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ANHANGUERA

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

CARINA CARDOSO XAVIER

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Pinheiro Machado
2022
CARINA CARDOSO XAVIER

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Relatório apresentado à Anhanguera, como requisito
parcial o aproveitamento da disciplina Estágio Curricular
no Ensino Fundamental curso Licenciatura em
Matemática.

Pinheiro Machado
2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS 5
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) 7
3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA
BNCC 9
4 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA 11
5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS 13
6 PLANOS DE AULA 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS 21
INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar os tópicos solicitados para


conclusão do Estágio Curricular no Ensino Fundamental, que por motivo da
pandemia de Corona vírus, (COVID-19), não pode ser realizado de forma presencial
em uma escola.
Neste relatório há informações referentes ao estágio adaptado COVID19, que
teve por o objetivo investigar a formação e a prática do profissional que atua no
ensino fundamental com o componente curricular matemática. Analisa o papel da
formação na prática educativa do professor e a importância que ele atribui a essa
formação para melhoria de seu papel docente. O Estágio Curricular no Ensino
Fundamental adaptado ao Covid-19 tem como função de apresentar uma análise
detalhada sobre o contexto que embasa a experiência de campo no ensino da
matemática nessa etapa de ensino, será trabalhada em leituras obrigatórias a
análise da importância do papel do professor e do ensino da matemática no ensino
fundamental II, corroborando com suas principais características que aferem as suas
especificidades, a apresentação do conceito sobre o que é o projeto político
pedagógico e sua importância associadas a educação básica, a relevância dos
temas transversais implementados nas instituições escolares, uma análise a respeito
do papel do educador e sua relação com a equipe administrativa escolar para a
compreensão de que um professor não se limita a uma sala de aula, a base sobre o
contexto das metodologias ativas com mediação do uso de tecnologias digitais, e a
confecção de planos de aula sendo condizentes na proporção e efetivação do
ensino.
O objetivo do respectivo relatório é apresentar os conceitos de estágio
relacionados ao ensino de matemática no ensino fundamental II de maneira
bibliográfica e exploratória.
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS
O texto, ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM MATEMÁTICA: SIGNIFICADOS E
SABERES SOBRE A PROFISSÃO DOCENTE, nos dá embasamento na temática
acerca do papel do professor e do ensino da matemática no ensino fundamental,
trazendo várias reflexões sobre o trabalho docente e o aprendizado acadêmico.
Apontando as dificuldades enfrentadas pelos estagiários ao chegarem ao chão da
escola, com inúmeras atribuições, atividades extraclasse e pouco domínio dos
objetos do conhecimento a serem trabalhados.
Ao analisar o material senti que os anseios são os mesmos de 20 anos atrás,
quando estava cursando minha primeira licenciatura. Os relatos nos mostram que,
embora as universidades tenham se empenhado em realizar mudanças e
adequações em seus currículos de licenciatura, como por exemplo contemplar a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que prevê o número de horas de estágio
obrigatório, ainda necessita contemplar dentro dos componentes curriculares
oferecidos, o que será trabalhado na sala de aula da Educação Básica. Portanto
identificou-se que o estagiário precisa primeiro estudar os objetos do conhecimento
(conteúdos), apropriando-se e aprendendo, para a seguir ser possível preparar o
plano de aula e ministrá-la com propriedade.
Fazendo relação com algumas disciplinas cursadas neste semestre, pode-se
compreender o quanto é importante os componentes pedagógicos para a formação
do docente. A articulação entre teoria e prática são de suma importância para que o
estagiário compreenda seus papel como um todo, perceba o aluno como um ser em
formação, e que tem uma vida fora da sala de aula que influencia no seu
aprendizado. Assim, como está referenciado em Pimenta e Lima (2008), que a
formação envolve vários tipos de saberes.
A troca de saberes, com profissionais que já estão atuando, que têm
vivências de longa data, complementam o estágio, onde o estagiário contribui
apresentando novas metodologias que apenas conhece na teoria e os docentes
compartilham suas experiências que deram certo ou que não, na prática. Nesse
contexto pode-se apontar caminhos que desviem de atividades e abordagens que
não se obtém sucesso.
Em um dos comentários citados, um determinado estagiário cita que são
inúmeras as atividades desenvolvidas pelo professor, e que juntando com as
atividades de formação não sobra tempo pra nada. E posso afirmar, que esta será
uma constante na vida de quem escolhe a docência como profissão. Estou a mais
de 20 anos lecionando, e sempre estudando em constante formação, e realmente
não temos tempo para nada e não somos remunerados, nem valorizados e
reconhecidos pela sociedade, pelo tanto que se faz. No entanto, o retorno vem dos
educandos, de cada aluno que conseguimos ensinar e encantar com o fascínio
desta linguagem universal que é a matemática.
Senti falta, dentre os relatos, do trabalho inclusivo, da preparação de material
adaptado para diferentes alunos com necessidades especiais diferenciadas. É
inegável a relevância social da inclusão escolar, no entanto os professores têm
sensação que não estão preparados e não sabem como lidar na maioria das vezes,
chegando até a inquirir de quem é a responsabilidade de ensinar determinado aluno,
delegando a tarefa equivocadamente ao professor do AEE(Atendimento Educacional
Especializado). Também, outra questão relevante, é o trabalho com a BNCC e
demais documentos estadual e municipal que a complementam. A escola ainda
apresenta relutância para trabalhar com o desenvolvimento de habilidades e
competências e os professores não se percebem plenamente capacitados para
trabalhar dessa forma.
Retornando ao texto lido, e focando em sua conclusão, me permito reescrever
que o estágio deve ser visto por todos “como espaço de diálogo, de desvelar
caminhos, de superar barreiras, de favorecer melhores aprendizagens”.
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

A partir da leitura realizada, responda:


1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente escolar?
O Projeto Político Pedagógico é o documento guia que serve para espelhar os
ideais e posicionamentos das escolas que estão em busca de aprimoramento
constante para entregar um ensino de qualidade aos seus estudantes, considerado
o resultado de uma decisão coletiva, a qual motiva a instituição de ensino a criar
sua identidade própria conquistando assim sua autonomia. O projeto precisa ser
conhecido, discutido e reformulado sempre em concordância com as políticas
públicas educacionais vigentes, sem perder a análise crítica da realidade que
envolve a comunidade local e também a global. Embora o PPP seja um instrumento
burocrático, também é caracterizado por ser democrático, por definir a identidade da
escola e indicar caminhos para ensinar com qualidade.

2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que


define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na
educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a
partir desse documento. Com base na leitura que você realizou, como as
competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP?
As Aprendizagens Essenciais da Base Nacional Comum Curricular- BNCC, de
acordo com o material disponibilizado, estão expressas em dez competências gerais
que definem a base educacional brasileira, norteando os caminhos pedagógicos. As
referidas competências se inter-relacionam e perpassam todos os componentes
curriculares ao longo da educação básica. Elas se sobrepõem e se interligam na
construção de conhecimentos e habilidades e na formação de atitudes e valores,
nos termos da LDB. Ressalto que as áreas do conhecimento possuem competências
específicas que complementam as gerais de forma a estruturar as habilidades de
seus componentes curriculares.

3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino e de


aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos pontos
que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do PPP, de
que modo a escola apresenta o processo de avaliação?
O processo de avaliação apresentado na escola, objetiva uma avaliação contínua.
Onde o estudante será constantemente acompanhado e orientado, mediante
registros e comunicação quanto ao desenvolvimento do seu processo educativo.
Sendo observado atentamente e criteriosamente sobre as manifestações de cada
docente, refletindo sobre o significado dessas manifestações de acordo com o
desenvolvimento de cada aluno. É por isso que essa ferramenta deve ser completa,
funcionando como um guia para o grupo, e flexível, para que se adapte às
necessidades de cada estudante.
Este processo deve ser diagnóstico, ou seja, que sirva para verificar e levantar os
pontos fracos e fortes do aluno e também do trabalho docente, para que este último
possa redirecionar suas metodologias e propostas pedagógicas, pois está sinaliza
problemas com os métodos, as estratégias e abordagens utilizados pelo professor,
que deverá repensar o processo de ensino e identificar o que precisa ser reparado.
Após a avaliação, a intervenção deve ser imediata no sentido de sanar
dificuldades que alguns estudantes apresentem, sendo assim, uma garantia para o
seu progresso nos estudos.
3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA
BNCC

A partir da leitura do texto, você deverá responder às questões listadas a seguir:


1. Como podemos entender o termo Transversalidade?
Primeiramente, devemos ter a clareza de que transversalidade difere de
interdisciplinaridade, pois, esta última refere-se a uma abordagem epistemológica
dos objetos de conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito à dimensão
da didática.
Portanto, transversalidade é um princípio que propõe metodologias
modificadoras das práticas pedagógicas, integrando diversos conhecimentos e
ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica .
Essa metodologia contribuiu para a aplicação do conhecimento teórico adquirido
pelos alunos, contribuindo para que assimilem o conteúdo de forma prática em seus
estudos.
Segundo o Parecer Nº 7, de 7 de abril de 2010 do Conselho Nacional de
Educação (CNE), a transversalidade orienta para a necessidade de se instituir, na
prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente
sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na
realidade e da realidade).

2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?


Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) são uma busca pela melhoria
da aprendizagem. Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente
com os temas contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos estudantes
durante o processo de relevância desses temas no seu desenvolvimento como
cidadão.
Eles são importantes porque permitem que o aluno construa um pensamento
crítico, faça uma reflexão sobre o meio social e os valores socioculturais. Os temas
transversais atuam como eixo unificador, em torno do qual se organizam os
componentes curriculares, devendo ser trabalhados de modo coordenado e não
como um assunto descontextualizado nas aulas e devem ser adotados em
temáticas presentes no cotidiano dos educandos. No entanto, é relevante que os
alunos possam construir significados e conferir sentido àquilo que aprendem.
3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu
curso de graduação?
Entendo que a área da matemática permeia todos os campos do
conhecimento, às vezes mais expressiva outras nem tanto, mas sempre presente.
Dos 15 TCTs que constam na BNCC, embora todos possam ser trabalhados na
matemática, vou escolher alguns onde ela se destaca.
- Educação Fiscal;
- Educação Financeira;
- Educação para o consumo;
- Ciência e Tecnologia.
4. O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos
TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua
perspectiva sobre essa metodologia.
A proposta metodológica de trabalho com os TCTs é baseada em quatro
pilares (Brasil, 2019a), sendo eles: problematização da realidade e das situações de
aprendizagem; integração das habilidades e competências curriculares à resolução
de problemas; superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma
visão sistêmica; promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento
como uma construção coletiva.
No meu entendimento estes pilares são fundamentais para que os currículos
escolares sejam colocados de forma mais eficiente dentro da sala de aula, na
medida em que possibilita otimizar o aproveitamento por parte do educador.
Compreendo que a metodologia tem como objetivo favorecer a estimulação e
criação de estratégias, permitindo o desenvolvimento integral do educando.
4 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

1) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) começou a ser implementada na


Educação Básica recentemente. Esse documento fornece orientações e determina
competências, habilidades e componentes essenciais para estudantes de todas as
escolas brasileiras, públicas e privadas. Porém, esse não é o único documento que
o professor deverá considerar no momento de planejar a sua prática pedagógica.
a. Por que a BNCC não pode ser o único documento orientador do
planejamento docente?
Ela não pode ser o único documento a ser adotado pela escola, tendo em
vista que cada instituição de ensino apresenta suas especificidades. O local onde
as escolas estão inseridas também têm características próprias, aspectos regionais
e socioculturais, que devem ser considerados.

b. Quais outros documentos deverão ser considerados?


Os documentos que deverão ser considerados são, o Referencial Curricular
Estadual, aqui em nosso estado o RCG (Referencial Curricular Gaúcho) e sua
complementação RCM o Referencial Curricular Municipal, além é claro do PPP da
própria instituição escolar e da flexibilização do currículo da escolar que deve
respeitar as particularidades dos alunos.

2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor


tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta
Curricular.
A equipe pedagógica pode orientar o docente apresentando a realidade
daquela escola, gráficos sobre os índices dos estudantes, como estão os
rendimentos, os dados de índices avaliativos, ou seja, basicamente a equipe auxilia
compartilhando informações, promovendo assim uma avaliação de como está o
ensino na instituição e traçando estratégias para alavancar o aproveitamento e
qualidade do ensino oferecido.
É função da referida equipe, proporcionar meios para a formação continuada
do professor e juntamente com a gestão escolar viabilizar sua efetivação.
3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância
da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos
educativos no contexto escolar.
Como em qualquer ambiente profissional e área de atuação, o diálogo e a
ética devem ser a base para as relações interpessoais, e assim deve ser em uma
instituição escolar. Partindo de um bom relacionamento entre a equipe pedagógica e
direção escolar, os processos educativos serão bem orientados, apresentando o
resultado desejado. Tendo em vista que ambas as equipes trabalham em um mesmo
objetivo único que é proporcionar aos estudantes uma boa qualidade de ensino.
Um gestor deve tornar de conhecimento público, todas as suas ações, prestar
conta de seus atos e decisões de forma antecipada, sendo transparente no seu
trabalho e em suas deliberações. Através de uma boa comunicação com o grupo,
ele consegue a cooperação, pois a eficiência dos educadores está diretamente
ligada à eficiência dos gestores, pois ambos são responsáveis por desempenhar o
trabalho em equipe, podendo utilizar os espaços de reuniões e até mesmo
conversas informais e para coletar informações e identificar o que realmente cada
um e a escola como um todo estão almejando.
5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS

A implantação de metodologias ativas é um modelo que traz para o contexto


escolar uma inquietação, proporcionando abandonar um modelo obsoleto que não
serve mais, onde o estudante não é apenas um telespectador e sim um agente de
conhecimento e mudança. A metodologia a ser usada na escola deve ser de acordo
com a realidade local, ou seja deve estar adequada ao contexto da comunidade
escolar.
Como a escola em questão apresenta um alto índice de evasão escolar com
baixo rendimento indicados pelos índices desenvolvimento, não tem condições
suficientes para o investimento em tecnologias, e não tem controle referente ao uso
de telefones celulares durante a aula, será importante pensar em aulas que motive e
engaje os alunos. Nesse intuito deve-se promover uma situação de ensino aos
estudantes condizente com a realidade, pois trará mais curiosidade e motivação
para a sua permanência em sala de aula.
Tendo conhecimento de todos os fatores importantes para a elaboração de
uma metodologia ativa, o papel do estagiário será criar planos de aulas mais
interativos, visando sanar o problema da evasão escolar. Para compreender melhor
a situação, o estagiando deve procurar conversar com os responsáveis do alunos,
podendo assim, saber o motivo real que está gerando tanta desistência. Sabe-se
que problemas familiares implicam diretamente no desenvolvimento educacional.
É importante observar como as aulas são ministradas, como são planejadas e
conduzidas, pois é possível que a didática utilizada pelo professor não seja
agradável e de fácil compreensão aos estudantes. Para se obter sucesso ao
desenvolver um projeto de reestruturação, com finalidade de que os alunos retornem
à escola, é preciso diagnosticar as possíveis falhas, para isso, é essencial
considerar os diversos fatores e envolvidos.
A partir dos pontos destacados, seguimos o trabalho diretamente com os
educandos. Estamos diante de alunos desinteressados na escola, esse problema
deve ser solucionado. A melhor forma de saber qual o problema, é questionando
diretamente à parte interessada, os próprios alunos, contudo essa não é uma tarefa
simples, estes podem se sentir constrangidos em falar algo diretamente com a
equipe escolar, ou até mesmo, não tem clareza do que estão vivenciando.
Analisando essa dificuldade, o primeiro passo seria organizar uma dinâmica
em grupo, onde todos os estudantes de forma anônima, poderão expor suas
opiniões, uma possibilidade é por meio de uma carta (bilhete) anônima com
sugestões, os estudantes escrevem e colocam em uma caixinha “caixa-correio”,
após, aleatoriamente o professor pega as cartas e lê para a turma, para compartilhar
os anseios de todos, mantendo o sigilo. E assim, obterá um diagnóstico de quais os
problemas observados pelos alunos.
Concluída a fase de levantamento de dados, parte-se para o momento de
tratar mais um dos problemas destacados pela pedagoga, que é a falta de recursos
tecnológicos. O mundo vive um momento de grandes avanços na tecnologia e é de
extrema importância que as escolas acompanhem esse desenvolvimento, no
entanto em um ambiente escolar em que não temos recurso, a proposta é usar algo
que está sendo um problema como uma solução. A pedagoga destaca que os
alunos estão se distraindo nas aulas devido ao uso demasiado de celulares. No
entanto, o uso de celulares pode ser inserido nas aulas como ferramenta ou recurso
didático.
Hoje é comum as escolas utilizarem salas virtuais, onde o conteúdo trabalhado na
aula presencial está disponível e também incrementado com vídeos, imagens,
dentre outros materiais que proporcionam ampliar o ensino, ultrapassando as
paredes da sala de aula. É possível promover “a sala de aula invertida” colocando
um determinado material que deverá ser explorado pelos estudantes antes da aula.
Vê-se na matemática uma gama de possibilidades, onde o celular pode ser utilizado
para jogos didáticos, para a "gamificação", produção de vídeos pelos próprios
estudantes, enfim, há inúmeras possibilidades. O que não podemos fazer, é deixar
de utilizar, este pequeno e ao mesmo tempo grande recurso, que está na mão de
todos.
6 PLANOS DE AULA

PLANO DE AULA - 1
IDENTIFICAÇÃO
Componente Curricular: Matemática
Série: 8° ano

HABILIDADES BNCC e RCG


(EF08MA12) Identificar a natureza da variação de duas grandezas, diretamente,
inversamente proporcionais ou não proporcionais, expressando a relação existente
por meio de sentença algébrica e representá-la no plano cartesiano.
(EF08MA12RS-1) Interpretar e avaliar a natureza da variação de duas grandezas
diretamente, inversamente ou não proporcionais, expressando a relação existente por
meio de sentença algébrica e representá-la no plano cartesiano com uso ou não de
tecnologias digitais.
(EF08MA12RS-2) Discutir e analisar informações envolvendo a variação de
grandezas como recurso para a construção de argumentação em resolução de
problemas contextualizados.

OBJETOS DO CONHECIMENTO
● Reconhecer grandezas diretamente proporcionais e inversamente
proporcionais;
● Identificar grandezas não proporcionais;
● Compreender a Regra de Três como método de resolução de problemas
envolvendo grandezas proporcionais;
● Verificar que grandezas diretamente proporcionais variam na mesma razão e
identificar a existência de uma constante de proporcionalidade.

PROBLEMATIZAÇÃO
Introduzir o tema com a seguinte questão-problema:
Deseja-se construir uma maquete da escola, sabendo quais são as dimensões reais,
pretende-se reproduzi-la guardando suas proporções. Será fornecido os 3 valores das
medidas do telhado, que forma um triângulo e solicitado aos alunos que sugiram
medidas para o telhado da maquete. Após realiza-se questionamentos de acordo com
as hipóteses apontadas. Essa intervenção irá possibilitar que os alunos percebam que
o perímetro e os comprimentos dos lados dos triângulos da situação-problema são
grandezas diretamente proporcionais.

METODOLOGIA

Os alunos serão estimulados a refletir e solucionar problemas simples que


envolvam grandezas proporcionais, para isso serão utilizados meios investigativos.
Na sequência o professor irá fazer sua intervenção confrontando as diversas
proposições dos alunos e os encaminhando para chegar na construção do
conhecimento realizando as anotações devidas e necessárias. Para finalizar, os
alunos testarão seus conhecimentos jogando online.

RECURSOS
Quadro, pincel, celulares ou computadores com acesso à Internet.

AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá mediante a observação da participação e envolvimento dos


alunos. Será considerado a atuação e cooperação do estudante durante a aula, e na
aplicação dos conhecimentos adquiridos nos jogos propostos.

REFERÊNCIAS

NOVA ESCOLA. As proporções da geometria. Disponível em:


< https://novaescola.org.br/plano-de-aula/1440/as-proporcoes-na-geometria/> Acesso
em: 10 de Maio 2022.
WORDWALL. Grandezas proporcionais. Disponível em:
<https://wordwall.net/pt-br/community/grandezas-proporcionais> Acesso em 11 de
maio de 2022.
PLANO DE AULA - 2

IDENTIFICAÇÃO
Componente curricular: Matemática
Série: 6º ano

HABILIDADES BNCC e RCG


(EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer
relações entre números, expressas pelos termos “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator
de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5,
6, 8, 9, 10, 100 e 1000.
(EF06MA05RS-01) Investigar relaçoẽs entre números naturais, tais com “ser múltiplo
de”, “ser divisor de”, “ser fator de” e reconhecer números primos e compostos e a
relação entre eles, utilizando fluxogramas.

OBJETOS DO CONHECIMENTO:
● Múltiplos e divisores de um número natural;
● Múltiplos e divisores de um número natural.

OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Reconhecer múltiplos e divisores.
Objetivos específicos:
● Identificar e caracterizar os múltiplos de um número natural;
● Identificar os divisores compostos de um número composto: reconhecer que 10
é divisor de um número se, e somente, se 2 e 5 o forem, reconhecer que 6 é
divisor de um número se, e somente, se 2 e 3 o forem.

PROBLEMATIZAÇÃO
Apresenta-se a situação problema onde uma menina deve tomar 4
medicamentos, sendo todos com intervalos diferentes, de 3 em 3 horas, 4 em 4h, 6
em 6h e de 8 em 8h. Sabendo que a mãe da menina iniciou o tratamento com todos
os medicamentos tomados juntos, quando eles serão tomados juntos novamente?
Os alunos irão pensar sobre a questão e trocar ideias com seus colegas,
depois serão orientados a registrar como pensaram, fazendo anotações no caderno.

METODOLOGIA
Primeiramente os alunos são estimulados a refletir e solucionar a situação
problema após o professor fará juntamente com os estudantes a análise das soluções
propostas, os encaminhando para chegar na construção do conhecimento realizando
as anotações devidas e necessárias. Na sequência será realizada a atividade “jogo de
números cruzados” que será entregue aos alunos em folhas xerocadas, onde os
alunos serão divididos em grupos para tentar solucionar o desafio, tendo como
propósito aplicar o conhecimento sobre múltiplos para preencher corretamente a
cruzadinha. Como o exercício depende da compreensão do significado de múltiplo, a
calculadora pode ser uma ótima ferramenta para a verificação dos cálculos.
A atividade poderá ser realizada online, onde a proposta é exatamente a
mesma, porém o recurso utilizando a ferramenta celular pode chamar mais a atenção
dos alunos.

RECURSOS
Quadro, pincel, atividades impressas em folhas e calculadoras(celulares).

AVALIAÇÃO
A avaliação se dará de várias formas, tais como a observação e o registro das
atividades dos alunos, trabalhos individuais e também as atividades coletivas. E a
intervenção será imediata no sentido de sanar dificuldades que alguns estudantes
evidenciem, sendo assim, uma garantia para o seu progresso nos estudos.

REFERÊNCIAS
NOVA ESCOLA. Descobrindo múltiplos. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/planos-de-aula/fundamental/6ano/matematica/descobrindo-
multiplos/778 > Acesso em: 21 de Maio 2022.
WORDWALL. Números cruzados. Disponível em:
<https://wordwall.net/pt-br/community/n%C3%BAmeros-cruzados
> Acesso em 23 de maio de 2022.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como a pandemia de Covid-19, apesar dos avanços na vacinação, ainda


assola o país e o mundo, infelizmente não foi possível realizar o estágio
presencialmente na escola, mas com a elaboração desse trabalho foi possível
analisar e desenvolver etapas importantes para a atuação do professor. Através de
estudo detalhado foi possível concluir a importância do projeto político pedagógico
dentro de uma instituição escolar e a sua correlação com os temas transversais de
ensino da BNCC. Também compreender a inter-relação entre equipe pedagógica e
administrativa na resolução do que almejam os estudantes e docentes, isto significa
que gestão escolar, professores e comunidade devem caminhar juntos para alcançar
o grande objetivo de ensinar com qualidade.
Realizar as leituras e refletir sobre os textos, nos leva a entender a relevância
dos processos avaliativos, da utilização de metodologias ativas relacionadas às
necessidades de cada instituição, a escolha de meios mais coerentes de ensino e a
elaboração de planos de aula que sejam condizentes com a realidade da
comunidade à qual a escola está inserida. Todo conteúdo apresentado veio agregar
significativamente em minha formação acadêmica e também profissional, que
apesar de estar a mais de 20 anos lecionando sei que o professor nunca concluiu
sua formação, e deve estar sempre se renovando e aberto a novos conhecimentos.
No decorrer das pesquisas bibliográficas, compreendi a relevância da BNCC,
que estabelece as competências e habilidades mínimas que cada estudante deve
desenvolver em qualquer lugar do país. E que cada Estado pode incluir em seu
referencial suas particularidades e cultura, bem como os municípios em seu
documento municial.
Percebi que a boa formação dos professores não faz uma escola ter
excelência, é importante que a equipe administrativa e pedagógica da instituição
estejam alinhadas com o planejamento e que o objetivo central seja o ensino de
qualidade com foco no educando.
REFERÊNCIAS

BRASIL. LEI No 9.394 / 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília,


1996.

________. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1/2002. Diretrizes Curriculares Nacionais para


a Formação de Professores da Educação Básica. Brasília, 2002a.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2017.


Brasília, DF, 2017.

CNE/CEB (Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica). Parecer


Nº 11, de 7 de outubro de 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de dezembro de
2010, seção 1, p. 28.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. 3ed. São Paulo: Cortez, 2008.
v. 1. 296 p.

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