O documento descreve a evolução histórica da educação inclusiva ao longo dos séculos, desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Começa com o tratamento violento de pessoas com deficiência na antiguidade e até o século XVIII, seguido por avanços na França no século XVIII com a criação de escolas para cegos e surdos. No Brasil, instituições de educação especial foram criadas no século XIX. A educação inclusiva só se tornou política pública no Brasil em 1988, e tem evoluído desde então com
O documento descreve a evolução histórica da educação inclusiva ao longo dos séculos, desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Começa com o tratamento violento de pessoas com deficiência na antiguidade e até o século XVIII, seguido por avanços na França no século XVIII com a criação de escolas para cegos e surdos. No Brasil, instituições de educação especial foram criadas no século XIX. A educação inclusiva só se tornou política pública no Brasil em 1988, e tem evoluído desde então com
O documento descreve a evolução histórica da educação inclusiva ao longo dos séculos, desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Começa com o tratamento violento de pessoas com deficiência na antiguidade e até o século XVIII, seguido por avanços na França no século XVIII com a criação de escolas para cegos e surdos. No Brasil, instituições de educação especial foram criadas no século XIX. A educação inclusiva só se tornou política pública no Brasil em 1988, e tem evoluído desde então com
Percurso mundial: Encontramos muita violência, morte,
exclusão e preconceito no percurso histórico de pessoas com desenvolvimento atípico. Desde a Grécia antiga até o século XVIII foram frequentes os casos de abandono, exorcismo, morte pela fogueira e internação em manicômios (Pessotti, 1984). Conforme a medicina foi avançando, essas pessoas (inclusive crianças) sofreram muitas intervenções dolorosas e invasivas, desde lobotomias até choques elétricos constantes. Os espaços e contextos históricos nos quais foi possível se distanciar dessas práticas violentas foram aqueles nos quais o cristianismo teve força. De acordo com a religião, pessoas com desenvolvimento atípico eram enviadas de Deus para servirem de fardo e lição. Ou seja, eram enviadas como castigos para pecadores e oportunizavam a redenção através da caridade e do acolhimento (Pessotti, 1984). Um dos grandes avanços em relação à educação de pessoas que têm um desenvolvimento atípico no mundo aconteceu na França no século XVIII. Lá foram criadas duas escolas; uma para crianças cegas e outra para crianças surdas. Foi aí que criaram o sistema braille e que a comunicação gestual foi desenvolvida para se tornar um sistema de comunicação. Dando um grande pulo na linha do tempo, chegamos à década de 1990. Ela foi marcada por dois encontros mundiais ligados à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e também ao Banco Mundial. A primeira, em Jontiem teve o tema “Educação para Todos” e inaugurou no cenário internacional uma necessidade de que todos os seus países signatários percebessem a importância de prover Educação para todos, independente de questões econômicas, geográficas e sociais. Em Salamanca (Espanha), em 1994 para discutir “Princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais”. Nessa ocasião foi quando de fato se falou sobre estudantes que precisavam de outras abordagens e ferramentas pedagógicas para aprender. Percurso brasileiro: O Brasil tinha estreita relação com a França e seu sistema educacional e no século XIX foram criados o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (hoje Instituto Benjamin Constant - IBC) e o Instituto Imperial de Surdos-Mudos (hoje Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES). Até a década de 1980 o que existiu no Brasil esteve relacionado a práticas de Educação Especial e segregada, fornecida pelo Estado ou por instituições beneficentes, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). A partir da década de 1980 teve início o processo de Integração na Educação, com classes especiais dentro da escola regular (Miranda, 2004). Fisicamente a Escola passa a ser de todos, porém isso se limitava a uma prática de passar pelo mesmo portão. As salas de aula ainda eram separadas, assim como as abordagens pedagógicas eram distintas. A Inclusão escolar só se tornou política pública no Brasil em 1988, com a nova Constituição Federal. Porém, mesmo nesse documento, não era expressa uma exigência de que todos fossem incluídos. O que o texto (BRASIL, 1988) dizia era que “preferencialmente” estudantes deveriam ser atendidos pela rede regular de ensino. Sabemos que é complexo exigir que algo seja 100% cumprido de uma mesma forma, porque seria negar especificidades de contextos e pessoas. Porém o “preferencialmente” abre brechas significativas. O Brasil assinou as Declarações de Jontiem e de Salamanca e, com isso, o tema da Educação Inclusiva passou a aparecer mais em leis e políticas públicas a partir de 1996, com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e depois nos Planos Nacionais de Educação de 2001 e de 2014. A LDB de 1996 ainda utilizava a expressão “necessidades especiais” (BRASIL, 1996) e sua atualização, de 2013, utiliza diferentes nomenclaturas, evidenciando que são pessoas diferentes, com demandas diferentes, e que não é correto colocar todas elas dentro de uma mesma caixinha. O Plano Nacional de Educação (PNE) -2001 talvez seja o primeiro documento que fala em “Escola Inclusiva”, dizendo que a construção de uma escola inclusiva seria o grande avanço daquele momento histórico. O Estatuto da Pessoa com Deficiência reúne todos os avanços construídos desde o século XIX para que seja realizada uma educação verdadeiramente inclusiva. Não é mais a escola que é inclusiva, é o sistema educacional. A lei é maravilhosa. Mas e sua efetivação? Ao entrar na maioria das escolas brasileiras, públicas ou particulares, podemos encontrar uma série de falhas, faltas e dificuldades. Apesar de todos os desafios, o que podemos fazer hoje? Bem, podemos falar sobre as leis, diretrizes e instruções, buscando encontrar um significado próprio para a instituição e para todos que dela fazem parte. Podemos construir coletivamente uma Educação que faz sentido, respeitar todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar e nos sentirmos também respeitados. 2º MOMENTO Atividade:Leitura e discussão em pequenos grupos, seguida de roda de conversa. GRUPO 1 E 2 :Educação inclusiva: do paradigma da igualdade para o paradigma da diversidade. GRUPO 3 E 4: A Construção da Educação inclusiva no Brasil como perspectiva de política pública. Encaminhamentos para próximo encontro: 1.Leitura do texto: Diversidade e inclusão na Educação. 2. Realizar uma entrevista com professor que está atuando em sala de aula, visando conhecer um pouco a realidade da inclusão, estabelecendo relações teórico- prática.