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SEMINÁRIOS INTEGRATIVOS

EM PSICOLOGIA

10º. SEMESTRE

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Seminários Integrativos em Psicologia

EMENTA OBJETIVOS
 Dedica-se à reflexão e elaboração de  Integrar o aprendizado promovido durante a formação em
seus aspectos técnicos e éticos da profissão de psicólogo;
hipóteses acerca de problemas e situações
 Reconhecer a necessidade da atualização constante;
relacionados à atuação do profissional do
psicólogo. Discute a pesquisa e a  Desenvolver o senso crítico, os valores morais e éticos;
fundamentação das intervenções como  Resgatar o conhecimento assimilado até o momento que
profissional integrante de equipes subsidiará a prática profissional;
multiprofissionais, a partir de situações  Correlacionar a realidade profissional levando em
problema. consideração as diferenças culturais, sociais e da natureza
humana.

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AULA 1 Situação Problema

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SITUAÇÕES-PROBLEMA SIMULADAS

 Visando alcançar os novos padrões curriculares – orientados por competências – as Escolas de Saúde estão
promovendo ações para o desenvolvimento da prática profissional de seus alunos, por meio do enfrentamento
de situação problema voltada à ação do médico, psicólogo, enfermeiro, fisioterapeuta, etc.;
 Os novos currículos estão organizados segundo a progressão do desempenho, graus crescentes de autonomia
e o alcance de excelência;
 Confronto direto com a realidade é elemento fundamental no processo ensino-aprendizagem – cenários reais;
 Disparadores: situação problema no papel, dramatizações, situações simuladas da prática profissional –
realizados em protegidos e controlados ou artigos de jornal, prontuários, vídeos, palestras e filmes.

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SITUAÇÃO-PROBLEMA

 Situação-problema = situação desconhecida que motiva o aluno/indivíduo a buscar uma


solução;
 Soluções convergentes (únicas) ou divergentes (diversos caminhos possíveis);
 Os problemas podem ser: bem ou mal definidos, simples ou complexos, longos ou curtos,
familiares ou desconhecidos, enigmas, estruturados, não estruturados e quebra-cabeças .

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TIPOS DE PROBLEMA – ENIGMA,
QUEBRA-CABEÇAS E ESTRUTURADOS

 Enigma/quebra –cabeças: possuem apenas uma resposta correta e todos os


elementos para solução são conhecidos – é preciso usar a lógica e processos
algorítmicos para solucioná-los;
 Problemas estruturados: dependem de conteúdo e base teórica restrita já conhecida
– envolve a área de conhecimento, o enunciado da tarefa, lista de pré-requisitos,
princípios teóricos e descrição do problema;

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TIPOS DE PROBLEMA -
DESESTRUTURADOS

 Problemas desestruturados: um ou mais aspectos não definidos, permitem várias soluções ou até
não ter solução – diferentes saberes;
 Prática cotidiana;
 Interessantes e significativos, pois os alunos devem analisar o contexto, definir a natureza do
problema, relacioná-lo com a teoria e determinar quais informações e habilidades são necessárias
para sua compreensão;
 Exige reflexão, criatividade, conhecimento prévios, colaboração do grupo,
 Pensamento crítico-reflexivo
 Sintetizar ideias, tomar decisões e resolver as controvérsias, desenvolvimento de argumentos,
exercitando a tomada de soluções em grupo.
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CONSTRUINDO UMA SITUAÇÃO-
PROBLEMA

 A construção das situações problemas deve deixar de ser exclusivamente centrada no conhecimento com
base em experiências, devendo centrar-se no conhecimento com base em evidências;
 Passo a passo 1: listar os objetivos de aprendizagem para o problema, definir o contexto do problema no
mundo real, estabelecer a estrutura do problema e escrever um guia, detalhando como o problema deve ser
trabalhado pelo professor;
 O problema deve limitar as informações que serão utilizadas para a sua resolução, não devendo sr tão
diretivo a ponto de informar o que os estudantes devem fazer;
 Passo a passo 2: o problema deve ser factível, deve levantar conhecimento prévios para motivar o estudo e
resgate do que já foi aprendido e vinculação com a literatura científica para exercício crítico-reflexivo
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ATIVIDADE

Selecione um dos casos clínicos e elabore


um roteiro de entrevista, decidindo se este
será estruturado, semi - estruturado ou livre
Situação – caso clínico
Problema – elaborar a entrevista
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AQUILANTE, A.G. et al. Situações problema simuladas: uma análise do


processo de construção. Revista Brasileira de Educação Médica. Vol. 35. Nº 2,
2011. Pp. 147-156. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022011000200002&script=sci_abs
tract&tlng=pt
 PINHO, M.C.G.. Trabalho de equipe em saúde: limites e possibilidades de atuação eficaz.
Revista Ciências e Cognição. Vol. 8, 2006. Pp. 68-87. Disponível em
http://cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/582
 FREIRE, J.C.. A psicologia a serviço do outro: ética e cidadania na prática psicológica. Psicologia
Ciência e Profissão. Vol. 23. Nº 4. Brasília: CFP, 2003. Pp. 12-15.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de ética profissional do psicólogo. Agosto.


Brasília, 2005.
 FRANCO, M.H.P.. A intervenção psicológica em emergências: fundamentos para a prática. SP:
Summus, 2015.
 MEDEIROS, G.A..Por uma ética na saúde: algumas reflexões sobre a ética e o ser ético na
atuação do psicólogo. Psicologia Ciência e Profissão. Vol. 22. Nº 1. Brasília: CFP, 2002.
Disponível em:
www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932002000100005&script=sci_arttext&tlng=pt
 ROMARO, R.A.. Ética na psicologia. Petrópolis: Vozes, 2014.
 VENTURA, M.M.. O estudo de caso como modalidade de pesquisa. Revista SOCERJ. Vol. 20.
Nº 5. RJ. Set/Out., 2007. Pp. 383-386.
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AULA 2
Trabalho de Equipe em Saúde

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 Equipe multidisciplinar – necessidade de diferentes contribuições profissionais no
cuidado ao paciente de maneira eficiente e eficaz

 Percepção mais abrangente, dinâmica, complementar e integrada

 Habilidades e competências técnicas, as habilidades relacionais com base na


cooperação

 Melhorar o desempenho dos indivíduos quando a tarefa requer múltiplas habilidades


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GRUPO DE TRABALHO X EQUIPE DE
TRABALHO
GRUPO EQUIPE
 Orienta-se pelos esforços individuais que resultam
 Processo de interação é usado para compartilhar
em um nível de desempenho maior que a soma
informações e para tomada de decisões com das entradas;

objetivo de ajudar cada membro com seu  Trabalho que é dado a um grupo de pessoas que

desempenho na área específica de atuação, sendo o possuem um “expertise individual”, que sejam

desempenho considerado apenas como reunião das responsáveis pela tomada de decisões individuais,
que conservem o propósito comum e que possam
contribuições individuais de cada membro.
juntos comunicar, compartilhar e consolidar
conhecimentos. 15
GRUPO DE TRABALHO X EQUIPE DE
TRABALHO

EQUIPE EQUIPE

 Organizada para resolver um conjunto de  Os membros devem preservar as suas funções

problemas comuns, onde cada membro poderá especializadas mantendo uma linha contínua de

contribuir com seu conhecimento e habilidade para comunicação uns com os outros, colocando-se num

aumentar e apoiar as contribuições dos outros continnum de interações e responsabilidades

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EQUIPE-FORMAÇÃO

 Desempenho coletivo  Definir se o trabalho pode ser realizado por


mais de uma pessoa;
 Responsabilidade coletiva
 A tarefa cria um propósito comum ou
 Tomada de decisão coletiva
conjunto de metas;
 Uso de habilidades
 Membros possuem interdependência.
 Conhecimentos complementares

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BOM FUNCIONAMENTO DA EQUIPE

 Objetivos comuns;
 Estabelecimento de metas e como elas estão acordadas;  Clara definição de papeis
 Liderança e como ela está organizada;
 Suporte e engajamento;
 Comunicação;
 Respeito;
 Processo de grupo;
 Comunicação;
 Sistemas de valores e normas;
 Tomada de decisão na equipe;  Competência e habilidades;

 Autodesenvolvimento;  Aptidão dos membros da equipe para funcionar como


 Exame regular do trabalho em equipe. uma unidade e não somente como um grupo de
indivíduos.

 Payne,M.(1990) 18
 Pederson,A e Easton,L.(1995)
PRESUPOSTOS BÁSICOS

Cott, 1998 Hinojosa e col., 2001


 Trabalho em equipe não é simplesmente estar juntos ou
 Que os membros das equipes tenham uma compreensão
passar a informação de um para o outro;
compartilhada de regras, normas e valores dentro da  Estabelecimento de confiança;

equipe;  Desenvolvimento de crenças e atitudes comuns;


 Empoderamento dos membros da equipe;
 Que as funções da equipe ocorram de maneira
 Reuniões efetivas para gerenciamento das equipes
independente, igualitária e cooperativa.  Feedback sobre o funcionamento da equipe

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MODELOS DE EQUIPE segundo Sternas e
col, 1999

Modelo Colaborativo
 Todos os profissionais colaboram para promover segurança, alta  Conhecimento e confiança;
qualidade nos serviços, ainda que cada profissional realize os e
 Respeito mútuo
autonomamente;
 Comunicação não hierárquica e sim de mão dupla
 Processo de comunicação articulada e tomada de decisão com

objetivo de satisfazer as necessidades de atenção á saúde da facilitando o compartilhamento de informações;

população alvo;  Cooperação e coordenação;


 Não é hierárquica

 Qualidade do cuidado ao paciente é realizada pela contribuição de


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todos os profissionais.
MÉTODOS DE PRÁTICA DE EQUIPE,
Drinka,2000

 Grupo de tarefa: grupo escolhido ou formado por um líder onde as regras são
colocadas pelo grupo para resolver um problema e dispensá-lo; foco em um único
problema; condução rápida;

 Desvantagem – falta de profundidade e amplitude.

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MÉTODOS DE PRÁTICA DE EQUIPE,
Drinka,2000

 Grupo de trabalho formal unidisciplinar: componentes médicos de especialidades


diferentes; liderança por eleição; identidades individuais são mais importantes
que o diagnóstico integrado; não trabalhar os problemas da equipe e atenção
específica da disciplina;

 Desvantagem – pouco diálogo integrativo.

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MÉTODOS DE PRÁTICA DE EQUIPE,
Drinka,2000

 Grupo de trabalho formal multidisciplinar: diversos profissionais de diferentes


áreas; decisões finais tomadas por um líder; regras estabelecidas; informações
oriundas de muitas perspectivas e soluções com amplitude;

 Desvantagem – diferentes linguagens profissionais; soluções não integradas;


culturas disciplinares diferentes; falta de diálogo integrativo; ineficiência com a
complexidade do problema

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MÉTODOS DE PRÁTICA DE EQUIPE,
Drinka,2000

 Equipe unidisciplinar interativa: médicos de várias especialidades pensando em


um diagnóstico integrado; interdependência entre os membros; colaboração;
liderança orientada para o êxito; responsabilidade compartilhada;

 Desvantagens: decisões iniciais levarem mais tempo, soluções sem amplitude e


possibilidade de omissões.

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MÉTODOS DE PRÁTICA DE EQUIPE,
Drinka,2000

 Equipe interdisciplinar interativa: mesmas da anterior mas com a vantagem do


cuidado integrado, compartilhar responsabilidade, soluções direcionadas para
problemas complexos, soluções profundas e amplas, acesso criativo;

 Desvantagem: maior tempo para decisão, diferentes linguagens, esforça para


manutenção da equipe, tempo e espaço e renegociar papéis.

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MÉTODOS DE PRÁTICA DE EQUIPE,
Drinka,2000

 Prática autônoma : indivíduos tomam as decisões baseando-se nos seus


conhecimentos, rapidez e soluções apropriadas;

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Equipe Interdisciplinar de atenção `saúde
(IHCT) Drinka,2000

 Grupo de indivíduos com diversas formações que trabalham juntos como uma unidade ou
sistema;

 Colaboração continua para resolver problemas complexos;

 Os membros definem a missão da equipe e os objetivos comuns: trabalham independentemente


para definir e tratar os problemas dos pacientes e aprendem a aceitar e capitalizar as diferenças
disciplinares;

 A equipe precisa conhecer onde é feito, o que é necessário fazerm quem e que faz e como isto é
feito junto
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MULTIDISCIPLINAR

 Multidisciplinar é um sistema de ensino que engloba experiências em várias disciplinas, em busca de


metas a atingir, dentro de um programa específico.

 Equipe multidisciplinar é um conjunto de especialistas, em diversas áreas, trabalhando em equipe, em


busca de um objetivo comum. Ex: Especialistas da áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, médicos,
enfermeiros, nutricionistas, trabalhando em conjunto para recuperação do paciente

 O multidisciplinar pode ser um conjunto de disciplinar de são estudadas de maneira simultânea, mas sem a
necessidade de estarem relacionadas entre si.
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INTERDISCIPLINAR

 Interdisciplinar visa o agrupamento de diversos ramos do conhecimento, seguindo um objetivo em comum,


como um assunto ou tema específico, por exemplo, o método multidisciplinar não visa a linearidade dos
assuntos

 Os profissionais que trabalham em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital podem formar
uma equipe interdisciplinar composta por médico, enfermeiro, nutricionista fisioterapeutas e etc., que em
conjunto buscam o mesmo objetivo.

 Ao contrário do método interdisciplinar, que proporciona um conhecimento mais especializado, a


multidisciplinaridade resulta em conhecimentos mais ecléticos 29
DIFERENÇAS

 A diferença mais importante entre os termos interdisciplinaridade e multidisciplinaridade fica por parte da lógica entre
elas.

 A multidisciplinaridade se refere a uma reunião de disciplinas que são abordadas em pesquisas ou estudos ao mesmo
tempo, porém, não necessariamente relacionando essas áreas entre si.

 Já quando se trará de interdisciplinaridade, está visando o ajuntamento de várias áreas do saber, adotando um intuito em
comum entre essas áreas, como uma matéria ou questão em especial. Neste caso quando se fala em interdisciplinar, não
existe a busca de mesclar os assuntos. Eles operam de forma separada, apenas com os mesmos objetivos.

 Sendo assim, a multidisciplinaridade é resultado de conhecimentos variados, e o método da interdisciplinaridade consiste


em um conhecimento mais específico. 30
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

 AQUILANTE, A.G. et al. Situações problema simuladas: uma análise do processo de construção.
Revista Brasileira de Educação Médica. Vol. 35. Nº 2, 2011. Pp. 147-156. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022011000200002&script=sci_abstract&tlng=pt
 PINHO, M.C.G.. Trabalho de equipe em saúde: limites e possibilidades de
atuação eficaz. Revista Ciências e Cognição. Vol. 8, 2006. Pp. 68-87. Disponível
em http://cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/582
 FREIRE, J.C.. A psicologia a serviço do outro: ética e cidadania na prática psicológica. Psicologia
Ciência e Profissão. Vol. 23. Nº 4. Brasília: CFP, 2003. Pp. 12-15.

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de ética profissional do psicólogo. Agosto.


Brasília, 2005.
 FRANCO, M.H.P.. A intervenção psicológica em emergências: fundamentos para a prática. SP:
Summus, 2015.
 MEDEIROS, G.A..Por uma ética na saúde: algumas reflexões sobre a ética e o ser ético na
atuação do psicólogo. Psicologia Ciência e Profissão. Vol. 22. Nº 1. Brasília: CFP, 2002.
Disponível em:
www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932002000100005&script=sci_arttext&tlng=pt
 ROMARO, R.A.. Ética na psicologia. Petrópolis: Vozes, 2014.
 VENTURA, M.M.. O estudo de caso como modalidade de pesquisa. Revista SOCERJ. Vol. 20.
Nº 5. RJ. Set/Out., 2007. Pp. 383-386.
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AULA 3
A Psicologia a serviço do outro

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Responder as questões

 Eu, ____________ declaro à sociedade

TAREFA PARA CASA em geral que seguirei a profissão de


PSICOLOGIA, pelos seguintes
N1 motivos: _______.

 Considero que estou pronto (a) para


escolher esta profissão porque
________________.

 Esta profissão é importante para


Leitura do texto
 A Psicologia a Serviço do outro: ética e cidadania na prática psicológica. sociedade porque ____________.
José Célio Freire. Psicologia, Ciência e Profissão, 20013, 23 (4), 12-15
 Sei que tenho competência para o seu
 Formar psicólogos para quê? CFP (org). Psicologia: Ciência e Profissão.
exercício porque ____________.
Ano 14. no. 1,2,3. Brasilia, 1994.pp 40-41

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AULA 4 e 5
ROUND CLÍNICO - SNAPPS

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Educação Clínica e Profissional

 Formação por competência

 Controlar o processo de ensino e aprendizagem interna e externa

 Melhorar a segurança e a conduta profissional

 Utilizar os espaços de aprendizagem adequada para promover o desenvolvimento


das competências

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Rounds Clínicos e Profissionais

 Proporciona discussão aprofundada e estruturada de experiências vivenciadas;

 Fase 1: Estudo independente:

 Individualmente o aluno monta a estrutura de um caso real (em casa) na metodologia


SNAPPS*.

 Fase 2: Discussão com professores e colegas.


ROUNDS CLÍNICOS E PROFISSIONAIS
Metodologia SNAPPS – Fase 1

Aluno individualmente (em casa): estrutura um caso real, seguindo passos abaixo:

 S: Sumarizar
 N: Numere possíveis diagnósticos diferenciais ou situações para avaliações
 A: Analise essas diferenças; diferenças, compare possibilidades e mostre evidencias
 P: Pergunte ao professor: dúvidas ou possíveis abordagens
 P: Planeje o manejo das necessidades do caso e/ou situação;
 S: Selecione um tema relacionado ao caso para se aprofundar.
CASO AULA

 Paciente A. Ana, iniciou seu quadro psiquiátrico aos 18 anos, nesta época apresentou transtorno alimentar, após alguns meses
desenvolveu episódio depressivo e passou a ser acompanhada em posto de saúde por médico clinico que a medicou com
ansiolíticos: bromazepam e diazepam. Em seguida procurou psicóloga e homeopatia.
 Inicia seu acompanhamento no programa de transtorno alimentar, onde é realizado o diagnóstico de Anorexia tipo purgativo.
Apresentava cerca de cinco episódios de compulsão e vômitos por dia. Inicia tratamento com Fluoxetina 40mg/d, Alprazolam 1,5
mg/d e Clonazepam 6mg/d. Passa a se isolar do contato social e a desconfiar das pessoas. Apresentou três episódios de ingestão de
medicamentos, no terceiro episódio é internada em hospital na enfermaria psiquiátrica. Ganhou cerca de um quilo e recebe alta com
diagnóstico de Anorexia tipo purgativo e Dependência de Benzodiazepínicos. Continua com o acompanhamento no programa de
transtorno alimentar e passou a frequentar, três vezes por semana no hospital-dia. Chegou a agredir, impulsivamente, uma médica
residente. Seu quadro evolui com tentativas de suicídio em que ingere álcool, medicamentos, produtos e corta os pulsos. Relaciona
estas tentativas ao aumento do peso para 63kg. Novamente é internada no Charcot, fica quatro dias e sai de alta a pedido. Após esta
internação passa a referir alucinações visuais e auditivas. É encaminhada pelo psicólogo para avaliação médica no Pronto Socorro e
enquanto aguardava o atendimento tenta o suicídio, ingerindo produto de limpeza (Pinho-Sol). Recebe o diagnóstico de Transtorno
Depressivo Recorrente e interroga-se um Transtorno de Personalidade. É internada na enfermaria. Evolui com crises de agitação, em
que quer quebrar as coisas, pular da janela e se cortar com vidros. Em alguns destes episódios, diz que seu nome é Roberta e depois
que melhora diz não se lembrar de nada. Necessita de sedação e contenção física nestes episódios. Sai de alta, mas mantém as crises
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de agitação e de dissociação e é levada com frequência ao Pronto Socorro.
Sumarize / Resumo

 Paciente A. 20 anos apresentou como queixa principal Transtorno depressivo com


tentativa de suicídio

 Apresenta histórico anterior para doenças psiquiátricas: Transtorno Alimentar- Anorexia


tipo purgativa, Dependência de Benzodiazepínicos e Depressão

 Histórico anterior de internação psiquiátricas

 Fez uso de: Bromazepam, Diazepam, Alprazolam, Clonazepam e Fluoxetina

 Sintomas: agressividade, dissociação, agitação, alucinação


Numere / Limitar

 Internação

 Acompanhamento psiquiátrico

 Psicoterapia

 CAPS / Hospital Dia

 Medicação
Analise

 A analise será realizada pelo aluno através do raciocínio do caso


Pergunte / Explorar

 Alucinação também aparece nas tentativas de suicídio?

 É possível ser transtorno de personalidade e não depressão?


Planeje / Planejamento: Psicoterapia

 Acompanhamento psiquiátrico para ajuste das medicações

 Psicoterapia, com mais de uma sessão por semana

 Participar de grupos terapêuticos no CAPS diariamente


Selecione

 Dissociação e agitação nos transtorno de personalidade


CASO PARA ESTUDO EM SALA

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