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História da educação especial no Brasil

 A história da educação de pessoas com deficiência


no Brasil passou por longos períodos de abandono. A
primeira instituição criada para esse fim foi o Imperial
Instituto de Surdos-Mudos, hoje conhecido como
Instituto Nacional de Educação de Surdos.
 A instituição foi fundada em 1857 por Dom Pedro II,
no Rio de Janeiro. 17 anos depois, o hoje chamado
Hospital Juliano Moreira, na Bahia, começou a tratar
pessoas com deficiência mental
 .
 Após a proclamação da República, os governantes
brasileiros começaram a se importar muito com o
tratamento de deficientes, porém, apenas porque se
acreditava que a deficiência aumenta a criminalidade das
escolas.
 Por isso mesmo, na década de 30 foram construídas
várias instituições para o tratamento de doenças mentais,
enquanto outros tipos de deficiência continuaram com
tratamento precária.
 Ao longo desses anos, foi construída uma ideia de que os
deficientes deveriam viver em instituições escolares
diferentes das dos alunos regulares, e após isso, só
seriam aceitos na sociedade aqueles que se
assemelhavam bastante com a “normalidade”.
  
 Durante a metade do século, as instituições filantrópicas
privadas para o tratamento de pessoas com
necessidades especiais começaram a surgir no Brasil.
Em pouco tempo, se tornaram muito populares, pois o
tratamento feito por elas era muito superior ao oferecido
nas instituições públicas.
 Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da educação previu
o direito de que as pessoas com condições especiais
deviam frequentar “preferencialmente” a escola regular.
 Em 1971, uma lei que obrigava o tratamento especial de
professores aos alunos com deficiência que estivessem
em condições de aprendizado inferiores aos demais
alunos. Dois anos depois, o MEC (Ministério da
Educação) criou o Centro de Educação Especial,
responsável por gerir toda a educação especial do país.
 Durante o período da Ditadura Militar, não houveram novas políticas públicas para a educação de
pessoas especiais.
 A Constituição de 1988 definiu como obrigatório o ensino de pessoas com necessidades especiais
em rede pública, dois anos depois, a Declaração de Jomtien determinou o fim dos preconceitos e
discriminações contra deficientes.
 Em 1994 a Declaração de Salamanca foi instalada.
 Atualmente, temos também o Estatuto da Criança e do Adolescente, no art. 54 e 66, que assegura
o direito à educação, que faz referência às pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e
seus direitos, não só a educação, como também ao trabalho. Com isso, garante ainda mais os
direitos em relação a educação especial.
O QUE É INCLUSÃO?
 A Inclusão é um processo que visa apoiar a Educação para Todos e para cada
criança no Mundo (Ainscow & Ferreira, 2003, citado em Rodrigues, 2003).
Esta ideia implica encarar a escola como um espaço onde todas as crianças e
jovens têm lugar para aprender e adquirir conhecimento e para desenvolver-se
enquanto pessoa. Contudo, a construção de uma “Escola para Todos”, onde a
diferença adquira não apenas o “estatuto de cidadania mas também estatuto
pedagógico e organizacional” (p.2985), implica, segundo Lopes e Sil (2005), o
acesso a uma escolaridade básica de nove anos, a qual continua fora do
alcance de um em cada três portugueses.

O QUE É INCLUSÃO?
 A inclusão pressupõe que todas as crianças e alunos
tenham uma resposta educativa num ambiente regular
que lhes proporcione o desenvolvimento das suas
capacidades. Este princípio vem expresso na
Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994).

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