O documento discute a história da educação especial, desde os primórdios até os avanços modernos. Apresenta como a educação especial evoluiu de uma abordagem de exclusão e institucionalização para uma perspectiva de inclusão, influenciada pela Declaração de Salamanca de 1994, que estabeleceu o direito de todos à educação.
O documento discute a história da educação especial, desde os primórdios até os avanços modernos. Apresenta como a educação especial evoluiu de uma abordagem de exclusão e institucionalização para uma perspectiva de inclusão, influenciada pela Declaração de Salamanca de 1994, que estabeleceu o direito de todos à educação.
O documento discute a história da educação especial, desde os primórdios até os avanços modernos. Apresenta como a educação especial evoluiu de uma abordagem de exclusão e institucionalização para uma perspectiva de inclusão, influenciada pela Declaração de Salamanca de 1994, que estabeleceu o direito de todos à educação.
É importante contextualizar a Educação Especial desde os seus
primórdios até a atualidade, para que se perceba que as escolas especiais são as principais responsáveis pelos avanços da inclusão, longe de serem responsáveis pela negação do direito das pessoas com necessidades educacionais especiais, de terem acesso à educação. Evidencia-se que a inclusão ou a exclusão das pessoas com deficiência estão intimamente ligadas às questões culturais. A educação é responsável pela socialização, que é a possibilidade de uma pessoa conviver com qualidade na sociedade, tendo, portanto, um caráter cultural acentuado, viabilizando a integração do indivíduo com o meio. Tem-se a Declaração de Salamanca (1994) como marco e início da caminhada para a Educação Inclusiva. A inclusão é um processo educacional através do qual todos os alunos, incluído, com deficiência, devem ser educados juntos, com o apoio necessário, na idade adequada e em escola de ensino regular. A educação especial surgiu com muitas lutas, organizações e leis favoráveis aos deficientes e a educação inclusiva começou a ganhar força a partir da Declaração de Salamanca (1994), a partir da aprovação da constituição de 1988 e da LDB 1996. O presente trabalho que mostrar como historicamente se deu o processo de implementação da educação especial ao longo da história e como se deu avanços com leis e orientações para a inclusão do deficiente no âmbito escolar. A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA HISTÓRIA A Educação Especial adquiriu grande relevância teórica e prática, bem como progressos consideráveis ao longo da história
A pré-história da Educação Especial (Velhice) chega ao final do século XVII
tanto da perspectiva da ética quanto da perspectiva da efetividade. Este período é dominado pelo pessimismo e negativismo. O infanticídio também foi aceito como prática usual quando algum tipo de anomalia (principalmente externa) foi observada em meninos e meninas.
- Na Idade Média e Moderna é a rejeição social muito comum destes assuntos,
no entanto, no século XVI aparecem tentativas para aliviar estas situações repulsiva, especialmente por Frei Ponce de León, Juan Pablo Bonet e Lorenzo Hervas que eles fizeram experiências educativas principalmente com surdos e mudos - Até meados do século XVII, encontramos teorias educacionais e recursos para aprender a língua de sinais especificamente, e James Pereira (discípulo de Rousseau) que projetar essas teorias e estes recursos. Seguindo no século XVII, a miséria extrema de Paris tornou-se prática a mutilação intencional de crianças (que era uma "seleção social") e deficientes. Ademais, houve o abandono, de deficientes mentais e aqueles que sobreviveram foram admitidos em orfanatos, prisões, asilos, etc.
Por essa razão, o século XVII é chamado de "era do grande confinamento";
qualquer um que mostrasse "ausência de razão" (aqueles que não pensavam como pensamento de poder) estava trancado.
- No século XVIII, o período do grande confinamento continua na maioria dos
países europeus; é necessário enfatizar o trabalho de Rodríguez Pereira em relação à sua educação com surdos e cegos.
Chegamos ao século XIX, que em sua primeira metade foi chamado de
"período de institucionalização". Reconhece-se a necessidade de cuidar das pessoas com deficiência, mesmo buscando a sua educação, embora deva-se dizer que todo processo educativo não deixou de ser bem-estar. Os centros eram geralmente construídos fora das cidades cercados por portões, mantendo total isolamento do lado de fora. Nessas instituições havia pessoas com diferentes tipos de deficiência que foram presas por toda a vida sem a possibilidade de recuperar sua liberdade e sem possibilidade de manter contato com outras pessoas do exterior. Avançando no século XIX, devemos dizer que nada evoluiu, mas, pelo contrário, a pessoa com necessidades especiais foi considerada uma ameaça social (na verdade, as instituições ainda estavam cheias de pessoas). Para evitar essa ameaça, a segregação foi imposta como uma solução; é criado Já no século XX, há contribuições de cientistas, especialmente no campo da psicologia e da educação. Assim, no início do século na França, Bient e Simon desenvolveu um teste de inteligência e que foi um marco muito importante, pois considerou-se que a pessoa com deficiência teve inteligência e, portanto, poderia aprender (passo importante -> oportunidade de educá-los). Com esse teste, Binet e Simon reconheceram essa "variável cognitiva" até agora não reconhecida. Maria Montessori, na Itália, fundou a Casa Bambini, desenvolvendo técnicas de treinamento sensorial aplicadas a crianças que moram nos asilos de Roma e Marianne Frostig cria um método de avaliação da percepção visual. As mudanças mais significativas na Educação Especial ocorreram desde o final da década de 1960 até o início da década de 1980, um período conhecido como a "era da integração escolar". Em Espanha, o final dos anos 70 foi muito importante e no final dos anos 80 com a LOGSE, o fenômeno da Educação Especial teve muita importância educacional. O DIREITO A EDUCAÇÃO O direito de todos à educação está estabelecido na Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, sendo um dever do Estado e da família promove-la. A finalidade da educação é o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho. Goffredo, no artigo “Educação: Direito de todos os brasileiros” (1999, p. 28) destaca que o nosso atual texto constitucional (1988) consagra no Art. 205, a educação como direito de todos e dever do estado e da família, termo referido anteriormente. Concorda-se plenamente com o autor quando realça, citando o Art. 205, colocando que a educação é direito de todos os brasileiros, porém sabemos que nem todos são atendidos e contemplados no seu direito. No Art. 206, podem-se destacar princípios eminentemente democráticos, cujo sentido é nortear a educação, tais como: a igualdade de condições não só para o acesso, mas também para a permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar e divulgar o pensamento; o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; a coexistência de instituições públicas e privadas, a existência do ensino público gratuito e a gestão democrática do ensino público. Goffredo (1999) ressalta que as linhas mestras estabelecidas pela constituição foram regulamentadas em seus mínimos detalhes pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, Lei Nº 9394/96. Além dessas leis acima citadas, é preciso destacar o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho de 1990; a Lei Federal Nº 7.855, de 24 de outubro de 1989. Esta lei é relevante. Entre outras medidas, criou a Coordenadoria Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), órgão responsável pela política Nacional para a Integração de Pessoa Portadora de Deficiência. Hoje a CORDE faz parte da Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Ministério Público da Justiça. A mesma lei 7.855/89, atribui competência também ao Ministério Público para fiscalizar instituições e apurar possíveis irregularidades através do inquérito civil e competente Ação Civil Pública, se for o caso. O artigo de Goffredo (1999) já citado salientou que a lei 9394/96, Lei de Diretrizes e bases da Educação apresenta características básicas de flexibilidade, além de algumas inovações que em muito favorecem o aluno portador de necessidades educativas especiais. Pela primeira vez surge em uma LDB um capítulo (cap. V), destinado à Educação Especial, cujos detalhamentos são fundamentais. Na concepção de Werneck (1997), tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, quanto a Constituição Brasileira, têm sido interpretadas por alguns estudiosos, como incentivadoras da inclusão, isto porque ambas definem que o atendimento de alunos com deficiência deve ser especializado e preferencialmente na rede regular de ensino. A INCLUSÃO SOB A INFLUÊNCIA DA DECLARAÇÃO DE SALAMANCA A legislação que vige atualmente e os documentos oficiais fazem menção explícita à Declaração de Salamanca. Cremos e proclamamos que: - Todas as crianças, de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação e que a elas deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos; - Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem e que lhe são próprias; - Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda a gama dessas diferentes características e necessidades; - As escolas comuns, com essa orientação integradora representam o meio mais eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar oportunidades acolhedoras, construir uma sociedade integradora e dar educação para todos; além disso, proporcionam uma educação efetiva à maioria das crianças e melhoram a eficiência e, certamente, a relação custo x benefício de todo sistema educativo. O que a autora procura ressaltar é que quando a igualdade de direitos aparece junto com o respeito às diferenças, prevalece a visão universalista, marcada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. Os alunos têm direitos iguais, independente das características, interesses e necessidades individuais, que são diferentes. A Declaração de Salamanca deixa claro que a escola deve oferecer os serviços adequados para atender à diversidade da população. Nesse contexto, a construção de uma sociedade integradora, por sua vez, somente será possível se a integração se efetivar em todos os âmbitos da vida social. Isto quer dizer que a sociedade será integradora na medida em que a educação, a economia, a cultura e a saúde integrarem as classes, camadas e grupos excluídos. Ainda segundo a declaração: As escolas integradoras constituem um meio favorável à construção da igualdade de oportunidades da completa participação; mas, para ter êxito, requerem um esforço comum, não só dos professores e do pessoal restante da escola, mas também dos colegas, pais, famílias e voluntários. A reforma das instituições sociais não só é uma tarefa técnica, mas também depende, antes de tudo, da convicção, do compromisso e da boa vontade de todos os indivíduos que integram a sociedade (2004, p. 14). A mesma linha está presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, de 1996), que consiste na responsabilidade do poder público, matrícula preferencial na rede regular de ensino, apoio especializado necessários. Essa referência ao papel central da escola comum é reforçada pela adesão do governo brasileiro à Declaração de Salamanca (1994). CONCLUSÃO Vemos que a educação inclusiva é um processo em desenvolvimento e depende de muita reflexão e ação para chegar a práticas concretas eficientes da educação inclusiva que se pretende alcançar. A Educação Inclusiva ganhou força a partir da Declaração de Salamanca (1994), e no Brasil a partir da aprovação da Constituição em 1988 e da LDB em 1996, as transformações tem se processado nos âmbitos do financiamento, do currículo, da gestão, da avaliação, da organização pedagógica, dos materiais didáticos, da presença dos instrumentos de comunicação na escola. Através da pesquisa foi possível reconhecer que mesmo dentro de toda complexidade das relações humanas, o papel da educação é inigualável e insubstituível. Para que este papel tão importante da educação aconteça na prática é preciso qualidade, eficiência, competência, diálogo e afetividade para transformar sonhos em alegrias concretas. O processo de ensino/aprendizagem requer o entendimento de que ensinar e aprender não significa acumular informações memorizadas, mas sim fazer o aluno buscar novas alternativas, fazer escolhas frente a novas situações apresentadas. Este estudo aponta para a necessidade de repensar e resignificar a prática pedagógica docente, efetivando a construção de uma metodologia de ensino em que a prioridade seja levar o aluno a “aprender a aprender”, a incorporação de uma proposta pedagógica humana centrada no aluno, que desenvolva atitudes e valores humanos. BIBLIOGRAFIA
GOFFREDO, Vera Lúcia Flor Sénéchal. Educação: Direito de Todos os
Brasileiros. In: Salto para o futuro: Educação Especial: Tendências atuais/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999. JANUZZI, Gilberta de Martinho. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas. Autores Associados, 2004. Coleção Educação Contemporânea. UNESCO. Declaração de Salamanca e Linha de ação sobre necessidades educativas especiais.[Adotada pela Conferencia Mundial sobre Educação para Necessidades Especiais]. Acesso e Qualidade, realizada em Salamanca, Espanha, entre 7 e 10 de junho de 1994. Genebra, UNESCO 1994.