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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E JUVENTUDE


SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO
ORGANIZADOR CURRICULAR – PARTE DIVERSIFICADA

MÚSICA

O respectivo texto apresenta uma proposta de conceito curricular para o


componente curricular Música, construído numa transição de nivelamento
pensado em campo de experiência quanto às suas linguagens e manifestações,
propondo, a partir deles e em conexão gradual entre eles, conceitos e conteúdos
propulsores dos processos educativos do 1° ano ao 9° ano do Ensino
Fundamental.

Juazeiro - BA
2022
2
Normeide Lima de Carvalho
Secretaria de Educação e Juventude

Willany da Cunha Reis - Superintendente de Ensino


Salvador Alexandre Magalhães Gonzaga - Assessor Técnico Pedagógico
Danielle Mendonça Paiva - Assessora de Acompanhamento Pedagógico
Sérgio Ricardo Oliveira Sá - Assessor de Processos Operacionais

DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL

Olga Ribeiro de Souza Amâncio -Diretora de Ensino Fundamental


Ádma Hermenegildo Rocha - Assessora da Diretoria de Ensino Fundamental
Janete de Oliveira Santos -Assessora de Acompanhamento Pedagógico

ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO )


1º E 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL (CICLO DE ALFABETIZAÇÃO)

Michele Viana -Assessora Pedagógica


Nice Neide Campinho -Assessora Pedagógica

3º AO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Lúcia Betânia Araújo -Assessora Pedagógica


Dedilene Guerra -Assessora Pedagógica

ANOS FINAIS (6º AO 9º ANO)


Abnoan Alves de Souza - Técnica pedagógica para Língua Portuguesa
Andréa Shirley Santos Nascimento - Técnica pedagógica para Empreendedorismo
Anne Cristina dos Santos Lima Lopes - Técnica pedagógica para Língua Inglesa
Lucila Alves de Almeida - Técnica pedagógica para Ciências Naturais
Ruy Victor Conceição Lins - Técnico pedagógico para Artes e Música

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS -EJA


Girlene Feitosa da Silva -Assessora Pedagógica
Valdeir Gomes de Oliveira -Assessor Pedagógico

EQUIPE DE FORMADORES DA SABER CONSULTORIA

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5
1 MÚSICA - DA TEORIA À PRÁTICA: UMA BREVE FUNDAMENTAÇÃO 9
2 MÚSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS E FINAIS): UNIDADES
TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 10
2.1 Organização curricular do ensino de Música 11
3 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MÚSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 13
4. QUADRO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES EM MÚSICA 15
5 REFERÊNCIAS 28

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E JUVENTUDE

SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO

APRESENTAÇÃO

PREZADOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

Estamos entregando o Organizador Curricular da Parte Diversificada para conhecimento,


pesquisa, planejamento e organização do trabalho pedagógico em sua escola.
É um documento que atende em primeiro lugar a LDB Nº 9.394/96, que orienta, no Art.
26:
Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Grifo nosso)

Ainda em conformidade com a LDB, no art. 35:


o
§ 1 A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, definida em cada
sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base Na­cional Comum Curricular e ser
articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural. (Grifo
nosso)

As determinações acima são essenciais para a compreensão da comunidade escolar na


implementação de ações educativas que estejam pautadas numa organização didática e
pedagógica contextualizada com as deliberações encaminhadas pela Secretaria Municipal de
Educação e Juventude (SEDUC), em concordância com as políticas educacionais que regem e
alicerçam a educação no nosso país.
A respeito disso, e provocando desde já uma reflexão a respeito da Parte Diversificada
estruturada por meio dos componentes curriculares presentes nesse documento, é importante
destacar o contexto das escolhas dos mesmos, evento esse que ocorreu por meio de relação
dialógica entre a SEDUC, por meio da Superintendência de Ensino e as Escolas de Tempo
Integral, por meio de seus gestores e coordenadores pedagógicos.
Esse movimento que demandou interlocuções, escutas, troca de informações e
culminância na escolha dos componentes curriculares deu-nos a capacidade de prosseguir na
pesquisa, planejamento, reuniões, discussões e sistematização desse Organizador Curricular,

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concordando inclusive com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018), quanto à sua
estrutura, compreendendo as competências e habilidades que configuram direitos de
aprendizagem dos estudantes da Educação Básica, assim como objetivos específicos de cada
componente curricular.
Entendemos que as competências, habilidades e objetivos específicos sintetizam o
grande marco educacional no município de Juazeiro – o fortalecimento do ensino e a garantia
da aprendizagem pelos estudantes.
● Fortalecimento do ensino, porque as leis que regem a educação nacional e os
mecanismos que dão sustentação estão sendo consolidados por meio de políticas
públicas deliberadas pela SEDUC, mediante pactuação interfederativa (diretrizes
pedagógicas para a educação básica a partir da BNCC e oferta da Parte Diversificada,
respeitando os aspectos regionais, do Estado e local). Este documento curricular procura
traduzir esse ponto de referência por meio do seu Plano Municipal de Educação
2015-2025.
● Garantia de aprendizagem pelos estudantes porque é a principal estratégia para
fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidades,
referindo-se a direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, segundo o PNE1,
Meta 7:
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias
nacionais para o Ideb:

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Outro aspecto que queremos destacar é a importância de cada escola que compõe a
rede municipal de ensino estudar este documento curricular no sentido de articular com o
corpo docente estratégias pedagógicas ativas e significativas e que resultem no alcance das
competências, habilidades e objetivos específicos assinalados em cada componente curricular.

1
Referência:
https://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014
consultado em 09/02/2022.

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Para isso, o primeiro passo é considerar o que seja currículo e como este pode ser transposto
para um projeto pedagógico da escola.
Por currículo, em conformidade com os teóricos históricos e contemporâneos,
concordamos com as assertivas ao destacar, em termos normativos, que sempre é resultado de
uma seleção de conteúdos, programas, metodologias e pressupostos teóricos2.
Embora o currículo da rede municipal de ensino represente as finalidades de
desenvolvimento do estudante, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício
da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (LDB Nº
9.394/96, Art. 22) é na escola que o documento é traduzido em prática ativas e significativas.
Isto acontece no momento quando gestão, coordenação pedagógica e professores, no
momento da discussão, planejamento e organização do Projeto Pedagógico (PP) propõem a
organização do currículo em práticas que permearão o processo de ensino e aprendizagem,
com vistas ao desenvolvimento integral do estudante. Isto acontece por meio da transposição
didática.
A transposição didática é pauta comum na comunidade escolar, podendo ter outro tipo de
nome ou expressão. Em termos gerais, foi teorizada por Chevallard3, e compreende toda ação
educativa interpretada, reinterpretada e organizada em forma de Plano de Ação Escolar e/ou
Plano de Aula. Segundo Chevallard, pode-se entender por transposição didática:
Um conteúdo de saber que tenha sido definido como saber a ensinar, sofre, a partir de
então, um conjunto de transformações adaptativas que irão torná-lo apto a ocupar um
lugar entre os objetos de ensino. O ‘trabalho’ que faz de um objeto de saber a ensinar,
um objeto de ensino, é chamado de transposição didática.” (Chevallard, 1991, p.39)4

Este termo foi introduzido em 1975 pelo sociólogo Michel Verret5 e rediscutido por Yves
Chevallard em 1985 em seu livro La Transposition Didactique onde mostra as transposições que
um saber sofre quando passa do campo científico para o escolar. Na dinâmica de transposição
didática, o compromisso da comunidade escolar (gestão, coordenação pedagógica e professores
principalmente) deverá ser na compreensão de que os saberes formais (científico, artístico,

2
Como aporte teórico citamos as contribuições de Silva (2010), Lopes (2006) Sacristán e Pérez Gómes (2000),
Amorim (2010), Bourdieu (2003/2012).
3
Yves Chevallard (França, 1 de maio de 1946) é professor de matemática, pesquisador de transposição didática no
campo da didática, e professor da Universidade IUFM de Aix-Marselha, em Marselha, França. Referência:
https://es.wikipedia.org/wiki/Yves_Chevallard visitado em 09/02/2022.
4
Traduzido do original em francês: “Un contenu de savoir ayant été designé comme savoir à enseigner subit dès
lors un ensemble de transformations adaptatives qui vont le rendre apte à prendre place parmi les objets
d’enseignement. Le ‘travail’ qui d’un objet de savoir à enseigner fait un objet d’enseignement est appelé la
transposition didactique”. Traduzido do original em francês: “Pourquoi la transposition didactique?”. CHEVALLARD,
Yves. La transpostion didactique: du savoir savant au savoir enseigné. La Pensée Sauvage Éditions: Grenoble, 1991.
5
http://theses.univ-lyon2.fr/documents/getpart.php?id=lyon2.2009.faggionbergmann_jc&part=163513 visitado
em 09/02/2022.

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tecnológico e social) traduzidos e sistematizados no documento curricular, sejam traduzidos
segundo versões didáticas adequadas, contextualizadas, significativas e válidas dentro do
contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural.
Esses contextos estão bem expressos nas competências gerais da Educação Básica (BNCC,
2018), nas habilidades de cada componente curricular, tanto da Base Nacional Comum, como
na Parte Diversificada. Trata-se, portanto, de uma ação educativa dos profissionais da educação
no sentido de juntar esforços coletivos na formulação de estratégias educativas e consolidação
de práticas voltadas para assegurar os direitos de aprendizagem dos estudantes.
Por fim, a efetividade deste documento curricular tornar-se-á legítimo mediante a acreditação
de cada protagonista da educação. Em síntese “a Rede de todos nós e a Escola de cada um” é o
que foi pensado e agora entregue a todas as escolas que trabalham com a Parte Diversificada
curricular.

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E JUVENTUDE

SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO

ORGANIZADOR CURRICULAR – PARTE DIVERSIFICADA

“Para mudar o mundo é necessário mudar as formas de fazer o mundo,


ou seja, a visão do mundo e as operações práticas pelas quais os grupos
são produzidos e reproduzidos”. (Pierre Bourdieu, Capital Cultural, Escola
e Espaço Social).

1 MÚSICA - DA TEORIA À PRÁTICA: UMA BREVE FUNDAMENTAÇÃO


Imaginar uma sociedade onde as relações e trocas entre indivíduos são efêmeras, rasas, vazias
ou impessoais, torna o mundo um lugar hostil e sufocante. A humanidade parte do princípio de
se colocar no lugar do outro, de sentir, de estabelecer relações em comunidade, de respeitar as
individualidades sem segregar ou excluir, e por fim, ser humano. A música por sua vez,
estabelece essas relações sociais e comunitárias a séculos, desde antes da Idade Média à nossa
contemporaneidade; nas comemorações, na religiosidade, nas tradições folclóricas, de forma
natural, orgânica ou digital.
Na educação, a música se estabelece como conhecimento, teorizando as formas de
conhecimento adquiridos de forma empírica e elementar, alargando as possibilidades de
desenvolvimento humano e científico.

Porém, por oferecer uma forma de conhecimento específico, deve ser encarada de
modo organizado, coerente, que o situe entre a vivência, expressão e compreensão [...]
resgatar o ensino de música no currículo escolar é defendê-lo como área de
conhecimento sério, dotada de valor e significado. É acreditar que a escola possa
aumentar a alegria dos alunos e dos que com eles convivem. (LOUREIRO, p 12, 2010)

São comuns práticas escolares que colocam a música no papel de entretenimento, esse lugar
pode sim ser ocupado pela música, mas nunca por finalidade, e sim, por consequências de
ações educacionais, que contribuíram para chegar a algum produto sonoro a partir do que foi
desenvolvido com os alunos. O papel da música vai além; contribui para o pensamento crítico,
as sensorialidades, as interações sociais, o pertencimento a uma comunidade/sociedade, a
imaginação, o autoconhecimento, habilidades motoras e cognitivas, contribui para grandes
interações neurais (sinapses), e tantas outras funções que se relacionam com o ser humano. Por

9
tanto, é fundamental que se estabeleça essa relação séria da música, quanto ensino e ciência.
Por isso,

a razão que justifica o ensino de música nas escolas é oferecer a todas as crianças,
qualquer que seja sua aptidão, a oportunidade de lidar com a música e seus
elementos, próprios de todo ser humano: audição, expressão rítmica e melódica,
sensorialidade, emotividade, inteligência ordenadora e criatividade. (Projeto de
Música-MG, 1997, p 3 apud LOUREIRO, p 17, 2010)

Por fim, a música se torna fundamental na vida do ser humano, com suas relações na
construção do intelecto, do senso crítico, da ciência, da subjetividade, do belo e da arte.

2 MÚSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS INICIAIS E FINAIS): UNIDADES


TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES
Considerar o contexto da Educação Musical atrelada à Arte, é fundamental para o
desenvolvimento do aluno, estabelecendo relações com a sociedade e seu crescimento como
cidadão. A música abrange uma diversidade de conhecimento que vai além do ensino da música
propriamente dito, como por exemplo: o respeito ao próximo, saber que cada um tem seu
tempo de aprender, trabalho em conjunto, e tantas outras funções que podem ser alcançadas
atreladas à Educação Musical.
Nesta perspectiva, o ensino de música revela-se como um instrumento capaz de intervir, recriar
e transformar a realidade que estamos inseridos, despertando a consciência dos educandos, ao
mesmo tempo em que respeita a singularidade e especificidade de cada um. O ensino de
música é, pois, reconhecido como uma modalidade capaz de desenvolver a mente humana
promovendo o equilíbrio e proporcionando o bem-estar físico e psicológico. Segundo Bréscia
(2003):
 
A musicalização é um processo de construção do conhecimento, que desperta e
desenvolve o gosto musical, onde, favorece o desenvolvimento da sensibilidade,
senso-rítmico, do respeito ao próximo, do prazer de ouvir música, a afetividade,
memória, criatividade, autodisciplina, concentração, imaginação, socialização e
atenção, onde também é construído uma movimentação e uma consciência corporal.

Não obstante, o ensino de música nos anos iniciais e finais, é garantido pelo art. 206, inciso II da
Constituição de 1988, que fala do direito da arte e do saber, sendo que a música é uma das
quatro linguagens dentro de Arte - artes visuais, dança, música e teatro. A LDB (Lei de Diretrizes
e Bases, afirma que:

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§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá
componente curricular obrigatório da educação básica. (Redação dada pela Lei nº
13.415, de 2017) 

§ 6o As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o
componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº
13.278, de 2016)

Desta forma, afirma-se que o ensino de música se alinha ao que à luz da BNCC (2018), é
destacado como característica e singularidade da experiência artística, em conformidade às seis
dimensões do conhecimento: Criação, Crítica, Estesia, Expressão, Fruição, Reflexão.

A BNCC propõe que a abordagem das linguagens articule seis dimensões do


conhecimento que, de forma indissociável e simultânea, caracterizam a singularidade da
experiência artística. Tais dimensões perpassam os conhecimentos das Artes visuais, da
Dança, da Música e do Teatro e as aprendizagens dos alunos em cada contexto social e
cultural. Não se trata de eixos temáticos ou categorias, mas de linhas maleáveis que se
interpenetram, constituindo a especificidade da construção do

Dito isto, conclui-se que além de ser uma garantia dada por lei, o contato com a música
proporciona um leque de possibilidades quanto à construção intelectual, cognitiva, sensorial e
social do indivíduo, e que isso se torna um fator fundamental para o desenvolvimento
educacional de um futuro cidadão e um ser humano consciente.
 
2.1 Organização curricular do ensino de Música
Considerar as metodologias ativas em ensino de música no contexto escolar e suas realidades é
o primeiro passo para fundamentar uma organização curricular, tendo como norte não só
diretrizes e leis, e sim práticas pedagógicas que surtem resultados no âmbito da educação
musical. Não diferente disso, a música tem como principal matéria prima o som, onde todos os
elementos musicais e sensorialidade serão trabalhados. As adaptações, ações e práticas
pedagógicas devem considerar as individualidades de cada contexto escolar, sua comunidade,
seu meio social, os materiais, instrumentos e os alunos.
Nessa perspectiva, o componente curricular Música apresenta possibilidades de práticas
educacionais gradativas, a fim de atingir o melhor desenvolvimento e compreensão do aluno
com esta área de conhecimento.
Dito isto, seguindo os parâmetros dados pelo PCN de Arte/Música (1997), que estabelece os
conteúdos da música em:
● Expressão e comunicação em Música: improvisação, composição e interpretação.
● Apreciação significativa em Música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem
musical.

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● Compreensão da Música como produto cultural e histórico.
As unidades temáticas elementares em Música estão elencadas da seguinte forma:
❖ Sensorialidade:
Estabelece a relação dos sentidos humanos com a música, a emotividade a partir de
experiências sonoras.
A sensibilidade é desenvolvida através de elementos como a suavidade dos sons e suas
intensidades.
As nuances melódicas, as sensações auditivas através de campos harmônicos (maiores ou
menores).
Perceber os sons que nos cerca, sons da natureza, sons mecanizados, sons regulares e
irregulares.
As memórias afetivas vividas através de experiências sonoras. A improvisação e a intuitividade.
❖ Propriedades do Som
Duração dos sons, suas formas de interpretações, leituras alternativas e formais.
Intensidades, suas formas de interpretação, percepção auditiva, leituras alternativas, formais e
suas execuções.
Os Timbres, suas diferenças nas vozes, sons de animais, sons de instrumentos e identificação
das famílias desses instrumentos (madeiras, cordas, metais, percussão).
Altura, extensões de instrumentos e da voz, identificação de sons graves, médios e agudos, as
notações musicais para identificação das alturas das notas naturais e alteradas.
❖ Elementos Musicais
O ritmo, suas formas de notação e leitura (figuras rítmicas). Ritmos e gêneros musicais
brasileiros, suas características regionais e padrões de execução.
A melodia, as diferentes formas melódicas e construção de escalas (maiores e menores),
conhecer os nomes das notas musicais, graus conjuntos e disjuntos.
Harmonia, as diferentes formas harmônicas, sua construção e execução. Construção de acorde
através de instrumentos harmônicos (piano, teclado, violão) e instrumentos melódicos como
tubos sonoros, sinos, instrumentos de corda friccionada, flautas etc.
❖ Práticas musicais
Realização de práticas musicais que estimulem a memorização, concentração e a criatividade.
Executar instrumentos de percussão educacionais que estimulem a apuração motricidade fina e
grossa.

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Estimular e desenvolver práticas músicas com movimentos corporais através de sons diversos
(chuva, carros, animais, orquestras, bandas etc) utilizando de materiais pedagógicos musicais ou
não (laços, fitas, bolas, papéis, etc).
Estimular a percepção de paisagens sonoras, (os pássaros, o vento, as águas, a urbanidade, as
árvores).
❖ Instrumento 1, 2, 3 e 4 (anos finais):
Práticas musicais através de contato com instrumentos convencionais, aplicação de métodos e
metodologias para este ensino.
Adaptações ergonômicas para melhor conforto na execução no instrumento, postura corporal,
alongamentos e exercícios respiratórios.
Zelar pelo bem estar do aluno, a fim de promover o gosto musical independente de aptidão ou
pré disposições musicais.
Valorizar a cultura e reproduções regionais, exercitando a escuta ativa através de concepções
musicais comuns ao ambiente que o cerca.
Praticar exercícios de desenvolvimento motor e cognitivo, direcionando o aluno para vencer
dificuldades técnicas.
Conhecer o instrumento, suas partes, como manusear, os sons alternativos e sons regulares,
estudos rítmicos, melódicos e harmônicos, leitura de partituras convencionais e/ou alternativa,
utilizando dinâmicas.
Práticas coletivas e colaborativas, a fim de promover trocas de experiências de desenvolvimento
individual acerca de um assunto comum a todos.
Construção de repertórios com base no desenvolvimento do aluno, suas dificuldades e
limitações técnicas.
Realização de ensaios periódicos para desenvolvimento e aperfeiçoamento de repertórios.

Desta forma, ficam entrelaçados os caminhos a percorrer para um resultado educacional


conciso e sólido. Considerando a realidade da Rede Municipal de Ensino e a comunidade
escolar, frisando a importância de resultados e práticas pedagógicas que afirmam a importância
de políticas públicas para a educação musical.

3 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MÚSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais que
expressam os elementos da linguagem da música.

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2. Compreender os diferentes tipos de sons e ritmos da música, percebendo-a como forma de
expressão do ser humano, sistematizada nas formas distintas de manifestações culturais,
presentes em diferentes contextos.
3. Identificar e utilizar as formas de linguagem da música, estimulando a criatividade, a reflexão
e a compreensão histórica desta forma artística.
4. Compreender as relações entre a música e as linguagens da Arte e suas práticas integradas,
inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação,
pelo cinema, rádio e pelo audiovisual, nas condições de produção e nas suas articulações.
5. Conhecer distintas matrizes estéticas e culturais manifestas na música que constituem a
identidade brasileira, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas
criações, contextos e práticas vivenciadas na escola e fora dela.
6. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação na criação de sons
com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
7. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação de melodia,
ritmo e harmonia dos elementos da música no contexto local, regional, nacional e internacional.
8. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por
meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações de músicas autorais.
9. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho individual e coletivo/ colaborativo
na música, explorando estratégias e propostas de composição de melodia, ritmo e harmonia.

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4. QUADRO DE CONTEÚDOS E HABILIDADES EM MÚSICA
Em síntese, a partir da percepção da Música enquanto modalidade artística e cultural,
apresentamos em sequência os conteúdos e habilidades por bimestre a serem aplicados no
Ensino Fundamental. Os conteúdos propostos no presente currículo serão estudados com
afinco na linguagem artística da formação do professor, sendo que as demais linguagens
retratadas estão contempladas no processo sociocultural, histórico e educativo do município e,
consequentemente, serão desenvolvidas durante o ano letivo.

COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 1º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apurar a percepção auditiva; Sonoridades presentes dentro e x x


Perceber os sons ao seu redor e fora da sala de aula; sons naturais,
que fazem parte do seu cotidiano, orgânicos, e sons produzidos por
Sensorialidades desenvolvendo a escuta ativa. máquinas, ruídos; sons regulares e
irregulares.

Músicas de concerto, de estilos e x x x x


períodos diferentes, sensibilidade
emocional através da escuta.

Propriedades do Explorar diversas fontes sonoras Características da intensidade x x


Som para desenvolvimento da (forte, fraco) através da
percepção auditiva através de reprodução de sons de
dinâmicas de intensidade como: instrumentos: percutidos,
fraco - forte.
melódicos ou harmônicos.

Atividades com dinâmicas como: x x x x


crescendo decrescendo, piano -
pianíssimo, forte - fortíssimo.

Elementos Promover experiências melódicas Práticas melódicas através de x x x x


Musicais com diferentes instrumentos: canções populares infantis,
teclas, teclas percutidas, sinos, executando em instrumentos
cordas, sopro etc. melódicos como o glockenspiel.

Práticas Exercitar a pulsação e rítmica Fontes sonoras; objetos, o corpo, x x x x


Musicais através da imitação e repetição a fala, o cantar. Desenvolvendo a
de exercícios com instrumentos motricidade fina e coordenação
de percussão; apurando a motora.
memorização e concentração do
aluno.

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COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 2º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Perceber diferentes timbres Emissões de diferentes timbres: x x


através da escuta. humanos, do reino animal e
instrumentos.
Sensorialidades
Repertório lúdicos, a fim de x x x x
Apreciação da música brasileira,
desenvolver o hábito da escuta e a
elucidando o pertencimento
apreciação.
cultural e musical do aluno.

Propriedades do Explorar diversas fontes sonoras Representações gráficas, formas x x


Som para desenvolvimento da geométricas, vogais, letras e
percepção auditiva através de desenhos como partitura
dinâmicas de intensidade como: alternativa.
fraco - forte.
Elementos de uma partituras x x
Trabalhar elementos gráficos, alternativa, criação de uma peça
numéricos ou gramaticais como feita pelos alunos em sala.
forma de leitura alternativa.
Elementos Relações entre o ritmo e o x x
Musicais Proporcionar práticas de ensino movimento executando atividades
de forma colaborativa e coletiva. propostas pelo professor.

Movimentos coordenados a fala, x x x x


da música e do ritmo trabalhado
utilizando da reprodução do som
através do corpo (percussão
corporal).

Práticas Promover experiências melódicas Utilização de escalas ascendentes x x


Musicais com diferentes instrumentos: e descendentes que desenvolvam
teclas, teclas percutidas, sinos, a percepção auditiva dos alunos
cordas, sopro etc. de forma lúdica.

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COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 3º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apreciar a música brasileira, Composições que apresentam x x


elucidando o pertencimento emoções como: triste, alegre,
cultural e musical do aluno. empolgante, suspense, calmaria.
Sensorialidades Os alunos deverão expressar seus
sentimentos após a escuta da
composição escolhida.
Desenvolver a sensibilidade, Desenhos das sensações ou x x
através de emoções emoções que sentiram ao escutar
representadas em formas a composição, desenvolvendo a
melódicas encontradas em expressividade e a imaginação.
diversas composições.

Propriedades do Desenvolver a concepção de Composições que sejam notórias x x x x


Som duração dos sons, longos e curtos. a diferença de duração e frases
distintas (exemplo a 5º sinfonia de
Beethoven), exercitar através de
escrita e leituras alternativas a
percepção dos alunos.

Desenvolver ritmicamente a Atividades rítmicas que utilizem x x x x


Elementos coordenação motora percutindo instrumentos como: glockenspiel,
Musicais instrumentos de teclas, com Xilofone e metalofone.
ordenação e concentração. (desenvolver ritmos como: baião,
maracatu, axé etc)

Memória auditiva, através de x x


toques que sejam de fácil
x x x x
assimilação e execução.

Práticas Executar bases rítmicas de Improvisação e imaginação;


Musicais gêneros musicais diferentes com proporcionando dinâmicas
instrumentos de percussão como: rítmicas individualmente e
bloco sonoro, agogô, clavas coletivamente.
reco-reco, etc.

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COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 4º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apreciar a música brasileira, Escuta de compositores da música x x x x


elucidando o pertencimento popular brasileiros e baiana,
cultural e musical para o aluno. como: Gilberto Gil, Caetano
Sensorialidades Veloso, Moraes Moreira, João
Gilberto etc.

Escuta da música de concerto x x


Desenvolver o gosto musical brasileira. Utilizando compositores
através de repertórios da música como: Heitor Villa-Lobos; Guerra
de concerto brasileira. Peixe; Oscar Lorenzo Fernández;
José Ursicino da Silva (maestro
Duda); Aplicando atividades com
base nesses compositores,
rítmicas e melódicas.

Propriedades do Executar sons de duração longa e Leituras rítmicas alternativas, sem x x x x


Som curta através de leituras notação musical; através de
alternativas. figuras/desenhos geométricos ou
expressões com corpo e fala.
Desenvolver a percepção de
silêncio e duração do som; Leitura rítmica através da notação x x
iniciação a notação musical e suas das figuras: semibreve, mínima,
figuras rítmicas. semínima e suas respectivas
pausas/silêncio.

Diferenciar escalas menores e Escalas menores harmônicas e x x x


Elementos maiores através da escuta; escalas maiores nos tons de Lá
Musicais desenvolvendo processos menor e Dó maior; Dó menor e
cognitivos como a memorização. Mib maior etc.

Composições de forma menor e x x


maior, estimulando a percepção
auditiva e concentração.

Práticas Produzir pequenas composições Composição de pequenas linhas x x


Musicais com elementos melódicos e rítmicas com semibreve, mínima e
notação rítmica elementar. mínima.

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COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 5º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apreciar a música brasileira, Gêneros populares e x x x x


elucidando o pertencimento afro-brasileiros; o afoxé, axé,
cultural e musical para o aluno. samba, coco de roda, chorinho,
Sensorialidades maracatu, ciranda, bumba meu
boi entre outros.

Analisar e valorizar a música Características da produção


produzida em Juazeiro-BA; musical local; processos de
comparar a produção local com a composição e disseminação
produção regional e nacional. midiática.

Propriedades do Diferenciar, qualificar e apreciar Extensões vocais como: baixo, x x x x


Som diferentes timbres de vozes e tenor, contralto e soprano.
instrumentos.

Família de cada instrumento x x


musical presente nas orquestras:
Identificar e apreciar cantores e percussão, metais, madeiras e
cantoras da música popular cordas.
baiana.

Ler pequenos trechos rítmicos Leituras rítmicas com as figuras: x x


Elementos com ou sem instrumento de semibreve, mínima, semínima,
Musicais percussão, através da notação colcheia e semicolcheia.
musical convencional.
Práticas Produzir pequenas composições Composições com auxílio do x x
Musicais com elementos melódicos e professor, piano ou instrumento
notação rítmica elementar. virtual, de linhas melódicas
maiores e menores.

Ter conhecimento elementar e Reflexo da leitura formal em x x x x


gradativo sobre pauta musical; música; atividades que relacionam
notas nas linhas e espaços; clave os nomes das notas para as linhas
de sol e fá. e espaços da pauta musical.

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COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 6º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apreciar a música brasileira, As linguagens musicais, sua x x x x


elucidando a compreensão do organicidade e articulação, abrir
pertencimento cultural e musical canais sensoriais, contribuindo
Sensorialidades para o aluno e suas vivências. para a expressão de emoções e
consolidando a formação da
personalidade.

Propriedades do Identificar origens sonoras Apreciação orquestrais, identificar x x


Som através da percepção auditiva. instrumentos e suas famílias
somente com a escuta.

Elementos Ler partituras rítmicas de peças Reflexo e percepção em leitura x x


Musicais tradicionais simples, do repertório rítmica, utilizando peças com
popular. semicolcheias.

Reconhecer as partes do aparelho Canto/Coral - Exercícios que x x x x


fonador. Aquecimento vocal e trabalhem a movimentação da
postura corporal. Alongamento língua, dos lábios. Função do
corporal. palato duro, palato mole, fossas
nasais, úvula, faringe, epiglote,
pregas vocais, laringe.
Práticas Conhecer as partes da flauta, Flauta - Montagem e x x
Musicais manuseio do instrumento desmontagem das partes da flauta
adequado. Executar pequenas doce, reconhecendo o nome de
Instrumento 1 melodias com pelo menos 3 cada parte. Desenvolvendo a
notas.
(Canto/Coral; digitação nas posições da nota Si -
Flauta doce; Lá - Sol com introdução a leitura
Violão; Teclado; na clave de Sol.
Percussão.)
Executar melodias com pelo Executar escalas diatônicas, com x x
menos 7 notas diferentes. leitura na clave de Sol. No modo
maior e menor.

Reconhecer as partes do violão e Violão - Procedimentos de x x


manuseio adequado. manuseio do instrumento, o
nome dado a cada parte do violão
e suas cordas, postura corporal,
estilo clássico e popular.

Usar a mão direita e esquerda, Possibilidades alternativas do x x


posição adequada, posição dos instrumento, explorando sons
dedos, uso de sons alternativos diversos, deixando o aluno se
com cordas abafadas, sons familiarizar com o instrumento.
percutidos (pizzicatos), sons do
corpo do violão, sons com uso do
dedo 1 e dedo 2, construção de
20
pequenas melodias e acordes
usando dedo 1 e dedo 2.
Reconhecer as partes do teclado e Teclado - Procedimentos de x x x x
manuseio adequado. Mão direita manuseio do instrumento,
e mão esquerda. Exercícios com a aquecimento corporal e das mãos,
mão direita e esquerda. Execução explicar as teclas brancas e pretas,
de pequenas melodias.
extensão do instrumento, função
piano, uso da mão direita e
esquerda e seu posicionamento
correto nas teclas, postura
adequada, exercícios alternados
com as duas mãos (espelhados).

Executar diversos sons e ritmos Percussão - Movimentos corporais x x x x


através da percussão corporal. combinados para execução de
ritmos ao som de palmas, estalos
dos dedos, a voz, batidas na coxa,
batidas dos pés, peito etc.

21
COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 7º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apreciar a música brasileira, A obra de Heitor Villa-Lobos, x x


elucidando o pertencimento influências do compositor e as
Sensorialidades
cultural e musical para o aluno. emoções expressadas nas obras.
Escuta da Bachianas nº 5 - Ária.

Propriedades do Compor pequenas melodias com composições de pequenas x x x x


Som diferentes dinâmicas. melodias simples, utilizando as
notas músicas e dinâmicas como
forte e piano.

Elementos Compreender o ambiente musical Compreensão da cultura musical x x


Musicais que habita, suas particularidades presente nas feiras livres, os sons,
e coletividades. a comunicação, a viola de
repente, o sanfoneiro, o
zabumbeiro etc.
Práticas Reconhecer as partes do aparelho Canto/coral - Exercícios x x x x
Musicais fonador. Aquecimento vocal e respiratórios que desenvolvem o
estudos em vocalizes. sistema respiratório para o canto.
Instrumento 2 Alongamento corporal. Função da traqueia, do pulmão,
brônquios e diafragma.
(Canto/Coral;
Flauta doce; Executar escala cromática de Dó3 Flauta - Aprimoramento da leitura x x x x
Violão; Teclado; à Dó4. Executar melodias que rítmica (semibreve, mínima,
Percussão.) abranjam diferentes alterações na semínima, colcheia) reflexo e
armadura de clave. digitação das notas de Dó3 à Dó4.

Construção de acordes usando Violão Acordes usando as cordas x x x x


três dedos. Combinação de 1, 2, 3, 4, com os dedos 1, 2 e 3, e
movimentos com a mão direita e "PIMA" na mão direita. Exercícios
esquerda. Execução de melodias de digitação da casa 1 à casa 4.
com acordes de base, 3 ou mais
Construir melodias com base nos
melodias sobrepostas.
acordes construídos. Batidas
simples, com ou sem palheta.

Tocar melodias simples com uso Teclado - Execução de melodias x x x x


de triades e acompanhamento combinando a mão direita com a
com baixo. esquerda. Construir acordes com
3 notas na mão direita e baixo na
mão esquerda.

Executar ritmos, diversos através Percussão - Construir x x x x


de instrumentos alternativos ou instrumentos ou utilizar material
reciclados. reciclável (latinhas, garrafas pet,
Ler partituras rítmicas com bom tambor de 20L ou mais, pedaços x x
reflexo e fluidez.
de latão entre outros), para

22
executar ritmos regionais como:
forró, axé, samba etc.
Introdução de grafias de figuras
rítmicas e sua leitura e execução
(mínima, semínima, colcheia).

23
COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 8º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apreciar a música ocidental em Práticas musicais imbuídas de x x


seus diferentes períodos. contextos históricos, sociedade e
cultura, conectando o emocional
Sensorialidades com o racional.

Propriedades do Diferenciar, Identificar, executar, símbolos e dinâmicas, como: pp, x x x x


Som relacionar, ler e executar as p, mp, F, FF, FFF, cres., desc.,
diferentes terminologias em coda, ritornelo etc.
grafias e dinâmicas.
Elementos Criar padrões melódicos e Criação de músicas simples de
Musicais rítmicos através da imaginação. acordo com a realidade da
comunidade local, ou músicas
alusivas à vida ribeirinha.

Desenvolver movimentos Canto/Coral - Procedimentos que x x x x


fundamentais para inspiração e possam tornar-se orgânicos na
expiração. Alongamento corporal. prática do canto. Vocalizes com
Trabalhar repertório de auxílio de um diapasão,
canto/coral popular e/ou
instrumento melódico ou
tradicional.
harmônico até Dó4.
Práticas Executar estudos melódicos com Flauta doce - Leitura rítmica e x x x x
Musicais diferentes figuras rítmicas. Tocar melódica com mais destreza e
canções da música popular com mais figuras (acrescentar
Instrumento 3 brasileira coletivamente em tercinas e semicolcheias) e,
uníssono.
(Canto; Flauta através da repetição e imitação do
doce; Violão; professor.
Teclado;
Percussão.) Construir repertório com canções Violão - Canções do imaginário x x x x
populares. Utilizando sequências popular, folclóricas e da cultura
de acordes simples. regional. Utilizando acordes de
posições simples (maior e menor);
acordes com tríades.

Teclado - Canções do imaginário x x x x


popular, folclóricas e da cultura
regional. Utilizando acordes de
tríades com a mão direita e
acompanhamento com linha do
baixo na esquerda.

Diferenciar os ritmos e gêneros Percussão - Prática de diferentes x x x x


afro-brasileiros. ritmos com raízes africanas como:
Executar repertório de ritmos x x x x
afro-brasileiros e indígena.
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Elaborando repertório desses samba, maracatu, afoxé, axé,
ritmos, enfatizando sua origem, maculelê etc.
suas características e diferenças.

25
COMPONENTE CURRICULAR: Música

ANO ESCOLAR: 9º ano

Unidades Habilidades Objetos de Conhecimentos Bimestres


Temáticas
1º 2º 3º 4º

Apreciar a música ocidental em A música moderna, a x x


seus diferentes períodos. contemporaneidade , adventos
tecnológicos e mídias sociais na
Sensorialidades propagação da música mundial.

Propriedades do Criar produções musicais de Os meios de produção e difusão x x


Som maneira colaborativa e coletiva. fonográficas e midiáticas
Valorizar as produções de músicas contemporâneas.
locais, jingles, trilha sonora, entre
outros. Como forma de
desenvolver a apreciação
consciente.
Elementos Desenvolver a percepção auditiva Melodias de diferentes períodos e x x
Musicais e contrastes entre períodos suas estéticas.
musicais. Distinguir as suas
diferenças e características.
Executar repertório solo e em Canto/coral Estudo de escalas x x x x
formato de coral ou quinteto. maiores e menores. Formação de
repertório para canto solo,
quinteto ou coral.
Práticas
Musicais Executar repertórios com pelo Flauta doce - Execução de x x x x
menos 2 ou mais linhas melódicas melodias diversas e simultâneas e
Instrumento 4 (vozes). sobrepostas na formação de
grupos.
(Canto; Flauta
doce; Violão; Alinhar a prática de aprendizagem Violão - Canções com ritmos x x x x
Teclado; dos acordes paralelo ao sincopados e melodias mais
Percussão.) desenvolvimento das batidas de elaboradas. Execução de canções
cada gênero musical. brasileiras e regionais, com as
características rítmicas de cada
gênero.

Desenvolver a coordenação Teclado - Estudo de escalas e x x x x


motora e independência das acorde com tétrades, maiores e
mãos. menores. Execução de ritmos
brasileiros sincronizando e
alternando o ritmo da mão
esquerda e direita.

Executar ritmos brasileiros em Percussão - Estudo de repertório x x x x


instrumentos convencionais. com músicas brasileiras com
instrumentos convencionais,
padeiro, bombo, chocalhos,

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conga, caixa, reco-reco, bongô,
triângulo, entre outros.

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5 REFERÊNCIAS
BNCC, Base Nacional Comum Curricular, disposnível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/arte-no-ensino-fundamental-anos
-iniciais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habilidades acesso em 08 de fevereiro
de 2022.
BRASIL, Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Inclusão no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2008/lei-11645-10-marco-2008-572787-norma-pl.ht
ml acesso em 20 de fevereiro de 2022.
Constituição Federal brasileira de 1988, disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm acesso em 07 de janeiro de
2022.

DECKERT, Marta. Educação Musical: da teoria à prática na sala de aula. 1ª ed. São Paulo -
editora Moderna, 2012. - (cotidiano escolar: ação docente)

Instituto Mpumalanga, Arte Educa; Relatório das atividades realizadas no projeto Caravana da
Música. Sistematização das Práticas artístico pedagógicas das comissões de Música, Dança e
Teatro. 2015.

LOUREIRO, Alícia Almeida. O ensino de música na escola fundamental. Campinas- SP. ed


Papirus, 7ª edição, 2010.

LDB; Lei de Diretrizes e Base, disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm acesso em: 07 de janeiro de 2022.

MASCARENHAS, Mário. Duas mãozinhas no teclado. Irmãos Vitale; 1ª edição 2001.


PINTO, Henrique. Ciranda das seis cordas: iniciação infantil ao violão. São Paulo: Ed.
Ricordi, 2007.
SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. Tradução de Marisa Trench O. Fonterrada, Magda R. Gomes
da Silva e Maria Lúcia Pascoal. 2. ed. São Paulo: Unesp, 2011.
Sopro Novo YAMAHA. Caderno de flauta doce soprano. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 2006.

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