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Alexandre Valle
Secretário de Estado de Educação
Flávia Guimarães
Superintendente de Desenvolvimento de Pessoas
Carla Ferreira
Licenciatura plena e Bacharel em História
Redatora de Área Ciências Humanas BNCC - RJ
Polo Avançado de Formação de Campo Grande
Fernanda Lima
Graduação com licenciatura plena em Educação Artística e habilitação em História da Arte
Pós-graduação em Arteterapia em Educação e Saúde
Formação em Planejamento para a Implementação de Políticas Públicas e Desenvolvimento do Ensino Médio
Polo Avançado de Formação de Niterói
Fernanda Lima
Graduação com licenciatura plena em Educação Artística e habilitação em História da Arte
Pós-graduação em Arteterapia em Educação e Saúde
Formação em Planejamento para a Implementação de Políticas Públicas e Desenvolvimento do Ensino Médio
Polo Avançado de Formação de Niterói
MÓDULO II
1° Edição - 2021
SUMÁRIO:
1.ESCRITA CURRICULAR 7
2. FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR 9
3. ARQUITETURA CURRICULAR 11
3.1.O que é arquitetura curricular? 11
3.2. O que devemos saber sobre composição do currículo: 12
3.3. A reformulação dos currículos: 12
4. O QUE MUDA NA CARGA HORÁRIA DO NOVO ENSINO MÉDIO, COM A NOVA ARQUITETURA
CURRICULAR? 14
4.1. Itinerários Formativos: 14
Eixos estruturantes dos Itinerários Formativos 14
4.2. Possibilidades de organização de Itinerários Formativos: 15
REFERÊNCIAS 17
Unidade 3 - A BNCC nos Currículos
1.ESCRITA CURRICULAR
Tendo em vista que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não é o currículo, cabe aos entes
federados a construção de seus referenciais curriculares e currículos após a homologação do
documento nacional. A BNCC apresenta as competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos
estudantes durante toda a educação básica, porém não impõe uma única diretriz, de modo a
respeitar as especificidades regionais e não engessar os currículos e autonomia dos professores.
Sendo assim, o Estado do Rio de Janeiro construiu o referencial curricular em um trabalho conjunto
com os municípios, universidades e conselhos.
Sabe-se que os currículos se constroem e se efetivam nas diversas esferas da gestão educacional:
Secretarias de Educação, Regionais, Escolas e na interação entre professores e estudantes nos
espaços educacionais convencionais e não convencionais. Cabe ressaltar a importância de se levar
em consideração os conhecimentos prévios que os estudantes e professores trazem em sua
bagagem quando interagem nas escolas. Um processo que leva em consideração todos esses
pontos deve ser flexível, integrado e articulado.
“Nos termos mais simples, currículo é uma descrição do quê, porquê, como e quão bem os estudantes
devem aprender, sistemática e intencionalmente. O currículo não é um fim em si, mas um meio
para fomentar uma aprendizagem de qualidade.” (UNESCO-IBE, 2011).
Quer saber mais? Acesse o vídeo em que o Professor Miguel Arroyo dá seu depoimento:
https://youtu.be/SzqmiJLxmbc
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A escrita do referencial agrega uma série de expectativas de aprendizagem que são esperadas que
os estudantes desenvolvam e elas servem como diretivas para o fazer do professor, tendo clareza do
caminho e estratégias a que devem conduzir seus estudantes. O currículo deve orientar,
objetivamente, com relação aos conhecimentos significativos que são esperados que os estudantes
alcancem ao final do percurso, dentro de cada componente e área do conhecimento.
Tão importante quanto a implementação curricular é a execução prática dos aspectos apresentados
no documento. O percurso adequado deve ser utilizado como base para o planejamento escolar e a
prática docente. Nesse momento, os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das escolas deverão ser
revisitados e reelaborados seguindo a mesma lógica. Assim, as competências e habilidades
propostas devem ser articuladas à realidade da comunidade em que a escola está inserida, de modo
que as aprendizagens façam sentido para os estudantes. Aqui delimitam-se estratégias e condições
para que as metodologias integradoras sejam colocadas em prática e possam, de fato, ocorrer. É
onde vemos a sua aplicação no dia a dia, e também o espaço de tomada de decisões.
Cabe ressaltar que o mundo em que vivemos está em constante movimento e a revisão periódica do
PPP é essencial para que este seja um documento que reflita a identidade da comunidade escolar.
Outro aspecto determinante na implementação curricular é o momento da escolha do material
didático. Recomenda-se ter atenção para que estes estejam alinhados com as expectativas
delineadas nos documentos norteadores do processo educacional.
Por fim, é por intermédio do currículo que todos os esforços pedagógicos acontecem na escola.
Fonte:
https://www.google.com/url?q=https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000256551&sa=D&source=editors&ust=1624
024570014000&usg=AOvVaw125lMumIstDDN-T9m8Esie
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2. FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a nova estrutura do Ensino Médio possui como
premissa a adoção da flexibilidade como diretriz da organização curricular. Dessa forma, viabiliza a
construção de currículos e propostas pedagógicas que atendam as especificidades locais e a
pluralidade de interesses dos estudantes. Os sistemas de ensino devem fomentar alternativas de
diversificação e flexibilização curriculares pelas unidades escolares, para que estas ampliem as
opções de escolha pelos estudantes.
O Ensino Médio como etapa final da Educação Básica, implica compreender a necessidade de adotar diferentes formas
de organização curricular e, sobretudo, estabelecer princípios orientadores para a garantia de uma formação eficaz dos
jovens brasileiros, capazes de atender seus diferentes anseios, para que possam participar do processo de construção
de uma sociedade mais solidária, reconhecendo suas potencialidades e os desafios para inserção no mundo competitivo
do trabalho (Parecer CNE/CP nº 11/2009).
Conforme preconiza o Ministério da Educação (2017), para que a organização curricular a ser
adotada – áreas, interáreas, componentes, projetos, centros de interesse etc.– responda aos
diferentes contextos e condições dos sistemas, das redes e das escolas de todo o país, é
fundamental que a flexibilidade seja tomada como princípio obrigatório, atendendo a todos os
direitos e objetivos de aprendizagem instituídos na Base Nacional Comum Curricular.
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3. ARQUITETURA CURRICULAR
3.1.O que é arquitetura curricular?
Levando em consideração que a arquitetura curricular ou organização curricular, nos reporta ao
conceito de currículo escolar, podemos dizer que se trata de um documento orientador para o
trabalho pedagógico e suas etapas educacionais.
Vejamos o que diz sobre currículo o Conselho Nacional de Educação, através da Resolução
CNE/CEB nº 3/2018 :
Art 7: “O currículo é conceituado como a proposta de ação educativa constituída pela seleção de conhecimentos
construídos pela sociedade, expressando-se por práticas escolares que se desdobram em torno de conhecimentos
relevantes e pertinentes, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes e
contribuindo para o desenvolvimento de suas identidades e condições cognitivas e socioemocionais.”
Na construção do Currículo visando preparar jovens para lidar com as demandas do século XXI,
deve-se considerar:
https://edpuzzle.com/media/60cba6a8e3d47d4120508f98
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A reestruturação do currículo no Novo Ensino Médio prima pelo desenvolvimento das competências
com base nos princípios da Educação Integral. As áreas de Conhecimento são organizadas através
de componentes curriculares integrados, observando as orientações da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação – Lei 9.394 de 20/12/1996. Várias podem ser as organizações dos itinerários formativos,
visto que cada sistema de ensino, respeitando as suas peculiaridades, construirá seu próprio
currículo e suas escolas as propostas pedagógicas.
Ressaltamos que no Estado do Rio de Janeiro, a oferta da Educação Integral já acontece através de
matrizes curriculares, que possuem componentes distribuídos por áreas de conhecimento.
Utilizando o link abaixo é possível verificar a organização curricular do Ensino Médio com base nas
competências gerais, separadas em Formação Geral, parte comum, e os Itinerários Formativos, parte
flexível.
https://www.canva.com/design/DAEp6ExSemE/S3Lg5seY4kxje3ypPMAK5Q/watch?utm_content=D
AEp6ExSemE&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=sharebutton
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Esse modelo traz uma nova organização curricular com carga horária de 1.000 horas anuais,
totalizando 3000 horas ao final do Ensino Médio, sendo 1800 horas destinadas à formação básica e
1200 horas à parte flexível do currículo.
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Conclui-se que o currículo deve ser um norte para o alcance dos objetivos de aprendizagem, nessa
perspectiva é fundamental que este dialogue com os anseios da sociedade, jovens e a comunidade
escolar em geral. A garantia de aprendizagens essenciais, desenvolvimento pleno dos estudantes,
através das competências cognitivas e socioemocionais devem estar garantidas nos currículos e
propostas pedagógicas.
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➔ Carga horária mínima de 3000 horas nos três anos do Ensino Médio:
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 03. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio. Diário Oficial da União. 2018. Disponível em:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622. Acesso em:
jun. 2021.
MODER, Maximiliano. Reflexões de apoio para o desenvolvimento curricular no Brasil: guia para
gestores educacionais. Unesdoc digital library.2017. Disponível em:
<https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000256551>. Acesso em: jun. 2021
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