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O OLHAR DO PROFESSOR SOBRE SUA PRATICA DOCENTE COM ALUNO SURDO NO

ENSINO FUNDAMENTAL II

1.INTRODUÇÃO
Esta pesquisa apresenta como objeto de investigação a compreensão que
professores do ensino fundamental II têm sobre o trabalho que desenvolvem em sala
de aula a alunos com surdez, assim como a visão que possuem em relação ao ser e se
fazer docente neste nível de ensino.
O professor têm um papel fundamental no processo de ensino e aprendizado
na educação fundamental e com uma criança surda ainda mais pois ele precisara
demandar não só uma transformação nas metodologias mas também devera suscitar
a necessidade de mudanças que devem ser feitas nos meios educacionais.
Sendo que nesta etapa do ensino ela se caracteriza, portanto, como de
fundamental relevância para a formação dos sujeitos, em virtude de ser o processo de
transição de criança para adolescência é a fase da vida na qual valores, competências
e habilidades são estimuladas e desenvolvidas, que trarão avanços significativos no
desenvolvimento humano em suas múltiplas dimensões. Por isso, a importância que o
docente que atua nesse campo tenha a real noção dos princípios e finalidades da
educação de surdos e seu real papel destinado ao ensino e aprendizagem dos
mesmos.
O professor precisa se olhar neste processo e não se exima uma vez sendo este
uma peça fundamental e também venha ele ter um olhar que no ensino
fundamental II é um ambiente riquíssimos de oportunidades e estímulos que
favorecem a socialização e consequentemente um ótimo desenvolvimento psíquico e
linguístico do aluno com surdez o qual dará a este alicerces firmes para sua progressão
ao ensino médio.
Esta presente dissertação de pesquisa a qual foi desenvolvida no Programa de
Pós -graduação comunicação e linguagem e cultura unama (PPG) pode ser
considerada como importante, tendo em vista que como bem compreendo Ambroseti
(2008), investigar o trabalho docente, na perspectiva da sua vivência profissional,
implica compreender os professores como atores sociais que, agindo num espaço
institucional dado, constroem, nessa atividade, sua vida e sua profissão. Ou seja,

1.termo usado na época


produzem sentidos e significados para e com o seu trabalho, para a sua vida e a
formação de crianças e adolescentes com surdez,
A motivação pessoal para a realização deste estudo tem relação com a minha
formação enquanto professora graduada no Curso de Formação de Professores, na
Universidade do Estado do Pará, no qual a temática da formação de professores
permeou meus anos de estudante, causando profundo interesse e engajamento com
esta área. Entretanto, percebi na minha trajetória acadêmica ausência na grade
curricular de disciplina que me dessem subsídios para serem trabalhadas com alunos
que tivessem algum tipo de deficiência o que me gerou inúmeras vezes dúvidas sobre
como seria trabalhar com este alunos e seu tivesse um aluno surdo e que
conhecimentos metodologias eu utilizaria digamos que eu me via que uma hora ou
outra isso aconteceria eu estaria no escuro mas que eu precisa encontra uma luz
porém eu sabia que o problema não seria só da universidade eles iriam ser muitos
podendo ser citados vários fatores desde a falta de formação ,politicas publicas
educacionais até ao interesse docente .
E cada vez mais permeou minhas inquietações e além da minha graduação ter
tido os questionamentos o que contribuiu definitivamente para o tema foi minha
intima relação com minhas atividades docentes pela Secretaria de Educação uma vez
que sou professora do AEE(Atendimento educacional Especializado ) e no ano de 2016
tive meu primeiro aluno surdo ensino médio turno da noite ,o qual me gerou
muitos impactos e ânsias pois despertou em mim a necessidade de aprofundar e
atualizar a compreensão acerca do espaço educacional para ensejar assim uma
articulação mais consistente teórico e pratica pois este aluno surdo esta inserido
neste espaço .
Pois na escola onde trabalhei (POSSO CITAR NO NOME DA ESCOLA ) percebi
que muitos se não a grande maioria dos docentes não tinha a compreensão sobre o
seu real papel de trabalho com o aluno com surdez e pairou por mim o seguinte
questionamento se o professor do ensino médio não têm está compreensão será que
e o docente do fundamental teria?
É importante destacar que é sempre no o professor do atendimento educacional
especializado que recai a responsabilidade do processo de ensino e aprendizado dos
alunos deficientes ,enxergam o AEE como a sala de reforço quando sabemos “Que o
atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço de educação especial que

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identifica ,elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade ,que eliminem
as barreiras para a plena participação dos alunos ,considerando suas necessidades
especificas “(SEESP/MEC,2008).”
Então faço o seguinte questionamento como um professor do AEE consegue se
enxerga neste processo mesmo sabendo de todas as dificuldades existentes e no
qual muitas vezes é como se estivesse só porém que na verdade que na verdade
existe atores em toda esta trajetória sendo que existe os que exercem um papel
principal como os professores e outros coadjuvantes mais que não deixam de ser
importante como a equipe escolar.
Destaco que ao optar por pesquisar a compreensão dos professores e
professoras sobre o olhar do seu trabalho docente com crianças com surdez reside
no fato também em certos equívocos nos discursos e nas práticas de professores em
formação e em serviço que não entendem a sua real contribuição e função segundo
por ser muito importante no processo de desenvolvimento de aprendizagem .uma
vez que “ A criança nasce imersa em relações sociais que se dão na linguagem .O modo
e as possibilidades dessa imersão são crucias na surdez ,considerando –se que é
restrito ou impossível ,conforme o caso, o acesso a formas de linguagem que
dependem de recursos de audição. Sobre tudo nas situações de surdez congênita ou
precoce em que há problemas de acesso a linguagem falada ...”(GÓES,2012,P.43).
Percebe se que é necessário discutir está atuação do professor no
principalmente no processo de inclusão com alunos surdos precisando levar em
consideração as inquietações e expectativas em torno e limitações trazidas por este
aluno.
Sabe –se que a educação de surdos é tema que apesar de todos os avanços
que já tivemos na história ainda precisamos cada vez mais avançar na compreensão
cientifica sabemos que muitas atitudes já foram tomadas porém ainda nos
encontramos digamos “adolescentes” podemos reitera está afirmação citando como
exemplo que 24 abril de 2018 comemorou se o dia nacional da língua brasileira de
sinais –LIBRAS sabe que está foi escolhida por que é a data da publicação da lei
10.436/02 o qual trata do reconhecimento por meio legal da comunicação e
expressão a língua Brasileira de Sinais sendo ela reconhecida como uma língua
oficial ,e neste ano ela completou 16 anos .Então nesta perspectiva percebemos
também que olhar do professor ele é de suma importância no campo educacional pois
o docente precisa ter a consciência do seu papel neste processo pois ele é o facilitador

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do conhecimento principalmente com crianças e adolescentes e para o aluno surdo
será de extrema relevância pois ele vivência um processo de transição de criança para
adolescência e n e na escola também uma vez que ele passar a ter varias outras
disciplinas o que não acontecia no ensino fundamental onde será imprescindível cada
vez seu desenvolvimento comunicacional e social.
Poderiam ser necessários para formar professores nesta etapa. Tais questionamentos
me fizeram querer ler e investigar mais este contexto tão relevante da Educação
Básica

Nesse sentido, este estudo ao ouvir sujeitos reais, que vivenciam a realidade
Educação do Ensino Fundamental II com alunos surdos , torna-se importante para se
refletir sobre o cotidiano, formação e prática em contextos reis de interação, o que
contribui para gerar discussões sobre uma temática que ainda é incipiente no
Programa de Pós-graduação Comunicação ,Cultura e Linguagem , ao se tomar por base
o pequeno número de produções acadêmicas no banco 1 de Teses e Dissertações do
referido Programa.

Sendo assim, o presente trabalho descreve e discute a atuação do professor na


Educação do Ensino Fundamental II com a inclusão do surdo, considerando suas
inquietações e expectativas em torno das dificuldades e limitações trazidas por este
aluno. Parte-se então da seguinte pergunta-problema: O professor está preparado
para contribuir no desenvolvimento da aprendizagem do aluno com surdez.

1
As produções acadêmicas estão disponíveis no endereço: http://www.unama.br/brqppgclc/

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2. CAPITULO I- HISTÓRICO DA SURDEZ
Nos últimos Setenta Anos, viu-se intensificar mundialmente produções cientificas
acerca de aspectos sociais ,culturais e históricos que acompanham o surdo e é só
diante de novas reflexões que se pode perceber como a palavra que usamos para
designar atores sociais ,estão para além de conteúdos dicionarizados ,mas mobilizam
representações sociais sendo que muitas vezes são utilizadas equivocadamente .
Nesta perspectiva é necessário se fazer um trajeto histórico da surdez bem como a
educação de surdos e como estes eram visto. Quando nos remetemos a antiguidade
cito uma citação de Aristóteles “A linguagem é que da ao individuo a condição
Humana “ se refletirmos este pensamento do filósofo grego veremos que o mesmo
estabelece a fala como processo mais importante para a comunicação ou seja que
aquele cuja não tinha a compreensão da fala através da audição não era um
integrante da sociedade,.
Um dos primeiros registro que se têm a respeito dos surdos esta em torno do século
XII no qual se refere ao ponto de vista da Grécia em relação a surdez para eles estes
eram vistos como incapazes uma vez que para os gregos a fala externa o
pensamento .Sendo assim os surdos ficavam de fora não existiam ,não tinham direito
aos ensinamentos pois para os gregos eram como se não existissem sendo privados de
seus direitos legais os mesmo eram sem direitos não sendo nem reconhecido por suas
famílias .

Quando nos remetemos a idade média a qual sabemos que era uma sociedade divida
em feudos e era comum casamentos ente os membros da família , pois resolviam
casar seus filhos com seus parentes sendo comum casamentos entre primo com
primo ,sobrinhos com tio pois assim não repartiriam suas heranças e com isto
aconteciam os casamentos consanguíneos sendo assim era comum que se gerassem
descendentes com deficiências entre eles os surdos .Sabemos que neste período a
igreja católica exercia uma grande influência e não podemos esquecer a qual era
discriminatória á pessoas com deficiências Pois para ela o homem era a semelhança
de Deus ,Segundo Gênesis 1:26”Façamos o homem á nossa imagem ,conforme a
nossa semelhança...”com isto percebemos que a igreja utilizava se de um discurso no
qual aquele que não estivessem a semelhança de Deus não era considerado humano
ou seja utilizavam de palavras para estabelecer suas praticas discriminatórias para
tanto ,vamos as seguintes palavras :

[...]a palavra penetra literalmente em todas as relações entre


indivíduos, nas relações de colaboração, nas de base ideológica,
nos encontros fortuitos da vida cotidiana, nas relações de
caráter político, etc. As palavras são tecidas a partir de uma

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multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as
relações sociais em todos os domínios. É portanto claro que a
palavra será sempre o indicador mais sensível de todas as
transformações sociais, mesmo daquelas que apenas
despontam, que ainda não tomaram forma, que ainda não
abriram caminho para sistemas ideológicos estruturados e bem
formados (BAKTHIN, 2006 p. 40)

O que Bakhtin mostra que a palavra é o elemento imanente das relações de


sentido, aliando processos ideológicos em todas as instancias da vida, isso é que dá o
acesso a discursivização da palavra, ou seja, na palavra habita conteúdos sociais, o
sujeito que enuncia esta impregnado por um dizer antes de tudo social e a igreja
utilizava se das palavras para estas discursivização uma vez que se utilizavam do ato
de confessar para terem o domínio sobre a sociedade e os surdos não tinham como se
confessar pois eles não tinham uma língua inteligível sendo assim incomodavam a
igreja .Então a ,maneira que encontrou para resolver a situação foi convidar alguns
monges uma vez que estes criaram uma linguagem rudimentar para se comunicarem
dentro dos monastérios uma vez que viviam em clausuras e tinham feito o voto de
silêncio pois assim eles não passavam o segredo das escrituras sagradas sendo assim
utilizavam se da comunicação gestual entre si .Com isto alguns monges a convite da
igreja passaram as ser mentores dos surdos os quais eram filhos dos senhores feudais
e tudo isto acontecia através de grandes quantidades de dinheiro .

Um dos Primeiros a trabalhar com os surdos foi o Monge Benedito Pedro


Ponce de Leon o qual desenvolveu o primeiro alfabeto manual a ideia que se tinha e
que ele tinha como objetivo suprir a ausência da comunicação oral .Ponce de Leon
teve inúmeros alunos surdos e muito deles com conhecimento em História, Filosofia e
Matemática seu trabalho foi reconhecido em toda Europa e através de todos estes
conhecimentos de muitos de seus alunos ele ficou conhecido como o primeiro
professor de surdos na historia .

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Já no Fim da Idade da media e inicio da idade moderna ,com aquisição dos
valores humanísticas e com os conceitos de amor á natureza e ao corpo humano
começa se mudar o conceito relacionado a pessoas surdas.

Podemos citar a criação da primeira instituição educacional pública para surdos


em 1760 a qual tinha como fundador o francês Charles –Michel L’Epée o qual era
considerado o” pai dos surdos “.Charles _ micheidel era defensor da língua de sinais e
a criação do instituto Surdos –Mudos ¹ surgiu também como ideia para que outros
estudiosos em outros lugares no mundo pudessem montar sua própria escola.

Percebemos que surge assim um novo pensamento não tão significativo mas
importante para a vida das pessoas surdas por mais sutil que fossem neste período a
preocupação com este novo “sujeito “,que até então era segregado da sociedade por
ser considerado não produtivo economicamente para o contexto histórico ,como diz
Mazzotta(1999):

Foi principalmente na Europa que os primeiros movimentos pelo atendimento aos


deficiente ,refletindo mudanças na atitude de grupos sociais ,se concretizaram em medidas educacionais .Tais
medidas educacionais foram se expandindo ,tendo sido primeiramente levadas para os Estado Unidos e Canadá e
posteriormente para outros países, inclusive o Brasil .(p.17)

Então assim abriram se diversas discursão sobre a educação de surdos e no o


Brasil a história da surdez e bem recente, dada em meados a década de 70 ,
período que se intensifica os estudos e pesquisas que fomentam uma educação
voltada ao atendimento educacional da pessoa com surdez e mediante as
afirmações e que buscaremos elucidar nos próximos tópicos os aspectos históricos
da educação do surdo no Brasil.

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No Brasil a história da surdez e bem recente, dada em meados a década de 70 ,
período que se intensifica os estudos e pesquisas que fomentam uma educação
voltada ao atendimento educacional da pessoa com surdez.
O tratado, segue as leis brasileiras que fundamentam diretrizes entre os anos de
1990 a 2007 e concomitantemente surge uma certa classificação de
nomenclaturas ao sujeito surdo, designado por meio de um construto clinico
patológico o que resultava de uma pratica segregadora e equivocada a respeito
de sua identidade.
O discurso médico seguindo apontava para alguém que precisava ser tratado, ou
seja, estamos diante não de um termo apenas, e sim, de uma construção que
evoca preconceito e incapacidade dos surdos.
Mediante as afirmações e que buscaremos elucidar nos próximos tópicos os
aspectos históricos da educação do surdo no Brasil.

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1.1 A educação de surdos no Brasil
A educação dos surdos no Brasil teve inicio quando D.Pedro II chegou ao Brasil
pois o mesmo tinha um neto que era surdo e através desta circunstância ele
convidou o professor Francês Hernest Huet para fundar o “Instituto de surdos
Mudos¹ do Rio de Janeiro” o qual mas a frente receberia o nome de Instituto
Nacional de educação de surdos (INES) Hernest foi o primeiro professor que fazia
uso do alfabeto manual e da língua de sinais francesa em contato com os surdos
brasileiros da –se inicio a criação de língua brasileira de sinais .
Ressaltamos que além do INES outro instituto foi muito importante para
educação dos surdos no Brasil Foi o de Santa Terezinha o qual sua fundação deu
se no ano de 1929 ,sendo no inicio um internato para meninas surdas no Brasil e
uma outra instituição na qual contribuiu a qual teve contribuição para educação
de surdos é o instituto Educacional de São Paulo IESP –fundado no ano de 1954

No ano de 1861 Huet deixa o Brasil pois vai para o México lecionar para os surdos
e nesta época passa a ser chamar se Instituto Nacional de educação de surdos
(INES) ficando na direção Ana Rímola de Faria Doria a qual proibiu o uso da íngua
de sinais nas salas de aula

No ano de 1911 o instituto teve que abolir o uso da língua brasileira de sinais da
educação de surdos pois precisou seguir determinação do congresso de Mundial
de surdos Mudos o qual ocorreu em Milão na Italia no ano de 1880.
È necessário frisar que este foi um momento no mundo muito obscuro aos surdos
na historia, pois as determinações do congresso foram :A fala é
incontestavelmente superior aos sinais e deve ter preferência na educação de
surdos ;O método oral puro deve ser preferido ao método combinado.
Pois foi um período em que as aulas tinham que ser apenas na forma
oral ,sabemos que na filosofia educacional para os surdos existe a vertentes de
filosofia do método do oralismo o qual é a defesa do aprendizado se da apenas
pela língua oral ,na verdade oralismo ele procura aproximar o surdo o máximo
possível do modelo ouvinte através da aprendizagem da língua.
Com isto percebemos que os surdos foram privados de usar a sua língua
materna ,sua língua de direito .Com isto novamente temos uma estagnação no
processo de ensino aprendizado dos surdos passam a ter insucessos ,isso nos
deixa claro um processo de exclusão uma vez que deveria ser evidenciado a
equiparação para a sociedade de cidadania do surdo e uma vez que são impostos
situações com a proibição da sua língua natural pois negaram lhe um aceso e está
afirmação levamos em conta Aranha (2000)” a ideia de inclusão se fundamenta
em uma filosofia que que reconhece e aceita as diversidades na vida em sociedade

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,Isto significa garantia de acesso a todos ,a todas as oportunidades ,independentes
das peculiaridades “,E isto não aconteceu no mundo e nem no Brasil .
A língua de sinais só passa a ser aceita novamente no ano de1970 ,começam
assim intensificar se os estudos e pesquisas sobre o cotidiano dos surdos e o
campo educacional. Já no ano de 1987 temos um fato importante aos surdos o
qual lutaria e discutiria sobre seus direitos ,funda se a FENEIS _Federação
Nacional de Educação e Integração dos surdos no Rio de Janeiro ,porém a só
consegue um a sede após seis anos de fundação mas sabemos que a sua criação
foi um importante uma vez que era um marco na historia pois sua maior defesa e
maior propósito a divulgação a língua brasileiras de sinais pois assim lutando por
maior espaço dos direitos inerentes do surdo.
Em continuidade através a declaração de Salamanca 1994 temos o processo de
inclusão das crianças com deficiência na rede regular de ensino o qual nos
aponta para uma pedagogia centrada na criança pois a declaração ela têm
influência significativa nas politicas educacionais no Brasil.
Os surdos têm uma conquista significativa quando é sancionada a lei
nº.10436 ,de 24 de abril de 2002 conforme o artigo e parágrafo único a seguir:
“Art1ºÈ reconhecido como meio legal de comunicação de comunicação e
expressão a Língua Brasileira de Sinais _Libras e outros recursos de expressão a
ela associados.
Parágrafo Único .Entende-se como Língua Brasileira de Sinais _Libras a Forma de
comunicação e expressão ,em que o sistema linguístico de natureza visual-
motora ,com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de
natureza visual-motora ,com estrutura gramatical própria ,constituem um
sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidade de
pessoas Surdas do Brasil “.
Conforme entendido é oficializada a língua brasileira de sinais sendo reconhecida
como a segunda língua do Brasil onde a língua materna ela passa a ser legalmente
usada pelos surdos isto sem sombra de dúvidas torna se uma imensa ajuda para
as pessoas surdas pois sabemos que a língua de sinais ela é uma atividade social
pois possibilita ao surdo uma vida normal saudável

E após Cinco após a sansão da lei aprova se o Decreto n° 5.626 de 22/12/2005, que
regulamenta a Lei nº 10.436/2002 e sendo que o decreto ele define quem é o surdo e
quem é o deficiente auditivo o mesmo faz muitas indicações sobre o atendimento
sobre a pessoas com surdez na oportunidade de igualdade de oportunidades pois além
do que especifica demais direitos dos cidadão dos surdos como área de
saúde ,educação , trabalho ,defende a cultura surda também pontua
significativamente a obrigatoriedade do interprete de libras e sua devida formação
segue o artigo que estabelece essa formação:

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Art. 3o  A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de
formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e
nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do
sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.

        § 1o  Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o


curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso
de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores e
profissionais da educação para o exercício do magistério.
        § 2o  A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de
educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste
Decreto. 
Com isto se solidifica o bilinguismo o qual defende o aprendizado da língua materna
ou seja a língua sinalizada sendo esta reconhecida como a L1 pois ela precede a língua
oral sendo a l2 reconhecida como a língua portuguesa a língua oficial do pais na
modalidade escrita ,segundo Bernadino (2000:29),
O bilinguismo considera que que a língua oral não preenche todas essas
funções ,sendo que imprescindível o aprendizado de uma língua visual sinalizada
desde tenra idade, possibilitando ao surdo o preenchimento das funções linguísticas
que língua oral não preenche .Assim as línguas de sinais são tanto objetivo quanto o
facilitador do aprendizado em geral ,assim como do aprendizado da língua oral .Essas
línguas orais ,têm estrutura própria e são codificadas de uma “visão de mundo
“especifica ,sendo constituídas de uma gramática própria ,apresentando
especificidades em todos os níveis (fonológico, semântico e pragmático ),apesar de
parecerem utilizar princípios gerais, nas estruturas subjacentes ,semelhantes aos das
línguas orais .
Com este analise percebemos que a história de educação dos surdos no Brasil passou
por altos e baixos ,verificamos que a grande maioria das medidas que foram tomadas
em prol dos surdos são bastantes recentes no contexto histórico porém não podemos
dizer que não foram significativas para o processo de inserção de fato dos surdos no
ambiente escolar e social mas ainda precisamos caminhar bastante para que de fato
haja este processo de inserção e seja solidificado .

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1.2 O atendimento educacional especializado no Pará

A educação Especial no Pará inicia –se com a criação das escolas que foram
criadas na década de 50 tanto pela esfera publica quanto pela iniciativa privada o
qual era para atendimento das diversas deficiências ,sendo cegueira ,deficiência
mental e surdez .
Sendo que a ação inicial do governo primeiramente foi voltada para a deficiência
visual através do decreto de lei nº1.300de 07/12/1953 no qual cria se a escola de
cegos no Pará e no ano de 1955 começa o atendimento dos mesmo e no ano
seguinte sanciona se a lei nº1400 o qual a escola destinada ao atendimento aos
deficientes visuais chama se Escola José alvares de Azevedo .
Percebemos que a Educação especial no estado ele começa pelos pelo deficientes
visuais sendo que já funcionava neste período no Brasil o atendimento a alunos
surdos como o INES o qual tinha sido criado em 1857 Institutos de surdos Mudos
do Rio de janeiro ,tem também o Instituto de Santa Terezinha o qual inicialmente
era um internato para meninas Surdas e Instituto Educacional São Paulo
_IESP,no ano de 1954.Sendo que no estado do Pará só no ano de 1960 ou seja
anos posteriores tanto no surgimento do estado quanto em outros lugares que já
existiam atendimento ao surdo que se abre um viés do governo para a área da
surdez ,cria se se assim a escola de surdos mudos profª Astério de Campos o qual
surge para oferecer atendimento .
Já no ano de 1965 ,através da Lei nº 3583 de 15 Dezembro as escolas de surdos –
mudos e de cegos deixam de ser escolas e passam a ser Instituto Prof, Asterio de
Campos e Instituto José Alvares de Azevedo ,onde inicia se assim o atendimento a
educação e reabilitação para um publico que vai de 0 até a idade adulta .
No ano de 1966 fortalece se a integração do deficiente visual com surgiu a
primeira classe braile .
Sendo que no ano de 1969 após três da implantação classe braile surge um plano
experimental o qual é a inserção dos alunos surdos na classe comum nas escolas
da área metropolitana nas tendo como suporte o professor especializado no qual
realizava vistas periódicas e as escolas que incialmente tiveram a inserção dos
alunos foram a Escola Salesiano do trabalho apenas voltado ao aprendizado em
marcenaria e no jardim de infância ,no grupos escolares Justo Chermont e José
Verissimo
no ano de 1971 se estrutura a Secretaria de Educação em uma assessoria
educacional dos excepcionais onde vai compreendia o serviço de educação nas
áreas de DM,DV e DA (Deficiência Auditiva ).Pois era prestado serviços como
avaliação e triagem dos casos que eram encaminhados para assessoria tendo
como responsabilidade o planejamento ,controle e avaliação da educação especial
mas tinha como abrangência as instituições especializadas Jose Alvares de
Azevedo ,Prof Asterio de Campo ,as classes especiais das rede regular de ensino na
capital e na Escola Lourenço Filho .

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Após este período a uma nova restruturação, os institutos passam a ser
chamados em unidades Técnicas Professor Astério de Campos e José Alvares de
Azevedo toda está mudança se deu devido a criação do CEDESP(centro
educacional especial o qual através da lei nº 4398/72 passando a ser responsável
pelo gerenciamento da politica do governo na área de educação especial .
percebemos nos escritos que educação especial no estado do Pará ela perpassa
por três momentos tendo no primeiro momento que são a criação e o
atendimento em escolas especiais (1953) ,(1969) temos o assessoramento de
excepcionais e centro de educação especial (1972 ).Depois destas trajetórias
passamos para um outro momento que é com a a criação do centro –CEDESP á
organização em departamento de educação especial –DEES(1989) com isto há
uma política governamental a qual definiu a educação especial com uma área
significativa para o plano setorial da educação do governo ,temos assim uma
reestruturação da secretaria de educação o centro ele se transforma se em
departamento de educação especial –DEES.
E Por ultimo com a criação do DEES a educação especial ela passa a ter a mesma
importância que os outros níveis de ensino com isto ela passa a centralizar suas
ações em dois níveis o quais são um de avaliação educacional e de
encaminhamento aos programas que oferecem em diversas modalidades sendo
assim a educação especial ela esta nas unidades especializadas e no sistema
regular de ensino
As unidades especializadas elas vêm ter por objetivo o atendimento educacional
especializado onde têm a introdução e difusão das metodologias a qual voltam se
para educação escolar dos deficientes ,sendo que na área da surdez teremos a
UEES Profº Austerio de Campos a qual atende os DA(deficiente auditivos ) e
Surdos e Unidade Técnica de Educação Especial de Icoaraci ,Sendo importante
ressalta que ainda no sistema regular de ensino existe a sala de recursos que são
as salas providas de matérias e equipamentos específicos nas quais os professores
especializados fazem atendimento para os alunos com deficiência sendo no
contra turno .
Segundos dados do SIGEP em 16/05/2018 a região metropolitana têm 160
alunos com deficiência auditava e 182 com surdez matriculados na rede estadual
de ensino sendo que estes alunos estão entre o ensino fundamental e ensino
médio ou seja estes alunos estão na classe regular de ensino e no ensino
especializado os quais são referência na surdez os quais são a Unidade Técnica
professor Astério de Campos e Instituo Felipe Smaldone ,Percebemos que entre os
deficientes auditivos e surdez temos 342 alunos na Belém o qual precisam de
todo um atendimento especializado e suporte para que seu processo de ensino e
aprendizado .

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1.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO ALUNO SURDO.
E com o suporte de documentos oficiais que legalizam tais práticas, cresce o
protagonismo de espaços destinados a priori, como mediadores do processo de
ensino/aprendizagem, para um panorama prático de ambiente primário de ensino.
neste sentido o decreto nº 6571/2008 o qual dispõe sobre o AEE o qual é considerado
como um conjunto de atividades ,recursos e acessibilidades organizados
institucionalmente ao atendimento prestado de forma complementar ou suplementar a
formação do estudante . Ressalta se que este decreto também instituiu o duplo
cômputo da matricula do aluno o qual é publico alvo da educação especial sendo um
na escolarização comum do ensino regular e outro no atendimento educacional
especializado ,sendo que este têm que funcionar no contra turno .
É de suma importância, também compreender que o AEE (Atendimento Educacional
Especializado) ele é um espaço mediador o qual ele não pode exercer o papel da
sala de aula de ensino regular pois para isto existe os profissionais da sala regular de
ensino os quais são educadores da das disciplinas que lhe competem na educação
básica . Muitas vezes este espaço tem exercido com mais êxito os processos de
ensino/aprendizagem ao público surdo e deficiente auditivo, e que os profissionais do
AEE (Atendimento Educacional Especializado) são vislumbrados tanto por educandos
e educadores como únicos responsáveis pelo processo de desenvolvimento e
aquisição de conhecimentos dentro dos ambientes de ensino quando na verdade eles
são uma ponte para este processo são a junção como o professor do ensino regular é
o trabalho em conjunto com os professores do ensino regular .
Todavia, é preciso compreender a história em que estão inseridos esses sujeitos pois
sabemos que os docentes em sua grande maioria ainda não se encontram
preparados e nem se enxergam neste processo de ensino aprendizagem do aluno
surdos pois sabe que isto e todo um construto histórico o qual giram em torno de uma
questão de fundo a produção da identidade ,
O AEE ele vislumbra atender as necessidades diante
dos descentramentos nos ambientes de ensino e ao
atendimento de educandos inseridos na categoria de
Educação especial no ensino básico regular sabemos
que ele não é a sala de aula o qual o aluno fica em torno
de quatro horas de aula enquanto o aee o aluno ira ter
um atendimento no máximo de 1h, especificamente
neste estudo - Surdos e deficientes auditivos como se diz
ele é um atendimento em um ambiente .para isto
tomamos um posicionamento aranha que aborda:
Qualquer atividade educacional que se queira intencional
e eficaz tem claros os pressupostos teóricos que
orientam a ação. Ao elaborar leis, fundar uma escola,
preparar o planejamento escolar ou enfrentar
dificuldades específicas em sala de aula, é preciso ter
clareza a respeito da teoria que permeia as decisões
(ARANHA, 2006, p. 33).

1.termo usado na época


. E o AEE (Atendimento Educacional Especializado) representa muito bem essa
territorialidade significativa de aprendizagem, além de em sua maioria, contar
com profissionais que atendem à demanda educacional dos alunos.
Comungamos assim com a teoria sócio interacionista ,sabemos que ela se
reporta a um aprendizado no qual ele se da através de uma interação de ações
culturais no qual o aluno ele vai construindo através das aquisições de
conhecimentos nos quais são as mediações educativas que são escola, família
e sua visão particular de mundo ,pois sabemos que o aluno independente de
ser surdo ele é capaz de realizar ações inteligentes desde que lhe propiciem um
ambiente interativo o qual lhe propiciem ações significativas sendo que
comitente a isto temos o processo da inclusão do aluno surdo no ensino
regular na “sala regular de ensino “ ela também é um ponto determinante
para o desenvolvimento do mesmo em um contexto sócio- cultural .
Sendo assim o AEE tem estratégias, métodos e práticas para as diversas
necessidade educativas diferenciadas que exigem seu exercício, portanto não
podemos atribuir somente ao professor do aee o protagonista principal e
responsáveis pelo repasse de conhecimentos ao público com surdez .

Sabemos que estes espaços são uma materialidade concreta de atendimento


as demandas de peculiaridades de Surdos e deficientes, porém, deve-se ter em mente
que legalidade não implica legitimidade, pois o espaço AEE tem seu entendimento e
usualidade deturpado do qual realmente foi proposto. Como um espaço mediador,
auxiliador e complementar, segundo os dispositivo legal Decreto nº 7.611, de 17 de
Novembro de 2011, que rege:

Art. 5o  A União prestará apoio técnico e financeiro aos


sistemas públicos de ensino dos Estados, Municípios e Distrito
Federal, e a instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos, com a finalidade de ampliar a
oferta do atendimento educacional especializado aos
estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
matriculados na rede pública de ensino regular.

I - aprimoramento do atendimento educacional especializado já


ofertado;

II - implantação de salas de recursos multifuncionais;

III - formação continuada de professores, inclusive para o


desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos
ou com deficiência auditiva e do ensino do Braile para
estudantes cegos ou com baixa visão;

1.termo usado na época


IV - formação de gestores, educadores e demais profissionais
da escola para a educação na perspectiva da educação
inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participação e
na criação de vínculos interpessoais;

V - adequação arquitetônica de prédios escolares para


acessibilidade;

VI - elaboração, produção e distribuição de recursos


educacionais para a acessibilidade; e

VII - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições


federais de educação superior (Decreto nº 7.611, de 17 de
Novembro de 2011).

Como pode-se observar, no aspecto legal, o espaço AEE está bem situado e
delimitado quanto suas competências e responsabilidades. O fragmento legal
supracitado, apesar de conter aspectos relacionados a outras necessidades educativas
diferenciadas, busca extrair os elementos que contemplam os sujeitos Surdos e
deficientes auditivos, bem como, os papéis constitutivos de cada profissional nos
ambientes de ensino, e inclusive fora.
Ressaltamos que portanto, que a responsabilidade deve extrapolar os espaços
educacional especializado visto que, os ambientes de ensino são múltiplos e
que, principalmente principalmente , no trato ao ensino/aprendizagem do
surdo a percepção que todo fazer educacional também dos professores de
disciplinas específicas pois o AEE ele vêm da suporte as propostas e práticas
da sala de aula.

1.termo usado na época


1.3 DIREITOS HUMANOS E O CONTEXTO ESCOLAR - possibilidades de
respeitar as diferenças

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou, em


10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH),
composta de 30 artigos. Nela consta: “todas as pessoas nascem livres e iguais em
dignidade e em direitos. São dotadas de razão e de consciência e devem agir em relação
umas às outras com espírito de fraternidade”. Entretanto, o que nos chama atenção na
modernidade recente, é o fato de cotidianamente estarmos confrontados com alarmantes
violações desses mesmos direitos. Por mais que a dimensão política da DUDH,
apontada por Tosi (2014, p.03), garanta a efetiva implementação de políticas, inclusive
educacionais, para todos.
Em se tratando do aspecto educacional, apesar de toda reestruturação jurídica do
nosso país, desde a promulgação da constituição de 1988, da Lei de Diretrizes e Bases
(LDB) de 1996, dos intitulados Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN-1997) e da Lei
da LIBRAS, oficializada pela Lei de nº 10.436/2002, de 24 de abril do mesmo ano,
chama a atenção para o fato de que a legitimação da Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS ainda guarda a marca histórica da exclusão da maioria da população surda aos
direitos básicos e que a efetividade do direito à educação em termos de garantia de
acesso, permanência, qualidade de ensino, respeito no momento da avaliação ainda está
por acontecer. Logo:

[...] considerando a visão de que a educação brasileira ainda está longe de


garantir o Artigo XXVI da DUDH, principalmente no que diz respeito à
permanência dos alunos na escola e à qualidade da educação ofertada, Dias
(2007, p. 452) afirma que o “respeito à igualdade e, ao mesmo tempo, à
diversidade existente entre os seres e os grupos humanos é indispensável para
assegurar a igualdade sem aniquilar as diferenças” 2 (BENTES, 2011, p.44).

É válido destacar, como um princípio importante desta perspectiva, a


possibilidade de construção e de formação de sujeitos capazes de conhecer, respeitar e

2
Artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos Humanos: I. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será
gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução
técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, está baseada no mérito. 2. A instrução
será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito
pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a
amizade entre as nações e os grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da
manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instituição que será ministrada a
seus filhos.

1.termo usado na época


solidarizar-se com as diferenças. “Para que possamos comungar de um cenário
educacional que cumpra, de fato, seu papel de capacitação de pessoas para o exercício
cada vez mais pleno e consciente de sua cidadania” (ANTUNES, 2003, p.34).
Logo, o contexto escolar do aluno Surdo e a avaliação que será feita no
momento da “correção” do texto escrito deste sujeito, encontram-se entrelaçados e
devem ser objetos de constantes reflexões por parte da instituição de ensino e dos
professores, afinal, fomentar descentramentos e descolonizações são estratégias
benéficas que incorporam o conhecimento tanto da informação, estabelecimento de
comunicação, bem como do saber comum. Ou seja, a descolonização do “espaço
escolar” transforma radicalmente as demarcações sociais/institucionais que ainda
atravessam o muro erguido pelo positivismo. Logo, este movimento provoca uma outra
reflexão para a ideia da diferença e, ao mesmo tempo, busca um processo de troca
cultural híbrido que, por meio de uma produção escrita, procura diluir o legado
positivista presente em algumas escolas.

[...] diferença aqui não tem o sentido de herança biológica ou cultural, nem
de reprodução de uma pertença simbólica conferida pelo local de nascimento,
de moradia ou pela inserção social, cultural. A diferença é construída no
processo mesmo de sua manifestação, ela não é uma entidade ou expressão
de um estoque cultural acumulado, é um fluxo de representações articuladas,
nas entrelinhas das identidades. [...] Assim, tal reivindicação precisa ser
entendida a partir da contextualidade discursiva em que se insere (COSTA,
2006, p.122).

Vale ressaltar que Bhabha (2010) mostra que o fenômeno da hibridização


independe da vontade do sujeito. Ponto chave para percebermos que na multiplicação
das diferenças existe a possibilidade de subverter os discursos totalizantes, sejam eles
hegemônicos ou não. Assim, quando mergulhamos o texto do aluno Surdo no período
da modernidade recente, temos o objetivo de abertura de possibilidades de construção
de novos sentidos, proporcionados por um deslocamento teórico que potencializa a
ênfase para a dimensão da língua como um índice de materialização simbólica,
destacando as motivações subjacentes às escolhas linguísticas que o produtor do texto
realiza, associando-as às múltiplas dimensões constitutivas da identidade social, do
processo específico comunicacional e dos diversos papéis de resistências que os
usuários de uma determinada língua assumem no momento constitutivo de algumas
opções linguísticas

1.termo usado na época


1.4- A PRODUÇÃO ESCRITA DO ALUNO SURDO E A AVALIAÇÃO
ESCOLAR - Movimentos por um outro status linguístico

[...] alguns tipos de escrita têm mais status que outros. Escrever é uma luta,
mesmo para o mais experiente escritor. Escrever constrói identidades para
escritores, ou seja, a escrita identifica o escritor. Ligado ao poder, status,
valores e atitudes da escrita, escritores estão interligados com outros e com as
questões de quem escreve sobre o que, para que(m), por que e como (LODI
et al, 2012, p.163).

Perpassando pela trajetória de luta dos Surdos no Brasil é possível indicar, como
já dito anteriormente, um caminho de conquistas. Rotulado em uma visão
Clinicopatológica, o surdo, pelo sensu comum, era considerado “mudo por não ter a
fala”, denominado “surdo-mudo”, uma visão pejorativa, mas que infelizmente ainda é
utilizada por algumas pessoas. Desde então os Surdos foram categorizados
negativamente pela maioria da população ouvinte deixando sua identidade “ser
escondida”, sendo vistos como sujeitos não sociais.
“Fato conectado, igualmente, com o desenvolvimento de apoio a sistemas
fundidos de educação regular e especial e o impacto disso nas escolas atuais”
(STAINBACK, 1999, p.36). Posto desta forma, é válido destacar, que o discurso
médico da deficiência fundamentado em um panorama clínico, influencia (influenciou),
de forma categórica, muitos dos discursos que irão subsidiar uma série de preceitos
legais posteriores que nortearão o percurso histórico da educação brasileira, no que
tange à inclusão.
Processo que incide no interesse comunitário ou no valor cultural que serão
negociados ao longo do tempo. Neste sentido, se formam sujeitos e discursos nos
‘entre-lugares’, “nos excedentes da soma das ‘partes’ da diferença (geralmente
expressas como raça/ classe/ gênero/ sexo e etc.) que ao reencenarem o passado,
introduzem outras temporalidades culturais incomensuráveis na invenção da tradição”
(BHABHA, 2010, p.20).
Sob influência de estabelecer “novas tradições”, outros discursos foram
modificados de forma positiva para o reconhecimento da diferença e não mais para a
visão dos Surdos como doentes. Tradições classificadas “como processos e produtos de
conflitos e movimentos sociais, de resistências às assimetrias de poder e de saber, de
uma outra interpretação sobre a alteridade e sobre o significado dos outros no discurso
dominante”, como aponta Skliar (2005) em muitas de suas reflexões.

1.termo usado na época


Logo, pensar em escrever sobre as comunidades Surdas é um trabalho cheio de
descobertas não somente para o profissional da educação, o qual carrega uma
responsabilidade multiplicada.

[...] Esse reconhecimento implica em considerar no outro o valor de um


indivíduo, independente de seu aspecto físico, que socialmente deve ser visto
como alguém que é capaz de reinventar a própria natureza e partilhar, com
suas particularidades, de situações interativas, desde que lhes sejam
oferecidas oportunidades para criar, comunicar e vivenciar práticas em que a
diferença seja acolhida como mais uma forma de contribuição, colocando em
evidência o papel que cada um possui na/para constituição de todos os seres
sociais. (ARCOVERDE, 2006 apud DORZIAT, 2011, p. 117).

È necessário uma reflexão sobre como reagir diante da produção escrita de um


aluno Surdo e seu processo de avaliação e como este docente se enxerga neste processo.
.Afinal, dialogando um pouco com a história dos Surdos no Brasil, depois do método
oralista, em que era oportunizado o ensino a partir da articulação de palavras e leitura
labial (ou seja, a superioridade da língua oral sob a língua de sinais) houve algumas
contribuições teóricas, mesmo alguns surdos já apropriados do conhecimento da
datilologia, como exemplo: a solução ancorada na comunicação total para ensinar por
meio de códigos visuais, mesmo sendo uma prática ilusória, com isto foi indispensável
para que acontecesse a necessidade de uma revisão no ensino de português brasileiro
para Surdos então ficamos com os questionamento se na no ensino da língua portuguesa
foi necessário está revisão e a outras disciplinas como ficaram .
Neste sentido, a concepção bilíngue de educação surgiu para os Surdos e veio
para reconhecer suas diversidades linguísticas. Conforme Dorziat (2011, p.135) “[...] o
bilinguismo dos surdos deve ‘aludir a sua acepção pedagógica’, além de ser preciso
levar em conta que os surdos possuem uma língua minoritária e têm o direito de ser
educados nessa língua”. Como podemos verificar segundo os preceitos legais na Lei da
LIBRAS de Nº 10.436/2002 que assegura uma dinâmica de inclusão pautada em um
ensino que visualiza um cenário bilíngue: o português brasileiro e a LIBRAS3.
3
Em termos nacionais, as políticas públicas posicionaram-se favoráveis à inclusão, ativando esforços para
possibilitar o ingresso de todos à escola regular e instituindo critérios para que isso acontecesse como
orienta a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Lei 9.394/1996), em seu capítulo V,
artigos 58 e 59, que em termos gerais presumem serviço de apoio especializado e professores
especializados (ou capacitados) para atender aos portadores de necessidades especiais, preferencialmente
na rede regular de ensino instituindo uma política educacional com ‘indícios’ para uma perspectiva
bilíngue.

1.termo usado na época


Inicialmente, em se tratando de termos práticos/palpáveis da produção escrita e
da avaliação do aluno Surdo com base nesta concepção bilíngue, o professor deverá
adotar em sua metodologia, e consequentemente em uma possível abordagem teórica,
estratégias que tangenciem as diretrizes que constam na Lei da LIBRAS e que refletem,
de maneira positiva, na (re)estruturação dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Cabe
destacar, que desta maneira o olhar avaliativo/diagnóstico será outro.
Através de dispositivos legais que promovem intervenções diretas na sociedade
como um todo, no que se refere à Lei nº 10.436 de 24 de Abril de 2002, a
intencionalidade/objetivação da equiparação nos diversos âmbitos da sociedade e no
exercício da cidadania de surdos e deficientes auditivos, essa reestruturação deve
considerar a percepção de inclusão segundo Aranha (2000), afinal, “ [...] a ideia de
inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida
em sociedade. Isto significa garantia de acesso a todos, a todas as oportunidades,
independente das peculiaridades de cada indivíduo ou grupo social”.

1.3 A relação professor e aluno( vou construir)

2. CAPITULO II- METODOLOGIA


1.2Locus de pesquisa

1.termo usado na época


A formação do professor e as demandas da educação diante da
perspectiva da educação inclusiva tem sido foco de discussões a pelo
menos duas décadas. Nesse sentido, a pesquisa-ação também tem sido
vislumbrada como um meio de auxiliar aos professores, nas escolas, a (re)
avaliarem, refletirem sobre suas práticas diante das formas de lidar com o
processo de aprendizagem de alunos do Fundamental II com algum tipo
de especificidade. Ela tem por finalidade analisar alguns aportes teóricos
relativos à abordagem metodológica conhecida como pesquisa-ação,
diante da conquista sócio educacional e da formação do professor na
perspectiva da educação inclusiva.
Para fazer tal incursão, foi realizada uma revisão bibliográfica
inicialmente a para aplicação do questionário piloto no qual o critério
para o locus da pesquisa incialmente foi aplicada com professores que
atuam na Escola Estadual de Ensino fundamental Barão do Rio Branco
onde atende aluno do ensino fundamental I e II nos turnos da manhã e
tarde sendo está localizada na Av. Generalíssimo Deodoro, 1464 -
Nazaré, Belém - PA, 66035-090 sendo que a escola têm um total de 548
alunos sendo que deste total há na escola 19 alunos matriculados no
ensino fundamental II sendo que com surdez estes alunos encontram –
se ente os ¨6º ao 9 º ano sabemos que nestes níveis de ensino é o
aprofundamento dos conhecimentos disciplinares e interdisciplinares os
quais são trazidos do ensino fundamental I sabemos que o aluno ele
neste nível de ensino terá como desafiador uma rotina mas desafiadora
pois sabemos que se passa a ter um professor por matéria e com isto
imaginemos se para um aluno o qual é ouvinte a uma mudança a qual
gera impactos agora imaginemos para um aluno surdo e como será o
olhar deste professor diante deste aluno.
Sabemos que a pesquisa ela buscar reconhecer um saber de uma
historia o qual aprofundamos nos analise e com isto teremos
descoberta as quais estas surgem como forma positiva /negativa ou de
reflexão .
Neste primeiro momento adota se a pesquisa qualitativa, a qual no
entendimento de Creswel (2007) a qual é aplicar investigação no intuito
de compreender determinados aspectos sociais, a partir da literatura
reconhecida na área, assim como uma análise de pesquisas que
apresentassem essa metodologia como procedimento de investigação.

1.termo usado na época


Pois a pesquisa qualitativa ela procura responder a particularidade
das questões no qual estão envolvidos significados ,
valores ,perspectivas ,crenças e atitudes .
Como forma de comtemplarmos os objetivos estabelecidos pela
pesquisa torna se como referência o analise da pesquisa qualitativa ,uma
vez que o pesquisador tem sempre que estabelecer uma interação com a
situação estudada ,sendo o mesmo tempo objeto e sujeito neste sentido
fundamenta-se que “os pressupostos partam do fundamento de que há uma
relação dinâmica ente o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o
sujeito e o objeto ,um vinculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade
do sujeito”(CHIZZOTTI,1998,P.7)

Temos que considerar seus aportes teóricos para que esta seja
validada, assim como considerar que essa forma é um meio, mas não o
único viés para a promoção da qualificação do professor, formação do
aluno e aporte institucional. Palavras-chaves: Formação, inclusão,
qualificação, educação. Discutir a formação do professor para ensinar,
proporcionando qualidade a quem necessita de técnicas metodológicas
adequadas a um processo na formação de base no fundamental II, pode
parecer uma redundância falar que se pode ser empregadas a todos mas
também saber se está docente se enxerga dentro deste processo pois ele
está dentro deste fenômeno humano.
Pois para Chizzotti (2014) ,os fenômenos humanos possuem
características especificas ,pois se cria e atribui significados as coisas e as
pessoas nas interações sociais ,sendo assim podemos investigar a
realidade ,descrevê-la e analisa-las ,Sendo assim procurei utilizar também
a pesquisa de campo uma vez precisei ir colher informações dos docentes
através do questionário na escola onde pode ir ao ambiente escolar dos
mesmos o qual vivenciam a realidade no espaço da escola bem como o da
sala de aula ,para Severino (2016,p.131),
Na pesquisa de campo ,o objeto /fonte é abordado em seu meio ambiente próprio .A
coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem ,sendo assim
diretamente observados ,sem intervenção e manuseio por parte do pesquisador .Abrange
desde os levantamentos (surveys),que são mais descritivos ,até estudos mais analíticos .

No primeiro momento através do questionário piloto o qual as perguntas


foram semi estruturadas pois uma vez que este tipo de questionário ele tende
a ser mais especifico do tema os quais são questionamentos relacionados a
surdez foi destinado para aplicação deste questionário no período da manhã.

1.termo usado na época


O conhecimento de uma realidade implica uma análise histórico –social do
conjunto de relações que são estabelecidas pelo sujeitos e objetos que ali se
encontram, procurando ir além do mundo da aparência e penetrar no mundo do
concreto. É através do presente do presente estudo que teve como objetivo
analisar as representações sobre a pratica docente do professor com o aluno
surdo ,pois num sentido mais especifico analisar os conteúdo desta uma vez
que se fez necessário analisar o que estava sendo informado pelo
entrevistados como uma forma imparcial e objetiva pois foi um conjunto de
procedimentos que tiveram como finalidade, , de analisar a definição dessa
metodologia, procurou se traçar caminhos, possibilidades e limitações,
assim como as criticas feitas e as vantagens reconhecidas a favor dessa
abordagem metodológica para pesquisas em educação, mais
especificamente em relação à formação do professor X aluno / instituição
para ensinar a todos, tendo em vista alunos da educação do ensino
fundamental II que apresentem algum tipo de especificidade em seu
processo de ensino-aprendizagem o qual é o aluno surdo .
Com isto a pesquisa se da através da coleta destes dados tendo
como característica uma abordagem exploratória com isto a investigação
tornou se sistemática e formal na qual ira gerar um conjunto de
categorias descritivas como observação ,investigação, participação ,leitura
e releitura dos matérias teóricos o qual darão suporte para este analise da
coleta dos dados e o com isto sendo direcionado a sua devida categoria .
diante de vários aspectos que podem ser observado na pesquisa , os
quais perpassam pelo formato dessa formação, pelas políticas públicas e
pela ainda adaptação das instituições na formação de docentes ainda
novo em âmbito nacional que regem a educação nacional e chegam à
realidade em que a escola brasileira está ainda sendo construída para este
tipo de atendimento, tendo em vista todos os aspectos são tão relevantes
a compreensão do tema percebemos , quanto aos objetivos se
caracterizam como descritivos, cujo intuito central é “ descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis¨(GIL,2002,p.42).

1.1 Sujeitos da pesquisa

1.termo usado na época


A relação entre o sujeito e o objeto ela é basilar para analise acerca de
vivência desta coleta de informação pois eles estão inseridos na escola onde
estão um tempo considerável neste ambiente sendo assim podemos
estabelecer uma coerência metodológica qual têm por objetivo ser ter o
caráter investigativo a respeito do fenômeno sobre as ações e relações que
configuram o dia-a-dia a experiência escolar vivida com isto o foco neste
momento foi a escolha de cinco docentes da Escola Estadual do Ensino
Fundamental Barão do Rio Branco sendo este o qual ministram aula no ensino
fundamental II os docentes os quais foram encaminhados pela coordenação
da escola foram da disciplina de língua portuguesa, matemática ,artes ,biologia
e artes .
Foi necessário levar em consideração o tempo que estes já atuam na docência
os cinco professores selecionados já atuam mais de cinco anos e todos têm
em suas turmas alunos surdos.
Desta forma, a partir deste modelo, acredita-se que ao escolher os professores
de anos de prática docente, já possuem um considerável tempo de carreira e
ao mesmo tempo procurar traçar um limite para que os anos não se tornem
desnivelados pela experiência adquirida, tendo assim novas adaptações e
mudanças de comportamento do decorrer da vida acadêmica, o que permite
certa compreensão sobre o trabalho por eles desenvolvidos.

1.2 Analise de dados (anunciar)

3. CAPITULO III - ANALISE DOS DADOS


a. Analise dos questionários
b. Analise das entrevistas
Obs: preciso formata, desculpe os erros estou escrevendo minhas duvidas
estão relacionadas a metodologia ,to surtandooooooo ,quero saber pelo
menos se é o caminho .

1.termo usado na época

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