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Alexandre Valle
Secretário de Estado de Educação
Flávia Guimarães
Superintendente de Desenvolvimento de Pessoas
Carla Ferreira
Licenciatura plena e Bacharel em História
Redatora de Área Ciências Humanas BNCC - RJ
Polo Avançado de Formação de Campo Grande
Fernanda Lima
Graduação com licenciatura plena em Educação Artística e habilitação em História da Arte
Pós-graduação em Arteterapia em Educação e Saúde
Formação em Planejamento para a Implementação de Políticas Públicas e Desenvolvimento do Ensino Médio
Polo Avançado de Formação de Niterói
Fernanda Lima
Graduação com licenciatura plena em Educação Artística e habilitação em História da Arte
Pós-graduação em Arteterapia em Educação e Saúde
Formação em Planejamento para a Implementação de Políticas Públicas e Desenvolvimento do Ensino Médio
Polo Avançado de Formação de Niterói
MÓDULO II
1° Edição - 2021
SUMÁRIO:
ITINERÁRIOS FORMATIVOS 7
1.1. O que são os Itinerários Formativos? 7
EIXOS ESTRUTURANTES 12
1. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA 13
2. PROCESSOS CRIATIVOS 14
3. MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL 15
4. EMPREENDEDORISMO 16
1. ITINERÁRIOS FORMATIVOS
1.1. O que são os Itinerários Formativos?
Destaca-se também, que os currículos precisam ser reelaborados de acordo com o que determina a
Reforma do Ensino Médio, na Lei nº 13.415, e em consonância com o que a BNCC (Base Nacional
Comum Curricular) estabelece para essa etapa. Além disso, devem ser organizados por meio da
oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e as
possibilidades dos sistemas e redes de ensino.
Como base ao estudo da Reforma do Ensino Médio, destacamos o art. 4º da Lei nº 13.415 de 16 de
fevereiro de 2017 que dispõe sobre a construção dos Itinerários Formativos na nova organização
curricular em questão:
Art. 4º O art. 36 da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por
itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos
curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino, a saber:
I - Linguagens e suas Tecnologias;
II - Matemática e suas Tecnologias;
III - Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
IV - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
V - Formação Técnica e Profissional.
§ 1º - Organização das áreas de que trata o caput e das respectivas competências e habilidades
será feita de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino. (...)
§ 3º - A critério dos sistemas de ensino, poderá ser composto itinerário formativo integrado, que
se traduz na composição de componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular -
BNCC e dos itinerários formativos, considerando os incisos I a V do caput. (...)
§ 5º - Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, possibilitarão ao aluno
concluinte do ensino médio cursar mais um itinerário formativo de que trata o caput (BRASIL,
2017).
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Unidade 4 - Parte Flexível do Currículo
O Itinerário Formativo é a parte flexível do currículo do Novo Ensino Médio, que os estudantes
podem escolher conforme seus interesses, aptidões e objetivos.
❖ Definir regras claras sobre o que e como podem escolher e garantir que tenham possibilidades de
escolha;
❖ Ajudá-los a identificar interesses, aptidões e objetivos e a conectar suas escolhas com seus
projetos de vida;
❖ Permitir que mudem de Itinerário Formativo e que aproveitem os estudos realizados no Itinerário
anterior em caso de mudança.
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Unidade 4 - Parte Flexível do Currículo
No próximo quadro estão elencados os quatro objetivos que os Itinerários Formativos precisam
atingir na formação dos jovens estudantes, de acordo com a Portaria nº 1.432/2018 :
Figura 1
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Unidade 4 - Parte Flexível do Currículo
No desenho abaixo, podemos observar as várias formas de construção dos Itinerários Formativos:
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Unidade 4 - Parte Flexível do Currículo
❖ As redes de ensino terão autonomia para definir a oferta dos Itinerários Formativos. Para tanto,
devem criar um processo que envolva a participação e escuta de toda a comunidade escolar;
considerar as demandas e necessidades do mundo contemporâneo; respeitar a cultura e o
contexto regional onde a escola está inserida. E avaliar a infraestrutura, o perfil e disponibilidade
do corpo docente da unidade.
❖ Os estudantes deverão ser orientados para a escolha dos Itinerários Formativos. A escola
deverá criar espaços qualificados para diálogo com os estudantes, mostrando suas
possibilidades, avaliando seus interesses e orientando-os na seleção do(s) itinerário(s). Ou seja,
é fundamental trabalhar o desenvolvimento do projeto de vida dos estudantes, para que sejam
capazes de fazer opções responsáveis e conscientes, em consonância com seus anseios e
aptidões.
Figura 2
Em síntese: Os Itinerários Formativos são a parte flexível do currículo, cujo objetivo fundamental é
desenvolver competências e habilidades no estudante e consolidar sua formação integral. Devem
ser construídos segundo a capacidade das redes e escolas, mas sobretudo, necessitam atender aos
interesses e perspectivas dos estudantes. Para que isso aconteça é fundamental criar um processo
de escuta ativa, garantir a oferta de diferentes itinerários e oferecer apoio aos estudantes para
exercer a escolha que melhor atenda às suas expectativas e projetos de vida.
No vídeo abaixo do Movimento pela Base podemos assistir como esse arranjo vai funcionar dentro
da proposta do Novo Ensino Médio:
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2. EIXOS ESTRUTURANTES
A Lei nº 13.415 determina a Reforma do Ensino Médio e que um dos parâmetros são os Itinerários
Formativos. Nesse sentido, os mesmos são organizados em quatro eixos estruturantes
(investigação científica, processo criativo, mediação e intervenção e empreendedorismo) que visam
integrar e integralizar os diferentes arranjos de Itinerários Formativos.
Tais eixos estruturantes visam (...) criar oportunidades para que os estudantes vivenciem
experiências educativas profundamente associadas à realidade contemporânea, que
promovam a sua formação pessoal, profissional e cidadã. Para tanto, buscam envolvê-los em
situações de aprendizagem que os permitam produzir conhecimentos, criar, intervir na
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Nesse sentido, tendo como pressuposto o marco legal anteriormente citado, veremos mais
detalhadamente os quatro eixos estruturantes, como seu conceito e sua justificativa, a seguir:
1. INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Esse eixo tem como ênfase ampliar a capacidade dos estudantes de investigar a realidade,
compreendendo, valorizando e aplicando o conhecimento sistematizado, por meio da realização de
práticas e produções científicas relativas a uma ou mais Áreas de Conhecimento, à Formação
Técnica e Profissional, bem como a temáticas de seu interesse.
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2. PROCESSOS CRIATIVOS
Esse eixo tem como ênfase expandir a capacidade dos estudantes de idealizar e realizar projetos
criativos associados a uma ou mais Áreas de Conhecimento, à Formação Técnica e Profissional,
bem como a temáticas de seu interesse.
➔ Justificativa: Para participar de uma sociedade cada vez mais pautada pela criatividade e
inovação, os estudantes precisam aprender a utilizar conhecimentos, habilidades e recursos de
forma criativa para propor, inventar e inovar.
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Esse eixo tem como ênfase ampliar a capacidade dos estudantes de utilizar conhecimentos
relacionados a uma ou mais Áreas de Conhecimento, à Formação Técnica e Profissional, bem como
a temas de seu interesse para realizar projetos que contribuam com a sociedade e o meio ambiente.
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4. EMPREENDEDORISMO
Esse eixo tem como ênfase expandir a capacidade dos estudantes de mobilizar conhecimentos de
diferentes áreas para empreender projetos pessoais ou produtivos articulados ao seu projeto de
vida.
➔ Justificativa: Para participar de uma sociedade cada vez mais marcada pela incerteza,
volatilidade e mudança permanente, os estudantes precisam se apropriar cada vez mais de
conhecimentos e habilidades que os permitam se adaptar a diferentes contextos e criar novas
oportunidades para si e para os demais.
Para conhecer um pouco mais sobre os eixos estruturantes e como poderá ser
implementado na prática pela escola, assista ao vídeo:
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As eletivas estão contempladas no tempo destinado à parte flexível e podem ser oferecidas nas três
séries do Ensino Médio, com foco nos cinco itinerários formativos determinados pela lei e em seus
desdobramentos. Na primeira série, elas têm a finalidade de dar oportunidade de conhecimento e
experimentação sobre os diversos itinerários formativos que deverão ser implementados na escola.
Aqui os estudantes devem ter acesso a um conjunto de eletivas que possam facilitar e garantir mais
tempo e subsídios para escolher seu(s) itinerário(s) formativos. Já as oferecidas na segunda e
terceira séries farão parte dos itinerários implementados, porém dando opção ao estudante de
cursar as que não façam parte do itinerário escolhido por ele, incluindo cursos FIC, de forma que
possa enriquecer seu conhecimento considerando seus interesses e atendendo ao projeto de vida
do estudante.
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As opções de eletivas que poderão ser escolhidas são definidas pela rede em parceria com as
escolas. Além de ouvir e orientar o estudante, também é necessário que as escolas considerem os
objetivos do seu Projeto Político Pedagógico (PPP) e o contexto em que os jovens estão inseridos.
Dessa forma, será possível propor opções que estejam de acordo com seu perfil e,
consequentemente, gerem engajamento.
A tendência é que a tecnologia se faça presente nas atividades e projetos desenvolvidos, servindo de
suporte para concretizar as suas ideias. Assim, na criação das propostas, é recomendado
acrescentar no planejamento ferramentas e conceitos tecnológicos que estejam presentes na vida
dos estudantes, agreguem praticidade e incentivem a sua criatividade.
Para isso, toda a equipe escolar, incluindo gestores e professores devem colaborar para a
construção do projeto com intencionalidade pedagógica, auxiliando também na estruturação e no
planejamento dos conteúdos que serão trabalhados junto aos estudantes.
Finalmente, é importante aproveitar a possibilidade que a lei nos traz com a flexibilização curricular e
com a Educação Integral, de modo que seja possível a implementação de um ensino que
proporcione a autonomia e que seja pautado na resolução de problemas, preparando os estudantes
para terem capacidade de enfrentar as situações que encontrarão na vida. É preciso ter em mente
que ser mais independente demanda coragem, tentativa e erro, escolha responsável, decidir a partir
de si e correr os riscos de suas opções. Exige também, pensar para além dos professores, dos pais e
dos amigos.
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Para falar sobre unidades curriculares, iniciaremos observando o artigo 36 da n° Lei 13.415/2017 que
alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino
Conforme Resolução Nº 3 de 21/11/2018 (*) Atualiza Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio.
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Unidade 4 - Parte Flexível do Currículo
Nesta perspectiva existe uma indicação de metodologia para os Itinerários Formativos em 4 eixos
estruturantes, que conectam experiências educativas com a realidade, para consolidar a formação
cognitiva e socioemocional do jovem, com vistas a sua formação integral. Para nortear a
organização do conjunto de Unidades Curriculares de um ou mais itinerários temos os eixos
estruturantes que devem:
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Unidade 4 - Parte Flexível do Currículo
Com carga horária pré-definida, as Unidades Curriculares são os elementos que têm o objetivo de
desenvolver competências específicas e compõem os Itinerários Formativos. Falamos aqui da parte
flexível do currículo, que deverá ser definida por cada instituição, levando em consideração o
contexto que está inserida e suas práticas pedagógicas, contidas no Projeto Político Pedagógico.
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REFERÊNCIAS:
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC, 2017.Disponível
em:<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_si
te_110518.pdf
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