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E importante ter em conta que não se trata de uma descrição linear do que
ocorreu. Neste, faz-se um apelo, tanto à experiencia pessoal, como à s fontes te6ricas,
para clarificar e melhor compreender as questões suscitadas na interação com um
determinado evento ou fenómeno. Desta forma, o jornal de aprendizagem, pode refletir
questões pessoais e/ou profissionais. Não obstante, estas questões podem ser
classificadas em três categorias:
a) Visão global do ambiente clinico
• Filosofia dos cuidados;
• Influências ambientais nos cuidados;
• Organização dos cuidados;
• Aspetos multidisciplinares dos cuidados;
• Dias de experiencias particulares;
• Obtenção de resultados de aprendizagem específicos.
b) Cuidados em ação
• Necessidades do doente: fisiológicas, psicológicas, sociais, espirituais.
• Modelos de cu idados;
• Atividades de enfermagem e sua fundamentação;
• Habilidades e perícias de comunicação;
• Promoção da saúde;
• Envolvimento do cliente e/ou outros significativos.
O desenvolvimento do jornal de aprendizagem pode ser de temática livre ou dirigida, ou seja, pode
simplesmente ser dito aos estudantes que escrevam sobre situações vividas ou questões problemáticas que
os interpelaram de alguma forma, ou colocar questões específicas relacionadas com os resultados de
aprendizagem em determinado momento ou contexto.
Apesar do jornal de aprendizagem ser um instrumento individual, podem ser encorajadas partilhas
de grupo, para discutir pontos comuns e aprofundar a análise de situações, privilegiando-se a escuta e o
suporte mútuo.
A realização e supervisão do jornal de aprendizagem pressupõem alguns princípios
fundamentais:
• Não há respostas ou conteúdos certos ou errados. Tudo o que o estudante escreve é
importante e deve ser respeitado enquanto reflexão;
• A discussão dos conteúdos deve ter em vista o aprofundamento da análise do estudante e
o seu desenvolvimento pessoal isento de juízos de valor por parte do docente;
• Podem ser dados tópicos/temas/questões para reflexão, mas o conteúdo não deve ser
orientado;
• Deve ser dada a liberdade ao estudante de poder partilhar ou não toda a sua produção
escrita;
• Deve ser garantida a confidencialidade relativamente ao conteúdo ou registos entregues
ao docente.
• A avaliação do jornal de aprendizagem resulta do facto de ter sido efetuado com a
regularidade solicitada ou ter sido concluído e do nível de profundidade de reflexão
conseguida e nunca em função do conteúdo ou situações descritas. O jornal de
aprendizagem não se destina a ser instrumento de avaliação de desempenho de
competências clínicas.
• O estabelecimento de um clima de confiança, desenvolvendo o docente uma atitude de
escuta e clarificação, reforçando as aprendizagens e trabalhando as dificuldades e as
soluções encontradas.
Referências: