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A educação inclusiva é um tema relevante para o mercado

educacional brasileiro. Em suma, trata-se de um conceito que prega


por um ensino mais democrático, diverso e rico, em que todos os
estudantes são bem-vindos.

Mas você sabe como funciona esse tipo de metodologia acadêmica na


prática e como ela pode transformar sua instituição de ensino?

Afinal, aprender, desenvolver suas capacidades e ser incluído, de fato,


na sociedade é um direito de todos. E é dentro deste contexto que a
educação inclusiva atua, transformando a escola em um espaço de
integração entre o ensino regular e o ensino especial.

Afinal, seguir com os modelos tradicionais de escolas separadas


acaba sendo um retrocesso quando se pensa na melhoria do
aprendizado, promoção da diversidade e respeito às diferenças. 

Ou seja, a escola inclusiva acaba sendo uma forma de melhorar a


educação para todos, gerando resultados positivos que impactam
vários outros fatores da sociedade.

Se você tem interesse em saber mais sobre esse tema, confira abaixo
o que é escola inclusiva, sua importância e também seus desafios.
Boa leitura!

O que é educação inclusiva?


Muitas pessoas definem a educação inclusiva como a modalidade de
ensino mais contemporânea e efetiva de promover o acesso à
educação a todos, que promove a inclusão e respeito à
diversidade.

Esse formato acolhe todos os alunos, oferecendo suportes distintos e


personalizados para crianças e jovens que têm barreiras de
aprendizagem, por serem portadores de necessidades especiais. 

O melhor é que esse método é comprovadamente assertivo.

Para 86% dos brasileiros as escolas se tornam melhores com a


educação inclusiva, segundo pesquisa sobre o tema, feita
pelo Instituto Alana com o Datafolha, em 2019.

O princípio do ensino inclusivo é promover a igualdade de


oportunidades e a valorização das diferenças humanas em todos
os aspectos.
Ou seja, além de promover uma transformação na cultura do ensino,
esse tipo de educação também reflete em adaptações promovidas
por:

 gestão escolar;
 políticas públicas;
 revisões de estratégias pedagógicas;
 treinamento e capacitação de professores;
 envolvimento de comunidade externa e interna;
 demais profissionais do segmento educacional em geral.

Para explicar ainda melhor o que é educação inclusiva, é necessário


colocar esse modelo em comparação com o sistema de educação
especial. 

Enquanto o ensino inclusivo é uma modalidade de ensino em que


todas as pessoas participam da escolarização, a segunda é um
modelo que compreende desenvolver as habilidades das pessoas com
deficiência.

Ou seja, no modelo inclusivo a educação especial é dissolvida


dentro da escola regular, transformando-a em um espaço de
convívio entre todos, considerando que qualquer aluno pode vir a ter
necessidades especiais em seu processo de aprendizado.

O Plano Nacional de Educação e a Educação Inclusiva


Você já deve ter ouvido algumas notícias e discussões em relação à
Educação Especial e Inclusiva no Brasil nos últimos anos, por conta
de revisões feitas na Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI), de 2008, pelo
Ministério da Educação (MEC).

O texto que foi proposto nessa revisão gerou bastante debate público
por estimular a volta da separação dos ensinos, retrocedendo em
relação à proposta.

Em relação ao Plano Nacional de Educação (PNE), Lei N°


13.005/2014, ele traz 20 metas para o país para o desenvolvimento ao
longo de 10 anos.

Na meta número 4, que dispõe sobre o ensino inclusivo, o que se tem


é o seguinte texto:

“META 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17


(dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à
educação básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados”.

Além do PNE, existem outros decretos, legislação, o Estatuto da


Pessoa com Deficiência, portarias, resoluções e notas técnicas que
discutem como o ensino inclusivo deve ser promovido.

No entanto, em alguns textos, ainda existem alguns pontos que são


considerados de retrocesso e que não colaboram para a evolução
desse modelo de ensino.

Qual é o objetivo da educação inclusiva?

O ensino inclusivo é um tipo de ensino que tem como objetivo principal


estabelecer a igualdade de possibilidades e oportunidades no âmbito
da educação. 

Ou seja, visa tornar um direito de todos estudantes (crianças,


adolescentes e adultos em ensino superior) o de frequentar um
ambiente educacional inclusivo.

Isso porque a filosofia da educação inclusiva se dá ao aceitar e


reconhecer a diversidade na escola, entendendo a necessidade de
mudar a estrutura e cultura escolar para receber todas as pessoas
independente de suas diferenças individuais.

Dessa forma, o ensino inclusivo torna-se uma alternativa mais


contemporânea e necessária ao modelo que separa a educação
regular da educação especial.

Na proposta da educação inclusiva, a ideia é englobar todos os


envolvidos, tanto a comunidade interna como externa, aproximando
escola, gestores e professores de pais, alunos e responsáveis.

Um panorama sobre a educação inclusiva no Brasil


De acordo com o Raio-X da Educação Inclusiva, houve um aumento
no número de alunos com deficiência, espectro autista e altas
habilidades ou superdotação. Em classes comuns na Educação
Básica, eles passaram de 387 mil em 2009 para mais de 1 milhão em
2019.

Conforme indica o estudo, um dos causadores desse aumento foi


justamente a Meta 4 do Plano Nacional de Educação, que
mencionamos anteriormente.

Muito disso tem relação com a forma com que o ensino inclusivo é
construído, normalmente em conjunto com uma série de políticas
públicas, mudanças culturais e estruturais para tornar a escola um
ambiente inclusivo e de acessibilidade.

Entre as mudanças necessárias, existem vários fatores essenciais,


como a capacitação de professores e demais profissionais da
educação.

Isso porque a escola tem um papel fundamental para o


desenvolvimento humano, e os modelos de ensino inclusivo se
mostram eficientes em vários aspectos para o avanço da educação e
aprendizagem.

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