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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI


COORDENAÇÃO DE LETRAS-LIBRAS

Proposta de material didático acessível para pessoas surdas,


apresentada à disciplina Língua Brasileira de Sinais-Libras.

Ana Caroline Ribeiro Costa


Breenda Moara Sarmento da Luz
Ester Lilian Suellen Cardoso Santos Matos
Herlen dos Santos Silva
Laís Fernanda Ferreira Rodrigues
Maria Gabriela Braulio da Silva

TERESINA
2021
Ana Caroline Ribeiro Costa
Breenda Moara Sarmento da Luz
Ester Lilian Suellen Cardoso Santos Matos
Herlen dos Santos Silva
Laís Fernanda Ferreira Rodrigues
Maria Gabriela Braulio da Silva

TÍTULO

Proposta de material didático acessível para


pessoas surdas, apresentada à disciplina
Língua Brasileira de Sinais-Libras, da
Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob a
orientação da Profa. Esp. Conceição de Maria
Ferreira de Macêdo.

TERESINA
2021
1 INTRODUÇÃO
Bom, precisamos falar mais sobre o assunto dos estímulos da LINGUA BRASILEIRA
DE SINAIS, de que ainda e um tabu que precisa muito ser tratado e falado nas
escolas, pois vai chegar situações que todos nós iremos passar que é uma pessoa
surda precisar se comunicar e não poder pois nãos sabemos a língua de sinais.
Essas situações ocorrem por conta que as pessoas ainda têm muito preconceito
para falar sobre o assunto e introduzir em escolas alunos com deficiência auditiva e
falar sobre o tema nas aulas, tinha que ser uma matéria como as outras para que
fosse quebrado esse tabu.
Porém se introduzir essa matéria nas escolas vai ser mais um gasto e então eles
preferem fechar os olhos diante da situação e tratar pessoas com deficiência
auditiva como se fosse um ser inútil para conviver diante da sociedade.
Sendo assim o objetivo dessa pesquisa foi passar um aprendizado para as pessoas
que não tem conhecimento sobre a língua portuguesa de sinais.
2 EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL
A história dos surdos no Brasil, se deu em meados de 1857 através de um professor
Francês que era surdo chamado E.Huet. No início, os surdos eram educados por
linguagem escrita articulada e falada, datilologia e sinais, a disciplina "Leitura sobre
os Lábios" estaria voltada apenas para os que apresentassem aptidões a
desenvolver a linguagem oral. Atualmente, existe uma preocupação maior em
relação à instrução dos surdos exigindo que os professores tenham uma
especialização ou o curso de libras (CARVALHO).
Baseado na Lei Federal nº 10.436 de 24 de abril de 2002, a língua de sinais não é
reconhecida como uma língua oficial do Brasil, mas sim como um meio de
comunicação (SANTO, et al 2017). 
Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e
expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura
gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos,
oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (BRASIL, 2002).

A Constituição Federal de 1988, nos artigos 205 e 208, bem como a LDB – Lei de
Diretrizes e Bases, nos artigos 4ª, 58, 59 e 60, garantem às pessoas surdas o direito
de igualdade de oportunidade no processo educacional. Porém, isso não tem sido
uma realidade nas nossas escolas. A Constituição dá possibilidades para a
construção de novos caminhos, respeitando os direitos de todos, e isso inclui as
pessoas com deficiência, suas necessidades de acessibilidade e inclusão
educacional e social (MORI, et al 2015).
A língua brasileira de sinais tem sua própria gramática. Isso corresponde ao seu
caráter de reconhecimento linguístico tal qual as línguas orais e demais sinalizadas
existentes no mundo. Dentro dos componentes gramaticais temos o alfabeto
manual, também nomeado por datilologia, que mantém uma relação da Libras com o
Português e aspectos fonológicos e morfológicos (RIBEIRO, 2019).
As políticas de educação de surdos são resultado de negociações entre, as lutas
travadas pelos movimentos surdos, e, pela emergência de políticas inclusivas. A luta
dos movimentos surdos precisou negociar os seus significados para ser assumida
como política pública, e isso ocorreu num contexto de implementação de uma
política inclusiva, embora prevalecendo ainda discursos e normativas vinculados aos
princípios da educação especial (SANTOS, et al 2017).

3 DESCRIÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO


Para elaborar o material didático, antes de tudo, é necessário identificar a
necessidade do público-alvo, neste exemplo, o público escolhido foram crianças do
ensino fundamental, ouvintes e que não sabem a LIBRAS. A atividade pode ser
aplicada em qualquer série/ano desde que siga o conteúdo programático para
aquela turma. O material pode ser usado também em qualquer ambiente e
direcionado para qualquer idade em que se tenha o interesse em aprofundar mais o
vocabulário acerca da Língua de Sinais, pode se adequar a qualquer tema,
transformando-se numa forma de entretenimento.
Primeiramente, deve-se escolher a disciplina (no caso, ciências) e o tema
(fotossíntese) para aplicar à atividade, após isso o professor deve escolher dicas ou
questões sobre o tema escolhido e colocar em pequenos papeis, deve-se também
ser preparado o alfabeto em LIBRAS, cortado, cada letra separada e dado aos
alunos. A quantidade certa de letras corresponde a um alfabeto completo para cada
aluno.
O material é utilizado da seguinte maneira: O professor escolhe uma ficha e dois
alunos para começar a atividade, e os demais alunos devem aguardar sua vez, o
docente faz a pergunta que está na ficha e os alunos devem pensar nas respostas.
Em seguida os discentes precisam formar as palavras empregando as letras do
alfabeto em libras (utilizando a datilologia). É importante que os alunos se sentem
distante um dos outros para que não haja “cola”.
Logo após, o professor irá conferir as respostas, os que acertarem tanto a resposta
da pergunta quanto a forma de escrita ganharão pontos, já os que errarem perderão
pontos na brincadeira.
Com isso, a brincadeira além de ter uma grande importância para que o aprendizado
da Língua de sinais seja o mais eficiente possível, garante também a interação
social dos discentes, diminuindo o preconceito com as pessoas surdas, tornando
melhor a fixação do conteúdo.
4 DIFICULDADES ENCONTRADAS AO LONGO DO PROCESSO
Ao elaborar a proposta pode-se evidenciar a dificuldade de formular elementos
mantendo laços necessários para não gerar nenhuma lacuna dentre o corpo do texto
como: Introdução, objetivos, problematização e as demais partes da proposta.
Das dificuldades encontradas nos deparamos com alguns equívocos por parte do
desconhecimento dessas relações. Como não há quase nenhuma familiaridade com
o assunto as maiores dificuldades são entender o processo histórico dos surdos e
saber desenvolver habilidades referentes ao objetivo central.
Dessa forma construir um material didático capaz de influenciar no aprendizado da
língua de sinais e garantir uma interação social dos discentes.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao decorrer dessa pesquisa foi possível ter um contato maior com temas relevantes
tais como a acessibilidade, surdez no ensino de ciências e no processo todo em
relação a aprendizagem do aluno. Procuramos aqui demostrar as dificuldades e
possibilidades que podem ter na produção do material.
O material didático foi elaborado para que através de uma brincadeira servisse de
grande importância para abrir portas nas escolas que não tem uma certa
acessibilidade.

REFERÊNCIAS
DE OLIVEIRA CARVALHO, Vanessa; DA NÓBREGA, Msª Carolina Silva Resende.
A história de educação dos surdos: o processo educacional inclusivo. II
SEMINÁRIO POTIGUAR: EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E

ACESSIBILIDADE–UMA QUESTÃO DE EFETIVAÇÃO DE DIREITOS, 2015.


MORI, Nerli Nonato Ribeiro; SANDER, Ricardo Ernani. História da educação dos
surdos no Brasil. Seminário de Pesquisa do PPE. Universidade Estadual de
Maringá, v. 2, 2015.

SANTOS, Angela Nediane dos et al. Educação de surdos no Brasil e Portugal:


políticas de reconhecimento linguístico, bilinguismo e formação docenteI.
Educação e Pesquisa, v. 43, p. 216-228, 2016.

RIBEIRO, Lucas Antônio. A educação dos surdos no Brasil: pesquisa histórica e


constatações em um contexto específico. 2019.

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