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Curso de Ciências Biológicas – EAD

Disciplina: Educação Inclusiva


PROFESSOR (A) : Stefânia Morais

Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva
https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/
files/Educa%C3%A7%C3%A3o%20Inclusiva.pdf
1. Educação Especial

• Educação Especial - Modalidade complementar ou suplementar à formação do


aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.
• Decorre todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino, sem
substituí-los.
• Oferece aos seus alunos serviços, recursos e estratégias de acessibilidade ao ambiente e aos
conhecimentos escolares.
• Não é um sistema paralelo de ensino, com níveis e etapas próprias.
• O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica,
desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e
participando, sem nenhum tipo de discriminação.
• A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de
direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis”.
(MEC/SEESP PNEE/08)
1.1. O percurso histórico: da segregação à inclusão.

• Na história a deficiência era vista de forma diferente em cada povo:


• Na Idade Antiga em nações como o Egito e o México, estas pessoas
eram vistas como um intermédio entre Deus e os homens,
• Grécia e Roma Antiga poderiam ser sacrificadas por serem
consideradas “abominações”.
• Na Idade Média passaram a ser julgadas como “castigos de Deus”
por conta das suas incapacidades físicas ou mentais
• A partir da Idade Moderna as pessoas com deficiência foram
adquirindo direitos como cidadãos comuns. (ESPÍNDOLA, 2013)
1.1. O percurso histórico: da segregação à inclusão.
• No Brasil - Período de segregação, até os anos de 1960, as pessoas com
deficiência eram impedidas de frequentam as instituições de ensino regular.
• O atendimento destinado a elas era restrito as instituições especializadas com o
objetivo de cunho assistencialista e não educacional.
• Nos anos de 1970, durante o período de integração, as instituições de ensino
regular passaram a receber as pessoas com deficiência, no entanto, não
proporcionavam a elas possibilidades de aprimorar suas capacidades.
• Em 1980 com a definição do conceito de inclusão a Educação Especial passou
a ser vista com outro ‘olhar’. Um olhar de respeito às diferenças e a diversidade
em que o estímulo às habilidades de todos se faz fundamental.
• Nessa nova perspectiva - o foco é o desenvolvimento de uma educação de
cunho humanista baseada na igualdade de oportunidades e na promoção de
saberes que incitam atitudes de valorização do ser humano e de respeito à
diversidade (REIS, 2006).
• A Educação Especial se volta para um conceito de inclusão que defende – além
da promoção do convívio social – o estímulo ao desenvolvimento das pessoas
com deficiência para que conquistem novas aprendizagens.
2.Educação Inclusiva
Dimensão sociocultural e política
• 2.1Marcos históricos e normativos:
• Constituição de 1988;
FUNDAMENTO - Dignidade da Pessoa Humana.
(art. 1º, II e III).

OBJETIVO - Promoção do bem de todos, sem


preconceito de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de
discriminação (art. 3º, IV).

GARANTIA - Direito à igualdade e o direito de todos à


educação (art. 5º e 205).
 Pleno desenvolvimento da pessoa;
 Preparo para o exercício da cidadania;e
 Qualificação para o trabalho (art 205)

• Lei nº 9394 de 20-12-1996;


• Declaração de Salamanca 1994;
• Convenção da Guatemala – Decreto 3956/2001;
2.Educação Inclusiva
Dimensão sociocultural e política.
• Decreto 5296/2004 – estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, e dá outras providências;
• Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
inclusiva/2008.
• Redefinindo o papel da ed. Especial Atendimento Educacional Especializado -
AEE como uma ação da educação especial.
• Salas de Recursos Multifuncionais.,Escolas Especiais e Formação de professores.
• Decreto 6571/2008 – Dispõe sobre o atendimento educacional especializado,
regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007;
• Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência – Decreto Legislativo
186/2008, aprova o texto da Convenção. Ratificada pelo Decreto 6949/2009.
• Resolução n. 04/2009 – Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial;
• Decreto 7611/2011 - Dispõe sobre a educação especial, o atendimento
educacional especializado e dá outras providências. (revoga o Dec.6571);
2.2Políticas de inclusão: implicações e contradições
• I Conferência Nacional de Educação/2010 – Construindo o Sistema Nacional
Articulado: O Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação.
• II Conferência Nacional de Educação /2014 Documento –Referência –
Espaço democrático de construção de acordo entre atores sociais, que
aponta prespectivaspara a organização da educação nacional e a
consolidação do novo Plano Nacional de Educação.
• Objetivos da política:
Acesso, participação e aprendizagem dos alunos com deficiência, TGD e altas
habilidades/ superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de
ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais,
garantindo:
• transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a
educação superior
2.2Políticas de inclusão: implicações e contradições

•Objetivos da política
•Atendimento Educacional Especializado - AEE;
• formação de professores para o AEE e demais profissionais da
educação para a inclusão escolar;

• participação da família e da comunidade;


• acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários
• e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação;e
• articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.
2.2Políticas de inclusão: implicações e contradições
O público alvo da educação especial são os alunos com:
• Crianças que moram na rua; Crianças Indígena; Crianças ou Adolescentes que estão
internados na Fundação Casa;
• Jovens e Adultos Alunos com altas habilidades e deficiência
• A Lei Brasileira de Inclusão (13. 146/2015) no Art. 2o considera pessoa com deficiência
aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial,
• o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
• Nova Conceituação de deficiência:Aceitar a diferença não é ser caridoso.... mas
consciente de direitos humanos e de cidadania de todos.
• A deficiência não está mais no sujeito e sim nos espaços, serviços e produtos!!
• O ambiente passou a ser considerado limitador para o sujeito com deficiência... Para
sua vida com autonomia é o espaço que é limitador, impeditivo.
2.2Políticas de inclusão: implicações e contradições

• 3.0 Atendimento Educacional Especializado


• Recorte- RESOLUÇÃO SE 61, de 11-11-2014

• Dispõe sobre a Educação Especial nas unidades escolares da rede estadual de ensino
A importância de se assegurar aos alunos, público-alvo da Educação Especial,
• o Atendimento Pedagógico Especializado - APE,
Resolve:
• Artigo 1º - São considerados, para fins do disposto nesta resolução, como público-alvo
da Educação Especial, nas unidades escolares da rede estadual de ensino, os alunos
que apresentem:
• I - deficiência; II - transtornos globais do desenvolvimento - TGD;
• IMPORTANTE : O termo “Transtornos Globais do Desenvolvimento” (TGD) está sendo
gradualmente substituído pelo termo “Transtorno do Espectro Autista” (TEA)
• III - altas habilidades ou superdotação.
3.0 Atendimento Educacional Especializado

• Artigo 2º - Fica assegurado a todos os alunos, público-alvo da Educação Especial, o


direito à matrícula em classes ou turmas do Ensino Fundamental ou Médio, de
qualquer modalidade de ensino.

§ 1º - Aos alunos, público-alvo da Educação Especial, já matriculados na rede estadual de
ensino, será assegurado o Atendimento Pedagógico Especializado - APE, com condições de
acesso e apoio à aprendizagem, bem como à sua continuidade.

§ 2º - Os alunos, a que se refere o parágrafo 1º deste artigo, serão encaminhados para o
Atendimento Pedagógico Especializado - APE adequado a suas deficiências, ou aos
transtornos globais do desenvolvimento, ou, ainda, às altas habilidades/superdotação que
apresentem, após avaliação pedagógica, a ser disciplinada em regulamento específico.

• Artigo 3º - O Atendimento Pedagógico Especializado – APE dar-se-á:


• II - em Classe Regida por Professor Especializado - CRPE, em caráter de excepcionalidade,
para atendimento a alunos que apresentem deficiência intelectual, com necessidade de
apoio permanente/ pervasivo, ou deficiências múltiplas e transtornos globais do
desenvolvimento, observando-se:

a) a indicação, e apenas nesses casos, da necessidade de atendimento em CRPE,
devidamente fundamentada e comprovada em avaliação aplicada por equipe
multiprofissional do Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado - CAPE, sempre que
esgotados os recursos pedagógicos necessários para permanência do aluno em classe
comum do ensino regular;
4.0 Atendimento educacional especializado

• Identifica.Elabora.Organiza
• recursos pedagógicos e de acessibilidade - que eliminem as barreiras
para a plena participação dos alunos, considerando as suas
necessidades específicas.
• Identidade e diferença
• A identidade e a diferença tendem a ser naturalizadas e
essencializadas.
• A identidade é aquilo que se é.
• A diferença é aquilo que o outro é.
• A diferença e a identidade, simplesmente, existem e são entidades
independentes.
• NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE
• Currículo escolar – é centrado na diversidade e não nas diferenças.
4.0 Atendimento educacional especializado

• O que é o AEE? É um serviço da educação especial que [...] identifica,


elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem
as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas
necessidades específicas (SEESP/MEC, 2008).
• O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua
autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos
sistemas de ensino.
• O AEE não é reforço escolar. Esse atendimento tem funções próprias da
educação especial, as quais não se destinam a substituir o ensino comum.
• Professor de apoio Pedagógico: O atendimento de professor de apoio
Pedagógico aos alunos com deficiência é uma ação educacional de caráter
pedagógico no contexto escolar na perspectiva da educação inclusiva.
• Tem por objetivo acompanhar esses alunos em sala de aula, identificando
suas necessidades e potencialidades educativas.
4.0 Atendimento educacional especializado

• Estrutura de acolhimento da rede municipal para demanda da ed.


Especial
• CEMEA-(Equipe multiprofissional,estimulação essencial, SEPAB,
CAS,) PAP-Professor de apoio pedagógico.
• AEE- Atendimento Educacional Especializado •
• PARADESPORTO ESCOLAR- Modalidades esportivas... Possibilitando
através do potencial /limitação o acesso ao esporte, promovendo
autonomia e referencial de grupo...
• CAPSI – para os alunos com transtornos psíquicossocial.
( Transtorno opositor desafiador, bipolar, esquizofrenia...)
• e Psicopedagogia, para os alunos que não se enquadram na
demanda da ed. Especial e necessitam de acompanhamento
específico.(TDAH, dislexia,dificuldades de aprendizagem)
4.0 Atendimento educacional especializado

• Nas Salas de Recursos Multifuncionais, são realizadas diversas atividades


como: a observação individual e coletiva, a estimulação sensorial (5
sentidos),
• força, velocidade, equilíbrio, flexibilidade, resistência, a capacidade de
criação, a utilização de cores,
• o reconhecimento e utilização de objetos do cotidiano familiar, as atitudes
de cooperação, estimulação artística (pintura, modelagem, colagem,
escultura, reciclagem, teatro, jogos),
• dança e música, desenhos, a cotação de historias , produção de
fotografias e vídeos, uso de objetos suspensos e giratórios, circuitos,
móbiles, brinquedos e outros.
4.0 Atendimento educacional especializado
Nas Salas de Recursos Multifuncionais
4.1Estratégias e Intervenções variadas no âmbito escolar

• Gestão da Sala de Aula Inclusiva


Ao planejar aulas, o que é preciso ter em mente:
• O tema/assunto/conteúdo;
• A heterogeneidade da turma, deficiências...
• Informações específicas conforme a necessidade, o nível de aprendizagem
dos alunos;
• Tecnologias a serem utilizadas, espaços, materiais e recursos;
• Número de alunos na turma...
ensino cooperativo;
• Conhecimento prévio sobre o conteúdo (textos, desenhos, relatos,
conversas...); informações úteis a todos;
• Importante:
• É o conteúdo que segue o aluno e não o aluno que segue o conteúdo!
4.1Estratégias e Intervenções variadas no âmbito escolar
• Adaptações de Acessibilidade ao Currículo
• Adaptações significativas
• Adaptadas de grandes portes ( Profº pode estar movimentando os conteúdos ,
objetivos e critérios de avaliação).
• Adaptações não significativas
• Quando eu posso deixar os mesmos conteúdos, as mesmas expectativas , as
mesmas habilidades e competências.
• Preciso adequar apenas as atividades na forma de passo a passo para que o
aluno consiga realizar.
• Requer trabalho em equipe,
• Docentes por disciplina, contando com a articulação que deve ser realizada pelo
professor coordenador pedagógico
• Registro das Adaptações Curriculares
• Através de portfólios; Pastas;
• Diário de classe ( nome dos alunos, destacando os conteúdos desenvolvidos de
forma adaptada com esses alunos;
4.2 Avaliação na sala de aula
Avaliação Diagnóstica:
• Diagnóstico das necessidades especiais e específicas do aluno;
• Conhecer melhor esse aluno;
• Quais os conteúdos são necessários para alcançar as competências e
habilidades previstas para determinada sala de aula, em determinada
semana , mês e bimestre?
• Quais conhecimentos o aluno já possui nesta disciplina?
• Quais conhecimentos o aluno está em vias de desenvolver nesta disciplina?
• Avaliação Continua sem fragmentação :
• com a finalidade de demonstrar resultados fidedignos ao desenvolvimento
do aluno, sempre com base o desenvolvimento das competências e
habilidades propostas no momento da adaptação dos conteúdos, tendo em
vista a avaliação como um processo.
• Avaliação sempre inclusiva, adaptada e contínua.
Como avaliar um aluno com dificuldades escolares, com necessidades
específicas/ especiais se não lhe foram oferecidas adaptações curriculares?
4.2 Avaliação na sala de aula

• Aplicação da atividade adaptada - Observação do aluno


• A atividade adaptada ajudou no desenvolvimento do aluno?
• O aluno adquiriu ou se aproximou do desenvolvimento da
habilidade prevista?
• O objetivo foi alcançado? O que precisa ser revisto?
Adaptação Curricular de Biologia

• Atividade: Em grupos
• Dinâmica sobre o binômio saúde – educação
• Objetivo: Refletir sobre a importância do relatório
pedagógico, contrapondo ao laudo médico.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• O que faz o AEE? • Apóia o desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades .
• Quando e Onde se faz AEE? • O AEE é realizado no período inverso ao da classe comum freqüentada pelo
aluno e, PREFERENCIALMENTE, na própria escola desse aluno, na sala de recurso multifuncional.
• As peculiaridades inerentes a deficiência física, a interferência nos processos de aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos, bem como estratégias podem ser utilizadas para minimizar os limites e
potencializar as possibilidades do educando
• Deficiência física – Antes da deficiência vem a pessoa do aluno, sua história de vida, sua individualidade, seus
desejos e diferenças;
• Não existe um roteiro, um guia, uma fórmula de atendimento previamente indicada; O atendimento deve ser
planejado de acordo com a necessidade do aluno.
• O AEE deve selecionar recursos e técnicas adequadas a cada tipo de dificuldade para o desempenho das
atividades escolares;
• Cria condições adequadas à locomoção, comunicação e conforto do aluno com deficiência física;
• O AEE usa Tecnologias Assistivas direcionadas à vida escolar do aluno com deficiência física;
• Adequação dos materiais didático-pedagógicos às necessidades dos alunos;
• Adequação de recursos da informática: teclado, mouse, ponteira de cabeça, programas especiais, entre
outros;
• Uso de mobiliário adequado: mesas, cadeiras, quadro.
• reflexão sobre as diferenças, limitações e possibilidades de cada sujeito.
• É importante respeitar o tempo da criança para a realização das tarefas propostas, agir com naturalidade em
relação à sua deficiência,
• trabalhar com os demais estudantes sobre a convivência com o deficiente, por meio de livros, filmes,
dinâmicas de grupos, pesquisas e conversas.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• O AEE destinado ao aluno Surdo–


• organização didática implica o uso de muitas imagens visuais e de todo tipo de referências
que possam colaborar para o aprendizado dos conteúdos curriculares em estudo, na sala
comum.
• jogos de Comunicação, Jogos Motores, Jogos Simbólicos, Jogos Folclóricos, Jogos Virtuais.
• experiência efetivamente ,língua de sinais e a língua escrita.
• Para trabalhar um conteúdo de ciências, por exemplo, “germinação”, o professor poderá
utilizar como recurso uma história elaborando quadros de sequência lógica
• do processo de germinação e crescimento do feijão. Como culminância do trabalho,
poderá apresentar a história “João e o pé de feijão”
• AEE em libras: Atendimento diário aos alunos surdos, com o objetivo de explicar em
libras os diferentes conteúdos curriculares;
• Ensino de libras para os alunos surdos, com o objetivo de favorecer o conhecimento e a
aquisição de termos científicos;
• AEE para o ensino da Língua Portuguesa: objetiva trabalhar as especificidades da língua
para pessoas com surdez.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Deficiência visual - alunos cegos e com baixa visão.


• ampliação de fontes, de sinais e símbolos gráficos em livros, apostilas, textos avulsos, jogos,
agendas, entre outros.
• carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o aluno possa realizar as atividades com conforto
visual e estabilidade da coluna vertebral.
• Softwares com magnificadores de tela e Programas com síntese de voz.
• Sentar o aluno a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro na parte central da
sala.
• Evitar a incidência de claridade diretamente
nos olhos da criança.
• Estimular o uso constante dos óculos,
caso seja esta a indicação médica.
• Adaptar o trabalho de acordo com
a condição visual do aluno.
• Em certos casos, conceder maior tempo para o término
das atividades propostas,
• A apresentação de filmes ou documentários, suporte digital acessível ou gravado.
• o aprendizado do sistema braille deve ser realizado em condições adequadas,
de forma simultânea e complementar ao processo de alfabetização dos alunos cegos.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Segundo Paulon; Freitas; Pinho (2005),


• o que caracteriza a deficiência intelectual é, basicamente,
• as defasagens e alterações nas estruturas mentais que possibilitam o processamento das
informações.
• O AEE destinado ao aluno com deficiência intelectual
• O acesso ao conhecimento não depende de suportes externos ao sujeito, mas tem relação
com a saída de uma posição passiva
• e automatizada diante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do próprio saber.
• Propor atividades que estimulem o desenvolvimento conceitual,
• além de propor situações vivenciais que possibilitem o aluno com deficiência intelectual
organizar o pensamento operatório.
• Privilegia o exercício da atividade cognitiva através de situações que favoreçam a passagem
da ação ao pensamento;
• O movimento de passagem da ação ao pensamento favorece a interiorização e a tomada de
consciência do conhecimento ;
• Indica, ainda, que esse atendimento deve integrar a proposta pedagógica da escola,
envolver a participação da família .
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento:


• aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor,
• comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias
motoras.
• Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de
Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância
(psicose infantil) e transtornos invasivos sem outra especificação
(MEC/SEESP, 2008).
• O Transtorno de Rett, ou Síndrome de Rett (sr), é uma condição clínica
que afeta exclusivamente pessoas do sexo feminino.(Rett ,1966)
• Se trata de um transtorno genético que causa desordens neurológicas.
Compromete progressivamente as funções motoras, intelectual assim
como o comportamento e dependência.
Síndrome de Rett (sr),
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Transtorno desintegrativo da infância(tdi)


• em 1908,também conhecido como Síndrome de Heller,
• Demência Infantil ou Psicose Desintegrativa(Heller, 1908).
• o desenvolvimento aparentemente normal durante os três ou quatro
primeiros anos de vida, quando começam a apresentar perdas significativas
das habilidades sociais e sociais .
• No tdi, as alterações surgem de modo mais abrupto e mais tarde, entre os 3 e
os 5 anos de idade, sendo o desenvolvimento inicial sem anormalidades.
• a criança começa a sofrer perdas rápidas e progressivas na linguagem
(vocabulário reduz, fala menos),
• nas habilidades sociais (olhar, gestos sociais) ou no comportamento
adaptativo,
• no controle intestinal ou vesical, nos jogos ou nas habilidades motoras
(dificuldades para andar).
• Pessoas com Transtorno Desintegrativo da Infância geralmente apresentam
Deficiência Mental Severa e convulsões associadas.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Síndrome de Asperger, essa condição foi identificada pela primeira vez pelo
pediatra austríaco Hans Asperger, em 1944,
• transtorno do desenvolvimento que engloba uma série de dificuldades similares
ao autismo.
• caracteriza-se por dificuldades de interação social, assim como padrões de
interesses e comportamentos limitados,
• idêntico ao autismo, porém se distingue dele por que não apresenta retardo
significativo da linguagem ou do desenvolvimento cognitivo.
• Os sujeitos com Síndrome de Asperger – tendem a ser socialmente isolados, mas
não parecem “tímidos” ou retraídos na presença dos outros, como fazem as
pessoas com autismo.
• Aproximam-se dos demais, porém de forma frequentemente inadequada, como
por exemplo, conversar em monólogo,
• falando sozinho, com poucas pausas na fala e detendo-se sobre um assunto só,
normalmente de pouco interesse aos outros .
• Pessoas com sa têm interesse em fazer amizades e estar com outras pessoas, mas
normalmente as abordam de forma desajeitada, causando certo constrangimento
a si e aos outros
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Transtorno global do desenvolvimento sem outra


especificação -
• é utilizado como diagnóstico para crianças que
apresentam as características típicas do autismo :
• interação social recíproca, comunicação
• comportamento, interesses e atividades
• estereotipados, mas não em intensidade ou
• frequência suficientes para caracterizar autismo.
• Por exemplo, a criança pode apresentar alguns dos
sintomas descritos no autismo, mas não todos.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado
• o transtorno autista (Michael,1979 )- propôs uma definição do autismo
com base em quatro critérios, sendo eles:
• Atraso e desvio sociais não só como função de retardo mental;
• Problemas de comunicação, novamente, não só em função de retardo
mental associado;
• Comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e
maneirismos;
• Início antes dos 30 meses de idade.
• Espectro do autismo refere-se a uma vasta gama de condições que têm
como característica comum às dificuldades na tríade de
comprometimentos: linguagem, comunicação social e imaginação.
• Essas crianças demonstram: • Ausência de movimento antecipatório.
Dificuldades para aconchegar-se ao colo.
• Descontextualização no uso de palavras. • Ecolalia (imediata e tardia). •
Inversão pronominal. Distúrbios na alimentação.
• Atividades e movimentos repetitivos.
• Resistência à mudança. Limitação da atividade espontânea..
5. 0 Atendimento Educacional Especializado
• Avaliação do perfil que o aluno apresenta naquele momento,
• com base nos pontos fortes e fracos das áreas social, comportamental e de linguagem.
• aprendizagem e resolução de problemas, habilidades de comunicação verbal e não-verbal,
redução de comportamentos disfuncionais e apoio às famílias.
• intervenções psicoeducacionais.
• Ensino estruturado utilizando principalmente o programa Tratamento e Educação de crianças
com autismo e dificuldades de comunicação( teacch).
• A ênfase na organização e estrutura do ambiente prevê a criação de rotinas de trabalho, uso
de “pistas” visuais e instrumentos de apoio que são organizados sistematicamente para
facilitar a compreensão e promover a autonomia.
• Método ABA - conhecida no Brasil como Análise Aplicada do Comportamento.
• A partir das teorias de aprendizagem social, entende-se que os comportamentos dessas
crianças dependem de suas consequências, logo, são mantidos por relações de contingência e
passíveis de modificação.
• Por exemplo, crianças que fazem uso de gritos ou auto-agressões como forma de obter
atenção geralmente a conseguem, mesmo que a atenção dispensada ocorra sob a forma de
repreensões.
• Dessa forma, estabelecem-se relações de contingência que reforçam e mantêm muitos desses
comportamentos.
• As técnicas de modificação de comportamento propõem-se a alterar esse quadro, retirando os
reforços contingentes a comportamentos disfuncionais e passando a reforçar apenas os
comportamentos-alvo mais adaptativos.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Alunos com Altas Habilidades/Superdotação: De acordo com Renzulli (1986), os três


traços que compõem os comportamentos de altas habilidades/superdotação, são:
habilidade acima da média, comprometimento com a tarefa e altos graus de
criatividade.
• Estes alunos devem ter a oportunidade de participar de atividades de
enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de suas escolas em interface
com as instituições de ensino superior, institutos voltados ao desenvolvimento e
promoção da pesquisa, das artes, dos esportes, entre outros.
• Oficinas, seminários, concursos, dentre outras atividades – deve ser estendida para
todos os demais alunos.
• O atendimento deve incluir a família em todas as fases do processo.
• ações continuadas e sistemáticas com outras áreas como cultura, trabalho,
assistência social, ciência e tecnologia, desporto, dentre outras.
• trabalho em equipe, abrangendo professores da classe comum e da educação
especial. Disputa de idéias. Tempestade de idéias
• Trabalhar as inteligências múltiplas.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• A Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner propõe que a


mente humana é multifacetada, existindo várias capacidades distintas
que podem receber a denominação de "inteligência".
• As oito inteligências múltiplas de Gardner:
1. Linguística;- Habilidade para pensar e usar a língua de forma
complexa;Autor, poeta, jornalista, leitor, advogado, compositor,
locutor de rádio;
• 2. Lógico-matemática - Habilidade para calcular, quantificar, imaginar e
reconhecer modelos; Matemático, físico, cientista, contador,
programador de computador.
• 3. Espacial - Capacidade de pensar tridimensionalmente.
- arquiteto, engenheiro, mecânico, navegador, piloto, escultor, pintor,
marinheiro.
• 4. Corporal – cinestésico- Capacidade de usar habilmente o corpo e as
mãos:dançarino, atleta, cirurgião;
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• 5. Musical - Sensibilidade ao ritmo, altura do som, melodia


e tom:- Músico, compositor, cantor, maestro, um ouvinte
sensível.
• 6.Interpessoal - Habilidade para entender e agir
produtivamente nas ações e nas motivações das pessoas:-
Professor, terapeuta, membros do clero, político, vendedor
• 7.Intrapessoal- Habilidade para entender os seus próprios
sentimentos e suas capacidades:
- Teólogo, psicólogo, filósofo.
• Naturalística - Habilidade para observar modelos, criar
classificações, desenvolver e entender sistemas:-
Fazendeiro, botânico, caçador, ecologista, jardineiro.
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH se


caracteriza por três sintomas básicos: desatenção, impulsividade e
hiperatividade física e mental. Costuma se manifestar ainda na infância e
em cerca de 70% dos casos o transtorno continua na vida adulta. Ele
acomete ambos os sexos,
• independentemente do grau de escolaridade, situação socioeconômica
ou nível cultural, o que pode resultar em sérios prejuízos na qualidade de
vida das pessoas que têm, caso não sejam diagnosticadas e orientadas
precocemente. (SILVA, 2009, p. 12).
• ESTRATÉGIAS DE AÇÃO :
• Estabelecer uma rotina diária clara, com períodos de descanso definidos;
• O ambiente familiar e escolar devem ser previsíveis e organizados, isso
ajuda a manter o controle emocional das pessoas com TDAH;
• As regras e expectativas dos pais, professor e da escola devem ser
claramente definidas;
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Usar esforços visuais e auditivos para definir e manter regras e expectativas,


como calendários, cartazes e músicas.
• As instruções e orientações devem ser dadas de forma direta, clara e curta;
• Estabelecer consequências razoáveis e realistas para o não-cumprimento de
tarefas e das regras combinadas, que devem ser compreendidas por todos;
• Aplicá-las com consistência e bom senso;
• Implementar um sistema de controle do comportamento (verbal e escrito)
que seja conhecido previamente e compreendido pelos alunos, pais,
professores auxiliares e funcionários da escola.
• Modelar o comportamento e habilidades sociais que se espera dos alunos. As
recompensas e consequências devem ser sempre coerentes com a ação que
as motiva.
• Focalizar mais o processo (compreensão de um conceito) que o produto
(concluir 50 exercícios);
• Certifica-se que as atividades são estimuladoras e que os alunos
compreendem a relevância da lição;
5. 0 Atendimento Educacional Especializado

• Utilizar técnicas eficientes de questionamento;


• Adotar uma atitude positiva, como elogios e recompensas para
comportamentos adequados;
• Alunos com TDAH sempre têm sua atenção chamada para o que fazem de
errado – deve-se, então, especificar e reforçar positivamente aquilo que
fazem certo.
• Ter sempre presente a lista de seus pontos fortes e capitalizar em cima deles
sejam para motivar para uma atividade ou para aumentar sua autoestima,
bem como tratar de minimizar os efeitos negativos de suas dificuldades;
• Usar técnicas de prevenção de situações de conflito ou comportamento
disruptivo (liberação de impulsos) por meio de cuidadoso planejamento;
• A música é um ótimo instrumento para relaxar e para ser usado nos
momentos de transição de atividades ou de ambientes.
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• Quando o aluno começar a ficar agitado, frustrado ou atrapalhar o trabalho da


classe, redirecionar para uma outra atividade ou situação, como, por exemplo,
levar um recado para fora da sala, organizar os livros na prateleira, apagar o
quadro, ajudar outro amigo a fazer a tarefa;
• Procurar sempre falar em voz calma e firme. Ignorar as transgressões leves
que não forem intencionais e ensinar a turma a ignorar os comportamentos
inadequados menos sérios, bem como elogiar e reforçar comportamentos
positivos dos colegas;
• Utilizar estratégias de ensino ativo no processo de aprendizagem,
compreendendo qual é o estilo de aprendizagem do aluno (sinestésico, visual,
auditivo, visual auditivo, visualsinestésico, etc.).
• Com o objetivo de se evitar o excesso de informação, o professor deve
fornecer o esclarecimento necessário na estruturação das tarefas,
apresentando as chaves significativas para sua execução;
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• O professor do AEE deve:


• Avaliar as atitudes do aluno diante da aprendizagem; os mecanismos que
permitirão o desenvolvimento de ferramentas conceituais que facilitarão sua
adaptação escolar e social.
• planejar atividades que desenvolvam no aluno a capacidade de generalizar ou
transferir uma aprendizagem para novas situações.
• O professor do AEE deve: Fazer intervenções estruturadas de natureza
educativa para favorecer a utilização de maneira mais eficiente das estratégias
metacognitivas apresentadas pelo aluno;
• Organizar situações que permitam ao aluno estabelecer diferenças entre as
características da linguagem verbal e aquelas da linguagem escrita.
• O professor do AEE deve: • Proporcionar ao aluno o contato com as mais
variadas formas de comunicação;
• Priorizar a oferta de atividades em que o aluno faz sua opção de acordo com
seus interesses;
• • Propor atividades de acordo com as potencialidades do aluno.
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• http://
www.portaldaeducacao.recife.pe.gov.br/
educacaoespecial
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• http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=
1&men=179
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• Materiais didáticos no ensino de Ciências Biológicas (ou


Biologia) para alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades
• Recursos didáticos para ensino do tema "Célula"
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• Modelo tátil para ensino do tema "Mitose"

• Quadro 3 Critérios utilizados para avaliar os níveis de interação e suas


características na observação dos recursos didáticos para o ensino de Ciências
Biológicas propostos nos artigos da revisão bibliográfica realizada.
Referências

• ANDRADE, M. L. F.; MASSABNI, V. G. O desenvolvimento de atividades


práticas na escola: um desafio para os professores de ciências. Ciência &
Educação, Bauru, v. 17, n. 4, p. 835-854, 2011. DOI:
https://doi.org/10.1590/S1516-73132011000400005
» https://doi.org/10.1590/S1516-73132011000400005.
• BRASIL. Ministério da Educação. Planejando a próxima
década: conhecendo as 20 metas do plano nacional de educação.
Brasília: MEC, 2014b. Disponível em:
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
Acesso em: 23 abr. 2019.
» http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
• PIAGET, J.; INHELDER, B. A psicologia da criança São Paulo: DIFEL, 1982.
• https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/391/2019/04/Atendimento-Ed
ucacional-Especializado-Contribui%C3%A7%C3%B5es-para-a-Pr%C3%A1
tica-Pedag%C3%B3gica.pdf

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