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INCLUSIVA
ISBN 978-85-9502-034-4
Introdução
Você sabia que a construção de sistemas educacionais inclusivos está
orientada por ações de formação docente e organização do atendimento
educacional especializado? Elas visam à equiparação de oportunidades
de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida.
Para que esses sistemas educacionais sejam colocados em prática nas
escolas, é essencial a participação dos dirigentes estaduais e municipais
de educação no processo. Por isso foi criado o documento intitulado
Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade.
Neste texto você vai ver os principais objetivos do programa e com-
preenderá de que maneira ele orienta as práticas inclusivas.
em relação aos seus direitos mais essenciais. É com essa perspectiva de melhoria
de condições e oportunidades para as pessoas com deficiência que o País vem
juntando esforços, estabelecendo parcerias entre os governos federal, estadual
e municipal, as iniciativas privadas, as organizações não governamentais e
a sociedade em geral. A educação inclusiva é uma das principais iniciativas
para colocar a pessoa com deficiência no papel de protagonista da sua própria
trajetória de estudante, cidadão e trabalhador. Assim, ela conquista maior
autonomia e a garantia dos seus direitos, o que é considerado um avanço na
história da educação especial.
Com o intuito de estabelecer as diretrizes para a implantação da educação
inclusiva no Brasil, foram promulgadas leis, elaborados documentos e políticas
e desenvolvidas ações que visam a orientar as práticas e dispor sobre os direitos
das pessoas com deficiência. Você deve conhecer a Declaração de Salamanca
(é um documento internacional do qual o Brasil é signatário), a LDB 9394/96, a
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,
o Plano Nacional de Educação e o Programa Educação Inclusiva: Direito à
Diversidade, com o qual você se familiarizará melhor neste texto.
O Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade tem como base
a diretriz da LDB que estabelece que a educação é direito de todos e que as
pessoas com deficiência devem ser inseridas na escola regular por meio da
educação inclusiva. Esse programa se configura em um projeto de ação para
subsidiar as práticas inclusivas nos estabelecimentos de ensino dos municípios-
-polo e, consequentemente, dos municípios da área de abrangência, procurando
ampliar o seu alcance com o passar do tempo.
O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial,
desenvolveu o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade em to-
dos os estados e no Distrito Federal, envolvendo 106 municípios-polo. Estes
são responsáveis por atuar como multiplicadores para os municípios da sua
área de abrangência, compreendendo, na época da publicação do documento
orientador, em 2003, 1.869 municípios.
O programa ressalta a importância da formação de gestores e educadores
para efetivar a transformação dos sistemas educacionais em sistemas edu-
cacionais inclusivos. Para isso, tem como princípio a garantia do direito dos
alunos com necessidades educacionais especiais de acesso e permanência,
com qualidade, nas escolas regulares.
Ele traz como objetivos fundamentais disseminar a política de construção
de sistemas educacionais inclusivos e apoiar o processo de implementação e
consolidação do próprio programa nos municípios brasileiros; sensibilizar e
envolver a sociedade e a comunidade escolar, em particular, na efetivação da
destinados aos professores que atuam nas classes comuns do ensino regular,
educadores que atuam no apoio educacional especializado, diretores, coor-
denadores pedagógicos e demais profissionais da educação.
O MEC/SEESP disponibilizará recurso financeiro e material instrucional
aos municípios-polo para a execução do Projeto de Formação de Gestores e
Educadores.
Os recursos repassados pelo MEC aos municípios-polo deverão ser utiliza-
dos para hospedagem, alimentação e transporte de instrutores e participantes
da área de abrangência, reprodução de materiais instrucionais, aquisição de
materiais de consumo utilizados nos cursos de formação de gestores e edu-
cadores, pagamento de hora/aula dos instrutores; aluguel de equipamentos de
áudio e vídeo e material de divulgação. Deve ser enviada ao MEC, imedia-
tamente após a realização do Curso de Formação de Gestores e Educadores,
a prestação de contas.
A SEESP fará a avaliação e o acompanhamento das ações do programa. Os
municípios-polo devem informar os dados solicitados referentes aos indicadores
estabelecidos pelo programa.
O documento orientador traz ainda, nos anexos, a carta de acordo, o modelo
para o projeto do Curso de Formação de Gestores e Educadores, o cronograma
do curso, o modelo de planilhas para a prestação de contas, além da relação
dos municípios-polo.