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A Importância do Debate para o Desenvolvimento de uma Educação

Mais Inclusiva

Autores: Annie Souza Martins


Brum e Gustavo Barbosa Souza

Quando tratamos do tema educação, é inegável que a inclusão seja uma


parte essencial a se pensar durante o momento de elaboração do currículo escolar,
tendo em vista que, no âmbito da escola, há uma gama enorme de possibilidades a
serem planejadas e exercidas. Sendo assim, é indiscutível a importância de se
pensar na inclusão das pessoas com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento (TGD) e superdotação nessas atividades escolares, portanto, a Lei
de Diretrizes e Bases (LDB) enfatiza no Artigo 4º, Inciso III que

o dever do Estado com educação pública será efetivado mediante a garantia


de atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de Ensino (Redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013) (Brasil, 2013),

ou seja, é dever do Estado conceder suporte as escolas públicas, garantindo


que os educadores da rede pública de ensino estejam preparados para incluir e
ensinar esses alunos que necessitam de um cuidado a mais quanto a forma de
ensinar. Tendo isso em vista, como estratégia para superar desigualdades e
exclusões, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) preconiza que os sistemas
de ensino devem adotar planejamentos flexíveis, os quais reconheçam as
necessidades individuais de cada estudante. Além disso, é fundamental que esses
planejamentos abordem a inclusão de maneira abrangente, promovendo, assim, a
equidade educacional. Incluindo, de forma específica e breve, a atenção aos alunos
com deficiência. Então para que isso ocorra de maneira efetiva, a cada 10 anos é
elaborado um novo Projeto Nacional de Educação (PNE), ao qual é debatido através
da Conferência Nacional de Educação (CONAE), onde professores, diretores e
gestores se reúnem para debater e elaborar o próximo PNE, sendo este dividido por
metas a serem alcançadas durante o período vigente desse plano e, no que se trata
da educação inclusiva para pessoas com deficiência, TGD e superdotação, o PNE
fomenta em uma de suas metas que

4) toda a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deve ter acesso à
educação básica e ao atendimento educacional especializado, de
preferência na rede regular de ensino, com a garantia de sistema
educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas
ou serviços especializados, públicos ou conveniados. (Brasil, 2023)

Sendo assim, você (professor, diretor ou gestor), busque ficar por dentro
dessas conferências, pois é nesse momento de reunião onde diversas ideias serão
ouvidas e discutidas, e o CONAE é, sem dúvidas,

o mais importante espaço democrático de reconstrução de consensos entre


atores sociais diversos e diferentes em nosso país. Assim, apontará novas
perspectivas para organizar a educação nacional na forma de um Sistema
Nacional de Educação (SNE) e para assegurar as bases constitutivas do
Plano Nacional de Educação (PNE) para a próxima década. (Brasil, 2023)

Então, se deseja que haja uma melhora na inclusão das pessoas com
deficiência, TGD e superdotação no ensino, busque comparecer a essas
conferências, para que sua opinião seja ouvida e que você possa ouvir a opinião,
para que haja o debate e, de forma democrática, cheguem a um consenso e, assim,
melhore a qualidade do ensino para todos.

Referências:

BRASIL. Documento de Referência da CONAE. Disponível


em:<https://undime.org.br/uploads/documentos/php7zlq9s_652f0d6b37e5b.pdf>.
Acesso em: 7 dez. 2023.

BRASIL. Lei nº 12796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências.
[S. l.], 4 abr. 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília:


MEC, 2018.

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