A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece competências essenciais que devem ser desenvolvidas por todos os alunos brasileiros. Sua implementação visa reduzir desigualdades educacionais e preparar estudantes para os desafios da sociedade moderna. As tendências pedagógicas progressistas apoiam os objetivos da BNCC ao promoverem autonomia e pensamento crítico nos alunos.
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Título original
[PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL] A Base Nacional Comum Curricular e as práticas pedagógicas
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece competências essenciais que devem ser desenvolvidas por todos os alunos brasileiros. Sua implementação visa reduzir desigualdades educacionais e preparar estudantes para os desafios da sociedade moderna. As tendências pedagógicas progressistas apoiam os objetivos da BNCC ao promoverem autonomia e pensamento crítico nos alunos.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece competências essenciais que devem ser desenvolvidas por todos os alunos brasileiros. Sua implementação visa reduzir desigualdades educacionais e preparar estudantes para os desafios da sociedade moderna. As tendências pedagógicas progressistas apoiam os objetivos da BNCC ao promoverem autonomia e pensamento crítico nos alunos.
A Base Nacional Comum Curricular é um documento atual e completo,
construído com a colaboração de especialistas de diversas áreas que estipula os conhecimentos que devem ser garantidos aos estudantes durante a Educação Básica. Sendo assim, visa nortear o currículo escolar das escolas públicas e privadas de todo o país, garantindo aos alunos o direito de acessar informações e habilidades comuns fundamentais. Desse modo, o aperfeiçoamento na qualidade da educação e a redução da desigualdade são realizações almejadas. Se fazia necessário o surgimento de diretrizes com o objetivo de tornar a formação básica mais nivelada. A criação da BNCC era esperada desde 1988, no ano de 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional reforçou sua imprescindibilidade e em 2014 se tornou uma meta do Plano Nacional de Educação. Com isso, espera-se que através de sua implementação os estudantes desenvolvam aptidões e saberes necessários para a atualidade, que o corpo docente passe por constante atualização e que os recursos e práticas pedagógicas sejam inovadores. Para a Educação Básica, a BNCC estipula 10 competências que são fundamentais para o desdobramento daquilo que é estabelecido pelo documento. Sendo elas definidas como mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para deliberar sobre problemas da vida cotidiana, profissional e social. Desse modo, o aluno será preparado para ter mais independência, uma visão crítica e empática, causando uma transformação na sociedade, convertendo-a para uma realidade mais humanizada, justa e sustentável. O estudante tornou-se protagonista da Educação, sendo necessária a atualização dos educadores, das metodologias e de tornar o uso da tecnologia um aliado no desenvolvimento do aprendizado e das habilidades necessárias. O objetivo deste trabalho é apresentar e esclarecer a BNCC e estabelecer uma relação com as tendências pedagógicas. Evidenciando, assim, a importância de uma educação modernizada capaz de atingir a todos, com qualidade, nivelada, capaz de desenvolver aptidão aprender a aprender e focada em acolher, reconhecer e desenvolver plenamente os estudantes com suas singularidades e diversidade. 2. DESENVOLVIMENTO
Durante o desenvolvimento do Brasil, ocorreu um processo de naturalização
das desigualdades, inclusive no que se diz respeito ao âmbito educacional. Não é raro encontrar histórias sobre escolas com estrutura prejudicada, estudantes que cresceram com situação econômica precária, obrigando-os a abandonar a escola e a começar a trabalhar muito cedo ou que cresceram em um ambiente familiar violento, principalmente quando se leva em consideração recortes relacionados à raça e ao gênero. Consequentemente, diante desse cenário, são notáveis as diferenças no acesso à educação, na permanência estudantil e no desempenho do aprendizado. Tais desafios foram, e ainda são, diversas vezes ignorados com base em um ideal meritocrático. Uma ideologia que tem como visão que todo indivíduo é capaz de prosperar sem o auxílio da família, da sociedade e do Estado, ignorando também que para a ocorrência de tal feito é necessário que exista igualdade nas condições sociais, econômicas e psicológicas. Diante dessa problemática surge a necessidade de diretrizes, documentos normativos que venham direcionar a Educação Básica para um caminho que possui como finalidade combater e diminuir essas desigualdades, onde existe o reconhecimento que cada estudante possui uma necessidade específica. Desde o ano de 1988, com a Constituição Cidadã, era esperado que o acesso à Educação fosse garantido a toda a população e capaz de potencializar plenamente seu progresso. Conforme previsto no artigo 205 da Constituição Federal: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Então em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ocorre o reconhecimento da necessidade da criação de uma base nacional capaz de assegurar uma formação básica universal. Segundo o que a lei define como dever da União, em seu inciso IV do artigo 9º: […] estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum. Apenas em 2014, com a Lei n° 13.005/2014 que aprovou o Plano Nacional de Educação, a Base Nacional Comum Curricular foi definida como meta. De acordo com o que consta na estratégia 7.1, da Meta 7 do PNE: […] estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local.
A BNCC foi homologada em 20 de dezembro de 2017, contendo as
aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas com todos alunos, conduzindo a educação básica para uma nova proposta de ensino e estruturada com dez competências. Devendo ser efetivadas e introduzidas nos currículos pedagógicos das instituições públicas e privadas desde 2019. Tais competências são definidas pela BNCC como “a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”. Está acontecendo uma mudança na educação, o aluno não possui mais um lugar passivo em sua educação, onde ele deve aceitar tudo o que lhe é dito sem o direito de analisar e questionar. O cenário atual da sociedade colabora muito para essa transição, percebe-se que as novas gerações estão cada vez mais curiosas e há um fácil acesso à informação possibilitado pelos meios digitais, algo que pode ser muito positivo, visto a enorme quantidade de informações enriquecedoras que se pode acessar pela internet, mas também pode ser negativo, já que existem muitas informações com ideias equivocadas e carregadas de mentiras. Para que a prática educativa aconteça de forma adequada, surgiram as tendências pedagógicas. A sociedade brasileira vivenciou diversos momentos culturais e políticos que foram grande influência na criação das tendências pedagógicas, sendo elas pertinentes no processo educativo. Essas pedagogias podem ser divididas em dois grupos, Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista, conforme proposto por Libâneo. As tendências liberais possuem como ideologia que a escola deve capacitar os alunos para realizar vários papéis sociais com base em suas habilidades. Enquanto as tendências progressistas deixam implícito o papel social e político da educação derivado de uma avaliação crítica da realidade dos grupos sociais. Ambos grupos, Liberal e Progressista, são aplicados na prática educativa e não são necessariamente excludentes, podendo se completar em determinados momentos e divergir em outros. Conforme as classificações propostas por Libâneo, as tendências progressistas podem ser divididas em Libertadora, Libertária e Crítico-Social dos conteúdos. Sendo elas definidas como:
- Libertadora: É conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, defende
a autogestão pedagógica e é antiautoritarismo. Essa pedagogia faz uma ligação da educação com a luta e a organização das classes sociais. O aprendizado acontece com base em uma análise crítica de uma problemática que se aproxima da realidade do aluno. - Libertária: Assim como a Libertadora, defende a autogestão pedagógica e o antiautoritarismo. O conhecimento sistematizado possui valor somente se possibilitar o seu uso material, ou seja, apenas o que é vivenciado pelos estudantes será absorvido e passível de aplicação em novas conjunturas. Empenha-se com o desenvolvimento da aprendizagem em grupo e promove a total liberdade das pessoas. - Crítico-Social dos conteúdos: Enfatiza a prioridade dos assuntos ao dividirem o mesmo espaço que as realidades sociais. Baseada no ideal da aprendizagem significativa, que possui origem no que o aluno já conhece. A escola deve instruir os estudantes de modo assegurar uma preparação para que possam agir de forma ativa e organizada na democratização da sociedade.
Essas tendências progressistas possibilitam ao aluno autonomia sobre a sua
educação. Através desses caminhos os discentes irão adquirir as aprendizagens essenciais da formação básica e também desenvolverá uma visão crítica, coletiva e justa, que os possibilita ter um comportamento ativo para a transformação da sociedade. Essas características possibilitadas pelas tendências progressistas vão de encontro com o que se espera com a implementação da BNCC, desse modo podem e devem ser aplicadas na aplicação das competências descritas pela Base, a fim de tornar a Educação mais moderna no desenvolvimento da Formação Básica comum e reduzindo as desigualdades educacionais. 3. CONCLUSÃO
Ao observar o histórico do desenvolvimento da Educação no Brasil, torna-se
nítida a necessidade e a importância da criação e da implementação da Base Nacional Comum Curricular. Um país carregado por desigualdades sociais necessita passar por mudanças e a educação é peça fundamental para que elas ocorram, iniciar um processo que promove a redução de desigualdades no âmbito educacional é também sobre proporcionar independência e domínio dos discentes perante aos conhecimentos básicos que devem ser adquiridos por eles na Educação Básica. Desse modo, esses alunos poderão fazer uso desses conhecimentos e habilidades para se inserirem no mercado de trabalho, lidar com as questões da vida social e agir em prol de uma sociedade mais justa e humanizada. É imprescindível que as instituições de ensino públicas e particulares insiram as competências gerais da BNCC em seus currículos. Os docentes devem ser instruídos a realizar a aplicação do que é proposto nesse documento refletindo sobre qual seria a melhor tendência pedagógica a ser utilizada, principalmente as tendências progressistas que estão mais de acordo com as propostas da BNCC. Essas alterações irão possibilitar uma melhoria na qualidade do ensino e tornar a formação básica mais nivelada. Ao realizar esse trabalho foi possível compreender de forma mais precisa quais são os objetivos e as instruções da BNCC. Desse modo, tornou-se maior a inteligibilidade sobre sua importância e os possíveis impactos que sua aplicação irá causar na Educação, na sociedade e na vida dos alunos. Sendo assim, é possível concluir que a Base possui diretrizes que caminham para um aperfeiçoamento da educação em diversos aspectos, as instituições de ensino e os educadores devem se empenhar na aplicação das competências gerais buscando sempre inovar, a fim de atender as necessidades, coletivas e singulares, dos educandos visando o melhor desenvolvimento de seu aprendizado e de suas habilidades. REFERÊNCIAS
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BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Brasília. 2018.
BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE). Lei Federal n.º 13.005 DE 2014. Brasília: MEC, 2021.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394 de 1996.
Brasília: Subsecretaria de Edições Técnicas, 2017.
SANTOS, Raquel Elisabete de Oliveira. Pedagogia histórico crítica: que pedagogia é
essa? Horizontes, v. 36, n. 2, p. 45-56, mai./ago. 2018.
SILVA, Aracéli Girardi da. Tendências pedagógicas: perspectivas históricas e
reflexões para a educação brasileira. Unoesc & Ciência, v. 9, n. 1, p. 97-106, jan./jun. 2018.
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