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Universidade Estadual do Piauí – UESPI

Campus Profº. Alexandre Alves de Oliveira


Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia
Disciplina: Educação de Jovens e Adultos
Professora: Racilda Nóbrega

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


Entrevista com profissionais de EJA.

Bianca Cordeiro Lessa


Francy Rayka dos Santos Almeida Xavier

Parnaíba, Janeiro de 2023.


O referente trabalho tem como tema EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS: entrevista com profissionais de EJA. Desse modo, o presente trabalho
aborda uma breve pesquisa realizada em uma escola municipal pública, onde o
objetivo é identificar alguns fatores sobre a Educação de Jovens e Adultos.
Buscamos ideitificar como os educadores das escolas públicas, na
modalidade EJA veem seu trabalho, de que forma buscam melhorar como
profissionais e se esses objetivos estão conseguindo ser realizados no ambiente
escolar, formando um cidadão autônomo e com criticidade, bem como se as
escolas auxiliam e quais as dificuldades do professor nessa modalidade de ensino
e as implicações nesse processo.
“A prática de pensar a prática é a melhor maneira de aprender a pensar
certo. O pensamento que ilumina a prática é por ela iluminado, tal como a prática
que ilumina o pensamento é por ele iluminado.” (Freire, 1978, p. 65)
A educação deveria ser integradora e trazer para o ensino a relação
entre conteúdos e vivências de cada comunidade, sendo elemento motivador e
transformador da sociedade. Freire (1993, p.101) define a educação popular como
a que “estimula a presença organizada das classes sociais populares na luta em
favor da transformação democrática a sociedade, no sentido da superação das
injustiças sociais”.
Para que a aprendizagem do educando EJA seja de qualidade e
eficiência, o profissional que atua nessa modalidade, deve ser capacitado e
preparado para lidar com os mais diversos tipos de pessoas, afinal o perfil de aluno
EJA não segue um padrão como no ensino regular, e estes muitas vezes chegam
cansados do dia de trabalho, lida com os afazeres domésticos, filhos.
Se torna um desafio e grande responsabilidade para o profissional EJA
acolher estes alunos e repassar o conhecimento da melhor forma possível, o que
um profissional com capacitação para isso pode fazer com melhores resultados.
Durante a história da educação no Brasil, as pessoas sem acesso à
educação, ou por algum motivo ainda analfabetas, foram por muito tempo
associadas ao atraso, sendo tidas como incapazes e que precisavam sempre de
tutela, muitas vezes responsabilizadas pelo atraso econômico do país e
constantemente inferiorizadas.
Houveram diversos programas com intuito de alfabetizar essa
população, porém que em sua maioria foram projetos que refletiam justamente
essa ideia de que a pessoa analfabeta era apenas um indivíduo a ser tutelado, e
que, portanto, não se precisaria de profissionais especializados em educação,
educadores, para ensinar-lhes a ler, bastava que qualquer voluntário alfabetizado
realizasse a tarefa.
A pesquisa do presente trabalho foi realizada na escola municipal
Borges Machado nos dias 22 e 23 de novembro de 2022. O colégio em que
realizamos o estudo pertence à administração municipal, fornecendo o Ensino
Fundamental regular e EJA, e possui uma estrutura razoável mas com carteiras
antigas e precisando de algumas pequenas reformas em sua estrutura física.
No que se refere ao procedimento, o trabalho se realizou através de
visita à escola, breve observação do ambiente escolar e entrevista com
professores por meio de questionário contendo 6 perguntas, de forma rápida, visto
que era período de fechamento de notas e os professores estavam bastante
atarefados. Utilizamos de celular e caderno para a anotação dos dados
pesquisados.
Nas entrevistas os professores responderam com educação ao
questionário, mesmo com curto tempo no intervalo, atenderam a nossa solicitação.
Foram entrevistados dois professores, a professora Claudia Maria Ferro de Oliveira
e o Professor Marcos Antônio de Souza, e as mesmas perguntas foram feitas aos
dois.
Ambos os professores demonstraram clareza ao responder as perguntas
e se buscou que tudo fosse realizado da melhor forma possível e entregando
qualidade. “Não há razão para se envergonhar por desconhecer algo, testemunhar
a abertura dos outros, a disponibilidade curiosa à vida, a seus desafios, são
saberes necessários à prática educativa” (FREIRE, 1999, p. 153).
Ao serem questionados sobre qual o seu quadro situacional no
município/estado com relação ao contrato de trabalho, ambos os professores
responderam que são efetivos.
Ter a estabilidade trazida pelo fato de estar no quadro efetivo de
trabalho, é fator importante especialmente quando se fala de educação, setor que
ao longo da história do Brasil não teve a valorização e investimento em qualificação
como prioridades dos governos.

Vulgarmente considerada como um privilégio do serviço público, já que


inexistente no setor privado, a estabilidade, é, na verdade, uma forma de
proteção do servidor de possíveis pressões de governantes temporários e
de compensação de alguns deveres e restrições que recaem
exclusivamente sobre os servidores públicos, e não sobre os empregados
do setor privado. (COELHO, 2012, p.40)

Essa segurança trazida com o trabalho efetivo, e sensação de liberdade


das amarras de governantes, traz a possibilidade para que o professor possa
ensinar com mais liberdade e realizar um trabalho pensando mesmo a longo prazo,
desenvolvendo-o ao longo de anos.
Porém esta estabilidade, pode ser vista por parcela da sociedade com
maus olhos e de acordo com Sousa (2002, p. 33), tem sido apontada como um dos
fatores de acomodação, perda de qualidade e deficiência na prestação do serviço
público à sociedade.
E infelizmente alguns destes profissionais da educação acabam por
realmente se acomodar em seus postos de trabalho, não vendo perspectivas de
mudança dentro da educação.
Quando questionados sobre quanto tempo já possuiam seus cargos
efetivos como professores e trabalhavam com EJA, a entrevistada P1 respondeu
que desde o ano de 2004, e o entrevistado P2 disse que desde o ano de 2001,
ambos com bastante tempo de serviço e experiência, o que consideramos
importante para o ensino de EJA, e para a ralização deste trabalho na disciplina.
Como cita Libâneo (1002) o professor possui parcialmente a
responsabilidade de educar e preparar seus alunos para se tornarem cidadãos
críticos e ativos em uma sociedade.
Também foi questionado aos professores se lecionavam somente com a
modalidade EJA ou em outros níveis de ensino como na educação básica, e a
entrevistada P1 respondeu que trabalha com os três níveis de ensino, já o
entrevistado P2 afirmou que apenas trabalha com a modalidade EJA.
Na realidade escolar brasileira temos justamente essa variedade dentro
das escolas, professores que se dedicam somente a Educação de Jovens e
Adultos, e outros que também lecionam em outras modalidades de ensino
concomitante ao seu trabalho como professores de EJA.
Para Tardif e Lessard (2007), a autoridade reside no respeito que o
professor é capaz de impor sem coerção aos alunos. Ela está relacionada a seu
papel, à missão da qual a escola o investe, bem como à sua personalidade, seu
carisma pessoal. Em relação ao trabalho destes professores, lhes foi indagado
quais as principais dificuldades vivenciadas por eles na EJA.
A professora P1 nos respondeu; “Sou professora de língua portuguesa
da 5 etapa do colégio Borges Machado que são os 8 e 9 ano. A tarde a maior
dificuldade é que por sempre adolescente que tem cerca de 16 anos, tem
dificuldade de se concentrar, são muito dispersos, parecem não querer nada com a
vida, se atrasaram um pouco, vieram direto do ensino regular”.
Na declaração da docente podemos ver que ela relaciona a dificuldade
de concentração dos alunos à sua idade e porque segundo ela, esses alunos
parecem não ter compromisso com o ensino, por serem alunos de EJA recém
saídos do ensino regular.
Pinheiro (2020) faz considerações a respeito da inserção dos alunos
nessa modalidade de ensino, nos quais devem ser vistos de uma maneira
flexibilizada pois são pessoas em diferentes níveis socioeconômicos, de idade,
culturais, entre outros, pessoas que carregam consigo valores morais e étnicos
diversos.
O segundo entrevistado P2, para a mesma pergunta, disse o seguinte;
“Sou professor de matemática, então pra a pessoa aprender matemática, ela tem
que querer, ter força de vontade, aqui trabalho com a 5 etapa a tarde, e os alunos
parecem não querer nada com a vida, gostam de conversar, brincar e por mais que
eu tente eles não tem interesse no assunto abordado. Outra dificuldade é porque
não temos tanto tempo de preparar metodologias mais interessantes para
conquistar esse aluno diante do assunto, e aí fica assim, normalmente eles têm
muita dificuldade na disciplina que ensino. ”
Podemos perceber similaridade nas respostas de ambos os
profissionais, sendo que no segundo exemplo além da questão da idade e da falta
de compromisso dos alunos relatadas, o entrevistado P2 também fala sobre a falta
de tempo para preparação de metologias que seriam mais atrativas à esse aluno
EJA.
De acordo com Kuenzer (2006) há uma pluralidade de saberes e
vivências na modalidade de Jovens e Adultos e, para tanto faz se necessária a
utilização de metodologias que impulsionem os alunos a aprendizagem eficaz como
também continuidade nos estudos.
O professor muitas vezes se encontra com acúmulo de tantas turmas e
tarefas, somadas a suas vidas pessoais, que o tempo para planejar estratégias
educacionais com metodologias que sejam mais atrativas aos alunos se torna
escassso.
Falta também por parte do poder público, melhor capacitação do corpo
docente, trazer essa capacitação para as politicas da escola facilitaria o acesso
destes professores e proporcionaria melhor aplicação e efetividade de
aprendizagem e estimulos, e consequente menor evasão escolar. Há uma alta
procura de alunos para essa modalidade de ensino, em contrapartida, o índice de
absenteísmo é grande, isto porque qualquer dificuldade encontrada acarreta na
desistência desses alunos (DOS SANTOS, 2016).
Porém também não podemos colocar toda a responsabilidade sobre o
desempenho dos alunos em cima dos professores, pois segundo Freire (2002, p.
25) "Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar
das diferenças que os conotam, não se reduzem a condição de um objeto, um do
outro”.
Sendo um trabalho a ser aprimorado pelos professores de EJA, mas
também necessária uma melhor visão dos alunos sobre os estudos, o que diversos
fatores podem influenciar, tais quais alguns mencionados pelos professores no
questonário, como idade, serem saídos recentemente do ensino regular, entre
outros. Ninguém motiva ninguém, nós é que nos motivamos, ou não. Tudo o que os
de fora podem fazer é estimular, orientar, provocar nossa motivação.” (VERGARA
2003, p. 42).
Na continuidade do questionário aplicado a indagação sobre que
curso(s) você fez para melhorar a sua performance para a atuação na EJA foi feita
aos professores, P1 e P2.
A professora P1 responde que fez uma Especialização em EJA pela
Universidade Federal do Piauí (UFPI), bem como o entrevistado P2 também
responde que possui Especialização em EJA não declarando a instituição de
ensino. “A qualificação dos trabalhadores se dá por meio de articulações entre sua
subjetividade e o modo como ele é intrinsecamente vinculado às relações sociais.”
(KOBER, 2004, p. 36).
Ambos mostraram assim que lecionando na modalidade EJA, há
intrínseca a necessidade de ter uma formação mais ampla que contemplasse essa
modalidade educacional, pois como professores, percebem que ensinar para um
tipo diferente de alunos requer formação mais específica, e foi uma constatação
satisfatória para o trabalho realizado. De acordo com Gadotti e Romão (2011, p.
47), a formação de professores para a modalidade EJA deve estar pautada em
alguns elementos:

[...] reconhecer o papel indispensável do educador bem formado;


reconhecer e reafirmar a diversidade de experiências; reconhecer a
importância da EJA para a cidadania, o trabalho, a renda e o
desenvolvimento; reconceituar a EJA como um processo permanente de
aprendizagem do adulto; e resgatar a tradição de luta política da EJA pela
democracia e pela justiça social.

Quando foram indagados sobre qual metodologia usavam na


modalidade EJA que diferia do ensino regular, a professora P1 respondeu; “A tarde
utilizo mais a produção de texto, com isso vou destrinchando cada frase e
denominando. Como os alunos tem, mesmo com dificuldade, conhecimento de
séries passadas consigo aproveitar bem. A noite é mais complicado, pois essas
pessoas estão a anos sem estudar, vem de dias cansativos, mas tento trabalhar
muito utilizando coisas do seu dia a dia. Falo sobre profissões, auxílio na leitura de
textos e assistir filmes. Infelizmente não consigo da todos os conteúdos, mas tento
falar o essencial.”
Através da resposta da entrevistada P1 podemos perceber como
encontramos diferenças entre o ensino de EJA para àqueles que recém saíram do
ensino regular, e os que buscam o ensino após anos sem estudar.
A maioria destes alunos citados no segundo exemplo já acumulam os
estudos a noite com o dia de trabalho e cuidados com a família, o que exige uma
sensibilidade e mais por parte do professor, entendendo as necessidades e
limitações com que estes alunos se encontram.
É de suma importância a reflexão de como acontece a Educação de
Jovens e Adultos sob uma perspectiva diferenciada: uma educação que abrange os
diferentes níveis socioeconômicos, como os excluídos e marginalizados que fazem
parte do sistema educacional. Porém, são jovens e adultos que possuem os
mesmos direitos educacionais perante a sociedade (ARROYO, 2005).
O professor P2 quando arguido da mesma pergunta responde; “Aqui só
trabalho a tarde, tento selecionar os principais conteúdos dos livros, pois
infelizmente não temos conteúdo específico pra EJA, é o mesmo livro do ensino
regular. Após selecionar os principais conteúdos tento ensinar de maneira mais
simples e eficaz cada assunto, tento mostrar na realidade dessas pessoas a
importância de cada conteúdo abordado em sala de aula.”
O professor P2 responde com certa similaridade a professora P1,
também relatando buscar explicar de maneira simplificada e que possa relacionar o
conteúdo explicado com a realidade dos alunos, porém relata a escassez de
material didático, fazendo com que trabalhando com o mesmo livro do ensino
regular na modalidade EJA, ele precise fazer uma espécie de “peneira” dos
conteúdos para que possa trabalhá-los da melhor forma na sala de aula.
Isso acarreta mais tomada de tempo desse profissional que já relata em
respostas anteriores neste trabalho, que tem dificuldade em relação a falta de
tempo para pesquisar e/ou desenvolver metodologias mais atrativas e eficazes
para o aluno EJA.
A Educação de Jovens e Adultos exige do profissional uma metodologia
diversificada perante as outras modalidades de ensino, bem como uma relação de
afetividade entre o aluno e o professor (NEGREIROS et al., 2018).
CONCLUSÕES DO TRABALHO.

O trabalho teve como objetivo investigar profissionais presentes nas


escolas e seus conhecimento e práticas referentes a educação de jovens e adultos,
bem como suas dificuldades em sala de aula e investimento em sua capacitação.
Através deste trabalho de pesquisa foram constatadas particularidades em relação
aos professores entrevistados, mas que mesmo assim possuíram grande
similaridade em suas respostas.
Se referindo aos resultados da pesquisa, percebeu-se que com o
questionário aplicado as docentes tinham conhecimentos sobre a modalidade EJA
e especialização nesta modalidade de ensino, porém certa falta tempo, estímulo e
estrutura como material escolar adequado para melhor desenvolvimento da prática
escolar.
BIBLIOGRAFIA

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