompensa.
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d) No trabalho em equipe, registra-se também a aplicação mais eficiente de
recursos, talentos e forças, porque eles são usados de boa vontade e
compartilhados com os demais companheiros. Toda vez que falta a um membro da
equipe certo conhecimento ou competência, outro está pronto para supri-lo.
e) Um quinto benefício é o conjunto de decisões e soluções, adotadas
simultaneamente, com todos gerando e avaliando maior número de opções do que
uma única pessoa poderia fazê-lo. O tempo para implementação é reduzido porque
as pessoas fazem suas escolhas em conjunto e não sequencialmente como ocorre
com frequência. As decisões são tomadas por consenso, e isso significa que são,
geralmente, melhores do que aquelas às quais a pessoa mais diligente da equipe
poderia ter chegado sozinha.
f) As pessoas que são responsáveis por decisões e soluções as consideram como sua
propriedade e, consequentemente, sentem-se compromissadas em conduzi-las
com sucesso. Esse é o sexto benefício. Os integrantes nutrem também um forte
compromisso com a própria equipe para que ela não de desagregue. Como destacam
KATZENBACH & SMITH (1993, p.2), a essência de uma equipe está no
comprometimento coletivo. Sem ele, o desempenho do grupo é individualizado. Com
ele, os membros se tornam uma unidade poderosa de desempenho coletivo.
Diante disso, Liderança e trabalho em equipe estão diretamente ligados, onde o líder é
o profissional e a figura central, que conduz os colaboradores nos processos de
trabalho. Além disso, hoje ele é o responsável pelo desenvolvimento de profissionais e
equipes, a fim de explorar o máximo de suas competências e conhecimentos.
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Figura 2 - Ilustração de liderança de uma equipe participativa. Fonte: Google.
Veja a seguir os motivos que fazem com que o trabalho em conjunto, realizado por
líderes e equipes, seja tão importante dentro dos mais diversos tipos de empresas.
Motivação
Um dos fatores mais importantes e que dão verdadeiro sentido para o trabalho em
conjunto entre líderes e equipes é fato de que isso motiva genuinamente, tanto os
colaboradores, quanto o próprio líder, a darem o seu melhor, para o alcance de
resultados extraordinários dentro das organizações.
A partir do momento que os profissionais que fazem parte de uma equipem percebem
que seu líder faz questão de atuar lado a lado, que assume uma postura de igualdade,
se esforça tanto quanto todos os envolvidos nos processos organizacionais para a
entrega de resultados de excelência, eles passam a melhorar cada vez mais a sua
performance e buscam realizar metas e objetivos de forma muito mais rápida e
assertiva.
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alcance de metas e objetivos, ele aproxima cada vez mais as pessoas dele, e, com isso,
as incentiva a se relacionarem bem, não só com ele, mas também entre si.
Assim, com o crescimento de relações cada vez mais saudáveis dentro da empresa,
aumenta também a harmonia em todos os setores e diminui a ocorrência de conflitos,
já que as pessoas, ao invés de entrarem em embate, vão preferir resolver seus
problemas interpessoais através do diálogo e do profissionalismo que todo local de
trabalho pede.
Habilidades e competências
Além das razões que apresentei até aqui, quando o líder se encontra próximo de seus
colaboradores, desenvolvendo o seu trabalho em conjunto com estes, ele consegue
incentivá-los a se conhecerem melhor, no sentido de compreenderem quais são suas
melhores habilidades e competências e, com isso, os incentiva a desenvolvê-las, para
que assim possam obter um alto desempenho dentro da organização.
Com isso, ao desenvolverem seus pontos positivos, ou seja, suas melhores habilidades
e competências, as chances de que realizem um trabalho em equipe de excelência
aumentam de forma significativa, o que contribui, automaticamente, para o alcance de
resultados extraordinários, tanto para todos os membros do grupo, quanto para o líder
e para a empresa em geral.
Senso de pertencimento
Hoje este cenário sofreu diversas transformações e o que os profissionais mais buscam
no mercado de trabalho atual é saber que pertencem a algo maior. Isso não quer dizer
que eles não pensem e não queiram bons salários e benefícios atrativos. Eles querem
sim! No entanto, eles querem também estar em um ambiente em que sintam que o seu
trabalho verdadeiramente importa, que estão se esforçando para eles mesmos darem
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passos cada vez mais maiores e para a empresa crescer de forma considerável no
segmento em que atua.
Resultados extraordinários
A partir do momento que esta união ocorre, acontece também um esforço em conjunto,
no sentido de fazer com que tudo dê realmente certo, deixando todos cada vez mais
próximos das metas e objetivos traçados inicialmente.
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Figura 3 - Ilustração de funções e responsabilidades de membros de equipe. Fonte:
Google.
O primeiro passo para definir as funções na equipe é determinar as várias tarefas que
precisam ser feitas. Algumas perguntas para identificar essas tarefas são:
Ao saber o tanto de trabalho que precisa ser feito, é possível delegar as tarefas com
base nisso.
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Identifique as lacunas nas responsabilidades
Embora este passo seja mais relevante ao definir as funções no âmbito organizacional,
também é possível ter lacunas nas responsabilidades ao trabalhar em um projeto. Após
criar a lista de pendências, compare e confronte essas tarefas com o que os membros
da equipe estão realizando. Essa comparação ajudará a identificar qualquer lacuna
nas responsabilidades, que pode ocorrer inadvertidamente se a descrição do cargo do
colaborador não tiver ficado clara ou se outras pessoas o levaram a realizar tarefas
diferentes das que estava incumbido.
A matriz RACI é uma ótima ferramenta para esclarecer as funções dos membros da
equipe. RACI é uma sigla em inglês que significa: responsável, prestador de contas,
consultado e informado. Você pode elaborar uma matriz ou gráfico RACI colocando
as tarefas no eixo Y e os membros da equipe no eixo X.
Atribua uma das quatro letras RACI para cada tarefa e membro da equipe. Isso facilita
para que os membros saibam qual é a sua função específica em cada tarefa.
A legenda abaixo explica com mais detalhes quais funções na equipe são mais
adequadas a cada letra do gráfico RACI.
R = Responsável. Esta pessoa executa o trabalho. Cada tarefa deve ter apenas um
Responsável, assim, todos saberão a quem recorrer para tirar dúvidas e obter
atualizações.
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C = Consultado. Esta pessoa deve dar a sua opinião sobre o trabalho. Pode ser um
membro da equipe ou algum integrante de outra equipe.
• Fazer uma reunião com a equipe e perguntar: “Alguém gostaria de dizer algo
sobre as funções atribuídas?”
• Programar reuniões individuais para que os membros se sintam mais seguros
para expressar suas preocupações.
• Lançar uma pesquisa anônima para que os membros possam compartilhar
respostas francas.
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2. Referencias
• ÁVILA, Robson Nery, A Importância Do Trabalho Em Equipe: Uma Revisão De
Literatura. 2013.
• Magalhães, Profa. Yana Torres, TRABALHO EM EQUIPE E LIDERANÇA.
• ERGAMINI, Cecília W. Psicologia aplicada à administração de empresas:
psicologia do comportamento organizacional. São Paulo: Atlas, 2006.
• BERGAMINI, Cecília W.; Coda, Roberto. Psicodinâmica da vida organizacional:
motivação e liderança. São Paulo: Atlas, 1997.
• BOWDITCH, James L.; BUONO, Anthony f. Fundamentos de Comportamento
Organizacional. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
• MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos. São Paulo:
Futura, 2000.
• Apostila, Gestão de Pessoas. Brasília 2014.
• https://asana.com/pt/resources/roles-and-responsibilities
• https://gestaodesegurancaprivada.com.br/trabalho-em-equipe-conceito-
importancia-e-caracteristicas/
• https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/lideranca-
trabalho-equipe-importancia-trabalhar-conjunto/
• https://www.oitchau.com.br/blog/a-importancia-do-trabalho-em-equipe-para-
sua-empresa/
• https://fia.com.br/blog/resolucao-de-problemas-nas-empresas/
• https://www.projectbuilder.com.br/blog/divisao-de-tarefas-no-trabalho/
• https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/relacionamento-interpessoal-no-
trabalho/
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