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1. OBJETIVO
De acordo com as Diretrizes Pedagógicas e Operacionais para a Educação em
Tempo Integral: “o objetivo geral é ampliar tempos, espaços e oportunidades de ensino
e aprendizagem aos estudantes da Rede Pública.” Isso deve ser feito “por meio da oferta
de atividades pedagógicas, culturais, artísticas, técnico-científicas e esportivas
relacionadas às áreas do conhecimento, concepções e eixos transversais do Currículo da
Educação Básica.”
Para alcançar esse objetivo, a Secretaria de Estado de Educação, em 2019, visando
atender às metas e aos objetivos de seu Planejamento Estratégico 2019-2022, que
define, como resultado chave, “ampliar o percentual de estudantes com educação em
tempo integral para 10%”, propôs iniciativas, como “adequar as instituições
educacionais com infraestrutura física, tecnológica e garantia de recursos humanos aos
padrões de atendimento da educação em tempo integral”, bem como ampliar a oferta de
vagas para a educação em tempo integral em instituições educacionais capacitadas para
esse tipo de atendimento.”
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2. INTRODUÇÃO
jornada escolar para a jornada em tempo integral. Além disso, o Plano Nacional de
Educação (PNE 2011-2020) expressa que 50% das escolas públicas no ensino
fundamental sejam atendidas e essas metas foram incorporadas pelo Plano Distrital de
Educação (PDE 2014-2024). (GUIMARÃES; SOUZA, 2018).
A temática da educação integral em tempo integral já ocupou a agenda político-
educacional por diversas vezes, a exemplo de discussões, no âmbito local e/ou nacional,
em defesa da universalização da escola em tempo integral e que culminou na
formulação de experiências como os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP)
(Cavaliere; Coelho, 2003) e os Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente
(CAIC) (Amaral Sobrinho; Parente, 1995), surgidos nas décadas de 1980 e 1990,
respectivamente.
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No contexto de discussão da Lei de Diretrizes e Bases, aprovada em 1996 (Brasil,
1996), e do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2001 (Brasil, 2001), a
questão também ressurgiu. Embora, historicamente, tenha sido possível visualizar
momentos de maior ou menor atenção a ela, pode-se afirmar que é temática que, ao
longo do século XX, veio à tona por diversas vezes. (Parente, 2016, 6).
A temática da educação integral em tempo integral faz parte atualmente da agenda
político-educacional em âmbito nacional, tendo em vista a aprovação da meta 6 do PNE
relativa à oferta de “[...] educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta
por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por
cento) dos (as) alunos (as) da educação básica” (Brasil, 2014). (Parente, 2016, 6).
Além disso, compreende-se que a ação do Estado pode mostrar-se de forma mais
ou menos contínua, efetiva e legítima, por meio de programas mais ou menos
estruturados, com grandes ou pequenos impactos a depender da maneira como são
articulados os interesses dos atores envolvidos no processo de decisão política. Diante
dessa concepção, defende-se que o Estado, nas diferentes esferas administrativas, tem o
papel de assumir a coordenação dessa política de educação integral em tempo integral, a
fim de que a articulação tempos escolares (a exemplo do tempo integral) e tempos de
vida de fato ocorra e que os diferentes sujeitos da educação tenham seus direitos
garantidos para vivenciar tempos justos e humanos de escolarização (Arroyo, 2004;
Parente, 2010; 2015). (Parente, 2016, 2, 3).
No que se refere à distinção entre política de Estado e política de governo,
comumente, aquelas políticas que não possuem perspectivas de continuidade para além
dos mandatos são chamadas de políticas de governo; e aquelas pautadas em medidas de
continuidade, geralmente fortalecidas por ações legais, por planejamento a longo prazo,
para além de mandatos e pautadas na participação e no interesse geral da população, são
chamadas de políticas de Estado.
Este documento, portanto, apresenta o objetivo da Educação em Tempo Integral –
ETI, a legislação e a concepção pedagógica que amparam os projetos da ETI, bem como
expõe suas principais ações e os desafios para sua manutenção. Em última análise,
oferece dados de atuação dos professores na Educação em Tempo Integral.
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3. MARCO LEGAL
Art. 34 – A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro anos de trabalho
efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. §
O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas
de ensino.
Art. 87 § 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes escolares
públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral.
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família, nos termos da Constituição Federal, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, fundada nos ideais democráticos de liberdade, igualdade,
respeito aos direitos humanos e valorização da vida, e terá por fim a formação integral
da pessoa humana, sua preparação para o exercício consciente da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.”
Isso posto, para fortalecer as ações anteriormente desenvolvidas, o Plano Nacional
de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014, indica parâmetros para a oferta de Educação
em Tempo Integral, estabelecendo Objetivos e Metas, quais sejam:
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4. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
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escola-comunidade; V. A territorialização; VI. O trabalho em rede; e VII. A
convivência.
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6. DESAFIOS PARA MANUTENÇÃO DA EDUCAÇÃO EM TEMPO
INTEGRAL
Os principais desafios para o êxito dessas ações se trata dos recursos financeiros
disponibilizados para as escolas, principalmente no que diz respeito à verba para
alimentação dos estudantes que devem receber entre 3 e 5 refeições nos dias em que
ficam em turno integral na unidade escolar. Outro grande desafio é a falta de
profissionais disponibilizados para acompanhar os estudantes durante as atividades e
principalmente os estudantes com necessidades especiais, como por exemplo a baixa
quantidade de ESVs disponíveis para cada unidade de ensino. Os espaços físicos
limitados também são um fator de grande importância para atender esses estudantes.
Quanto menor as possibilidades de espaços físicos para o atendimento dos estudantes no
período de desenvolvimento da parte flexível, menor a quantidade de turmas que
poderão usufruir da oferta. Também é desafio oferecer atividades em outros territórios
culturais por falta de transporte e dificuldade em realizar parcerias.
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perfazendo 25 (vinte e cinco) horas em regência de classe e 15 (quinze) horas em
coordenação pedagógica.
II. 40 (quarenta) horas semanais, no regime de 20 (vinte) mais 20 (vinte) horas, sendo 04
(quatro) horas em regência de classe, por turno, em 03 (três) dias da semana, e 04
(quatro) horas em coordenação pedagógica, por turno, em 02 (dois) dias da semana,
perfazendo 12 (doze) horas em regência de classe e o restante, em coordenação
pedagógica.
III. 20 (vinte) horas semanais, nos turnos matutino, vespertino ou noturno, sendo 04
(quatro) horas em regência de classe em 03 (três) dias da semana e 04 (quatro) horas em
coordenação pedagógica em 02 (dois) dias da semana, perfazendo 12 (doze) horas em
regência de classe.
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A proposição recomenda que as Unidades Escolares devem atender aos
estudantes com professores habilitados nos dois períodos (matutino e vespertino); os
estudantes atendidos nessa modalidade devem frequentar 3 ou 5 dias de atendimento,
conforme organização pedagógica escolhida pela Unidade Escolar; os docentes da parte
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7.3 Rede Integradora
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II. O estudante na Escola Classe terá 17 (dezessete) horas da Base Nacional
Comum e 8 (oito) horas de Acompanhamento Pedagógico de Língua Portuguesa
e Matemática, conforme critério do Programa Novo Mais Educação.
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noturno, quando for o caso de UEs/UEEs/ENEs que ofertem o Educação 100% Integral
e Atendimento complementar e/ou intercomplementares [...] será definido de acordo
com a seguinte disposição:
I. ‘Educação Integral: Ampliação Progressiva de Tempo (9 horas); Educação
Integral Parcial: além da aplicação do quantitativo relativo ao quadro do Art. 47,
as UEs
II. que ofertam Educação Integral Parcial farão jus a 01 (um) Coordenador
Pedagógico Local, desde que atendam a partir de 100 (cem) estudantes’;
III. ‘Educação Integral em Tempo Integral (10h): além da aplicação do quantitativo
relativo ao quadro do Art. 47, as UEs que ofertam Programa Educação Integral
em Tempo Integral – (100% Integral) – farão jus a 01 (um) Coordenador
Pedagógico Local, desde que atendam a partir de 100 (cem) estudantes’;
IV. ‘EP Rede Integradora (CRE Plano Piloto) / Atendimento intercomplementar:
haverá 03 (três) Coordenadores Pedagógicos Locais, com carga horária de 40
horas semanais, sendo – 01 (um) da área de Artes; um da área de Educação
Física; e um geral;
V. EP da Natureza de Brazlândia / Atendimento Intercomplementar: haverá 03
(três) Coordenadores Pedagógicos Locais, com carga horária de 40 horas
semanais, sendo – 01 (um) da área de Artes; um da área de Educação Física; e
um geral’;
VI. EP Anísio Teixeira de Ceilândia / Atendimento Complementar: haverá 04
(quatro) Coordenadores Pedagógicos Locais, com carga horária de 40 horas
semanais, sendo – 01 (um) da área de Dança; um de Música; um de Artes; e um
de Educação Física.’
Portaria no 80/2022, no inciso V, ainda prevê que, para o exercício das atividades de
Coordenador Pedagógico Local, o servidor deve ter habilitação compatível com a
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etapa/modalidade da Educação Básica atendida na UE/UEE/ENE e, no caso das Escolas
Parque, com a área de atuação.
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