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ENSINO FUNDAMENTAL II
1.INTRODUÇÃO
Esta pesquisa apresenta como objeto de investigação a compreensão que
professores do ensino fundamental II têm sobre o trabalho que desenvolvem em sala
de aula a alunos com surdez, assim como a visão que possuem em relação ao ser e se
fazer docente neste nível de ensino.
O professor têm um papel fundamental no processo de ensino e aprendizado
na educação fundamental e com uma criança surda ainda mais pois ele precisara
demandar não só uma transformação nas metodologias mas também devera suscitar
a necessidade de mudanças que devem ser feitas nos meios educacionais.
Sendo que nesta etapa do ensino ela se caracteriza, portanto, como de
fundamental relevância para a formação dos sujeitos, em virtude de ser o processo de
transição de criança para adolescência é a fase da vida na qual valores, competências
e habilidades são estimuladas e desenvolvidas, que trarão avanços significativos no
desenvolvimento humano em suas múltiplas dimensões. Por isso, a importância que o
docente que atua nesse campo tenha a real noção dos princípios e finalidades da
educação de surdos e seu real papel destinado ao ensino e aprendizagem dos
mesmos.
O professor precisa se olhar neste processo e não se exima uma vez sendo este
uma peça fundamental e também venha ele ter um olhar que no ensino
fundamental II é um ambiente riquíssimos de oportunidades e estímulos que
favorecem a socialização e consequentemente um ótimo desenvolvimento psíquico e
linguístico do aluno com surdez o qual dará a este alicerces firmes para sua progressão
ao ensino médio.
Esta presente dissertação de pesquisa a qual foi desenvolvida no Programa de
Pós -graduação comunicação e linguagem e cultura unama (PPG) pode ser
considerada como importante, tendo em vista que como bem compreendo Ambroseti
(2008), investigar o trabalho docente, na perspectiva da sua vivência profissional,
implica compreender os professores como atores sociais que, agindo num espaço
institucional dado, constroem, nessa atividade, sua vida e sua profissão. Ou seja,
Nesse sentido, este estudo ao ouvir sujeitos reais, que vivenciam a realidade
Educação do Ensino Fundamental II com alunos surdos , torna-se importante para se
refletir sobre o cotidiano, formação e prática em contextos reis de interação, o que
contribui para gerar discussões sobre uma temática que ainda é incipiente no
Programa de Pós-graduação Comunicação ,Cultura e Linguagem , ao se tomar por base
o pequeno número de produções acadêmicas no banco 1 de Teses e Dissertações do
referido Programa.
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As produções acadêmicas estão disponíveis no endereço: http://www.unama.br/brqppgclc/
Quando nos remetemos a idade média a qual sabemos que era uma sociedade divida
em feudos e era comum casamentos ente os membros da família , pois resolviam
casar seus filhos com seus parentes sendo comum casamentos entre primo com
primo ,sobrinhos com tio pois assim não repartiriam suas heranças e com isto
aconteciam os casamentos consanguíneos sendo assim era comum que se gerassem
descendentes com deficiências entre eles os surdos .Sabemos que neste período a
igreja católica exercia uma grande influência e não podemos esquecer a qual era
discriminatória á pessoas com deficiências Pois para ela o homem era a semelhança
de Deus ,Segundo Gênesis 1:26”Façamos o homem á nossa imagem ,conforme a
nossa semelhança...”com isto percebemos que a igreja utilizava se de um discurso no
qual aquele que não estivessem a semelhança de Deus não era considerado humano
ou seja utilizavam de palavras para estabelecer suas praticas discriminatórias para
tanto ,vamos as seguintes palavras :
Percebemos que surge assim um novo pensamento não tão significativo mas
importante para a vida das pessoas surdas por mais sutil que fossem neste período a
preocupação com este novo “sujeito “,que até então era segregado da sociedade por
ser considerado não produtivo economicamente para o contexto histórico ,como diz
Mazzotta(1999):
No ano de 1861 Huet deixa o Brasil pois vai para o México lecionar para os surdos
e nesta época passa a ser chamar se Instituto Nacional de educação de surdos
(INES) ficando na direção Ana Rímola de Faria Doria a qual proibiu o uso da íngua
de sinais nas salas de aula
No ano de 1911 o instituto teve que abolir o uso da língua brasileira de sinais da
educação de surdos pois precisou seguir determinação do congresso de Mundial
de surdos Mudos o qual ocorreu em Milão na Italia no ano de 1880.
È necessário frisar que este foi um momento no mundo muito obscuro aos surdos
na historia, pois as determinações do congresso foram :A fala é
incontestavelmente superior aos sinais e deve ter preferência na educação de
surdos ;O método oral puro deve ser preferido ao método combinado.
Pois foi um período em que as aulas tinham que ser apenas na forma
oral ,sabemos que na filosofia educacional para os surdos existe a vertentes de
filosofia do método do oralismo o qual é a defesa do aprendizado se da apenas
pela língua oral ,na verdade oralismo ele procura aproximar o surdo o máximo
possível do modelo ouvinte através da aprendizagem da língua.
Com isto percebemos que os surdos foram privados de usar a sua língua
materna ,sua língua de direito .Com isto novamente temos uma estagnação no
processo de ensino aprendizado dos surdos passam a ter insucessos ,isso nos
deixa claro um processo de exclusão uma vez que deveria ser evidenciado a
equiparação para a sociedade de cidadania do surdo e uma vez que são impostos
situações com a proibição da sua língua natural pois negaram lhe um aceso e está
afirmação levamos em conta Aranha (2000)” a ideia de inclusão se fundamenta
em uma filosofia que que reconhece e aceita as diversidades na vida em sociedade
E após Cinco após a sansão da lei aprova se o Decreto n° 5.626 de 22/12/2005, que
regulamenta a Lei nº 10.436/2002 e sendo que o decreto ele define quem é o surdo e
quem é o deficiente auditivo o mesmo faz muitas indicações sobre o atendimento
sobre a pessoas com surdez na oportunidade de igualdade de oportunidades pois além
do que especifica demais direitos dos cidadão dos surdos como área de
saúde ,educação , trabalho ,defende a cultura surda também pontua
significativamente a obrigatoriedade do interprete de libras e sua devida formação
segue o artigo que estabelece essa formação:
A educação Especial no Pará inicia –se com a criação das escolas que foram
criadas na década de 50 tanto pela esfera publica quanto pela iniciativa privada o
qual era para atendimento das diversas deficiências ,sendo cegueira ,deficiência
mental e surdez .
Sendo que a ação inicial do governo primeiramente foi voltada para a deficiência
visual através do decreto de lei nº1.300de 07/12/1953 no qual cria se a escola de
cegos no Pará e no ano de 1955 começa o atendimento dos mesmo e no ano
seguinte sanciona se a lei nº1400 o qual a escola destinada ao atendimento aos
deficientes visuais chama se Escola José alvares de Azevedo .
Percebemos que a Educação especial no estado ele começa pelos pelo deficientes
visuais sendo que já funcionava neste período no Brasil o atendimento a alunos
surdos como o INES o qual tinha sido criado em 1857 Institutos de surdos Mudos
do Rio de janeiro ,tem também o Instituto de Santa Terezinha o qual inicialmente
era um internato para meninas Surdas e Instituto Educacional São Paulo
_IESP,no ano de 1954.Sendo que no estado do Pará só no ano de 1960 ou seja
anos posteriores tanto no surgimento do estado quanto em outros lugares que já
existiam atendimento ao surdo que se abre um viés do governo para a área da
surdez ,cria se se assim a escola de surdos mudos profª Astério de Campos o qual
surge para oferecer atendimento .
Já no ano de 1965 ,através da Lei nº 3583 de 15 Dezembro as escolas de surdos –
mudos e de cegos deixam de ser escolas e passam a ser Instituto Prof, Asterio de
Campos e Instituto José Alvares de Azevedo ,onde inicia se assim o atendimento a
educação e reabilitação para um publico que vai de 0 até a idade adulta .
No ano de 1966 fortalece se a integração do deficiente visual com surgiu a
primeira classe braile .
Sendo que no ano de 1969 após três da implantação classe braile surge um plano
experimental o qual é a inserção dos alunos surdos na classe comum nas escolas
da área metropolitana nas tendo como suporte o professor especializado no qual
realizava vistas periódicas e as escolas que incialmente tiveram a inserção dos
alunos foram a Escola Salesiano do trabalho apenas voltado ao aprendizado em
marcenaria e no jardim de infância ,no grupos escolares Justo Chermont e José
Verissimo
no ano de 1971 se estrutura a Secretaria de Educação em uma assessoria
educacional dos excepcionais onde vai compreendia o serviço de educação nas
áreas de DM,DV e DA (Deficiência Auditiva ).Pois era prestado serviços como
avaliação e triagem dos casos que eram encaminhados para assessoria tendo
como responsabilidade o planejamento ,controle e avaliação da educação especial
mas tinha como abrangência as instituições especializadas Jose Alvares de
Azevedo ,Prof Asterio de Campo ,as classes especiais das rede regular de ensino na
capital e na Escola Lourenço Filho .
Como pode-se observar, no aspecto legal, o espaço AEE está bem situado e
delimitado quanto suas competências e responsabilidades. O fragmento legal
supracitado, apesar de conter aspectos relacionados a outras necessidades educativas
diferenciadas, busca extrair os elementos que contemplam os sujeitos Surdos e
deficientes auditivos, bem como, os papéis constitutivos de cada profissional nos
ambientes de ensino, e inclusive fora.
Ressaltamos que portanto, que a responsabilidade deve extrapolar os espaços
educacional especializado visto que, os ambientes de ensino são múltiplos e
que, principalmente principalmente , no trato ao ensino/aprendizagem do
surdo a percepção que todo fazer educacional também dos professores de
disciplinas específicas pois o AEE ele vêm da suporte as propostas e práticas
da sala de aula.
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Artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos Humanos: I. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução
técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, está baseada no mérito. 2. A instrução
será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito
pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a
amizade entre as nações e os grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da
manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instituição que será ministrada a
seus filhos.
[...] diferença aqui não tem o sentido de herança biológica ou cultural, nem
de reprodução de uma pertença simbólica conferida pelo local de nascimento,
de moradia ou pela inserção social, cultural. A diferença é construída no
processo mesmo de sua manifestação, ela não é uma entidade ou expressão
de um estoque cultural acumulado, é um fluxo de representações articuladas,
nas entrelinhas das identidades. [...] Assim, tal reivindicação precisa ser
entendida a partir da contextualidade discursiva em que se insere (COSTA,
2006, p.122).
[...] alguns tipos de escrita têm mais status que outros. Escrever é uma luta,
mesmo para o mais experiente escritor. Escrever constrói identidades para
escritores, ou seja, a escrita identifica o escritor. Ligado ao poder, status,
valores e atitudes da escrita, escritores estão interligados com outros e com as
questões de quem escreve sobre o que, para que(m), por que e como (LODI
et al, 2012, p.163).
Perpassando pela trajetória de luta dos Surdos no Brasil é possível indicar, como
já dito anteriormente, um caminho de conquistas. Rotulado em uma visão
Clinicopatológica, o surdo, pelo sensu comum, era considerado “mudo por não ter a
fala”, denominado “surdo-mudo”, uma visão pejorativa, mas que infelizmente ainda é
utilizada por algumas pessoas. Desde então os Surdos foram categorizados
negativamente pela maioria da população ouvinte deixando sua identidade “ser
escondida”, sendo vistos como sujeitos não sociais.
“Fato conectado, igualmente, com o desenvolvimento de apoio a sistemas
fundidos de educação regular e especial e o impacto disso nas escolas atuais”
(STAINBACK, 1999, p.36). Posto desta forma, é válido destacar, que o discurso
médico da deficiência fundamentado em um panorama clínico, influencia (influenciou),
de forma categórica, muitos dos discursos que irão subsidiar uma série de preceitos
legais posteriores que nortearão o percurso histórico da educação brasileira, no que
tange à inclusão.
Processo que incide no interesse comunitário ou no valor cultural que serão
negociados ao longo do tempo. Neste sentido, se formam sujeitos e discursos nos
‘entre-lugares’, “nos excedentes da soma das ‘partes’ da diferença (geralmente
expressas como raça/ classe/ gênero/ sexo e etc.) que ao reencenarem o passado,
introduzem outras temporalidades culturais incomensuráveis na invenção da tradição”
(BHABHA, 2010, p.20).
Sob influência de estabelecer “novas tradições”, outros discursos foram
modificados de forma positiva para o reconhecimento da diferença e não mais para a
visão dos Surdos como doentes. Tradições classificadas “como processos e produtos de
conflitos e movimentos sociais, de resistências às assimetrias de poder e de saber, de
uma outra interpretação sobre a alteridade e sobre o significado dos outros no discurso
dominante”, como aponta Skliar (2005) em muitas de suas reflexões.
Temos que considerar seus aportes teóricos para que esta seja
validada, assim como considerar que essa forma é um meio, mas não o
único viés para a promoção da qualificação do professor, formação do
aluno e aporte institucional. Palavras-chaves: Formação, inclusão,
qualificação, educação. Discutir a formação do professor para ensinar,
proporcionando qualidade a quem necessita de técnicas metodológicas
adequadas a um processo na formação de base no fundamental II, pode
parecer uma redundância falar que se pode ser empregadas a todos mas
também saber se está docente se enxerga dentro deste processo pois ele
está dentro deste fenômeno humano.
Pois para Chizzotti (2014) ,os fenômenos humanos possuem
características especificas ,pois se cria e atribui significados as coisas e as
pessoas nas interações sociais ,sendo assim podemos investigar a
realidade ,descrevê-la e analisa-las ,Sendo assim procurei utilizar também
a pesquisa de campo uma vez precisei ir colher informações dos docentes
através do questionário na escola onde pode ir ao ambiente escolar dos
mesmos o qual vivenciam a realidade no espaço da escola bem como o da
sala de aula ,para Severino (2016,p.131),
Na pesquisa de campo ,o objeto /fonte é abordado em seu meio ambiente próprio .A
coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem ,sendo assim
diretamente observados ,sem intervenção e manuseio por parte do pesquisador .Abrange
desde os levantamentos (surveys),que são mais descritivos ,até estudos mais analíticos .