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EXÉRCITO BRASILEIRO
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO TÉCNICA MILITAR
1ª Edição
2019
CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO DE SARGENTOS
1. Órgão Gestor
2. Órgão Elaborador
- DETMil
3. Órgão Executor
- DETMil
INTRODUÇÃO 04
UD 1 – FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA 08
A CONCEITO DE DIDÁTICA 08
B SEQUÊNCIA DIDÁTICA 10
UD 2 – TENDÊNCIAS DIDÁTICAS 15
A ESCOLA TRADICIONAL 15
B BEHAVIORISMO 16
C TECNICISMO 18
D ESCOLA NOVA 18
E CONSTRUTIVISMO 20
UD 3 – FUNDAMENTOS DAS COMPETÊNCIAS 22
A CONCEITO DE COMPETÊNCIAS 22
B DIDÁTICA DAS COMPETÊNCIAS 28
C AVALIAÇÃO 30
UD 4 – TÉCNICAS DE ENSINO 35
A PALESTRA 35
B INTERROGATÓRIO 38
C DEMONSTRAÇÃO 40
D EXERCÍCIO INDIVIDUAL 44
E EXERCÍCIO MILITAR 47
F SIMULAÇÃO 48
UD 5 – SISTEMA DE INSTRUÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (SIMEB) 51
REFERÊNCIAS 52
APÊNDICE 55
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO POR COMPETÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O militar é, necessariamente, um instrutor ou monitor de instrução. Desde o início de sua carreira tem
a responsabilidade de instruir homens e mulheres para o cumprimento das diversas missões. Contudo,
sua atuação vai muito além de introduzir seus subordinados na Arte da Guerra. Seu dever é desenvolver
valores e atitudes fundamentais não para sua Profissão das Armas, mas também o cidadão brasileiro.
A responsabilidade de formar sargentos temporários, cabos e soldados, bem como manter a
capacitação dos militares de carreira se dá por intermédio do Sistema de Instrução Militar em todas as
organizações militares da Força Terrestre, o “braço forte e mão amiga” do Exército Brasileiro.
O caminho dos instrutores e monitores fica mais complexo ao longo de sua carreira, na medida em que
são desafiados a qualificarem grupos de instruendos cada vez mais antigos e exigentes. Isso é natural
e vem acompanhado de aumento da experiência docente.
Alguns, fruto de seu desempenho profissional, serão convidados a integrarem o Sistema de Educação
e Cultura do Exército é peça chave na manutenção da capacidade operacional da Força Terrestre e
deve responder aos desafios da formação, aperfeiçoamento e especialização de todos os oficiais,
subtenentes e sargentos de carreira. Trata-se da espinha dorsal da instituição, preparando aqueles que
dedicarão grande parte de suas vidas ao cumprimento das missões constitucionais do Exército de
Caxias.
Mas, tanto no Sistema de Instrução Militar, quanto no Sistema de Educação e Cultura a qualidade das
instruções precisa ser alta e atingir as competências profissionais necessárias ao profissional militar
do século XXI.
Manoel Castells em seu livro Sociedade em Redes (1999) nos diz que a guerra na Era do
Conhecimento deve ser:
GUERRA NA ERA DO CONHECIMENTO
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As Nações não querem ter elevados custos em vidas e recursos financeiros demandados por conflitos
longos. Além disso, a sociedade moderna não admite um número alto de baixas entre os adversários,
muito menos entre os civis, por questões humanitárias e éticas.
Os produtos de defesa com alta tecnologia agregada e operados por militares profissionais oferecem
tais possibilidades com atuações precisas, com reduzidos ou inexistentes efeitos colaterais.
O Comando do Exército definiu, por intermédio do Projeto de Força para 2031 (PROFORÇA), dentre
outras, as seguintes necessidades das forças armadas, para as guerras do futuro:
b. atuar diante das incertezas de maneira a absorver os impactos das adversidades e reagir com
efetividades (resiliência);
d. importância da opinião pública como centro de gravidade dos conflitos, crescendo a necessidade da
conquista dessa opinião pública (mídia, operações psicológicas etc);
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g. integrar informações de combate, pelo emprego do Sistema Operacional Informação (Guerra
Eletrônica, Operações Psicológicas, Dissimulação, Segurança das Operações, Defesa Cibernética,
Assuntos Civis, Comunicação Social e Inteligência de Combate);
h. comunicar-se nos idiomas inglês e espanhol, principalmente na sua vertente instrumental, além de
ter conhecimentos básicos de outro idioma;
k. desenvolver pesquisa científica em Defesa Nacional e Ciências Militares, para cooperar com o
desenvolvimento da Doutrina Militar do Exército (SIDOMEx);
t. operar e interagir com Sistemas Autônomos (veículos não tripulados, robôs etc) ;
Como atingir
tantos
objetivos?
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A reposta está no aprimoramento da Doutrina Militar Terrestre, na aquisição e desenvolvimento de
produtos de defesa modernos, na capacitação e adestramento do capital humano da Força, no
investimento nos Projetos Estratégicos do Exército e na priorização dos Sistemas de Educação e
Cultura e de Instrução Militar.
O Exército tem em suas mulheres e homens seu maior patrimônio. Os currículos dos Estabelecimentos
de Ensino, Centros de Instrução e Organizações Militares com encargo de ensino e os Programas
Padrão de Instrução devem dar conta das competências necessárias ao preparo e emprego da Força
Terrestre.
A disciplina de Didática tem como objetivos fazer com que os futuros sargentos possam refletir sobre
como o ser humano aprende e de que maneira é possível ser um instrutor ou monitor que leve meus
subordinados a atingirem as competências necessárias ao preparo e emprego da Força Terrestre.
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UD 1. FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA
De nada adianta saber o que ensinar se não se souber muito bem como fazer isso. Como estabelecer
a ponte entre o ensino e a aprendizagem.
Ensino
Aprendizagem
Mas o que pode fazer surgir esta ponte? A resposta é a didática. A partir de agora vamos olhar bem
atentamente para esta ciência que deve nortear a prática docente de todos os instrutores e monitores.
Didática
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Segundo Candau (1987), o objeto de estudo da Didática é o processo ensino-aprendizagem, que está
sempre presente no relacionamento humano. Ela tem por objetivo a busca do conhecimento necessário,
a fim de fundamentar a prática pedagógica e apontar as formas mais adequadas de intervenção, para
que haja real aprendizagem (idem ibidem). Assim, a “arte de ensinar” tem seus princípios teóricos e
suas técnicas (SANT’ANNA e MENEGOLA, 2002).
A Didática não pode ser reduzida a um amontoado de métodos e técnicas de ensino. Para entender
melhor o porquê desta afirmativa, vamos estudar um pouco sobre a abordagem humanística e a
dimensão técnica da Didática.
A abordagem humanista tem seu foco na relação entre as pessoas. Ela nos traz a importância da
dimensão humana nas relações em sala de aula para o processo ensino-aprendizagem e de desenvolver
atitudes que favoreçam o crescimento pessoal e interpessoal (CANDAU, 1987).
A abordagem técnica trata o processo ensino-aprendizagem como uma ação sistematizada, a fim de
dar as melhores condições para a aprendizagem. Os objetivos instrucionais, seleção dos conteúdos,
estratégias de ensino, avaliação, etc são seu foco (CANDAU, 1987).
Quando adotamos a dimensão técnica, deixando de lado a humanística, temos o tecnicismo. Neste
momento, se abre mão do contexto e desenvolvimento de atitudes que necessitam permear o ambiente
escolar. Pode-se dizer que tanto a abordagem humanística, quanto a técnica têm muito a contribuir
para o estabelecimento da estratégia didática.
Humanista Técnica
O ensino militar se fundamenta nas atividades de instrução desenvolvidas no campo e nas salas de
instrução. Mesmo conscientes de que a aprendizagem é um processo que extrapola os limites físicos
destes ambientes, pois ocorre no cotidiano dos aquartelamentos (serviços diários, manutenção do
material de emprego militar, formaturas, etc) e também em operações, pode-se afirmar que tem sua
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gênese em uma instrução bem planejada, ministrada e avaliada. A seguir, vocês poderão compreender
melhor como fazer isso de maneira sistemática.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Herbart (1766-1841) propôs um método de ensino, direcionado sua pesquisa para como as pessoas
aprendem. Seu método se divide em 4 etapas (MALHEIROS, 2012):
2ª Etapa: Associação – associar o conhecimento que o aluno já tinha com o novo. Existe,
ainda, assimilação, que seria a compreensão da causa do fenômeno e integração ao conhecimento
prévio do aluno.
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Vamos entender melhor esta metodologia. A 1ª etapa diz respeito à elaboração de um plano de sessão
onde vocês detalharão como a instrução ocorrerá (local, técnicas de ensino, método de ensino, meios
auxiliares de instrução, medidas de segurança, número de auxiliares você terá a sua disposição, dentre
outros aspectos).
CALMA!
Ao final da disciplina vocês terão conhecimento sobre todos esses
aspectos.
Por enquanto, é necessário que vocês entendam que devem estabelecer: os objetivos de aprendizagem
da instrução, com base nos Programas Padrão de Instrução (instrução militar) ou nos Planos de
Disciplinas (ensino militar), e como ela será desenvolvida e, ainda, esclarecer seus instruendos sobre
ambos.
Como instrutor ou monitor, com base na sua experiência e competências desenvolvidas, deverão
escolher o método de ensino (em grupo ou individual) e as técnicas de ensino (palestra, demonstração,
exercício individual, etc) que utilizará para conduzir a instrução. O método e as técnicas devem levar
sempre em consideração o que será ministrado, ou seja, o tipo de conteúdo. Além disso, é importante
considerar a experiência profissional e pessoal dos instruendos, a fim de avaliar a profundidade na qual
será abordado o assunto e se a turma de instrução está pronta para aquele conteúdo. Leve em
consideração que, a construção dos conhecimentos e o desenvolvimento das competências se dão de
maneira progressiva e cumulativa.
Não servirá de nada uma instrução de montagem e desmontagem de armamento, por exemplo, na qual
o instrutor faça uma palestra seguida de uma demonstração e que não haja a prática por parte dos
soldados. De nada servirá a mesma instrução sem monitores que auxiliem os soldados nas primeiras
operações de montagem e desmontagem. Não se deve ensinar a desmontagem de
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armamentos complexos, antes que seja dominada a montagem e desmontagem daqueles mais simples.
Ainda na 1ª etapa serão planejados e obtidos os meios auxiliares de instrução (MAI) que podem ser
desde uma simples capichama a um complexo simulador, passando por quadro mural, projetor
multimídia, sistema de som, armamento seccionado, dentre tantos outros possíveis.
ATENÇÃO!
Os MAI devem ser estar sempre simples, efetivos e adequados ao nível e ao local
da instrução.
Será que utilizar um projetor multimídia no campo será uma boa solução? Para um grupo de soldados
em ambiente aberto, certamente não. Uma pista de cordas escola (MAI) montada para instruendos
inexperientes pode ter obstáculos de difícil transposição e que envolvam risco? Logicamente não.
Por fim, esta etapa se refere a predispor o instruendo à aprendizagem, ou seja, criar um clima favorável
a esta aprendizagem. O ser humano aprende melhor quando ele entende para que serve um
conhecimento e identifica como e quando poderá utilizá-lo. Assim, você necessita dar estas
informações logo no início da instrução e incentivar, verdadeiramente, seus subordinados a
aprenderem. Neste aspecto, sobressai a preparação do instrutor e monitor para a sessão de instrução.
O sargento sabe e
demonstrou. Vou
tentar fazer igual.
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Ele deve ser um perito naquilo que ministra. A fragilidade dos conhecimentos, a inabilidade em
demonstrar e em transmitir suas ideias por parte do docente fará com que seus alunos duvidem da
necessidade daquele conhecimento. “Se meu sargento não é capaz de fazer algo, por que eu teria que
fazer”. Por isso, se tiver de demonstrar algo, treine exaustivamente, até que possa realizar com
perfeição.
É muito importante que o docente faça a ligação entre o conhecimento que está sendo apresentado e
um conhecimento prévio já adquirido pelo discente. Assim, ele terá maior facilidade de aprender.
Quando o novo conhecimento se relaciona ao anterior, dá-se a assimilação. Esta é a 2ª fase da
metodologia de Herbart.
Para entender melhor, recorreremos a Piaget que nos ensina que na assimilação o sujeito faz a relação
do estímulo externo com algo já existente nas estruturas cognitivas. Ausubel, na década de 1960, nos
trouxe a teoria da aprendizagem significativa onde ele enfatiza que a maior parte da aprendizagem
humana se dá de forma receptiva, como tem sido ao longo da História Humana (Tavares, 2004).
Segundo Ausubel (apud Tavares, 2004), existem três condições para a aprendizagem significativa:
Nesta etapa, há o que poderia se chamar de uma “arrumação” dos novos conhecimentos juntamente
com os antigos. Ocorre a generalização, que dá a possibilidade de resolver problemas semelhantes
àqueles aprendidos. Por exemplo: se você assimilou os fundamentos da orientação em campanha e
praticou com a bússola M1 em uma pista montada no fundo do aquartelamento, poderá orientar-se
com outro tipo de bússola semelhante e outra região ou, ainda, se você é capaz de sanar um incidente
de tiro na pistola 9mm M 911 IMBEL, é capaz de fazê-lo na pistola 9mm M 975 BERETTA.
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A 4ª etapa dessa metodologia é a do método, ou seja, a aplicação do conhecimento em situações que
simulem a realidade. Assim, o instrutor e o monitor devem defrontar seus subordinados a situações
problema e exercícios militares que poderão ser vividas na realidade. Quando puderem solucioná-las,
atingirão as competências desejadas.
O Manual do Instrutor reforça a ideia de que instrução deve ser voltada para o desempenho,
planejamento e preparaçã
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Para assimilar este conteúdo prepare um passo-a-passo que oriente um monitor nas etapas que
devem ser observadas para a preparação de uma boa instrução.
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UD 2. TENDÊNCIAS DIDÁTICAS
Para ilustrar a Escola Tradicional, nada melhor que iniciarmos pela forte influência dos jesuítas no
Brasil. Eles fundaram colégios na colônia e disseminaram seus métodos de ensino baseado em regras
muito rígidas.
O ensino jesuítico baseava-se no Ratio Studiorum que consolidava o plano e a organização dos estudos.
Tratava-se de uma coletânea de experiências de vários colégios. Ele tinha por objetivo instruir os
docentes jesuítas e padronizar os procedimentos pedagógicos em suas várias escolas.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
A Escola Tradicional tem seus pontos fortes e outros que não estão alinhados com o que o Exército
deseja de seus sargentos. Analisando esta assertiva, aponte, no mínimo, três pontos fortes e explique
o porquê a educação militar necessita buscar outras correntes, além dessas, para formar os sargentos
do século XXI.
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Assunto b. Behaviorismo e Tecnicismo
Objetivo de Aprendizagem: identificar os fundamentos do Behaviorismo e Tecnicismo (FACTUAL).
Skinner foi, possivelmente, o mais destacado pesquisador da corrente da psicologia conhecida como
behaviorismo, cujo termo tem sua origem etimológica na palavra do idioma inglês behavior que
significa comportamento, ou seja, a psicologia do comportamento.
Skinner dedica seus estudos aos comportamentos observáveis, não fazendo qualquer inferência acerca
de daqueles não observáveis ou a estados internos do sujeito. Tem-se o condicionamento operante que,
em síntese, é aquele produzido por um sujeito e que pode causar efeitos observáveis sobre o ambiente.
Sua teoria fundamenta-se no postulado que qualquer professor, instrutor, pesquisador pode criar
contingência de reforço que deem oportunidade ao surgimento de respostas diante de um estímulo ou
stimulus (condição) (DESBIENS,2010).
Skinner observou que, em uma sala de aula convencional, apenas o professor apresenta situações a
serem resolvidas pelos alunos e que o faz poucas vezes para que se desenvolva repertório de
comportamentos desejados. Suas pesquisas levaram ao ensino programado que pretendia
individualizar o desenvolvimento da aprendizagem por intermédio de um programa que permitia que
cada aluno evoluísse progressivamente. Baseava-se em dividir o conteúdo de maneira que o aluno
apresenta-se uma resposta a um questionamento e imediatamente obtivesse o retorno sobre a correção
ou incorreção de dessa resposta. Os resultados foram modestos, principalmente devido ao fato de
alguns programas serem editados como livros, dando aos alunos a possibilidade de verem as respostas
(SLAVIN, 2002 e VARGAS, 2003, apud DESBIENS, 2010).
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É importante deixar claro que o instruendo deve conhecer as normas, manuais, regras e ter praticado
bastante antes de poder ser estimulado a responder sobre qualquer conteúdo. Sem o conhecimento isto
não é possível. Vamos entender:
Após a instrução de serviço de guarda ao quartel, você como monitor apresenta um problema a sua
pequena fração que trata da invasão de um elemento estanho ao aquartelamento. Temos a
contingência: “Há um invasor no meu setor de vigilância”. Quais as respostas esperadas? Determinar
que o estranho faça alto e se identifique, deter o invasor e acionar o plano de defesa (por exemplo).
Caso, o soldado questionado acerte merecerá um reforço positivo. Mas e se errar? Você deverá corrigi-
lo, preferencialmente, questionado outro soldado, até que seja alcançada a resposta correta.
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O tecnicismo foi concebido para preparar a mão - de - obra para a sociedade industrial, preparar as
pessoas para o mercado de trabalho. Tem ênfase na técnica e no material didático, tendo formas de
ensinar muito rígidas e deixando pouco espaço para a criatividade do professor.
O ensino se torna um processo de condicionamento. O essencial não era conteúdo e sim a forma de
como abordá-lo, sem preocupação com a individualidade. (LIBÂNEO,1985)
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Vocês já vivenciaram algumas situações de instrução que remetem ao behaviorismo, sem nem
mesmo saber disso. Apresente uma delas e justifique sua resposta, à luz dos fundamentos teóricos
dessa corrente pedagógica.
O movimento do escolanovismo inicia-se em meados do século XIX e toma força na primeira metade
do século XX. Ele opunha-se à Escola Tradicional, cujos métodos de ensino que privilegiavam a
memorização de conteúdos.
A Escola Nova tem o aluno no centro do processo ensino-aprendizagem. O professor assume o papel
de guia, de despertar o aluno para o saber.
O movimento entendia a educação como integral (intelectual, moral e física), ativa e prática. Com
obrigatoriedade de trabalhos manuais, co-educação e ensino individualizado (ARANHA, 2006). Tem
como um de seus objetivos desenvolver a autonomia. A essência da educação não seria a acumulação
de conhecimentos e sim a capacidade de aplicá-los para a solução de problemas.
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Rousseau (1712-1778), dizia que a Educação deve preparar a criança para a vida adulta, tendo como
estruturas as necessidades reais, e não tratá-la como um adulto em miniatura. É um processo natural
de acordo com desenvolvimento biológico.
Pestalozzi (1746-1827) estudou a observação e a análise como formas de captar a realidade. A criança
deve construir seus próprios significados sobre os fenômenos, expressando por meio da linguagem.
Vamos nos debruçar um pouco mais sobre o pensamento de John Dewey (1959-1952). Ele questionava
o dualismo que opunha pensamento e ação, como se não fosse o primeiro que instrumentaliza os seres
humanos na busca de “sobrevivência e do bem-estar (WESTBROOK e TEIXEIRA, 2010, p.15). Como
se o pensamento não fosse a forma de resolver problemas práticos da vida e sim algo abstrato.
Além disso, Dewey acreditava que a criança não chega na escola com o uma lousa em branco. Ela
trazia sua bagagem própria para comunicar-se, questionar, de construir (WESTBROOK e TEIXEIRA,
2010). O adulto indubitavelmente traz um cabedal de conhecimentos e experiências muito rico. Cabe,
pois ao docente orientar seus alunos na busca do conhecimento e não simplesmente transmitir lições.
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Assunto e: Construtivismo.
O Exército Brasileiro tem no construtivismo um dos pilares da didática que objetiva preparar os
discentes para a solução de problemas complexos e inéditos. A solução de problemas que simulem a
realidade é a forma mais simples de provocar a desequilibração e, com a solução construída, retomar
o equilíbrio, oportunizando a assimilação e a acomodação.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
O instrutor apresentou aos seus instruendos os estágios da despesa. Logo que tomaram contato com
esta informação ela não ficou bem claras para todos. Em seguida foi detalhado cada um desses
estágios (empenho, liquidação e pagamento) e realizados exercícios e solucionadas situações
problema. Ao final dessa sequência didática, instrutor avaliou os discentes e constatou que houve
a aprendizagem desejada. Com base nas teorias construtivistas, identifique cada um dos momentos
da construção do conhecimento (desequilibração, equilibração, assimilação e acomodação).
Justifique sua resposta.
Na próxima Unidade Didática vamos entender melhor o que é o ensino por competências e como ele
pode ajudar a aprimorar as instruções que vocês ministrarão no corpo de tropa.
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UD 3. Fundamentos das Competências
Objetivos de Aprendizagem:
Nesta unidade didática vamos nos dedicar ao estudo das competências. Mas afinal, o que é ser
competente? Fazer as coisas da maneira certa? Dar boas soluções aos problemas? Cumprir as missões?
Sim é tudo isso e muito mais. Uma atuação competente envolve mobilizar:
CONHECIMENTOS
Saber.
HABILIDADES
Saber fazer.
ATITUDES
Saber ser.
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O saber envolve os conhecimentos teóricos que precisam ser obtidos para que se faça algo
acertadamente. São os conceitos, características de um produto de defesa, fórmulas, normas,
regulamentos que devem ser estudados, memorizados e entendidos.
Mas saber as características de um armamento garante seu uso correto? Garante acertar o alvo?
Certamente não, temos que saber fazer. Saber aplicar os procedimentos de segurança, tomar as
posições de tiro e os detalhes para um tiro eficaz são fundamentais para uma atuação competente. É o
saber fazer. Afinal, queremos saber algo por saber ou para fazer alguma coisa? A Profissão Militar
exige que você cumpra sua missão da melhor forma possível e em qualquer condição. Ter muitos
conhecimentos e não conseguir colocá-los em prática não resolve o problema.
Lembram-se do juramento que fizeram perante a Bandeira Nacional quando incorporaram ao Exército:
Não são palavras jogadas ao vento. Quantas atitudes estão envolvidas nessas significativas palavras:
abnegação, responsabilidade, coragem, disciplina, dentre outras. Atitudes são “tendências de atuação
estáveis relativamente estáveis diante de situações ou objetos” (NDACA, 2018). É o saber ser. É
desenvolver as atitudes necessárias para realizar uma tarefa. Mas as atitudes são muito necessárias
para o ao convívio social e relações interpessoais (ZABALA e ARNAU, 2010).
Mas aquele juramento também externa valores fundamentais para os militares que precisam ser
desenvolvidos e inculcados durante as instruções. São eles: patriotismo, civismo, culto às tradições, fé
na missão das Forças Armadas, espírito de corpo, amos à profissão e entusiasmo com que deve ser
exercida e aprimoramento técnico-profissional (ESTATUTO DOS MILITARES, art. 27).
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Por fim, as experiências são aquelas passadas de geração em geração. São os saberes que foram
aprendidos e sedimentados por meio de duras lições e que chegaram até os dias atuais por transmissão
escrita, mas também oral.
Não esqueçam que os instruendos não são uma tábula rasa. Eles trazem suas experiências e saberes
que podem ser aproveitados na instrução.
Zabala e Arnau, 2010, p.94, entendem que competências: “implicam uma ação, uma intervenção que,
para ser eficaz, é necessária a mobilização de diferentes recursos formados por esquemas de atuação
que integram ao mesmo tempo conhecimentos, procedimentos e atitudes”.
Por seu turno Perrenoud (2000a) que nos diz que o desenvolvimento das competências está relacionado
com a natureza das situações de aprendizagem que devem se constituir como uma preparação intensiva
que dá condições objetivas ao sujeito para a interiorização e estabilização dos esquemas de pensamento
e ação. Assim, esse sujeito poderia mobilizar tais competências e aplicá-las em uma situação real.
Os autores falam em “esquemas de atuação” ou “esquemas de pensamento e ação”. Mas o que seria
isso? Imaginem um grande banco de dados que foi formado em seu cérebro ao longo da sua vida.
Quando surge um problema vamos buscar nesse banco de dados uma solução. Caso seja um problema
inédito, buscamos uma solução que foi utilizada para resolver um problema semelhante. Então quanto
mais vezes o instruendo for defrontado com um problema militar melhor resolverá uma questão igual
ou semelhante e, até mesmo inédita, realizado associações.
Lembram-se do behaviorismo? Quanto mais o aluno praticar melhor fará. Isto é fundamental para a
Instrução Militar. Não adianta ministrar uma palestra excelente para seus soldados se eles não
praticarem. Praticarem até internalizarem e estabilizarem esquemas de pensamento e ação.
Quando acontece um incidente com um armamento no estande de tiro quais seus primeiros
procedimentos?
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Os soldados não podem hesitar para fazerem isso, pois caso contrário haverá risco à segurança dele e
dos demais. Mas tenham em mente que ele está sendo adestrado. Ele, ainda, não é um perito.
Possivelmente estará nervoso em executar um tiro pela primeira vez. Mas mesmo assim, terá que
executar esses procedimentos com acerto e independente de ordem.
Esta é a essência das competências “saber para saber fazer”. Então, cabe aos instrutores e monitores
treinar repetidas vezes até que todos saibam e executem com perfeição.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
A metodologia utilizada pelo Exército Brasileiro (NCC, 2017) divide as competências em:
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integralmente pelo discente. Devem ser suficientemente concretos para serem avaliados segundo
critérios objetivos. Mobilizam capacidades funcionais.
Para entender melhor vamos recorrer às definições que a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
utiliza. As CP são conhecidas Competências Chaves que definem o que o profissional faz, para que ele
é formado, aperfeiçoado ou especializado.
Já as UC são subdivisões das CP que favorecem seu atingimento e são funções importantes da área
estudada. Os EC são funções produtivas, ou seja, são partes das UC que definem um conjunto de
atividades que são necessárias ao atingimento dos objetivos de um trabalho (OIT, 2015).
CP UC EC
Realizar a orientação
diurna ou noturna com o
auxílio de bússola.
Realizar a orientação
Atuar como Comandante diurna e diurna com o
de Pequenas Frações auxílio de GPS.
Realizar a montagem e
desmontagem do fuzil.
Realizar o Tiro de
Instrução Básica (TIB)
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No início de sua caminhada como monitor você receberá este trabalho pronto. Mas vamos entender
como essa sistemática funciona para tirar o melhor proveito.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem:
Comentário: o que um militar precisa aprender para atender ao EC. Respondendo esta pergunta
você chegará aos objetivos de aprendizagem. Observe que cada um deles tem um verbo que
indica exatamente qual a profundidade na qual esse objetivo deve ser explorado. No ANEXO G
das Normas para a Construção de Currículo (NCC) tem uma relação completa de verbos e suas
definições, para cada tipo de conteúdo o que estudaremos no próximo assunto.
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b. Assunto: Didática das Competências
1) Conteúdos Factuais
São aqueles ligados a datas, dados, características de matérias. São conteúdos aprendidos por
memorização. Suas respostas são fechadas e não admitem flexibilidade.
Para que esse tipo de conteúdo seja mais bem aprendido pode-se recorrer a associação (fazer elações
com algo de conhecimento dos instruendos) ou organizações significativas (listas ou relações com
exemplos).
Como exemplos de conteúdos factuais podem ser citados: “Qual a data da Independência do Brasil”,
só admite a resposta 7 de setembro de 1822. Qual a capacidade máxima do carregador de munições de
um FAL? 20 munições.
2) Conteúdos Procedimentais
São representados pelos procedimentos, pelo fazer das coisas. São aprendidos pela exercitação e
aplicação do aprendido em contextos específicos.
Para que estes tipos de conteúdo sejam aprendidos há necessidade de que os instruendos pratiquem até
que os procedimentos tenham uma resposta imediata. Procedimento simples como movimentos de
ordem unida, posições de tiro, técnicas de ultrapassagem de obstáculos como comando craw ou uma
ponte de três cordas têm apenas uma resposta correta. Mas procedimentos mais complexos como a
colocação de uma peça de artilharia em posição, a instalação de um equipamento de comunicações
pode admitir algumas variações que levem a solução correta.
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3) Conteúdos Conceituais
São leis, princípios, normas, regras, planejamentos, etc. Exigem elaboração mental mais complexa e
permitem várias soluções que podem resolver a mesma questão.
É importante destacar que memorizar e reproduzir um conceito não significa compreendê-lo. Saber
aplicar esse conceito é que importa. Ex: saber enquadrar uma transgressão disciplinar no Regulamento
Disciplinar do Exército ou base nos fatores da decisão (missão, terreno e condições meteorológicas,
inimigo, meios, tempo e considerações civis) executar um planejamento de uma patrulha.
4) Conteúdos Atitudinais
São as atitudes sem as quais não seria possível o “saber ser”. São elaborações complexas de caráter
pessoal.
Desenvolver as atitudes previstas no perfil profissiográfico é fundamental para a autonomia que é agir
de acordo com uma norma, regra, ordem, porque se acredita que ela deva ser seguida. Independe de
fiscalização.
Piaget (1999) nos faz refletir se a transmissão oral da moral (uma lição de moral) é tão eficaz quanto
uma pedagogia ativa voltada para formação de um ser humano autônomo. “Nenhuma realidade moral
é totalmente inata” (PIAGET, 1999) p.3)
O ser autônomo pode diferenciar sentimento do “dever” do “livre consentimento próprio do sentimento
do bem”, ou seja, não obedece a uma norma simplesmente porque ela existe, consente em respeitá-la,
pois entende que isso leva ao bem maior (PIAGET, idem, p.9).
Entendam: “as atitudes são desenvolvidas nas instruções e no cotidiano das Organizações Militares”.
Os instrutores e monitores devem pensar em quais atitudes podem ser desenvolvidas em cada instrução
e criar estratégias didáticas para que isso ocorra.
Ex: Numa pista de cordas pode-se planejar desenvolver: coragem, autocontrole e determinação, dentre
outras.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Você ministrará uma instrução de ordem unida (OU). Um conhecimento passado de geração em
geração no Exército Brasileiro é o de que a tropa que se apresenta bem nas formaturas, normalmente
é uma boa tropa.
Assunto c: Avaliação
Segundo Vasconcellos (2008), a intenção para a avaliação está historicamente relacionada à medida e
a verificação. Tudo com o objetivo de constatar o quanto os alunos assimilaram, a fim de obter notas,
conceitos e menções.
Mas a avaliação é muito mais que isto. Ela pode ajudar a melhorar o processo ensino-aprendizagem e
constatar se os instruendos estão prontos para a atuação em situações reais ou mesmo do cotidiano da
Organização Militar.
Podemos permitir que um soldado não apto nas instruções de tiro e serviços internos e externos seja
escalado para a guarda do quartel? Logicamente não, por aspectos legais, técnicos e éticos.
Da mesma forma, não seria aceitável que uma guarnição com adestramento incipiente ou mal adestrada
realizasse um tiro real de morteiro 81 mm. Apenas após exaustivos treinamentos e avaliações isto
poderia ser realizado com segurança e precisão.
Entendamos os tipos de avaliação que estão discriminadas nas Normas para a Avaliação da
Aprendizagem do DECEx:
1) Avaliação diagnóstica
É o tipo de avaliação que se destina a determinar o nível em que se encontram os discentes em relação
às capacidades a serem trabalhadas e aos conteúdos a serem estudados. Ela é um bom indicador para
os instrutores e monitores sobre os caminhos para o planejamento da instrução. De que ponto se partirá.
Lembrem-se os instruendos não são “lousas em branco” onde vocês escreverão seus conhecimentos.
30
A avaliação diagnóstica será feita logo no início de um bloco de instruções. Mas apenas se for
conveniente.
Ex: Vamos falar de símbolos nacionais. O que os soldados sabem sobre isso? A instrução é de higiene
e primeiros socorros. Será que os instruendos sabem algo sobre isso?
Muitas vezes os conhecimentos existentes são apenas oriundos do “senso comum” aprendidos de
forma assistemática e nada científica. Mas para construir um conhecimento sistemático e
cientificamente embasado, há necessidade de fazer com que o sujeito entenda a diferença entre suas
crenças e ciência e aceite esta nova realidade. Somente por intermédio de uma avaliação diagnóstica
isto pode ser feito.
2) Avaliação Formativa
Se a construção dos conhecimentos, habilidades e atitudes não forem acompanhados par e passo, pode-
se chegar ao final de um assunto sem que os instruendos sejam capazes de apresentar as competências
esperadas.
3) Avaliação Somativa
A avaliação somativa dará a aprovação ou aptidão para o exercício de uma atividade ou função.
Caso o discente não obtenha êxito deverá ter a aprendizagem recuperada e realizar uma nova avaliação.
31
Como avaliar
por
Competências?
1) escritas;
2) práticas;
3) orais; e
4) mistas.
As avaliações por competências devem ser o mais práticas possível o que vem ao encontro do
espírito da própria instrução militar “saber para fazer”.
Da mesma forma que os tipos de conteúdos têm relação direta com a maneira de ensiná-lo, têm, da
mesma forma, interdependência com a avaliação. Vejamos:
1) Conteúdos Factuais
Ex: identifique o ferrolho da pistola, aponte a tampa da caixa da culatra do fuzil, cite ou enumere os
Símbolos Nacionais, descreva as partes da continência, qual o Patrono da Arma de Infantaria?
Observem que as perguntas remetem a respostas simples e que não admitem variações.
32
2) Conteúdos Procedimentais.
Este tipo de conteúdo deve ser avaliado por meio de provas práticas. O instruendo deve fazer o que se
pede. Não há vantagem em citação de procedimentos.
Ex: coloque seu FAL em TASSO (travado, aberto, sem carregador, sem reforçador para o tiro de festim
e obturador do cilindro de gases em “A”). Os instrutores e monitores deverão verificar cada fuzil,
corrigindo os erros e reforçando os acertos.
Para procedimentos mais complexos é necessário fazer um barema, que é um documento auxiliar da
correção e deixa claro o que os instruendos acertaram e erraram. Neste momento veremos apenas
baremas fechados, aqueles que só admitem uma reposta correta. Vejam o exemplo
Trata-se das atribuições do Municiador (C3) do Morteiro 120 mm AR, retidas do C 23-95.
Sem este barema (chech list) algum aspecto importante poderia deixar de ser avaliado.
33
Para ilustrar mais um pouco: um memento de patrulha é um documento que pode ser transformado
em um barema.
3) Conteúdos Conceituais
Vamos a um exemplo: “O Sd FULANO estava desatento em seu quarto de hora na guarda do quartel
e foi anotado pelo rondante. Você está respondendo pela sargenteação. Ao ser ouvido pelo Cmt Cia o
soldado reconheceu, ao exercer seu direito de ampla defesa, que estava desatento. De posse desses
dados faça o enquadramento da transgressão à luz do Regulamento Disciplinar do Exército,
justificando sua resposta.”
4) Conteúdos Atitudinais
A avaliação envolve, inicialmente, saber precisamente o que cada atitude significa e como se
manifesta. De posse disso, é possível avaliar os instruendos.
O exemplo dos superiores, a disciplina e a hierarquia, o culto às tradições forjam esses valores.
PARA REFLEXÃO
Quais seriam as atividades diárias de uma Organização Militar que auxiliam o desenvolvimento
de valores? Discuta sua resposta com seus companheiros(as).
A seguir vocês encontrarão um extrato do manual do instrutor que trata de técnicas de ensino que lhe
serão muito úteis.
34
UD 4 TÉCNICAS DE ENSINO
Objetivos de Aprendizagem:
As técnicas de ensino ou de instrução são procedimentos didáticos que favorecem o processo ensino-
aprendizagem. A seguir, será apresentado um extrato, adaptado, do capítulo 4, do T 21-250, Manual
do Instrutor, 3ª Ed, 1987. Foram acrescentados conceitos do ensino por competências e a técnica de
simulação e realizadas algumas observações destacar aspectos relevantes.
Cabe ressaltar, que as técnicas de ensino podem e devem ser mescladas para melhor atingir os objetivos
de aprendizagem.
Ex: iniciar com uma palestra, passar por uma demonstração e terminar com uma prática.
1. PALESTRA
a. CONCEITOS
2) Também é eficaz para iniciar a aprendizagem, bem como para introduzir as informações
fundamentais [...] que antecedem sessões de caráter prático (procedimentais), voltadas para o
desempenho [...].
35
3) Da mesma forma é útil para introduzir fundamentos necessários aos conteúdos conceituais.
4) Em relação aos conteúdos atitudinais, a palestra é útil como uma das possíveis formas de
introduzir temas para reflexão e discussão.
b. VANTAGENS
c. DESVANTAGENS
d. OBJETIVOS
e. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO
4) selecionar uma situação que trate de um caso real, recente ou mesmo histórico, uma questão
administrativa ou técnica, uma pequena estória, uma indagação ou qualquer fato que seja correlato ao
36
tema em estudo e que desperte o interesse dos instruendos e estabeleça um clima propício à
aprendizagem;
8) ensaiar a apresentação.
f. EXECUÇÃO
1) introdução;
2) desenvolvimento; e
3) conclusão.
A conclusão serve para o instrutor ressaltar as principais ideias desenvolvidas, mediante um breve
resumo e encerramento, quando aplicável.
37
g. PARTICIPAÇÃO ATIVA
O instrutor deve procurar a participação ativa dos instruendos, recorrendo sobretudo a perguntas e à
associação com outras técnicas de ensino. Assim, é conveniente quando possível, intercalar na
palestra uma breve discussão ou um curto exercício que sejam pertinentes aos objetivos de
aprendizagem da sessão ou aula.
2. INTERROGATÓRIO
a. CONCEITOS
1) O interrogatório é uma técnica de ensino em que o instrutor, por meio de perguntas, estimula a
participação dos instruendos.
2) É indicada para desenvolver conteúdos conceituais, por favorecer o levantamento de questões que
levem a construção do conceito.
Ex: Por que o terreno é importante para o estudo de situação? (pergunta simples, mas com resposta
complexa que exige o entendimento do conceito).
b. VANTAGENS
c. DESVANTAGENS
1) Pode criar um desânimo no instruendo que responder errado ou não souber responder;
3) O erro do instruendo deve ser trabalhado com tato, sem desestimulá-lo. O instrutor pode:
a) induzir o instruendo a corrigir sua resposta, fazendo outras preguntas que o façam concluir a
resposta correta.
38
d. OBJETIVOS
Quando o instrutor seleciona esta técnica, procura atingir, com os instruendos, os seguintes objetivos:
2) Desenvolvimento do raciocínio;
3) Participação ativa; e
e. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO
1) Finalidade específica;
2) Compreensão fácil;
3) Simplicidade;
4) Objetividade;
5) Boa estrutura; e
6) Ausência de memorização.
A finalidade específica deve realçar um ponto importante, estimular o raciocínio, despertar o interesse
ou manter a atenção dos instruendos. Obtém-se: a fácil compreensão com o uso de palavras e
expressões que já sejam familiares aos instruendos; a simplicidade, enfocando um propósito de cada
vez; a objetividade, exigindo que o instruendo dê uma resposta clara; uma boa estrutura, não sugerindo
as respostas óbvias ou as alternativas, tipo sim ou não; e, finalmente, a ausência de memorização; e
evitando que os instruendos se habituem memorizar respostas.
f. EXECUÇÃO
1) formular sempre, em primeiro lugar, a pergunta para todos os instruendos e, após uma pequena
pausa,
39
2) indicar aquele que irá respondê-la;
c) utilizar um tom de voz natural, sem que haja interrupção notada entre a exposição e a pergunta;
d) considerar todas as respostas de acordo com o seu mérito, avaliando as de modo que os instruendos
entendam o valor que lhes é atribuído e, quando necessário, pedir ao instruendo que esclareça melhor
sua resposta; - fazer com que os instruendos dirijam suas respostas para a turma, de modo que todos
as ouçam;
f)uma resposta como “eu não sei” não deverá ser aceita sem uma tentativa de obter uma resposta
positiva do instruendo;
i) não repetir a mesma pergunta muitas vezes, assim como não modificar a pergunta quando a fizer a
outro instruendo; e
3. DEMONSTRAÇÃO
a. CONCEITOS
1) A demonstração é uma técnica de ensino muito favorável à iniciação da aprendizagem voltada para
o DESEMPENHO (conteúdos procedimentais). Por meio de uma demonstração, os instruendos podem
visualizar a execução de determinados procedimentos, uma vez que deixa na mente uma ideia mais
concreta no próprio momento em que estão aprendendo.
40
3) Por outro lado, enfatiza o interesse dos instruendos em face do realismo, além de assegurar a
compreensão, completando as explicações teóricas apresentadas anteriormente.
4) Apresenta como principais vantagens: (1) permite a apresentação de um assunto ou tema para um
número maior de instruendos; (2) possibilita a apresentação do assunto de forma mais próxima da
realidade que os instruendos irão defrontar no futuro; e (3) complementa os dados teóricos expostos
anteriormente.
b. TIPOS DE DEMONSTRAÇÃO
2) Indireta - realizada por monitores, auxiliares ou instruendos diretamente assistidos pelo instrutor;
3) Com meios auxiliares - tais como filmes, modelos, equipamentos, simulacros ou armamentos; e
4) Com equipes ou grupos - que representarão, o mais fielmente possível, o trabalho de órgãos como
estados-maiores, centrais de tiro, guarnições de peça e outros.
c. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO
Ao iniciar o planejamento e preparação de uma demonstração, o instrutor deve: definir com precisão
os objetivos de aprendizagem a atingir; verificar o grau de complexidade do que será demonstrado;
identificar os aspectos essenciais que devem ser enfatizados; identificar e providenciar todos os
recursos e condições necessários; prever a quantidade de monitores e auxiliares; verificar as
condições de funcionamento e segurança dos armamentos, equipamentos ou materiais, que serão
utilizados na sessão ou aula; identificar e preparar o local para a demonstração, que pode ser realizada
ao ar livre, tendo em vista assegurar as condições de segurança indispensáveis; preparar um quadro
mural com o roteiro da demonstração; e preparar um resumo a ser entregue aos instruendos, após a
sessão, para reforçar a aprendizagem, quando conveniente.
d. EXECUÇÃO
a) Palestra introdutória
41
Na palestra introdutória, o instrutor informa os objetivos a atingir e comunica qual a conduta que os
instruendos devem manter durante a fase seguinte.
b) Desenvolvimento
Ao iniciar a demonstração propriamente dita, o instrutor deve enfatizar os aspectos mais importantes
que os instruendos devem observar. Deve introduzir as dificuldades paulatinamente, encorajando os
instruendos a fazer perguntas quando não estiverem compreendendo, dando-lhes oportunidade para
sanar dificuldades ou dúvidas, parando a sessão quando necessário. Deve ainda frisar bem os aspectos
ou operações que exigem cuidados ou precauções, não descurando da segurança.
c) Conclusão
Por ocasião da conclusão, o instrutor deve fazer uma revisão geral, recapitulando os aspectos
essenciais, esclarecendo dúvidas. Pode ainda estimular os instruendos a descrever o que observaram,
seja verbalmente, seja por escrito. Caso seja julgado adequado, entregar o resumo aos instruendos.
e. CUIDADOS ESPECIAIS
1) De acordo com os ensinamentos que serão transmitidos, uma demonstração envolve alguns
cuidados especiais.
42
2) No caso de uma demonstração que tenha como objetivo a operação e/ou o manuseio de um
armamento, material ou equipamento, o instrutor deve: (1) colocar o armamento, material ou
equipamento em um local onde seja visto por todos e se, possível, um exemplar do mesmo para cada
grupo, próximo aos instruendos, sobre mesas ou lonas; (2) apresentar o armamento, material ou
equipamento, explicando a sua finalidade e os objetivos da demonstração; (3) fazer a demonstração do
manuseio ou da operação, passo a passo, vagarosamente, “por tempo”, cada passo constituindo um
objetivo intermediário, somente prosseguindo à medida que os instruendos forem compreendendo; (4)
repetir os passos mais complexos da operação ou manuseio, com o auxílio ou não, de monitores; (5)
solicitar que os instruendos observem com muito cuidado o que será demonstrado, evitando anotações
durante a sessão; e (6) Determinar que, em cada grupo, um ou mais instruendos repitam cada passo da
demonstração, fazendo o rodízio entre eles. UM EXEMPLO É A DESMONTAGEM E MONTAGEM
DE UMA ARMA OU COMPONENTE DE UM EQUIPAMENTO.
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CUIDADO! NÃO UTILIZEM, EM DEMONSTRAÇÕES, MUNIÇÕES OU ARTEFATOS EXPLOSIVOS REAIS.
4. EXERCÍCIO INDIVIDUAL
a.CONCEITOS
1) Esta técnica de instrução é a mais adequada para o desenvolvimento de habilidades básicas, sejam
da procedimentais ou sejam conceituais. Apesar de poder ser aplicada simultaneamente a um conjunto
de instruendos, sempre conduzirá à fixação individual.
2) Consiste na repetição intensa e regular de determinada operação ou raciocínio até que o instruendo
adquira a habilidade desejada. Tem por objetivos a aquisição de destrezas e automatismos, o
aprimoramento de padrões de ação e a fixação de habilidades específicas.
3) Também deve ser utilizada para treinamento de processos decisórios referentes a questões técnicas,
táticas, administrativas ou de qualquer outro tipo.
4) É importante que o instruendo seja conscientizado da necessidade de saber fazer sozinho o que está
praticando. Para isso deve-se exemplificar com a narração de casos e situações reais.
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6) As principais desvantagens são: 1) a necessidade de meios auxiliares em quantidades suficientes
para todos os instruendos; 2) tempo disponível para que cada um e todos os instruendos possam
praticar; 3) instrutores e/ou monitores em número que possibilite o acompanhamento do desempenho
individual.
1) Existem vários tipos de exercícios individuais, dos quais os mais comuns são os seguintes:
2) Prática controlada - Neste tipo, todos os instruendos executam determinada operação a um só tempo
e com a mesma velocidade, sob o controle do instrutor e monitores.
4) Prática tipo monitor - instruendo - Os instruendos são reunidos aos pares e cada um deles atuará
alternadamente, ora como monitor, ora como instruendo. É utilizada para os instruendos que já
assimilaram os fundamentos básicos de uma habilidade.
c. FASES
1) Qualquer tipo de exercício destinado a desenvolver habilidades deve desdobrar-se em duas etapas:
d. APLICAÇÃO
O exercício individual é perfeitamente adequado para desenvolver habilidades nos instruendos. Por
exemplo, a desmontagem e montagem de uma arma, determinados movimentos exigidos no
treinamento físico ou na ordem unida ou o manuseio de certos equipamentos, são algumas operações
que poderão ser aprendidas mais facilmente quando se utiliza o exercício individual como técnica de
ensino.
45
No planejamento e preparação do exercício, o instrutor deve estabelecer a sua finalidade e os objetivos
a atingir, enunciando de forma clara e que facilite a identificação de todos os fatores necessários à
resolução do problema; em seguida, deve procurar resolver o exercício, de forma a assegurar que os
instruendos tenham condições de chegar à solução desejada com os dados fornecidos, dentro do tempo
necessário.
e. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO
46
f. EXECUÇÃO
1) ETAPAS
a) Compreensão da habilidade; e
Durante a etapa de compreensão da habilidade, o instrutor deve: fazer uma incentivação inicial, para
que os instruendos passem a ter uma atitude favorável à habilidade em foco; explicar ou repetir aos
instruendos cada pormenor, cada fase, cada etapa ou cada movimento da habilidade a adquirir, o que
pode ser feito por meio de quadros murais ou transparências; quando se tratar de operações mais
complexas, além de dividir em objetivos intermediários, fazer uma demonstração em dois tempos:
- Repetir depois a demonstração, realizando as diversas operações em seu ritmo normal, com perícia,
rapidez e perfeição.
Durante a etapa de execução prática da habilidade, o instrutor deve: assistir e acompanhar cada
instruendo, corrigindo-o e auxiliando-o nas diversas fases do aprendizado, com a ajuda de monitor(es);
repetir, com frequência, as instruções dadas para a execução dos movimentos ou ações; e fazer com
que os instruendos repitam, amiúde, as operações que devem ser feitas com a máxima atenção; os
exercícios curtos e intensos são preferíveis aos longos e cansativos.
5. EXERCÍCIO MILITAR
a. CONCEITOS
O exercício militar constitui uma técnica de instrução característica da preparação dos quadros e da
tropa, visando ao adestramento para emprego em operações.
Faz parte do sistema de instrução desde o adestramento das pequenas frações até o seu final, com a
execução dos exercícios de grandes comandos, no período de adestramento avançado.
47
Também integra o sistema de ensino militar, proporcionando a aplicação prática dos conhecimentos
adquiridos nos diversos estabelecimentos de ensino, sejam de formação, aperfeiçoamento,
especialização e extensão ou de altos estudos militares.
b. VANTAGENS
Apresenta como principais vantagens: aproximar a instrução ou o ensino das situações reais de
combate; e facilitar a seleção do pessoal, com vistas à designação de cargos e funções.
c. DESVANTAGENS
d. APLICAÇÃO
São atividades de ensino e instrução, próprias das escolas militares e dos corpos de tropa, necessárias
à aplicação de conhecimentos profissionais. Envolvem, na maioria das vezes, trabalhos em grupo.
Destacam-se, como exercícios militares no nível as pequenas frações: exercício de campanha;
exercício de prática coletiva; exercício de prática individual; exercício na carta em grupo; exercício na
carta individual; exercício no caixão de areia; exercício no terreno; e exercício tático.
a. CONCEITOS
Simulação significa um “método técnico para representar uma atividade ou um evento real, por meio
de uma modelo” (EME, 2014, p.37).
48
b. TIPOS DE SIMULAÇÃO
1) Simulação Viva
Modalidade na qual são envolvidos agentes reais, operando sistemas reais (armamentos,
equipamentos, viaturas e aeronaves de dotação), no mundo real, com o apoio de sensores, dispositivos
apontadores “laser” e outros instrumentos que permitem acompanhar o elemento e simular os efeitos
dos engajamentos.
Com o emprego de equipamentos adequados é possível a integração com outros sistemas de simulação.
2) Simulação Virtual
Modalidade na qual são envolvidas agentes reais, operando sistemas simulados, ou gerados em
computador.
A Simulação Virtual substitui sistemas de armas, veículos, aeronaves e outros equipamentos cuja
operação exija elevado grau de adestramento, ou que envolva riscos e/ou custos elevados para operar.
Essa modalidade pode ser integrada em um ambiente virtual comum, possibilitando o adestramento
tático de determinada fração e mesmo em exercício com interoperabilidade de sistemas de simulação.
3) Simulação Construtiva
Simulação envolvendo tropas e elementos simulados, operando sistemas simulados, controlados por
agentes reais, normalmente numa situação de comandos constituídos. Também conhecida pela
designação de “jogos de guerra”. A ênfase dessa modalidade é a interação entre agentes, divididos em
forças oponentes que se enfrentam sob o controle de uma direção de exercício. Seu emprego principal
é no adestramento de comandantes e estados-maiores, no processo de tomada de decisão, e no
funcionamento de postos de comando e sistemas de comando de controle.
6.CONCLUSÃO
49
A presente Unidade Didática não esgota o assunto técnicas de ensino. Lembre-se que as técnicas
devem ser articuladas com os conteúdos de aprendizagem e podem ser conjugadas, a fim de se obter
o melhor rendimento dos instruendos.
EXÉRCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. Ordem unida:
3. Patrulha:
4. Orientação:
50
UD 5. Sistema de Instrução Militar
do Exército Brasileiro (SIMEB)
51
REFERÊNCIAS
ANTONI, Zabala; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar por competências. Porto Alegre:
Artmed, 2010.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruada. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 3 Ed.
São Paulo: Moderna, 2006.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicolleti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: Editora
Pedagógica e Universidade Ltda. 1986.
DELORS, Jaques et al. Educação: um tesouro a descobrir, relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590_por. Acesso em: 29 nov. 2018.
PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensino. Porto Alegre: Artmed, 2000a.
PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artmed,
2000b.
PIAGET, Jean. Os procedimentos da educação moral. In: MACEDO, Lino de. Cinco estudos de
educação moral. 2 ed. p. 1-36. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. Disponível em: http: //
52
books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=oN1rNeb-uWMC&oi=fnd&pg=PR7&dq=
cinco+estudos+de+&ots=_j-ZH_p-ue&sig=0RKu9-G-liw60kM_NuzCIDbQ94E. Acesso em: 10 jun.
2013.
. Epistemologia genética. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
TAVARES, Romeo. Aprendizagem Significativa. Revista Conceitos. P 2-6, jun. 2003/jun.2004.
Disponível em: http://www.fisica.ufpb.br/~Romero/ objeto saprendizagem/Rived/Artigos/2004-
RevistaConceitos.pdf. Acesso em: 10 ago. 19.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Livraria Martina Fontes Editora, 2001.
Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/ vygotsky-a-formac3a7c3a3o-
social-da-mente.pdf. Acesso em: 4 dez. 2018.
53
FICHA DE APROVAÇÃO
Aprovo o Plano de Aula de Didática para utilização nos Cursos de Formação e Graduação de Sargentos
da ESA, EsSLog e CIAvEx.
______________________
Gen Div VINÍCIUS FERREIRA MARTINELLI
Dir Edc Tec Mil
54
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR MILITAR
(Diretoria de Instrução/1952)
1ª Edição
2018
55
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR MILITAR
(Diretoria de Instrução/1952)
1ª Edição
2018
56
MINISTÉRIO DA
DEFESA EXÉRCITO
BRASILEIRO
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR MILITAR
(Diretoria de Instrução/1952)
APROVAÇÃO
Em consequência:
57
FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)
58
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO POR COMPETÊNCIAS
59
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO POR COMPETÊNCIAS
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º Estas Orientações têm por finalidade orientar o Corpo Docente no planejamento,
execução e avaliação do processo de ensino-aprendizagem calcado no ensino orientado para o
desenvolvimento de competências, comumente chamado de Ensino por Competências.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
§ 2º MAA são aquelas nas quais o aluno é personagem principal e o maior responsável
pelo processo de aprendizado. Seu objetivo de ensino é incentivar que o discente desenvolva a
capacidade de absorção de conteúdos de maneira autônoma e participativa.
§ 5º A metodologia ativa apresenta vários benefícios, tanto para o discente quanto para o
estabelecimento de ensino, quais sejam:
I - para os discentes:
b) desenvolvimento de confiança;
60
c) visão do aprendizado como algo tranquilo e normal;
CAPÍTULO III
DOS PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO ENSINO POR COMPETÊNCIAS
61
intermédio do Mapa Funcional;
I - ser inédita;
62
§ 1º As situações-problema podem ser utilizadas para:
III - unir os conteúdos de diversas disciplinas por meio de uma situação integradora
(módulo) e/ou do Projeto Interdisciplinar (PI); e
IV - realizar avaliações.
IV - permitir que o discente construa, com seus próprios meios, as estratégias e táticas
necessárias à solução do problema, embora possa fornecer dicas, sem se omitir no processo de
resolução de problemas;
CAPÍTULO IV
DAS ESPECIFICIDADES DOS CONTEÚDO NA APRENDIZAGEM POR COMPETÊNCIAS
Seção I
Dos Conteúdos Conceituais
Art. 10. Os conteúdos conceituais são mais bem aprendidos quando são ancorados,
inicialmente, em conceitos maiores, que os incluam no contexto abordado por intermédio de
organizadores prévios.
Parágrafo único. Organizador prévio é uma ferramenta didática que serve para a
construção conjunta, entre docentes e discentes, de uma visão geral preliminar relativa a uma
disciplina, unidade didática ou assunto, considerando os conhecimentos anteriores dos discentes.
Art. 11. O discente aprende conteúdos conceituais quando consegue narrá-lo com suas
próprias palavras, pois estabelecer narrativas é, em si, uma competência.
Art. 12. Os conteúdos conceituais são mais bem aprendidos quando relacionados a
diferentes contextos, por meio de tarefas de exploração, classificação e organização do material
(aprendizagem por descoberta).
63
§ 1º A aprendizagem por descoberta pode ser utilizada quando os conceitos e princípios
forem simples e pouco numerosos, passíveis, portanto, de serem descobertos.
III - extração, por parte do discente, dos princípios e conceitos subjacentes e explicação
da situação apresentada.
§ 5º A técnica “sala de aula invertida” oferece a vantagem de poder ser usada, até mesmo,
para disciplinas carentes de fontes abertas, como muitas das militares.
Seção II
Dos Conteúdos Factuais
Art. 13. Os conteúdos factuais devem ser atrelados aos conteúdos conceituais, para que
adquiram significado e sejam retidos por mais tempo.
Art. 14. Os conteúdos factuais devem ser relacionados a contextos significativos para
serem recuperados e retidos.
Seção III
Dos Conteúdos Procedimentais
Art. 15. Os conteúdos procedimentais devem ser aprendidos por meio da demonstração
e do exercício.
Art. 16. Na execução dos exercícios, o discente pode ser auxiliado pelo docente, como na
ordem unida ou na maneabilidade.
Art. 17. Os procedimentos devem ser utilizados em diversos contextos, para melhor serem
consolidados.
64
Seção IV
Dos Conteúdos Atitudinais
Art. 18. Os conteúdos atitudinais devem ser ensinados por intermédio de oportunidades
sistemáticas para a reflexão pessoal sobre situações previamente criadas para esse fim, de dilemas
éticos ou por intermédio de oportunidades identificadas pelo docente. Nas fases de internato dos
cursos (alguns são 100% em regime de internato), atitudes são desenvolvidas e/ou consolidadas
nos apartamentos e alojamentos, onde alunos, dentre outras coisas, analisam os bons e eventuais
maus exemplos com que se depararam ao longo do curso. O mesmo acontece, em menor escala,
nos cursos presenciais e, eventualmente, naqueles a distância. O assunto é mais bem explicitado
nas Normas para Desenvolvimento e Avaliação dos Conteúdos Atitudinais (NDACA).
Seção V
Da Designação dos Conteúdos
Art. 20. Abaixo pode ser visualizado um processo demonstrativo que relaciona os
conteúdos com a aprendizagem, retenção do conhecimento, resultado e avaliação do discente.
65
Resultado do Avaliação do
Conteúdo Aprendizagem Retenção
Discente Discente
Aprendido pela
compreensão/ Aprendidos
entendimento. lentamente. Barema aberto
Conceituais Aprendizagem Resposta (por níveis de
mais complexa. Retidos por diferenciada. desempenho)
longo tempo.
Nível de abstração
alto.
Respostas Barema fechado
Factuais Memorizados. padronizadas. (Fez/Não Fez)
CAPÍTULO V
DAS TÉCNICAS DE ENSINO
Art. 21. No Ensino por Competências, as técnicas de ensino continuam sendo as mesmas
previstas no Manual do Instrutor.
66
medida certa.
Art. 22. Deve-se incrementar as técnicas de ensino com o uso das MAA e dos recursos
das tecnologias da informação e comunicação (TIC), tanto pelos docentes, quanto,
principalmente, pelos discentes.
§ 4o A gravação de aulas expositivas e sua disponibilização no AVA faz com que alunos
possam assisti-la em seu próprio ritmo, mesmo aqueles faltosos, e que o tempo presencial possa
ser utilizado por sessões mais interativas. Esse modelo tornou-se conhecido por “sala de aula
invertida”.
67
que tem de aplicar sua arte na seleção dos métodos e técnicas, e na dosagem do presencial com
o não-presencial.
§ 7o O desenvolvimento das competências deve seguir, como referência, a seguinte
sequência: sala de aula invertida ou outra MAA, simulação e uma técnica de ensino com prática,
como o exercício individual ou no terreno. A fase presencial da sala de aula invertida já poderá
incluir uma simulação, uma pesquisa controlada, um exercício ou, até mesmo, uma avaliação. Por
último, dependendo da escola ou dos objetivos de instrução, a habilidade pode ser exercida sob o
efeito de estressores de combate, momento no qual a competência é desenvolvida na plenitude,
incorporando as atitudes necessárias, como na instrução especial ou nos Exercícios de
Desenvolvimento de Liderança, por exemplo.
§ 9o A palestra, na educação militar, sempre teve força pelas características anímicas que
envolvem o aprendizado militar, normalmente recheado de conteúdos atitudinais, em que a
presença, a palavra e o exemplo contribuem para convencer o discente. Dependendo da
competência a ser desenvolvida, da maturidade do discente e do momento em que o conteúdo
será trabalhado, admite-se que a palestra, aliada a técnicas mais participativas, possa figurar
no rol de metodologias a serem utilizadas. Introduções, conclusões, padronizações, nivelamentos,
transmissão de diretrizes, ordens e experiências de especialistas, e mesmo a tradicional
transmissão de conhecimento, dentre outras ocasiões, ainda poderão continuar a utilizar esta velha
e consagrada técnica.
CAPÍTULO VI
PLANEJAMENTO E PREPARO DA INSTRUÇÃO
Art. 23. O planejamento da instrução não se limita à seleção de técnicas de ensino. Exige
a consideração de uma série de aspectos e tomadas de decisões quanto às escolhas de
objetivos de aprendizagem, técnicas de ensino e ferramentas didáticas de avaliação.
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V - orientações metodológicas para as UD/assuntos;
Seção I
Dos Objetivos de Aprendizagem
Seção II
Dos Passos para o Planejamento da Instrução
Seção III
Do Plano de Sessão por Competências
II - ser flexível, para permitir os ajustes necessários no ato da instrução, seja em termos
didáticos, seja em termos estruturais.
XII - Sequências Didáticas: indicar para cada sequência didática seu número e o tempo
necessário para realizá-la, o modo pelo qual o(s) conteúdo(s) será(ão) trabalhado(s), bem como
as ferramentas, técnicas de ensino e MAI que serão utilizados, neste momento, o instrutor planeja
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o “como” ou a narrativa da sessão;
XIII - Meios Auxiliares de Instrução (MAI): indicar todos os MAI a serem utilizados na
Instrução;
CAPÍTULO VII
DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
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particularmente quando envolver a interdisciplinaridade;
CAPÍTULO VIII
DAS FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO
Art. 34. Ferramentas de avaliação são artefatos pedagógicos que servem a diversas
finalidades educativas, permeando os procedimentos didáticos e a avaliação da aprendizagem.
II - exercícios;
Art. 36. No quadro abaixo pode-se verificar quais ferramentas são mais adequadas ao
desenvolvimento dos tipos de conteúdos de aprendizagem, capacidades e competências:
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Ferramentas Tipos de Conteúdos Capacidade
Factual Conceitual Procedimental Atitudinal
Prova X X X X CC/CFM
Ensaio ou Artigo X X X - CC
Fichamento Cruzado X X - - CC
Exercícios X X X X CC/CFM
Situações- Problema X X X X CC/CFM
Seminário X X - - CC
Projeto de Pesquisa X X X X CC
Fichamento Simples X X - - CC
Mapa Conceitual - X - - CC
Portfólio X X X - CC
Diário de Campo X X - - CC
TCC X X - - CC
Parecer Técnico X X - - CC
Relatório de Pesquisa X X - - CC
PI X X X X CC
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ANEXO A
ENSINO HÍBRIDO
1 Conceituação
1.4 Os objetivos a serem alcançados nos ensinos online e presencial devem ser os
mesmos, pois uma forma de ensino complementa a outra, proporcionando diferentes formas de
ensinar e aprender um determinado conceito.
1.6 Para o uso do ensino híbrido, por ser um sistema integrado, é necessário
determinar, entre outras coisas:
a. o planejamento de conteúdo;
c. as formas de avaliação.
1.9 Além das bibliotecas virtuais, deve-se incentivar, também, o uso das
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bibliotecas físicas, repositórios não somente de livros, mas de TCC, artigos, diversas mídias,
obras de arte, acervo histórico e outras fontes de consulta.
c. laboratório rotacional;
d. rotação individual;
e. flex;
f. à la carte; e
g. virtual aprimorado.
2.2.1 Na sala de aula invertida os discentes estudam o conteúdo online sugerido pelo
docente e aplicam ou praticam presencialmente o que foi estudado.
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meio das quais o instrutor costumava transmitir os conhecimentos teóricos necessários à
prática, devem ser, preferencialmente, substituídas por filmes gravados com esse fim, os quais
serão consultados pelos docentes em seus próprios ritmos, complementadas por outros
documentos ou mídias disponibilizados pelos professores ou pesquisados pelos discentes; o
tempo, ou no mínimo parte dele, necessário à esta primeira fase deve ser previsto na carga
horária da disciplina, evitando-se simplesmente usar todo o tempo disponível no PLADIS para
a prática, tendo o discente que estudar previamente em seus tempos livres;
2.3.4 Por ser considerado Ensino Híbrido, pelo menos uma das estações deve
possuir trabalho com alguma ferramenta de TIC.
2.3.6 As estações não podem ser dependentes uma das outras, pois se os discentes
iniciarem por uma estação que dependa de outra estação prévia, não conseguirão alcançar o
objetivo da mesma.
2.3.7 As estações devem, portanto, ser independentes, com começo, meio e fim
intrínseco a cada uma, e com objetivos passíveis de serem alcançados no tempo estipulado
para a rotação.
2.3.8 O docente pode formular quantas estações desejar. Entretanto, o que importa
é que o tempo total de cada estação deve ser suficiente para que os discentes realizem as
atividades propostas e alcancem o objetivo de cada estação.
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2.4 Laboratório Rotacional
2.4.2 No modelo laboratório rotacional os discentes são divididos em, apenas, dois
espaços de trabalho, sendo um deles o laboratório computacional para a realização da(s)
atividade(s) online, sendo o outro espaço determinado pelo docente. Assim como no modelo de
rotação por estações, há um tempo fixo de permanência dos discentes em cada um desses
espaços. Após decorrido esse tempo, os discentes devem alternar entre os dois espaços: quem
estava no laboratório de informática se dirige para o outro espaço escolhido pelo professor e
vice-versa. Os dois momentos também devem ser independentes, caso contrário os alunos
podem sentir dificuldades em iniciar um deles.
2.5.2 O discente não é obrigado a passar por todas as oficinas, realizando apenas
aquelas que fazem mais sentido para o seu aprendizado.
2.5.3 Os objetivos e a sequência das oficinas devem ser claros, de modo ao discente
conseguir concluir o rodízio com o aproveitamento desejado.
2.5.4 O modelo rotação individual é muito semelhante ao rotação por estações. Nele
os discentes têm roteiros individuais elaborados pelo docente e fazem rotações seguindo esses
roteiros personalizados, podendo, ou não, passar por todas as estações, mas, sim, por aquelas
que fazem sentido para sua aprendizagem, considerando o nível de conteúdo desejado e a
forma como aprender melhor.
2.6 Flex
2.6.1 No modelo flex o ensino online é o foco, onde o discente, utilizando o AVA (ou
outro meio de TIC), recebe suas tarefas e realiza seu aprendizado conforme seu desempenho.
2.7 À la Carte
2.7.1 No modelo à la carte o curso é online, apoiados por tutores, podendo haver
atividades presenciais.
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2.8 Virtual Aprimorado
3 Aplicação
3.1 Importante lembrar que, para aplicar qualquer um desses modelos de ensino
híbrido, é necessário que o docente planeje sua aula considerando cada um dos momentos
característicos de cada modelo e o que cada discente ou grupo constituído estará fazendo em
cada momento, o que o docente estará fazendo em cada um dos momentos e a dinâmica da
aula/instrução como um todo.
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ANEXO B
MODELO DE PLANO DE SESSÃO
PL ANO DE SESSÃO
UD/ASSUNTO:
Noções Básicas de Radar
Conceito, Histórico e Emprego (CONTEÚDOS CONCEITUAIS e FACTUAIS).
COMPETÊNCIAS:
Unidade de Competência (UC): operar sistemas de comando e controle.
Elemento de Competência (EC): operar um radar de vigilância.
EIXO TRANSVERSAL:
Capacidade Cognitiva: Abstração de Conceitos.
OBJETIVOS:
Compreender o conceito de radar. (CONCEITUAL).
Explicar o emprego do radar para fins civis e militares. (CONCEITUAL).
Ser capaz de abstrair conceitos. (CAPACIDADE COGNITIVA).
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS:
O instrutor\professor deve realizar uma palestra sobre o conceito e os usos do radar por meio
da ativação dos conhecimentos prévios do discente, usando um slide com partes faltando,
demandando que os instruendos/alunos sugiram finalidades diversas para o radar.
O instrutor/professor deve abordar o histórico do uso do radar por meio de uma palestra de, no
máximo, 10 minutos. Após isto, deve proceder à apresentação de uma situação- problema
com interface com dois episódios de História Militar com o objetivo de desenvolver as atitudes
de valorização da Técnica, uma relativa à operação tempestade no deserto, onde o exército
americano havia montado um centro de pesquisa e desenvolvimento para detecção de
aeronaves e outra relativa ao bombardeio em Pearl Harbor, em 1941.
Esta situação-problema será resolvida em pequenos grupos e depois, será realizada uma
discussão dirigida (30 minutos).
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SITUAÇÃO-PROBLEMA
A partir da leitura dos textos, quais as relações que os senhores estabelecem entre estes
dois episódios da História Militar? Que implicações podemos daí extrair para a sua própria
formação profissional enquanto artilheiro antiaéreo.
Manual Escolar. MEC-3. MD, Exército Brasileiro, DEP/DEE, Escola de Artilharia Antiaérea
Princípios Básicos de Radar, 2003.
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ANEXO C
EXEMPLOS DE PLANEJAMENTO DE INSTRUÇÃO
1. EXEMPLO 1
I - UD/Assuntos:
1. Orientação em Campanha
a. Tipos de orientação; e
b. Meios de orientação.
II - Objetivos:
- Estudo Preliminar;
- Palestra;
- Discussão Dirigida; e
VI - Sequência Didática:
2. EXEMPLO 2
I - UD/Assuntos:
a. Fundamentos do tiro; e
b. Execução do tiro.
II - Objetivos:
- Estudo Preliminar;
- Palestra;
- Demonstração; e
VI - Sequência Didática:
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