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4 POLITICAS PUBLICAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E

INCLUSÃO ESCOLAR
As Politicas públicas educacionais são medidas implantadas em prol das garantias de
Direito do cidadão para o acesso educação, geralmente, estão relacionadas aos
momentos históricos de um país e do mundo e à interpretação de poder de cada época.
Essas são originadas e votadas pelo poder legislativo, nas esferas Federal, estadual e
municipal.
Segundo os autores Smarjassi e Arzani (2021) as políticas públicas em educação
consistem em programas ou ações elaboradas no âmbito governativo que auxiliam na
efetivação dos direitos previstos na Constituição Federal (1988), tendo como finalidade
colocar em prática medidas que garantam o acesso e permanência à educação.
As politicas públicas brasileiras tem como principal referência a constituição
brasileira de 88, e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996 )  como também os marcos mundialmente
conhecidos como a Declaração de Salamanca(1994), Declaração de Guatemala(1999) e
a Convenção Internacional sobre os Direito das pessoas com deficiência (2006).

 Constituição Federal (1988)


É uma lei maior que tem como base os princípios norteadores dos direitos humanos.
E no que tange a educação a carta magna (1988, art.205) afirma que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.citação
O artigo vem trazer que é responsabilidade do estado construir escolas e meios
para que os alunos cheguem até ela, no entanto é dever da família: assistir, criar e
educar os filhos menores. Enquanto a sociedade deve contribuir para que esta educação
seja garantida.
Em seguida no Art. 206, a educação constitui como direito de todos e dever do
Estado, devendo ser observado a igualdade de condições para o acesso e a permanência
na escola. Nota-se que a partir desse, os princípios que norteia a construção de uma
sociedade mais justa, livre e que promova o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Em consonância a esta construção é fundamental definir dimensões, fatores e
condições a serem considerados como referência analítica e política na melhoria do
processo educativo e, também, consolidar mecanismos de acompanhamento da
produção, implantação, monitoramento e avaliação de políticas educacionais e de seus
resultados, nos diferentes níveis e modalidades, dos setores público e privado.
Desse modo, a consolidação deve ser orientada nos princípios e estruturas
constitucionais, assim como, apresentar os instrumentos legais essenciais para a sua
efetivação, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB),  Planos Nacionais de
Plano Nacional da Educação (PNE)), Estatuto da Criança e  ado Adolescente (ECA) e
os termos da construção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB ,1996)


Esta lei foi aprovada em dezembro de 1996 com o número 9394/96, que tem
como objetivo garantir uma educação gratuita e de qualidade que seja acessível a todos.
A LDB é dividida por duas partes, a comum e a diversificada. A comum se trata
de um currículo comum para todas as escolas do país. Já a parte diversificada deve ser
redigida com enfoco nas singularidades e contexto social do aluno.

 Estatuto da Criança e do adolescente (1990)

O ECA (1990) constitui-se importante ferramenta de trabalho para os


profissionais da educação em suas ações pedagógicas, como também orienta
todo o sistema educacional. É um instrumento que, também, garante as políticas
públicas tão necessárias à infância e à juventude em situações de risco e de
vulnerabilidade social.
1 Art. 4º - ECA - “ É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e
do poder público, assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar
e comunitária.”
O artigo apresentado tem o objetivo de reafirmar o reconhecimento da criança e
do adolescente como sujeito de Direito e assegurar a estes proteção integral e
seu pleno desenvolvimento. Esse documento é um tema transversal e obrigatório
que deve ser debatido nas salas de aulas.
 A Base Nacional Curricular (2018)

Em 14 de dezembro de 2018, o ministro da Educação, Rossieli Soares,


homologou o documento da Base Nacional Comum Curricular para a etapa do Ensino
Médio. Agora o Brasil tem uma Base com as aprendizagens previstas para toda a
Educação Básica.
Constituindo uma Norma Obrigatória que deve ter uma parte comum e a outra
diversificada. Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB, Lei nº 9.394/1996). A BNCC deve nortear os currículos dos sistemas e redes de
ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as
escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio,
em todo o Brasil.
A BNCC estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que
todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos
princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
da Educação Básica. Além disso soma-se aos propósitos que direcionam a educação
brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
De acordo as concepções de politicas públicas educacionais que se baseia nos
princípios citados anteriormente, o objetivo dessas é a melhoria da qualidade, acesso e a
permanência a educação para todos.
A seguir destacaremos algumas das principais politicas voltadas para o sistema de
ensino público, que contribuem de forma efetiva até os dias atuais, entre os períodos de
2012 a 2022.
- Plano Nacional de Educação (PNE,2014)
O PNE é constituído por 10 diretrizes , 20 metas e por 254 estratégias, dispostas
no Anexo da Lei nº 13.005/2014
Esta lei determina que os Estados, municípios e os distritos devem agir em
regime de colaboração com o objetivo que estas metas estabelecidas seja atingidas em
um período de 10 anos.
Além disso o PNE É um plano diferente dos planos anteriores, uma das diferenças
é que esse PNE é decenal por força constitucional, o que significa que ultrapassa
governos .
Desse modo , O plano nacional de educação estão em consonavia a CF 88, a
LDB , e segue como uma norma orientadora dos planos municipais que deve atender os
diversos níveis de ensino e modalidades.
De acordo a lei Vigente , tem a finalidade de Universalizar o ensino de forma a
garantir o acesso e a permanecia dos alunos.

As iniciativas do PNE traz entre as sua metas a formação de professor como parte
integrante do processo das finalidades que são impostas por esta lei , Assim a meta 15:
Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE,
política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os
incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam
formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de
conhecimento em que atuam.

Pimenta (1999, p. 9), ressalta que “pensar a formação do professor é pensar


em um projeto único englobando a inicial e a contínua”. Para a autora, “a
valorização da docência representa a mediação para a superação do fracasso
escolar”. Sendo assim, a formação inicial e a continuada se constituem em um
combate estratégico contra a baixa qualidade de ensino e das altas taxas de
analfabetismo. E é exatamente por essa imensa responsabilidade imposta
compulsoriamente à profissão do professor, que entendemos que a qualidade da
formação oferecida a este profissional resulta diretamente na qualidade da
educação básica, ou seja, intrinsecamente, um fator está vinculado ao outro.
Outro ponto a ser destacado é a inclusão e a permanecia dos alunos no
processo de universalização de ensino. Nesse sentido a meta 4 do PNE dispõe
que:
Universalizar, para a população de quatro a dezesseis anos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, o acesso a educação
básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a
garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados. (BRASIL, 2014,
p. 55).

Podemos perceber que essa meta 4 está intimamente ligada ao acesso à educação
básica e em suas etapas, fornecendo recursos para os alunos possa serem atendidos com
a garantia do ensino e serviços especializados. Porém com base nessa meta, podemos
analisar a palavra “preferencialmente” na qual, nos remete uma ideia que fica
subtendida, ou seja, isso pode contrariar a expectativa de que a inclusão possa realmente
acontecer. Porém a recusão da matricula na rede regular pode submetida como crime.

- Lei Brasileira de Inclusão (13.146/2015)


Esta lei regulamenta o novo Estatuto da Pessoa com Deficiência, também
conhecida como Lei brasileira de inclusão, a mesma foi sancionada em 6 de julho de
2015, entrando em vigor somente em 2 de janeiro de 2016. Essa lei trata sobre
orientações e regras para a promoção, consolidando direitos e benefícios para pessoas
com deficiência. Ainda trata de questões como acessibilidade, educação e trabalho
De acordo com art. 4º da referida Lei, garante igualdade de oportunidades às
pessoas com deficiência, o inciso 1º do artigo dispõe:
§1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda
forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão,
que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular
o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas
(BRASIL, 2015).

Todos os direitos como a liberdade são imprescindíveis a pessoa com deficiência, então
negar ou impedir faz com que esses direitos sejam violados de acordo a referida lei.
Portanto deve ter as mesmas oportunidades, da mesma maneira das outras pessoas
atingindo assim a igualdade.

-Educação Bilíngue de surdos e (14.191/21)


.

De acordo a lei 14.191/21 é aquela em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras)


é considerada como primeira língua e o português como segunda. Por ela ser uma
modalidade de ensino começa na educação infantil e prolonga-se durante a trajetória
escolar. Por ser uma lei recente, a mesma trata que os estudantes surdos irão ter acesso
aos materiais didáticos e professores bilíngues tendo formação e especialização em
nível superior.Assim diz o artigo 60 da LDB: Entende-se por educação bilíngue de
surdos, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida em Língua
Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em português escrito, como
segunda língua, em escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas
comuns ou em polos de educação bilíngue de surdos, para educandos surdos, surdo-
cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou
superdotação ou com outras deficiências associadas, optantes pela modalidade de
educação bilíngue de surdos.

A professora Patrícia Rezende, do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines),


também surda, apresentou sua tese de pós-doutorado na Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), que traz um resultado atualizado de como anda a educação
bilíngue no Brasil. A professora esclarece que a educação bilíngue ainda está
engatinhando. Sua fala teve tradução oralizada simultânea, realizada por Andrea
Beatriz.
ASSim , Lasta, L. L. & Hillesheim, B. (2014).p 141
As políticas públicas analisadas rege sobre a inclusão escolar, ressaltando a questão da
igualdade a partir das leis constituintes da CF 88 e outras leis citdas neste trabalho, que
tem o enfoco na superação das desigualdades, na democratização de oportunidades, no
respeito à diferença e no reconhecimento dos sujeitos. As Mediante políticas públicas
educacionais e de inclusão escolar, promove-se uma política de universalização da
escolarização para todos .

Em síntese, identificamos o quanto as politicas são feramentas e necessa´ria s e


importantes para ao avanço da educação nos quesitos da qualidade e acesso e a
permanecia dos alunos nas instituições de ensino, mas apesar dos pasaaos largos,
precisa se pensar em medidas efetivas que condize com a realidade dos sujeitos.
ditorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2019/
TRABALHO_EV127_MD1_SA1_ID8203_15082019105752.pdf
Da Agência Senado | 09/11/2022, 15h30

Fonte: Agência Senado, 09/11/2022, as 15:30

Lasta, L. L. & Hillesheim, B. (2014). Políticas de inclusão escolar: produção da


anormalidade

BRASIL. Plano nacional de Educação 2014-2024. 2014a. Brasil [recurso eletrônico]: Lei n.º
13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras
providências. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014. 86 p. – (Série
legislação; n. 125).
BRASIL. Lei Nº 13.146/15, de 6/07/2015, institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em:
12 dez. 2022.

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