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FORTALEZA - CEARÁ
NOVEMBRO DE 2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
FORTALEZA - CEARÁ
NOVEMBRO DE 2010
“Mestre não é quem sempre ensina, mas
quem de repente aprende.”
(João Guimarães Rosa)
FONTE: ( http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf )
1 INTRODUÇÃO
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2. RELATOS DE ATIVIDADES COM ALUNOS COM ALGUM TIPO DE
DEFIENCIA EM SALA DE AULA
A seguir faremos um breve relato sobre alunos com dois tipos de deficiências:
no primeiro caso com uma deficiência motora, e no segundo caso, com uma deficiência
neurológica.
A relatora leciona desde seus dezenove anos, começou na rede particular e teve
diversas experiências e desafios,, no processo ensino aprendizagem. No entanto, a
experiência que mais comoveu a relatora, foi quando esta recebeu um aluno portador de
deficiência multipla: ele era cadeirante e tinha um problema neurológico.
O aluno de 22 anos, RFC, foi recebido pela relatora, na Escola Rubens Vaz da
Costa no ano 2009, e freqüentava regulamente a turma do EJA I (1º a 4º ano), que era
composta por 25 alunos, 30% era do sexo feminino e 70% eram do sexo masculino,
com faixa etária a correspondente a 18 a 40 anos.
A determinação de RFC era fenomenal, pois, como cadeirante ele vivenciou
alguns obstáculos para adentrar a escola, Ele tem uma determinação era fantástica, pois,
mesmo com as suas limitações físicas, ele acreditava na sua superação. O referido
aluno, era querido por todos, recebia incentivos dos amigos, familiares e funcionários
desta unidade de ensino.
O maior desafio enquanto educadora foi encontrar mecanismos para trabalhar
suas necessidades especiais, coube a relatora, dar suporte e adaptar estas metodologia de
ensino utilizada com as dificuldades de RFC, e também, com que a flexibilidade do
plano fosse real e atuante; passamos a trabalhar com o lúdico, para que a questão viso
motora fosse estimulada.
RFC sempre foi um rapaz adorável, de uma dedicação incrível e realizando
certas atividades com muita receptividade. Chegando a referida escola, de início,
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manifestou certa dificuldade motora, pois, não conseguia manter o lápis por muito
tempo, no entanto, ficava como aluno ouvinte em sala de aula, exercitando-se com
objetos que eram colocados o seu alcance motivando seu uso. Após a quase um mês de
tentativas, RFC começava a ter um maior desempenho nos membros superiores,
passando a segurar com maior firmeza os objetos, dentre eles o próprio lápis.
No primeiro bimestre, sua comunicação com o grupo era case inexistente e
melhorou consideravelmente no segundo semestre, onde passou a interagir mais com o
grupo e manifestar gestos de satisfação pessoal. Numa evolução escolar de RFC, este
passo a copiar do quadro frases com grafia fora do padrão e de forma desordenada, mas
já começava a demonstrar a existência de certa coerência e compreensão de sua escrita.
Devido a problemas neurológicos, tinha dificuldades em memorizar e reconhecer letras
e palavras.
Atuando como bibliotecária nesta mesma escola, a relatora acompanha essa
evolução desse dedicado, corajoso e responsável aluno; e conversando com ele, a
relatora procura estimulá-lo com perguntar como se sente em sala de aula, RFC se diz
ainda feliz e satisfeito com a interação com do grupo. Recentemente, a relatora
desenvolveu um projeto que se chamava “VALORES”, onde RFC recebeu uma
homenagem por ter ser o aluno mais dedicado, responsável e respeitado.
Para finalizar, um pensamento relatora: “Acredito que em muitos casos, só o
“AMOR” tem um peso para ajudar na superação de uma dificuldade.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para concluir esse trabalho acadêmico, faremos uma breve explicação, dos tipos
de deficiência encontrada:
Altas Habilidades – notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer
dos seguintes aspectos isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão
acadêmica especifica; pensamento criador ou produtivo; capacidade de liderança;
talento especial para artes; capacidade psicomotora
Deficiência Auditiva – é a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da
capacidade de compreender a fala, através do ouvido.
Deficiência Física – é uma variedade de condições não sensoriais que afetam o
indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral e da fala, como
decorrência de lesões, sejam neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou ainda,de
mal formações congênitas ou adquiridas.
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A seguir, mostraremos algumas normas técnicas da ABNT para portador de
deficiências:
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o) NBR 15599 - Acessibilidade - Comunicação na Prestação de Serviços
FONTE: (http://portal.mj.gov.br/corde/arquivos/ABNT/NBR9050-31052004.pdf)
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horizontes.
O ato de educar não é um processo isolado e centralizado,muito pelo contrario,é
amplo e ilimitado. Esse processo deve ser regido e fundamentado ao direito a cidadania.
Todo cidadão deve ser considerado capaz, para que possa desfrutar de seus direitos
sócio, econômico e cultural.
Almejamos que o leitor possa perceber aspectos relevantes e desafiadores da
educação, apesar de ter passado por consideráveis modificações oportunizando o acesso
de nossas crianças, ditas especiais, ao ensino regular de ensino, necessita investir de
forma séria, na qualificação de profissionais, como também, dar condições físicas,
estruturais as diversas instituições que priorizam essa clientela com deficiências
múltiplas.
Acreditamos que as barreiras do preconceito, só serão dissipadas, quando for
trabalhado o processo de conscientização e humanização em todas as esferas sociais.
Quando cada indivíduo perceber que há espaço para o reconhecimento as diferenças,
deixarmos de valorizarmos o “EU” para vivenciarmos o “NÓS”, possivelmente,
veremos o processo educativo acontecer de forma ampla e igualitária. O maior
deficiente é aquele que discrimina, impossibilita e desconsidera o seu semelhante,
tornando inviável o ato de “EDUCAR”.
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BIBLIOGRAFIA
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