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2.

Realizar uma análise comparativa sobre as abordagens, as técnicas e os métodos de


ensino das tendências pedagógicas: Oralismo, Comunicação Total (Bimodalismo) e
Bilinguismo.

De acordo com o encontrado no Caderno de Aulas do CESAD, as técnicas e os


métodos de ensino das tendências pedagógicas têm suas distinções, primeiramente o
oralismo trata-se da linguagem oral, isto é, é quando o surdo se comunica usando a língua
oral, foi utilizado nos anos 70, hoje conhecido como (Bimodalismo) que é a utilização de
vários métodos que possibilitem a comunicação, como: gestos, alfabeto digital, leitura
labial, entre outros (OLIVEIRA, 2021).

Também denominado bimodal, pois envolve combinações das duas modalidades


sendo contraria ao bilinguismo, uma vez que este último defende que o surdo precisa
aprender simultaneamente a língua de sinais e a língua oral, no entanto, é contrariada pela
comunicação total por entenderem que primeiro se aprende a língua de sinais, por se tratar
de sua língua materna, e depois se aprende a língua oral. Uma vez que ambas possuem
características próprias.

3. Fazer uma pesquisa sobre os documentos legais sancionados no Brasil após 2019 que
tratam sobre propostas de mudanças na educação de pessoas com surdez visando a
atualização sobre o assunto. Elabore um texto com no mínimo 10 linhas e no
máximo 20 linhas, sobre a existência de propostas mais recentes que sugerem
alteração na legislação sobre o ensino dos surdos no Brasil.

Ao se fazer a pesquisa sobre os documentos legais sancionados no Brasil após


2019 que tratam sobre propostas de mudanças na educação de pessoas com surdez, foi
encontrado a seguinte nota:

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.191, de 2021, que insere a


Educação Bilíngue de Surdos na Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB - Lei 9.394, de 1996) como uma modalidade de
ensino independente — antes incluída como parte da educação especial.
Entende-se como educação bilíngue aquela que tem a língua brasileira de sinais
(Libras) como primeira língua e o português escrito como segunda.
Oriundo do PL 4.909/2020, apresentado pelo senador Flávio Arns (Podemos-
PR), o texto foi aprovado em maio pelo Senado e em 13 de julho pela Câmara.
A educação bilíngue será aplicada em escolas bilíngues de surdos, classes
bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de educação bilíngue de
surdos. O público a ser atendido será de educandos surdos, surdocegos, com
deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação
ou com deficiências.
De acordo com o texto, a modalidade de ensino deverá ser iniciada na educação
infantil e se estender ao longo da vida. As escolas deverão oferecer serviço de
apoio educacional especializado para atender às especificidades linguísticas
dos estudantes surdos, o que não impedirá que esse aluno faça matrícula em
escolas e classes regulares de acordo com o que decidirem os pais ou
responsáveis ou o próprio aluno.

FONTE: AGÊNCIA SENADO, disponível em Nova lei inclui educação


bilíngue de surdos como modalidade na LDB — Senado Notícias

É importante frisar que anteriormente estava incluída como parte da educação


especial. Portanto, com respaldo nas leis mencionadas é possível ver que a educação
inclusiva é uma prioridade social. Não há dúvidas que, a Língua Brasileira de Sinais
(Libras) contribui significativamente para o processo de inclusão do aluno surdo.
No entanto, incluir o surdo dentro do espaço escolar não tem sido uma tarefa fácil
para os professores da educação básica, logo, muitos dos que estão à frente da sala de aula
não são familiarizados com o uso dos sinais, e consequentemente, não conseguem
estabelecer uma comunicação ativa e significativa com os alunos, o que prejudica o
processo de ensino-aprendizagem, por isso, a importância de se encontrar soluções
práticas.

4. Elabore um texto (mínimo: 10 linhas – máximo: 20 linhas) esclarecendo as duas


formas de concepção da surdez.
A duas formas de concepção encontradas no caderno do CESAD foram a surdez
como deficiência na visão patológica e a outra, na visão cultural como diferença, por isso
a importância de pesquisar a história dos surdos para saber como nasceu à cultura,
comunidade, língua e gramática.
Naturalmente o viés cultural se opõe ao patológico por entender que a pessoa surda
pertence a uma comunidade com uma cultura comum, não sendo visto como portador de
uma deficiência, pois quando eram vistos assim sofriam com a exclusão, por nascerem
com a deficiência auditiva, segundo relatos históricos, na idade média os surdos não
tinham tratamento humano, muitos eram queimados vivos em imensas fogueiras. Estes
eram considerados sujeitos estranhos e objetos de curiosidades da sociedade (STROBEL,
2009). Portanto, a segunda concepção vai de encontro as teorias de vários estudiosos entre
eles Sá (2002), Skliar (2010), Gesser (2009) e Fernandes (2005), conforme mencionado
no caderno do CESAD (COSTA, 2021).
REFERÊNCIAS

COSTA, Edivaldo da Silva. C837l Língua brasileira de sinais – LIBRAS [recurso


eletrônico] / Edivaldo da Silva Costa. – São Cristóvão, SE : UFS, Centro de Educação à
Distância, 2021.

OLIVEIRA, Alzenira Aquino de Oliveira. [recurso eletrônico] / Edivaldo da Silva Costa.


– São Cristóvão, SE : UFS, Centro de Educação à Distância, 2021.

SENADO FEDERAL - AGÊNCIA SENADO, disponível em Nova lei inclui educação


bilíngue de surdos como modalidade na LDB — Senado Notícias

STROBEL, Karin. História da Educação dos Surdos. Curitiba – SC: UFSC, 2009.

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