Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
2
1.1 Declaração de Jomtien
Saiba mais
3
dentro do sistema regular de ensino e reendossamos a Estrutura de
Ação em Educação Especial, em que, pelo espírito de cujas provisões e
recomendações governo e organizações sejam guiados. (Unesco, 1994.
p. 1)
Saiba mais
4
TEMA 2 – EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS
5
Entende-se que o melhor local para as pessoas com dificuldades,
deficiências e altas habilidades é a integração com os demais alunos,
independentemente de origem e condição.
Dessa maneira, as escolas de educação especial passam a ser
consideradas complementares e eventuais (Decreto n. 3.298/1999 que
regulamenta a Lei n. 7.853/89) (Brasil, 1999). De acordo com Costa (2017 p. 38),
“isso significou, para os sistemas de ensino, uma readequação para atender
aqueles que, por suas características próprias, necessitassem de adequações de
várias naturezas, garantindo seu acesso e permanência no ambiente escolar”.
Consideramos aqui um ponto importantíssimo: as declarações, decretos e
resoluções costumam destacar a necessidade de capacitar professores, preparar
as escolas convencionais, tanto no que se refere à estrutura física, quanto a
equipamentos e assistência profissional especializada, para que consigam
assumir todos os alunos em condições variadas. Para suprir essa demanda,
surge, a partir do PNEE (Brasil, 2008), o Atendimento Educacional Especializado
no espaço convencional da escola, mas com recursos diferenciados e
profissionais habilitados.
Capítulo V
Da educação especial
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação
dada pela Lei n. 12.796, de 2013)
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na
escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação
especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou
serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes
comuns de ensino regular.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação: (Redação dada pela Lei n. 12.796, de 2013)
6
I -currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa
escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado, bem como professores do
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas
classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração
na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não
revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante
articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que
apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou
psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais
suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
(Brasil, 1996)
7
A Resolução n. 4, de 2 de outubro de 2009, institui as Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na educação
básica. No art. 1º da Resolução consta que:
Saiba mais
8
O PNEEPEI 2008/2014 primava pela educação especial como modalidade,
perpassando todos os níveis e etapas de ensino com atendimento educacional,
recursos e serviços especializados nas turmas comuns do ensino regular.
Diferentemente, a versão de 2020 prevê escolas especializadas para aqueles que
não conseguem se beneficiar em seu desenvolvimento das escolas inclusivas
regulares; classes especializadas nas escolas regulares com recursos e
profissionais qualificados para atender educacionalmente estes alunos; escolas e
classes bilíngues para surdos; e plano de desenvolvimento individual e escolar,
enquanto instrumento de planejamento para ações pedagógicas de cada aluno
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação (Brasil, 2020a)
Reações adversas surgiram por parte de alguns especialistas em educação
quanto ao retorno do atendimento em instituições e classes especializadas,
existindo, inclusive, um movimento no sentido de revogar o Decreto. Mas também
encontramos análises provocadoras sobre a nova política, que traremos na
sequência.
O caderno de orientações do PNEE 2020 traz uma comparação entre as
duas versões (Quadro1), mostrando as características da inclusão total, base para
o PNEEPEI (2008), e da educação especial com atendimento especializado, do
PNEE 2020.
Entendem que o objetivo principal da escola é Entendem que o objetivo principal da escola é
auxiliar o educando a dominar habilidades e fortalecer as habilidades de socialização e
conhecimentos necessários para a vida futura, mudar o pensamento estereotipado sobre as
tanto dentro quanto fora da escola. deficiências ou transtornos.
9
Acreditam que mesmo uma radical Acreditam na possibilidade de reinventar a
reestruturação da escola comum não tornará a escola a fim de acomodar todas as dimensões
classe comum adequada a todos os da diversidade da espécie humana.
educandos.
Fonte: Brasil, 2020b, p. 17.
Desta maneira, estaria de acordo com o art. 59 da LDB, que solicita aos
sistemas que ensino garantir currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organizações em consonância com necessidade de cada aluno, abrindo opção
aos familiares em participar nas decisões sobre a vida escolar dos filhos.
10
3. Dados mensuráveis de acompanhamento do PDIE – acompanhamento e
avaliação das ações com base nas metas estabelecidas e constando no
próprio plano de educacional, verificado por todos os envolvidos, incluindo
familiares e outros profissionais que atendam o aluno fora do âmbito
escolar.
Lacerda (2020, p. 21) reforça que o “estabelecimento dos dados dos Planos
Individualizados como ferramenta de monitoramento da política seja de fato o
elemento mais fundamental para seu controle social, na apreciação da efetividade
ou não dos processos implementados”.
11
6. O direito das pessoas que são atendidas pela educação especial (sempre
que forem capazes de expressar suas preferências) e de seus pais de
escolherem entre salas comuns, salas especializadas e escolas
especializadas – consequência da visão da educação especial centrada na
pessoa, a decisão do local de educação fica a critério da própria pessoa
(quando possível) ou de seus familiares. Sempre apoiado em avaliações
técnicas elaboradas por equipe multiprofissional e interdisciplinar, além do
ponto de vista da família;
7. O direito a uma avaliação multidisciplinar – o caderno de orientações
especifica a equipe multiprofissional e inclui profissionais importantes para
alunos com necessidades especiais quase sempre esquecidos nos
documentos na área de educação nacional:
12
Individualização de É considerado crime É um direito do estudante da
processos Educação Especial
13
TEMA 5 – POLÍTICAS PÚBLICAS ESPECÍFICAS PARA TEA
Crédito: Artskvortsova/Ahutterstock.
14
Garante de forma sucinta a inclusão escolar e o direito ao acompanhante
especializado, e o decreto 8.368/2014 que regulamenta essa lei, afirma
que o acompanhante especializado é aquele que em casos de
comprovada a necessidade de apoio as atividades de comunicação,
interação social, locomoção alimentação e cuidados pessoais, exercem
a função de cuidador e também de mediador (Art. 4, §2). (Goveia et al.,
2021)
15
REFERÊNCIAS
16
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Modalidades Especializadas de
Educação. PNEE: Política Nacional de Educação Especial: equitativa, inclusiva
e com aprendizado ao longo da vida. Brasília: MEC; SEMESP, 2020b.
17