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A Política Nacional de Educação

Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva

Apresentação
Você sabia que o movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e
pedagógica? Foi desencadeado em defesa do direito de todos os alunos participarem e aprenderem
juntos sem nenhum tipo de discriminação.

A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos


humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à
ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão
dentro e fora da escola.

Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, documento apresentado pelo MEC em parceria com a SEESP
com o objetivo de acompanhar os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir
políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar as principais políticas públicas criadas no sentido de possibilitar as condições


necessárias para a implementação da Política Nacional de Educação Especial da Perspectiva
da Educação Inclusiva
• Identificar os objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva.
• Analisar as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva.
Infográfico
O infográfico a seguir apresenta os objetivos da Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva.
Conteúdo do livro
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como um de
seus objetivos assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir
acesso ao ensino regular com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados
do ensino.

Para aprofundar os seus conhecimentos sobre o assunto, faça a leitura do capítulo intitulado A
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, base teórica desta
Unidade de Aprendizagem.

Boa leitura.
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA:
TEORIA E PRÁTICA

Alex Ribeiro Nunes


A Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar as principais políticas públicas criadas no sentido de


possibilitar as condições necessárias para a implementação da
Política Nacional de Educação Especial da Perspectiva da
Educação Inclusiva.
 Identificar os objetivos da Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva.
 Analisar as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva.
Introdução
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política,
cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de
todos os alunos participarem e aprenderem juntos, sem qualquer tipo
de discriminação. Constitui um paradigma educacional fundamentado
na concepção de direitos humanos, compreendendo igualdade e di-
ferença como valores indissociáveis e, por consequência, avançando
em relação à ideia de equidade formal, uma vez que contextualiza as
circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
Nesse sentido, em 2008, foi estabelecida a Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, apresentada pelo Ministério da
Educação (MEC), em parceria com a Secretaria da Educação Especial (SEESP).
Esse documento tem como objetivo acompanhar os avanços do conheci-
mento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de
uma educação de qualidade para todos os alunos (BRASIL, 2008).
Neste capítulo, você vai estudar os principais marcos históricos e nor-
mativos do processo de educação inclusiva no Brasil, bem como verificar
os objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva e as suas diretrizes.
2 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

As políticas públicas e a implementação


da Política Nacional da Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva
A educação inclusiva no Brasil vem passando por uma trajetória de avanços
e conquistas, com a promulgação de leis que orientam a sua implantação em
nível nacional. É importante destacar que as políticas no Brasil são fortemente
influenciadas por eventos e documentos internacionais, como a Conferência
Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien, 1990), o Relatório
Delors (1993–1996), a V Reunião do Comitê Regional Intergovernamental
do Projeto Principal de Educação para a América Latina e Caribe (1993) e a
Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais (Declaração
de Salamanca, 1994). Todos esses eventos, de uma forma ou de outra, con-
tribuíram fortemente para as políticas de inclusão no Brasil, inclusive para a
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
A partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº. 8.069, de 13 de julho
de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), os sujeitos com deficiência
passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos, inclusive no que se
refere à educação (BRASIL, 1988; 1990). Nesse sentido, podemos afirmar que,
a partir dos anos 1990, houve uma mudança importante no cenário da educa-
ção, principalmente no que se refere à regularização da situação educacional
das pessoas com deficiência. Ou seja, o movimento pela educação especial
ganhou força. Várias políticas importantes foram implementadas, no sentido
de garantir a entrada e a permanência dos sujeitos da educação especial no
ensino regular. A seguir, veremos algumas das principais políticas.

Acesse o link a seguir para ler a Declaração de Salamanca na íntegra.

https://qrgo.page.link/xUT77

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


No ano de 1996, mais especificamente em 20 de dezembro de 1996, foi esta-
belecida a Lei nº. 9.394, denominada Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN). No Capítulo V, “Da Educação Especial”, art. 58, essa Lei
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 3

estabelece que: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (BRASIL,
1996, documento on-line). Caso a escola regular não possua condições de
atender esses alunos, “O atendimento educacional será feito em classes, escolas
ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas
dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino
regular” (BRASIL, 1996, documento on-line).
Cabe destacar que, após a LDBEN, a educação especial passou de um sis-
tema à parte para uma modalidade educacional transversal. A partir dela,
as normativas foram se tornando cada vez mais detalhadas e direcionadas ao
público-alvo da educação especial. Salienta-se que a LDBEN apontou algumas
mudanças significativas em prol da educação escolar das pessoas com defici-
ência, porém, tratou a educação especial como “[...] a modalidade de educação
escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais” (BRASIL, 1996, documento on-line).
O termo “preferencialmente” gerou algumas brechas na lei, permitindo que
algumas instituições negassem a matrícula para os sujeitos da educação especial.
Rech (2015) chama a atenção de que, embora a Lei não tenha se referido à
educação inclusiva, nela ficou perceptível a intenção de abrir espaços para a ideia
de educação para todos, tendo como base a proposta de manter, na escola especial,
apenas os alunos que não tiverem condições de serem integrados na escola regular.
A partir desse momento, a matrícula para alunos com deficiência passou a ser
obrigatória na escola regular. Porém, até esse momento, pelo menos nas políticas
públicas, não se falava no conceito de inclusão na perspectiva da integração escolar.

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial


na Educação Básica
Conforme leciona Rech (2015, p. 160-161), o MEC organizou, em 2001, as
“Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica”; esse
documento começou a circular pelas escolas, “[...] juntamente com um maior
aporte teórico sobre a inserção da Educação Especial na escola regular”.
Esse material “[...] trouxe também, informações mais completas a respeito
dos serviços de apoio pedagógico especializado, nomenclatura adotada no
Documento”, ainda conforme Rech (2015, p. 160-161).
Rech (2015, p. 160-161) afirma que, conforme o documento:
4 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

[...] o atendimento educacional especializado (AEE), poderia ser realizado nas clas-
ses comuns de ensino, mediante parcerias entre os professores da Educação Especial
e do ensino regular; nas salas de recursos pelo professor da Educação Especial
e, também, fora da escola em classes hospitalares e em ambientes domiciliares.

Esse documento é bastante importante, já que nele aparece pela primeira


vez o termo inclusão, em substituição ao termo integração. Rech (2015) aponta
ainda três aspectos importantes a considerar a partir dessas diretrizes:

1. a utilização do termo “alunos com necessidades especiais”, referindo-se


aos alunos que necessitavam ser incluídos;
2. responsabilização do governo em assumir a proposta da inclusão como
uma das metas das políticas educacionais;
3. responsabilização do governo pelo sucesso da inclusão.

Plano de Desenvolvimento da Educação


Outra política importante direcionada para a inclusão das pessoas com deficiência
no ensino regular foi a criação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
De acordo com Rech (2015), o PDE foi lançado oficialmente a partir do Decreto nº.
6.094, de 24 de abril de 2007 (BRASIL, 2007), que tratou do Plano de Metas Com-
promisso Todos pela Educação. A autora destaca duas ações importantes no sentido
de combater a exclusão escolar: o Programa de Implantação de Salas de Recursos
Multifuncionais (2005) e o Programa Incluir: Acessibilidade na Educação Superior
(2005). Essas ações foram importantes, no sentido de trabalharem formas ou criarem
experiências para fortificar o movimento pela inclusão, ainda conforme Rech (2015).
Esses são alguns exemplos de políticas que, aos poucos, foram sendo
criadas e implementadas no sentido de criar condições para que, no ano de
2008, fosse criada a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva. É importante destacar que, após a implementação
dessa Política, várias outras políticas foram criadas, dando prosseguimento às
ações desenvolvidas até então. Dentre elas, podemos citar: Resolução nº. 4 do
Conselho Nacional de Educação, de 02 de outubro de 2009; Nota técnica nº. 11
da SEESP, de 07 de maio de 2010; Decreto nº. 7.611, de 17 de novembro de 2011;
Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº. 13.146, de 06 de julho de 2015).
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 5

Objetivos da Política Nacional de Educação


Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
O documento orientador para a implementação da Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, publicado em 2008, tem como
diretriz principal a instrução para que os estados e municípios organizem as suas
ações, no sentido de transformarem seus sistemas educacionais em sistemas
educacionais inclusivos. O documento tem como objetivo principal o acesso, a
participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares. Ele
orienta os sistemas de ensino a promoverem respostas às necessidades educa-
cionais especiais, garantindo os aspectos descritos a seguir (BRASIL, 2008).

 Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até


a educação superior. O atendimento especializado deve ser oferecido
em todos os níveis, não substituindo o ensino regular, mas auxiliando
o aluno nas suas dificuldades de aprendizagem.
 Atendimento Educacional Especializado (AEE). É o conjunto de ativida-
des e recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional-
mente. Ele é prestado de forma complementar ou suplementar à formação
dos alunos no ensino regular. Pode ser organizado dentro do mesmo estabe-
lecimento escolar ou oferecido em outros espaços, como escolas especiais.
 Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino.
Devem ser oferecidas oportunidades àqueles alunos que tenham inte-
resse e estejam aptos a ingressarem nos níveis mais elevados, como o
ensino superior e as suas modalidades posteriores.
 Formação de professores para o atendimento educacional especializado
e dos demais profissionais da educação para a inclusão escolar. O MEC,
em parceria com a SEESP, deverá oferecer programas de formação inicial
e continuada para os professores da rede regular de ensino, com o objetivo
de melhor preparar os profissionais envolvidos no processo de inclusão.
 Participação da família e da comunidade. É de responsabilidade do MEC
a criação de iniciativas de conscientização das famílias e da sociedade
em geral, no sentido de uma maior participação e acompanhamento das
crianças, perfazendo uma troca de experiências e uma parceria família-
-escola, o que pode contribuir para a melhoria do sistema como um todo.
 Acessibilidade urbanística e arquitetônica nos mobiliários e equi-
pamentos, nos transportes, na comunicação e na informação. Os
sistemas de ensino devem organizar as condições de acesso aos espa-
6 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

ços, aos recursos pedagógicos e à comunicação, para que favoreçam a


promoção da aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a
atender às necessidades educacionais de todos os estudantes.
 Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. Para
assegurar a intersetorialidade na implementação das políticas públicas, a
formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional
inclusivo. Assim, deve ter em vista o desenvolvimento de projetos em parce-
ria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, aos atendimentos
de saúde e à promoção de ações de assistência social, trabalho e justiça.

Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação especial na perspectiva da edu-


cação inclusiva, disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/intérprete de Libras e
guia-intérprete. Também é responsabilidade deles providenciar profissionais como
monitores ou cuidadores dos alunos com necessidade de apoio nas atividades de higiene,
alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante no cotidiano escolar.

Diretrizes e normas para a implantação


de sistemas educacionais inclusivos
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclu-
siva estabelece as normas e diretrizes para a implantação, a implementação
e a manutenção da inclusão nos estabelecimentos de ensino da rede regular
(BRASIL, 2008). Você verá, aqui, algumas delas, consideradas de caráter
essencial. Mas, para um maior aprofundamento sobre o assunto, você deve
fazer a leitura do documento orientador na íntegra.
A educação especial é uma modalidade de ensino que deve perpassar todos
os níveis, etapas e modalidades. Ela engloba realizar o atendimento educacional
especializado, disponibilizar os recursos e serviços e orientar quanto à sua
utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino
regular. O atendimento educacional especializado tem como função identificar,
elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as
barreiras para a plena participação dos estudantes, considerando suas neces-
sidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional
especializado se diferenciam daquelas realizadas na sala de aula comum, não
sendo substitutivas à escolarização e complementando a formação dos estudantes.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 7

Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento educacional


especializado é organizado para apoiar o desenvolvimento dos estudantes, constituindo
oferta obrigatória dos sistemas de ensino. Deve ser realizado no turno inverso ao da classe
comum, na própria escola ou centro especializado que ofereça esse serviço educacional.

O acesso à educação tem início na educação infantil, na qual se desenvolvem


as bases necessárias para a construção do conhecimento e o desenvolvimento
global do aluno. Na modalidade de educação de jovens e adultos e educa-
ção profissional, as ações da educação especial possibilitam a ampliação de
oportunidades de escolarização, a formação para o ingresso no mercado de
trabalho e a efetiva participação social.
Na educação superior, a educação especial se efetiva por meio de ações
que promovam o acesso, a permanência e a participação dos estudantes. Essas
ações envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a
promoção da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, nos sistemas de
informação e nos materiais didáticos e pedagógicos que devem ser disponibi-
lizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de todas as atividades
que envolvam o ensino, a pesquisa e a extensão.

A acessibilidade deve ser assegurada por meio da eliminação de barreiras arquitetônicas


e urbanísticas nas edificações — incluindo instalações, equipamentos e mobiliários — e
nos transportes escolares, bem como de barreiras nas comunicações e informações.

A avaliação pedagógica deve considerar tanto o conhecimento prévio e o nível


atual de desenvolvimento do aluno quanto as possibilidades de aprendizagem
futura. Assim, deve configurar uma ação pedagógica processual e formativa,
que analisa o desempenho do aluno em relação ao seu progresso individual. Na
avaliação, deve-se destacar os aspectos qualitativos que indiquem as intervenções
pedagógicas do professor. Para atuar na educação especial, o professor deve ter
como base da sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o
exercício da docência e conhecimentos específicos da área.
8 A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

Para saber mais sobre o assunto, leia o texto “Educação inclusiva: desafios da formação
e da atuação em sala de aula” (ALONSO, 2013).

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 5


out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm. Acesso em: 28 nov. 2019.
BRASIL. Decreto nº. 6.094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de
Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração
com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade,
mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização
social pela melhoria da qualidade da educação básica. Diário Oficial da União, 25 abr. 2007.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6094.
htm. Acesso em: 28 nov. 2019.
BRASIL. Grupo de Trabalho da Política Nacional de Educação Especial. Política nacional de educação
especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC, 2008. E-book. Disponível em: http://
portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 28 nov. 2019.
BRASIL. Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Ado-
lescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, 16 jul. 1990. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm. Acesso em: 28 nov. 2019.
BRASIL. Lei no. 9.934, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da edu-
cação nacional. Diário Oficial da União, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 28 nov. 2019.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília:
MEC/SECADI, [2008]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-
-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192. Acesso em: 28 nov. 2019.
RECH, T. L. Possibilidades e desafios do atendimento educacional especializado. In: HATTGE,
M. D.; KLEIN, R. R. (org.). Diferença e inclusão na escola. 1. ed. [S. l.: s. n.], 2015.

Leituras recomendadas
ALONSO, D. Educação inclusiva: desafios da formação e da atuação em sala de aula.
Nova Escola, 2013. Disponível em: http://acervo.novaescola.org.br/politicas-publicas/
palavra-especialista-educacao-inclusiva-desafios-formacao-atuacao-sala-aula-762299.
shtml?page=4. Acesso em: 28 nov. 2019.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 9

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na edu-


cação básica. Brasília: MEC; SEESP, 2001. E-book. Disponível em: http://portal.mec.gov.
br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf. Acesso em: 28 nov. 2019.
BRASIL. Orientações para implementação da política de educação especial na perspectiva
da educação inclusiva. Brasília: MEC, 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
index.php?option=com_docman&view=download&alias=17237-secadi-documento-
-subsidiario-2015&Itemid=30192. Acesso em: 28 nov. 2019.
MANTOAN, M. T. E. Diferenciar para incluir: a educação especial na perspectiva da
educação inclusiva. DIVERSA: educação inclusiva na prática, 2011. Disponível em: http://
diversa.org.br/artigos/diferenciar-para-incluir-a-educacao-especial-na-perspectiva-da-
-educacao-inclusiva/. Acesso em: 28 nov. 2019.
SCHNEIDER, F. C. Súmula: política nacional de educação especial na perspectiva da
educação inclusiva em foco. Caderno Cedes, v. 28, n. 75, p. 269-173, 2008.

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Dica do professor
Nesta Dica do Professora você verá uma reflexão sobre a formação dos professores para o
desenvolvimento da educação inclusiva.

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Exercícios

1) Os objetivos principais da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva garantem:

A) Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior.

B) Atendimento educacional em escolas especiais.

C) Formação de professores para o atendimento educacional especializado nas escolas especiais.

D) Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino de acordo com a oferta dos
estabelecimentos escolares.

E) A participação da família e da comunidade ficará em segundo plano, pois o papel da escola é


suficiente para suprir as necessidades da criança.

2) A partir dos documentos estudados nesta Unidade de Aprendizagem, assinale qual


documento recomenda que a matricula dos sujeitos da Educação Especial seja realizada
preferencialmente nas escolas regulares:

A) Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE.

B) Lei no 9.394 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).

C) Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Resolução CNE/CEB no


2.

D) Lei 8.069 de 13 de julho de 1990.

E) Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

3) De acordo com as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da


Educação Inclusiva sobre o atendimento educacional especializado:

A) As atividades propostas durante o atendimento educacional especializado funcionam da


mesma forma que as realizadas na sala de aula, podendo substituí-las.
B) O acesso à educação para as pessoas com deficiência inicia-se no ensino fundamental, não
sendo obrigatória a sua frequência na educação infantil.

C) O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar


recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação
dos alunos considerando suas necessidades específicas.

D) Os programas de enriquecimento curricular, ensino de linguagens e códigos específicos de


comunicação e sinalização e tecnologia assistiva devem ser oferecidos somente nas escolas
regulares.

E) O atendimento educacional especializado não é oferecido na educação indígena, campo e


quilombola.

4) De acordo com o documento Orientações para Implementação da Política de Educação


Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, assinale a alternativa correta:

A) A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista é
criada pela Lei no 12.764/2012. Além de consolidar um conjunto de direitos, essa lei veda a
matrícula de pessoas com TEA na rede regular de ensino.

B) A Língua Brasileira de Sinais não é reconhecida pela lei como meio legal de comunicação, pois
é utilizada somente pelas pessoas com deficiência auditiva, não sendo uma forma de
comunicação universal.

C) O sistema Braille não é reconhecido como meio legal de comunicação, pois não possui
projeto de grafia para a Língua Portuguesa.

D) O caráter não substitutivo e transversal da educação especial é ratificado pela Resolução


CNE/CEB n° 04/2010, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e
preconiza que os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns
do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado - AEE, complementar ou
suplementar à escolarização, ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de
AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins
lucrativos.

E) Os eixos principais do Plano de Desenvolvimento da Educação em conjunto com a Agenda


Social de Inclusão de Pessoas com Deficiência são os investimentos em tecnologias assistivas
para o atendimento educacional especializado.

5)
Sobre os estudantes atendidos pela educação especial, assinale a alternativa que
corresponde ao disposto no documento Orientações para Implementação da Política de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva:

A) A modalidade de educação de jovens e adultos e educação profissional não tem o objetivo de


formação das pessoas com deficiência para ingresso no mercado de trabalho.

B) O atendimento educacional especializado tem como objetivo funcionar como um reforço


pedagógico aos alunos com necessidades educacionais especiais.

C) As definições e o uso de classificações, especificações ou categorizações atribuídas aos


quadros de deficiência, transtornos, distúrbios, síndromes ou aptidões são relevantes para o
planejamento das estratégias pedagógicas.

D) Ainda nos dias de hoje perdura o entendimento de que a educação em escola especial é a
mais adequada ao atendimento de estudantes que apresentam deficiência ou que não se
adequam à estrutura rígida dos sistemas de ensino.

E) Ainda hoje, mesmo com uma perspectiva conceitual que aponte para a organização de
sistemas educacionais inclusivos que garanta o acesso de todos os estudantes e os apoios
necessários para sua participação e aprendizagem, as políticas implementadas pelos sistemas
de ensino não alcançaram esse objetivo.
Na prática
A participação e a conscientização da sociedade quanto à importância de uma educação inclusiva e
que seja de qualidade para todos é uma das metas mais importantes da Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

É de responsabilidade dos governos criar iniciativas para a divulgação de ações, bem como
promover discussões sobre os direitos das pessoas com deficiência, promovendo um diálogo entre
poder público, escola e comunidade.

Além disso, a participação das famílias, da comunidade, de ONGs e de institutos nas decisões e na
elaboração de leis e documentos que visem a inclusão das pessoas com deficiência é essencial para
que estas atinjam o maior número de pessoas, oferecendo maior qualidade de vida, educação de
qualidade e garantia dos seus direitos.

Como ocorreu em agosto de 2013, em que as APAES de todo o Brasil se manifestaram contra um
parecer do Conselho Nacional de Educação que pretendia o seu fechamento.

A manifestação contra o fechamento pretendia que as APAES continuassem o atendimento a esses


alunos em turno inverso, em caráter de atendimento educacional especializado ao invés de
substitutivo à escola regular.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Entrevista Maria Teresa Mantoan | Revista Educação


Assista, no vídeo a seguir, a entrevista da professora Maria Teresa Mantoan, que ressalta a
importância da escola acolher todos os alunos.

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A Política Nacional de Educação Especial e a Perspectiva


Inclusiva: Novos Referenciais Cognitivos e Normativos
Leia, no artigo abaixo, uma análise sobre os direcionamentos da Política Nacional de Educação
Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Diferenciar para incluir: a educação especial na perspectiva da


educação inclusiva
Neste material, a professora Maria Teresa Mantoan disserta sobre a perspectiva inclusiva na
educação, o atendimento educacional especializado nas escolas e a formação dos professores.

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Carta aberta pela MANUTENÇÃO do Decreto 6571/08 e da
Política Nacional de Educação Inclusiva
Veja a nota de repúdio do Fórum Nacional de Educação Inclusiva – FONEI sobre o Decreto
Presidencial 10.502/2020.

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