Este trabalho, pensando sobre um projeto de ensino, utiliza-se de
temáticas como a leitura de mundo, variação linguística e alfabetização e letramento, sendo que esse projeto visa contemplar a modalidade de Ensino para Jovens e Adultos. Compreende-se que muitos profissionais da Pedagogia possuem uma certa preferência para trabalhar com crianças, especialmente tendo em vista que o processo de formação contempla a fundo tal público. Sendo assim, esse plano de aula define-se como uma possibilidade de se pensar sobre as demandas específicas da EJA, como por exemplo, a questão da variação linguística. Verifica-se que o perfil dos alunos da EJA demandam diferentes estratégias para o processo de alfabetização, estratégias essas que devem aproximar o cotidiano dos indivíduos dos conhecimentos acadêmicos formais, sempre valorizando os saberes já existentes e assim, construindo novos conhecimentos. Essa temática se mostra altamente relevante porque representa uma situação concreta do educador, a produção textual a seguir irá explorar as particularidades inerentes às turmas de alunos da EJA, além de questões do processo de ensino, como a variação linguística, que fora citada anteriormente, o conceito de leitura de mundo proposto por Paulo Freire e a alfabetização e letramento. TEMA
Inicialmente, para se pensar sobre a temática da Educação de Jovens e
Adultos, faz-se necessário conhecer acerca da linha do tempo evolutiva dessa modalidade, observa-se que o último decênio é marcado por uma cadeia complexa de fenômenos a nível nacional e estadual que apresentam a consolidação desta modalidade de ensino na educação formal e fomentam profusas reflexões pedagógicas. Simultaneamente e em constante contiguidade, constata-se que a história da educação orienta-se nos movimentos do percurso de desenvolvimento dos modelos econômicos e político, isto posto, a trajetória das relações de poder e assim sendo, das classes que possuem o poder (FEITOSA, 2015, p. 24). Uma concepção comum a uma grande quantidade de pessoas, segundo Julião, Beiral e Ferrari (2017) é a de que a escola ainda é considerada como um recinto privilegiado de contato a um saber socialmente enaltecido. Diante disso, ela é classificada como um espaço distinto de trabalho com os conhecimentos elaborados no processo de desenvolvimento da humanidade. No entanto, a escola também compreende em si uma função social, o encargo em questão integra-se da responsabilidade de moldar cidadãos, da mesma maneira que, possibilita a produção de saberes imprescindíveis que objetivam o acréscimo em sociedade de crianças, jovens e adultos. Observado como um espaço caracterizado pela presença de relações humanas a nível social, a escola deve se mostrar caracterizado como um espaço designado para o cuidar, o construir e da ação humana em qualquer momento do seu desenvolvimento e das variadas formas de estruturação do conhecimento gerados pelos educandos. Por fim, Feitosa (2015) aponta que diante do processo de escolarização da população analfabeta e com baixa escolarização, constata-se que a escola não pode fundamentar-se em posturas excludentes no que refere-se aos conhecimentos adquiridos pelos alunos em suas vivências cotidianas e atribuir validade somente ao saber tido como verdadeiros e oficialmente estipulados. Sua função deve objetivar a elaboração de comunicação entre os saberes, nessa conformidade, viabilizar o surgimento de outros idoneidades a partir dos conhecimentos populares, potencialmente, formas de saberes mais acessíveis e inclusivos para os indivíduos pertencentes às camadas populares. Em suma, constata-se que a função social da escola de modo mais adequado, seria ensinar afazeres e interesses com valores basilares ao cotidiano das populações marginais. JUSTIFICATIVA
A relevância de se pensar sobre a alfabetização e do letramento para o
público da EJA se mostra quando consideramos a essencialidade do acesso ao mundo da leitura e da escrita, principalmente na esfera do trabalho, tal importância afirmasse também quando temos plena consciência que o alcance da instrução educacional é um direito respaldado na Constituição Federal do Brasil (1988) (JULIÃO; BEIRAL; FERRARI, 2017). Pensando sobre o contexto de uma sociedade letrada, a falta das habilidades de leitura e escrita tornam o analfabeto um marginalizado socialmente, visto que as questões burocráticas, financeiras e sociais da atualidade são demandas de alta relevância e que por sua vez necessitam de pessoas alfabetizadas. O conhecimento, neste contexto, as habilidades de leitura e escrita, tidas como simples pelo coletivo, configuram-se como um poderoso instrumento de liberdade e emancipação que todos devem poder usufruir (PAIVA, 1973). A essencial base da primordialidade de se trabalhar a variação linguística na EJA se mostra a partir da questão voltada para o público desta modalidade em si, Santos (2018) observa que o grupo de educandos presentes nessa modalidade é altamente heterogêneo, além da diversidade inegável, um fator que merece ênfase é que tais estudantes muitas vezes pertencem a classes sociais menos favorecidas, desta forma, em muitos casos o seu contato com a língua é marcado por desmerecimento e julgamento negativo de sua própria forma de expressão. Viabilizado pela validação da capacidade linguística que os educandos já possuem e se afastando dos juízos de valores, o educador deve ter como objetivo a aproximação da matéria para a realidade desses alunos, despertando interesse e assim, no desenvolvimento do trabalho, possibilitando aos educandos a apropriação de novas maneiras de expressão e da capacidade de adequação aos diferentes contextos. Nota-se que a abordagem de alfabetização proposta por Paulo Freire utilizando-se dos “temas geradores”, como mostra Moreira e Souza (2015) se mostra altamente recomendada para a EJA, porque além, de possibilitar a criação de um gosto pela escrita e leitura dos educandos desta modalidade, a utilização de códigos culturais locais e sociais comuns propiciam a aproximação do ensino a realidade dos jovens e adultos, criando uma ambiente de ensino pautado no respeito aos conhecimentos prévios do aluno e estimulando a construção de novos saberes. PARTICIPANTES
Os participantes que serão contemplados por esse plano de aula
referem-se aos alunos (as) do programa da Educação de Jovens e Adultos (EJA), mais especificamente aos que encontram-se no processo de alfabetização, tendo em vista que esse plano de aula é pensado de forma a oportunizar a alfabetização e letramento dos que encontram-se nessa modalidade de ensino. OBJETIVOS Objetivo geral: Refletir acerca da validade da diversidade linguística e seus desdobramentos no processo de alfabetização; Objetivos específicos: Compreender a relação entre a linguagem e o contexto. Entrar em contato com a diversidade linguística do Brasil. Desenvolver a prática consciente da língua. PROBLEMATIZAÇÃO
Problematizando a temática, verifica-se a existência de múltiplos
desafios assim como possibilidades para a efetivação do direito à Educação de Jovens e Adultos, os principais desafios conferem-se no âmbito de aprendizagem e permanência dos alunos da EJA. Observa-se que esses desafios se mostram intimamente ligados à situação do fracasso escolar vivenciado, tal contexto situacional também caracteriza-se pela presença de baixa autoestima por parte dos educandos adultos, esses fatores comprometem diretamente o retorno dos alunos à sala de aula devido a exposição acerca de um auto imagem claramente fragilizada e marcada pelo surgimento de sentimentos de desvalorização social e insegurança, como é explicado por Feitosa (2015, p. 26). Pensando sobre as oportunizados visando a efetivação do direito à Educação de Jovens e Adultos está estreitamente ligada aos processos de ressignificação da escola na visão dos estudantes, assim como, a reconstrução da sua autoestima e auto imagem como aluno. Observa-se a importância do papel da instituição de ensino e primordialmente, do processo no processo de aprendizagem (SANTOS, 2018). Afastando-se de um modo de ensino tradicional de transmissão de conhecimento, onde os estudantes são tidos como tábulas vazias e o professor, posto um patamar mais alto na hierarquia do saber, verifica-se que a pedagogia Freiriana se mostra mais bem sucedida no ensino da EJA, principalmente pelo fato de que tal modalidade de ensino tem grande ênfase nos estudos de Paulo Freire (DIOGO; GORETTE, 2011). De acordo com Paulo Freire, às vivências dos estudantes e os conhecimentos construídos a partir destas devem ser respeitados e valorizados nas relações entre aluno e professor e entre aluno e conhecimento. Comprovando sua eficiência em organizar o próprio processo de aprendizagem em conjunturas didáticas engendrado pelo professor em uma metodologia interativa baseada no cotidiano desse indivíduo, ele constitui o aluno como sujeito e não o reduz a um objeto do processo educativo. REFERENCIAL TEÓRICO
Visando delimitar o caráter do público da EJA, se mostra necessário
realizar um movimento de investigação do processo histórico desta modalidade de ensino englobando os aspectos mais gerais até os pormenores que constituem o objeto de questionamento deste texto (JULIÃO; BEIRAL; FERRARI, 2017). A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (BRASIL, 1988), marco legal de suma relevância para o entendimento da EJA que a definiu como modalidade da Educação Básica na configuração contemporânea da sociedade, é o documento que começa a criar contornos acerca do perfil do público dessa modalidade de Ensino, utilizando-se especificamente do artigo 205, constata-se que a Constituição Brasileira assegura o ingresso à escola a todos, não atribuindo especificidades que resultam em exclusão de algum tipo de público ou condições especiais para tal acesso. Pensando sobre o artigo 205, contudo, engendrando uma compreensão valendo-se de outros referenciais legais substanciais, a LDB e as Diretrizes Nacionais Curriculares (Resolução CNE/CEB nº 01/2000 – BRASIL, 2000) e Operacionais (Resolução CNE/CEB nº 03/2010 – BRASIL, 2010, observa-se que três princípios presentes no mesmo se mostram substanciais para o entendimento da temática proposta, nomeadamente: o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (JULIÃO; BEIRAL; FERRARI, 2017). Pode-se identificar, segundo Paiva (1973) que o pleno desenvolvimento do indivíduo ocorre com o ganho de consciência acerca do seu pertencimento sociocultural edificado em consonância as conjecturas escolares alinhadas às suas experiências e anseios, gerando assim uma postura de participação socialmente ativa da pessoa, compreendendo tanto a esfera social quanto a econômica, e sendo munido da possibilidade de argumentação crítica. O princípio particular anteriormente fomenta uma necessidade de se pensar e criar uma escola que considere e atenda as singularidades e as demandas das pessoas envolvidas. Tendo isso em vista, o 4º artigo da LDB atribui ênfase à reestruturação do EJA como modalidade da Educação Básica, sendo ela totalmente gratuita no Ensino Fundamental e Médio, compreendendo as disponibilidades e demandas dos educandos. Realizando uma referência ao pensamento defendido por Haddad e Di Pierro (2000), observa-se que a LDB juntamente com o firmamento dos princípios da Constituição Federal, trouxeram à luz questões contemporâneas fundamentais a serem ponderadas, por exemplo, a necessidade de identificar o papel da educação em cenários históricos e políticos, a criação de estratégias para garantir direitos já conquistados e mais recententemente, discorrer acerca da diversidade do público da EJA. Diferencia-se nitidamente a influência pautas apresentadas pela LDB tiveram em território brasileiro, acrescido a uma atmosfera de acentuada mobilização referente ao sentido da EJA caracterizada como modalidade da Educação Básica, observa-se como consequência a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos (Resolução CNE/CEB nº 01/2000 – BRASIL, 2000), que, contido em sua concepção (CNE/CEB nº11/2000 (BRASIL, 2000), evidencia a recognição por parte do Conselho Nacional de Educação (CNE) da visão de EJA como “um modo de existir com característica própria” (BRASIL, 2000, p. 26), necessitando a sua evolução reverenciar “as situações, os perfis dos estudantes, as faixas etárias” e se orientar “pelos princípios de equidade, diferença e proporcionalidade na apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de um modelo pedagógico próprio” (BRASIL, 2000). Pensando sobre as particularidades do público atendido pela modalidade da Educação Básica de Ensino de Jovens e Adultos em uma única palavra: diversidade. Verifica-se que partindo do pressuposto básico da diversidade, que engloba em sua própria definição a qualidade daquilo que é diverso, diferente, outras características é a gratuidade, considerando o direito constitucional à Educação, o que guia o nosso entendimento a facilidade de acesso a tal modalidade de um público heterogêneo, de variadas características biopsicossociais, dentre essas, observa-se a multiplicidade de faixas etárias, sexualidades, gêneros, credos religiosos, situações sociais e ocupações profissionais (FEITOSA, 2015). Citando diretamente Freire (2011, p. 15): “O ato de aprender a ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisas que os seres humanos fazem antes de ler a palavra”, podemos compreender o conceito de “ler o mundo” como o entendimento de que o processo de alfabetização se inicia anteriormente ao acesso à educação formal escolar, considerando os conhecimentos adquiridos a partir de vivências e interações nos diferentes grupos sociais no quais o indivíduo está inserido. Esses conhecimentos tidos como informais advindos de fora da escola, segundo Moreira e Souza (2015) que podem ser considerados uma leitura de mundo por parte do sujeito e a apreciação destes conhecimentos por parte dos professores do EJA possuem alta influência na possibilidade do fracasso escolar, tendo em vista que o interesse e a vontade de estudar por parte do educando, quando norteada por seus interesses e por sua leitura de mundo, geram resultados mais positivos. Considerando o exemplo nos trabalhos de Moreira e Souza (2015) sobre uma aluna de 62 anos, cuja a resposta para o questionamento do motivo principal para o seu interesse em aprender a ler foi a de poder realizar a leitura da bíblia, considerando que a religiosidade é um tema do mundo e de interesse da educanda em questão, podemos concluir que a melhor forma de incentivar o gosto pela leitura e escrita nos educandos da EJA é partir de uma leitura de mundo para assim alcançar a leitura da palavra, como sugere o título da produção acadêmica. A estratégia de alfabetização freireana dos “temas geradores” se mostra como um caminho de grandes potencialidades para não somente alfabetizar, mas, também criar um gosto real pela leitura e escrita dos educandos jovens e adultos. A utilização de códigos culturais locais e sociais comuns pertencentes a sala de alunos jovens e adultos cria uma atmosfera de aprendizagem pautada no respeito, por parte do educador, pelos conhecimentos prévios que os educandos possuem e também estimula a participação da construção do conhecimento por parte dos estudantes, considerando que os mesmos não são se sentem distantes dos assuntos estudados (SANTOS, 2018). Entende-se que os temas geradores como estratégia de alfabetização possibilitam a construção do conhecimento e não a transmissão do mesmo, prática essa de relação de cunho dialógico, que gera comunicação assim como fomenta discussões intersubjetivas. A produção de sentidos que recriam e reforçam os saberes encontram nas discussões intersubjetivas em sala a possibilidade de aprimoramento de sentidos já existentes. Definido como um processo independente da Alfabetização, porém, visceralmente vinculado temos o Letramento, Soares (2016), destaca a contemporaneidade do uso da palavra “letramento”, que significa o processo de relação das pessoas com a cultura escrita. Sendo assim, se mostra errôneo afirmar que um sujeito é iletrado, devido ao fato de que todos os indivíduos possuem um contato direto com o mundo escrito. No entanto, constata-se a existência de diferentes níveis de letramento, que possivelmente variam de acordo com a realidade cultural. Considerando novamente sobre a afirmativa anterior a respeito do caráter errôneo de se afirmar que uma pessoa é iletrada, podemos desenvolver tal assertiva quando observamos, a partir de uma análise dialética do processo evolutivo humano, onde ocorre a assimilação do mundo no qual está inserido e a existência de uma leitura crítica do mundo concreto antes mesmo de conquistar o aprendizado da escrita. Em conclusão, distingue-se o caráter social e a necessidade de uma perspectiva da conjuntura social em que o sujeito está inserido no que refere- se ao Letramento. Em oposição, observa-se a individualidade como característica central da Alfabetização. METODOLOGIA
Visando a preparação adequada para a atividade, será realizado um
processo de pensar sobre os objetivos propostos no plano de ensino e as interlocuções com a BNCC, oportunizando o desenvolvimento do conteúdo e o planejamento da forma de trabalho. No primeiro encontro, a sala será organizada e preparada de forma a ser capaz de reproduzir um vídeo previamente baixado em um pendrive. Será utilizado o vídeo “Preconceito e a língua que falamos” do canal “Português é legal” (https://www.youtube.com/watch?v=hfpfFQ_NVgg), após isso, duas questões serão escritas na lousa: “Como explicar o que é preconceito linguístico?” e “Quais são os tipos de variação linguística?”, será realizado um debate visando conhecer os conhecimentos dos estudantes sobre a temática, no processo do debate, elementos teóricos serão introduzidos. Os alunos deverão responder essas perguntas no caderno e em casa para a próxima aula, utilizando-se também dos conteúdos desenvolvidos no debate. No segundo encontro, os aluno devem formar grupos e após conversarem entre si sobre as questões colocadas e as respostas escritas, ainda em grupos, será iniciado um debate acerca dos resultados obtidos, sempre estimulando que os exemplos venham de situações vividas pelos educandos, validando a diversidade linguística inerente aos alunos e seus conhecimentos, além, de sempre dar ênfase na necessidade de desconsiderar os juízos de valores, configurando assim um ambiente onde o aluno sinta-se à vontade para expressar-se e assim, desenvolver a segurança de treinar a leitura, sem medo de julgamentos. No terceiro encontro, será solicitado que os alunos, neste momento individualmente, elabore uma redação sobre o tema da aula, abordando exemplos de variações linguísticas presentes em seu cotidiano, principalmente em músicas, livros e filmes, que será recolhida e lida na próxima aula para a sala. No quarto encontro, após a leitura das redações por parte dos educandos, será realizada uma conversa e exercício teatral de representação da situação acerca da relação existente entre os contextos e a diversidade da língua, explorando especialmente formas de tratamento em diferentes situações, como por exemplo, em uma entrevista de emprego. No entanto, sempre desenvolvendo o senso crítico de que a variação linguística não é um defeito e que este não deve ser visto negativamente. CRONOGRAMA
Etapas do projeto Período
1. Planejamento 01 semana 2. Execução 04 semanas 3. Avaliação 01 semana RECURSOS Materiais a serem utilizados: Professora (o) que trabalha com a alfabetização e o letramento, projetor de vídeo ou televisão com entrada para pendrive, pendrive com o vídeo mencionado, lousa, giz, cadernos e canetas. AVALIAÇÃO O processo avaliativo será pautado nas atividades feitas no caderno, na redação entregue e na participação das atividades. Os elementos a serem avaliativos referem-se a escrita (concordância, ortografia, coesão, pontuação e etc), as leituras realizadas e a participação. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse projeto de ensino, realizado pensando sobre situações cotidianas
dos profissionais da educação inseridos na modalidade de Ensino de Jovens e Adultos se mostra demasiadamente relevante para o nosso processo de formação, enquanto graduandos, visto que nos estimula a repensar as práticas pedagógica, objetivando a adequação do público em questão e a melhor qualidade de ensino. Observa-se a necessidade da ponderação sobre das questões sociais intrínsecas a modalidade de Ensino de Jovens e Adultos, a compreensão desses fatores sociais foi alcançada durante a atividade no processo de exploração da trajetória da EJA no Brasil por meio dos artigos presentes na referência bibliográfica, o entendimento acerca dos marcos legais, avanços e regressos presentes na história desta modalidade definitivamente possibilitaram a gênese de uma visão diferenciada e mais completa acerca desta modalidade de ensino e sua importância. Se mostrou igualmente necessário a exploração sobre a diferença entre a alfabetização e o letramento, tendo em vista que o entendimento acerca das diferenças entre esses processos concomitantes contribui para o entendimento e a validação sobre os conhecimentos prévios que os jovens e adultos possuem ao ingressar novamente na escola. Por fim, manifesta-se a óbvia necessidade de se falar de um dos maiores educadores de jovens e adultos de todos os tempos, Paulo Freire, seus conhecimentos e abordagens, nomeadamente, a utilização de temas geradores e o conceito de leitura de mundo, se configuram como a base necessária para os educadores alcançarem a maior consciência acerca do público desta modalidade e consequentemente, educarem com qualidade e promoverem mudanças individuais e sociais significativas na vida desses educandos. REFERÊNCIAS
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