Você está na página 1de 18

Pós – Graduação em Educação Especial Inclusiva

JF Cursos

POLÍTICAS
EDUCACIONAIS NO
BRASIL (E NO MUNDO)
Prof. Me. Natália Santin Mazaro
https://www.youtube.com/watch?v=W8cT7yOdkqA&list=PLgB0cYuBP_YiPtw-
boatTrEdIuG-4Yp3b&index=2
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1. CONCEITO:
Processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos
estabelecimentos de ensino regular.

2. ABORDAGEM:
Humanística e democrática (percebe o sujeito e suas singularidades)

3. INSTRUMENTOS:
Realiza-se por meio da reestruturação da cultura, da prática e das políticas
vivenciadas nas escolas.
4. FINALIDADE E OBJETIVOS:

Alcance da diversidade de alunos, tendo como objetivos o


crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
*meta: evitar que as diferenças se transformem em desigualdades
para a aprendizagem e a participação.
5. ABRANGÊNCIA

Resolução CNE/CEB nº 2/2001 – art. 5º.:


São considerado como educandos com necessidades especiais todos os que,
durante o processo educacional, apresentam dificuldades de aprendizagem,
vinculadas ou não a uma causa orgânica específica, os que apresentam
dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos e os
de altas habilidades/superdotação.
• Resolução CNE/CEB nº 4/2009 - art.4º:
I- Alunos com Deficiência - têm impedimentos de longo prazo de natureza física,
intelectual, mental ou sensorial.
II – Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento - apresentam um quadro
de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações
sociais, na comunicação ou estereotipias motoras (*Autismo clássico, Síndrome de
Asperger, Síndrome de Ret, Transtorno Desintegrativo da Infância – psicoses- e
Transtornos Invasivos sem outra especificação).
III – Alunos com Altas Habilidades/Superdotação – apresentam um potencial
elevado e grande envolvimento com as áreas de conhecimento humano, isoladas
ou combinadas, sendo essas áreas: intelectual, liderança, psicomotora, arte e
criatividade.
6. PROCESSO HISTÓRICO

6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


As diretrizes ainda não produziram a mudança necessária no contexto
educacional.
Toda pessoa tem direito de pertencer a um grupo, a uma sociedade! Mas,
pertencer não é fazer parte ou estar inserido, é conviver e participar
efetivamente.
A escola de qualidade, muito mais do que incluir, deve integrar!
- Kant
- Vida em sociedade
* DIREITOS HUMANOS E FUNDAMENTAIS:

• DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA!

• IGUALDADE – formal e material

• DIREITO À EDUCAÇÃO

• DIREITO À DIFERENÇA (PLURALISMO)


6.2. PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

* Longa caminhada de luta pela valorização e reconhecimento de pessoas com


deficiência:

• 6.2.1. Etapa do extermínio


• 6.2.2. Etapa Filantrópica
• 6.2.3. Etapa científica
• 6.2.4. Etapa Inclusiva
6.2.1. Etapa do extermínio
Estigma preconceituoso da incapacidade: extermínio ou isolamento social sem
reconhecimento da humanidade e da cidadania.
- Idade Antiga:
• Hebreus: não podiam entrar nas sinagogas
• Roma Antiga; Lei das XII Tábuas
• * Grécia Antiga (Esparta): : rejeitados ou mortos
• * Grécia Antiga (Atenas): Aristóteles: direito a exercer atividades produtivas
(expectativa de convivência com outras pessoas)
- Idade Média: crianças “imperfeitas” não eram consideradas filhas do criador.
Crianças com má formação eram isoladas, menosprezadas e estigmatizadas, chamadas
de doentes, loucas, sem possibilidade de conviver com os demais.
6.2.2. Etapa Filantrópica (*Assistencialista)

Contribuição das entidades filantrópicas para pessoas portadoras de


deficiência (atendimento educacional, clínico e terapêutico) -compromisso social
com essas pessoas.

- Idade Média: iniciou-se a assistência humanitária a todos os


desfavorecidos.
- Idade Moderna: Henrique II criou um programa de assistência social e
obrigou a população a pagar taxas públicas objetivando manter os atendimentos a
essas pessoas.
6.2.3. Etapa Científica
- Renascimento: nova fase - ideia de integração social. Movimentos culturais e intelectuais
dessa época estimulam a ciência a pesquisar possíveis causas da deficiência dentro de um
espírito humanístico, mas crítico e científico. Nessa época já se busca uma legislação capaz de
amparar e ajudar a população com alguma deficiência;
- Revolução Francesa e Declaração do Direitos do Homem e do Cidadão;
- fim do século XIX e início do século XX: luta pela inserção da pessoa com deficiência no
mundo do trabalho. (*Destaque para a I G.M.- soldados ingleses mutilados: baixa produção e
marginalização)
- década de 20 do século XX (movimento escolanovista): educadores como Dewey, Decroly,
Montessori e Antipoff iniciaram estudos dentro da psicologia experimental criando métodos
de aprendizagem, com a finalidade de ensinar com base no interesse e na potencialidade da
criança;
- 1926- primeira instituição especializada brasileira: em Canoas (RS), pelo Instituto
Pestalozzi. Depois: Rio de Janeiro e São Paulo. Atendimento em regime interno e
semi-interno para crianças e adolescentes que apresentavam deficiência intelectual.
*Destaque para o fim da II G.M.- soldados americanos no merc. de trabalho-
programas de reabilitação
- década de 50: Movimento Apaeano: * mas defendia atendimento das pessoas com
deficiência também no ensino comum.
- 1961: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 4.024/61: art. 88 “dentro
do possível”, no sistema geral de educação (texto vago e sem efeitos imediatos)
- Décadas de 60 a 90: investigação sobre os motivos da exclusão
*Obs: mas, até então, a escola era elitista e cabia aos alunos se adaptarem a ela.
6.2.4. Etapa Inclusiva
A partir do Início da Década de 90:
https://www.youtube.com/watch?list=PLgB0cYuBP_YiPtw-boatTrEdIuG-4Yp3b&v=hmdmfW
QW4ig
- CF/88: saúde, assistência, benefícios e acessibilidade
- 1990: Declaração Mundial de Educação para Todos (Tailândia): metas - aumentar o número
de crianças na escola e reformas educacionais correspondentes às necessidades de seus
alunos, das famílias e das comunidades locais.
- ECA: Lei 8.069/90: direito à vida, à saúde, à profissionalização, ao atendimento
educacional especializado etc. dos portadores de deficiência
- 1994: - Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais - Declaração de
Salamanca (UNESCO): escolas devem adaptar-se aos diferentes estilos e ritmos de
aprendizagem das crianças;
- implantação da Política Nacional de Educação Especial
- 1996: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/96):
• artigos específicos para o atendimento educacional a pessoas com deficiência e
evolução qualitativa para o ensino especial

• *Artigo 24 - garantia da término dos estudos (com a expedição de diploma e


histórico escolares etc.)

• * Capítulo V – destinado à educação especial. Art. 58: dispõe que o ensino


especializado, enquanto modalidade da educação escolar, deve
preferencialmente ocorrer na rede regular de ensino
Etapa que se volta para ações pedagógicas e sociais

- Política Inclusiva: aspectos: âmbitos social e educacional


• Social: reconhecimento de que a pessoa com necessidades especiais é cidadã
(integração social plena);
• Educacional: direito à adequação do espaço escolar e à acessibilidade de
equipamentos e materiais pedagógicos
7. SERVIÇOS DE APOIO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO
• • Nas classes comuns – atender as necessidades educacionais especiais dos
alunos durante o processo de ensino e aprendizagem
• • Nas salas de recursos – suplementar (para superdotados) e complementar
(para demais alunos) o atendimento educacional especializado - realizado em
classes comuns da rede regular de ensino (“novo fazer pedagógico”)
• • Na itinerância – prestar orientação e supervisão pedagógica periódica, por
meio de visitas às escolas de modo a atender aos alunos em situação de
deficiência.
• • Professores/intérpretes – apoiar alunos surdos, cegos e outros com
acentuados comprometimentos de comunicação e sinalização (com atendimento
em salas especiais, se necessário).
8. Conclusão
Um sistema educacional pode ser considerado inclusivo quando:
• • Reconhece que todas as crianças podem aprender;
• • Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua, deficiência,
inabilidade, classe social, estado de saúde (...) ou qualquer outra condição;
• • Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as necessidades de
todas as crianças;
• • Faz parte de uma estratégia mais abrangente de promover uma sociedade inclusiva;
• • É um processo dinâmico que está em evolução constante (gerações dos direitos
fundamentais);
• • Não deve ser restrito ou limitado por salas de aula numerosas nem por falta de recursos
materiais (Seminário Internacional do Consórcio da Deficiência e do Desenvolvimento)

Você também pode gostar