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Médio - 2022
Orientações
Itinerário
Formativo
Integrado
A Matriz Curricular
Na Prática...
Eletivas
Projeto de Vida
Introdução
O que é o Novo Ensino Médio (NEM)?
Observações
Seguindo esta linha de raciocínio, os educadores
precisam levar em consideração, ao ministrar as
aulas do itinerário, as competências e habilidades
propostas e os conteúdos a serem desenvolvidos em
suas respectivas áreas de conhecimento, sempre
alinhados e seguindo a proposta curricular presente.
A Matriz Curricular
Uma das principais mudanças no cotidiano da educação a partir do Novo
Ensino Médio são as novas matrizes.
Temos uma inédita distribuição de carga horária dos Componentes
Curriculares da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e um novo campo
dentro da Matriz, voltado exclusivamente para o Itinerário Formativo.
Dito de outra forma, a matriz, atualmente, se divide em dois campos:
BNCC: os componentes rotineiros
Itinerário formativo: distribuição de componentes e carga horária voltada
para a mobilização da parte flexível do currículo
Observações
Indígena e Audiocomunicação:
Foram mantidas as especificidades e particularidades respeitando o
público de destino
Regular Diurno:
Inserção de Eletiva e Projeto de Vida como parte do itinerário
(orientações específicas mais abaixo)
Nivelamento como parte da BNCC. As escolas receberão as orientações
para a construção do Plano de Nivelamento e Sequências Didáticas a
serem aplicadas
.
Regular Noturno:
Inserção de Eletiva e Projeto de Vida como parte do itinerário (orientações específicas mais
abaixo)
Nivelamento como parte da BNCC. As escolas receberão as orientações para a construção do
Plano de Nivelamento e Sequências Didáticas a serem aplicadas
É importante prestar bastante atenção ao quantitativo de aulas de cada componente
curricular e em cada semestre para que não haja uma má distribuição de carga horária,
seguindo a risca a matriz
As Diretrizes Nacionais referentes ao Novo Ensino Médio (NEM) Regular Noturno permitem que
até 30% da carga horária anual se dê através do Ensino À Distância (EAD) e vale salientar que
uma das prerrogativas do NEM é expansão da carga horária para três mil (3 mil) horas anuais.
No caso do NEM Regular Noturno Paraibano. para a integridade do cumprimento da carga
horária de 3 mil horas (levando em consideração o horário reduzido da aula neste turno - não
sendo de 50 minutos, mas sim, de 40 minutos cada aula), será necessário ofertar 20%, que
corresponde a 600 horas trabalhadas, através do EAD, sem extender a permanência do
estudante na escola.
Portanto, dentro de cada Matriz correspondente a um Itinerário Formativo, uma parte da carga
horária da matriz será realizada em EAD, por meio de atividades na Plataforma Google
Classroom:
Na matriz correspondente ao Itinerário Integrado, uma parte da Carga Horária dos
professores de: Português, Matemática, Biologia, Química, História, Geografia, Física, Inglês e
Espanhol se dá em EAD.
Sendo aulas como parte da BNCC (Biologia, Química, História, Geografia, Português e
Matemática) em EAD
Três aulas como parte do Itinerário Formativo (História, Inglês/Espanhol e Física) em EAD
Na prática (BNCC):
O professor de Biologia terá duas aulas em todos os anos, sendo que uma delas é
presencial e outra EAD
O professor de Química terá duas aulas em todos os anos, sendo que uma delas é
presencial e outra EAD
O professor de História terá duas aulas em todos os anos, sendo que uma delas é
presencial e outra EAD
O professor de Geografia terá duas aulas em todos os anos, sendo que uma delas é
presencial e outra EAD
Os Professores de Português e Matemática responsáveis por Propulsão/Nivelamento,
terão no 1 Ano, duas aulas disponíveis: uma aula presencial e uma aula EAD. No 2 Ano,
apenas uma aula presencial e no primeiro semestre do 3 ano, uma aula presencial e
uma aula EAD. Vale salientar que este componente curricular é trabalhando através do
revezamento, isto é, uma semana para português e uma semana dedicada à
matemática
Na prática (Itinerário):
O professor de História terá duas aulas em todos os anos, sendo que uma delas é
presencial e outra EAD
O professor de Física terá duas aulas em todos os anos, sendo que uma delas é
presencial e outra EAD
O(s) professor(s) de Espanhol/Inglês terão duas aulas em todos os anos, sendo que
uma delas é presencial e outra EAD. Vale salientar que neste caso há o revezamento,
uma semana dedicada a Inglês e uma dedicada à Espanhol.
Na Prática...
No chão da escola, a equipe irá organizar o horário escolar
normalmente, seguindo a matriz curricular do itinerário e a sua
distribuição de carga horária, tanto das aulas da BNCC quanto do
Itinerário.
Vale salientar que precisa estar diferenciado neste horário quando uma
aula é destinada à BNCC ou ao Itinerário, estando claro tanto para o
professor quanto, e principalmente, para o estudante.
Isto porque, as aulas dos componentes que funcionam dentro do
Itinerário não seguem necessariamente a ordem de um livro didático,
mas sim, dialogam com o currículo escrito pelo estado, prezando pela
interdisciplinaridade dentre todas as áreas de conhecimento
movimentadas e englobadas num tema gerador que deverá permear
todo o percurso formativo do jovem.
Portanto, em primeiro lugar, os professores precisarão se apropriar do
material produzido no estado para entender a intencionalidade e os
rumos pensados, isto é, “como” é "o quê” se trabalhar em sala de aula
durante o ano letivo.
Em segundo lugar, é necessário planejar as aulas de forma conjunta
entre o corpo docente, para manter coeso o intuito do itinerário, fazendo
sentido na mente dos alunos.
Observações
É importante que no momento de distribuição dos
componentes curriculares e construção do Quadro de
Professores da escola, a gestão leve em consideração os
professores que ministram mais de uma disciplina para
não dar choque no horário.
No caso das Escolas Cidadãs Integrais, para além disso,
levar em conta a distribuição da Parte Diversificada na
montagem do Quadro e Horário escolar
Eletivas
Os Componentes Curriculares das Eletivas pertencem a parte integrante da
flexibilização do currículo do Novo Ensino Médio e são pensadas para fortalecer o
Projeto de Vida dos estudantes, com a finalidade de aprofundar as Unidades Temáticas
propostas nos Componentes Curriculares da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As Eletivas são oferecidas, semestralmente, com temas sugeridos pelos educadores
e/ou pelos estudantes, de acordo com os anseios dos envolvidos, podendo abranger
diferentes áreas do conhecimento e ampliando o repertório cultural dos estudantes.
Para que a proposta da Eletiva se torne efetiva, ela precisa ter caráter atrativo,
dinâmico e interdisciplinar, considerando a importância de se pensar no contexto do
estudante para que os temas a serem trabalhados tenham como resultado uma
aprendizagem significativa.
A cada semestre letivo, o estudante fará a escolha da Eletiva, entre as opções
ofertadas pela Unidade de Ensino, a que mais se aproxima de sua identidade, buscando
aprender de forma contextualizada, uma vez que nos componentes Eletivas terão
aplicações aulas práticas, alinhadas com a proposta da BNCC, no que se refere à
formação integral do estudante e no desenvolvimento de habilidades e competências
que contribuam na formação do estudante para a vida.
Ressaltamos que para uma oferta adequada na Unidade de Ensino, as Eletivas, para
todas as turmas, devem acontecer no mesmo dia e horário, com carga horária de duas
horas/aulas sequenciadas, podendo se matricular estudantes de séries diferentes na
mesma eletiva, possibilitando assim um maior engajamento entre as turmas da escola.
Dessa forma, compreendendo que as Unidades de Ensino têm a missão de formar, com
excelência, cidadãos para a vida, os educadores, que possuem o privilégio de lecionar
os Componentes Curriculares Eletivas, buscam mecanismos para a efetivação do que
de fato compreende-se como processo de formação de cidadãos, amparados pela Lei
de Diretrizes e Bases para Educação nº 9394/96. em seu Art. 1º quando estabelece que a
educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
De acordo com a LDB 9394/96, quando nos referimos à Educação, ela está diretamente
ligada aos processos formativos que se desenvolvem em toda a vivência do estudante,
em todas as esferas de sua vida, e no ponto de vista das instituições de ensino, a estas
cabe o papel de sistematizar este processo, assumindo a responsabilidade de
direcionar os estudantes em um avanço acadêmico de qualidade.
Assim, exercendo seu papel de cidadãos, os estudantes possuem a liberdade de
escolher, dentre as diversas áreas do conhecimento, as Eletivas, as quais correspondem
a uma imersão no conhecimento, de forma interdisciplinar, buscando minimizar
déficits de aprendizagem ao longo de seu processo formativo, possibilitando
descobertas e novas experiências. Assim sendo, o Componente 796 Curricular Eletiva
permite o protagonismo e proatividade desses estudantes, além de desenvolver sua
autonomia, criatividade e repertório de conhecimentos, buscando aliar o conhecimento
científico e teórico às atividades práticas.
Na construção do Componente Eletiva, recomenda-se seguir os procedimentos
descritos no presente texto, visando nortear os professores do Ensino Médio, etapa final
da Educação Básica, do Estado da Paraíba no processo de elaboração e aplicação das
Eletivas. Ofertada semestralmente, as Eletivas precisam ser elaboradas com base no
Projeto de Vida dos estudantes do Ensino Médio.
Assim recomenda-se que as escolas realizem uma consulta junto aos estudantes no
início de cada semestre, com a finalidade de definir os principais temas para o
desenvolvimento da Eletiva, seja através de meios impressos como, por exemplo, fichas
pré estabelecidas, contendo temas previamente elaborados e com opção de sugestões,
ou mesmo através de meios digitais, entre os quais podemos citar os formulários em
Google Forms, ou outros recursos digitais, permitindo o engajamento e protagonismo
juvenil.
Nesse contexto, a Gestão Pedagógica deve realizar uma reunião geral com a presença
dos professores (da base comum e área técnica) para expor os principais resultados da
pesquisa de temas e sugestões dos estudantes com o intuito de orientar os professores
na elaboração de suas Eletivas. É importante destacar que a escolha do tema da
Eletiva fica a critério dos professores titulares, que podem optar pela escolha de temas
sugeridos pelos estudantes (o que possibilita maior participação e envolvimento dos
estudantes) ou ainda a escolha de outras temáticas.
Outra característica importante que deve ser ressaltada no que diz respeito à
elaboração da Eletiva é a interdisciplinaridade no processo de construção e aplicação,
possibilitando a integração dos conteúdos de diferentes componentes curriculares.
Ainda, ressalta-se que esse processo implica na articulação de ações e integração de
áreas do conhecimento distintas na busca de interesse em comum como forma de
superar a fragmentação.
Nesse pressuposto, Farias (2014, p.59) afirma que “a interdisciplinaridade, em
quaisquer das suas perspectivas, procura restabelecer o diálogo entre os diferentes
campos do conhecimento, entender melhor a relação entre o todo e as partes, restituir
a integração entre a particularidade e a totalidade, entre a unidade e a diversidade”.
Partindo do entendimento da interdisciplinaridade e sua importância no processo de
ensino e aprendizagem, recomenda-se pelo menos dois professores de Componentes
Curriculares distintos envolvidos na elaboração e aplicação da Eletiva,
preferencialmente, de áreas do conhecimento distintas (podendo envolver também
professores das diversas disciplinas ou área técnica nas escolas que possuem a oferta
de Ensino Técnico).
A elaboração da Ementa da Eletiva deve ampliar, diversificar e/ou aprofundar
conteúdos da Formação Geral Básica e/ou técnica, bem como o desenvolvimento de
habilidades, orientada por uma estrutura básica, qual seja:
Segue abaixo a estrutura que deve ser seguida:
Projeto de Vida
Quando tratamos de Projeto de Vida, na condição de Itinerário Formativo a ser trabalhado nos
espaços da Educação Básica, estamos nos referindo a uma forma institucional de pensar e lidar
com o estudante adolescente. Tratar de Projeto de Vida na escola diz respeito à ação intencional
de pensar políticas públicas educacionais para o desenvolvimento saudável da juventude.
E qual a importância de debater o Projeto de Vida na escola? Quando falamos em projetos de
vida e em sonhos, remetemos a uma perspectiva do indivíduo para com seu futuro. Mas projetar
a vida vai além do pensar solitário. Ao refletirmos sobre projetos de vida e visões de futuro, é
fundamental considerar a dimensão coletiva, de interação com o outro e de responsabilidade
social existente nessa projeção. E a escola, assim como o ambiente familiar, é um espaço de
formação cognitiva e afetiva, grande cenário no qual as adolescências se formam.
Diante de um mundo multicultural, que está conectado e em profunda transformação, faz todo o
sentido que as escolas tenham um Itinerário Formativo (IF) intitulado "Projeto de Vida". Esse
itinerário guia-se por valores, dentre os quais os Direitos Humanos e o Estado Democrático de
Direito; busca o desenvolvimento integral do ser humano, em todas as dimensões e sua relação
com o Outro; destaca o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de competências e trabalha as
dificuldades e caminhos promissores dos estudantes. Desse modo, Projeto de Vida, como
abordagem educativa, significa oportunizar um exercício constante que visa a aumentar nossa
percepção sobre a vida, aprendendo com os erros e projetando os novos cenários que estão por
vir (MORAN, 2017).
A construção de Projeto de Vida, na dimensão de currículo, abrange diversas perspectivas,
dentre as quais três são fundamentais: psicológica, sociológica e filosófica. Destacamos as
contribuições de autores como Peter Senge, Daniel Goleman e William Damon (2008) no debate
referente às competências socioemocionais e sua articulação com o projeto de vida dos jovens.
No Brasil, as análises de José Moran, assim como as pesquisas promissoras e relevantes sobre
competências socioemocionais e os impactos do pensar o projeto de vida na educação básica,
principalmente entre jovens periféricos, por meio dos estudos de Ivany Pinto Nascimento e
Daniela Hurtado.
Nesse sentido, as escolas devem estar cientes de que a construção do projeto de vida é algo
contínuo, devendo elas oferecerem possibilidades para que os jovens avaliem a dimensão de
suas escolhas ao longo de toda a sua trajetória, sempre observando a ética em todo o processo,
compartilhando resultados positivos e pautando-se na corresponsabilidade de todos os
profissionais da escola na construção efetiva dos projetos de vida.
Nessa perspectiva, a escola atua como uma mediadora fundamental no processo de
sensibilização dos indivíduos no conhecimento do passado, compreensão do presente e projeção
de futuro, considerando sonhos, vontades, expectativas e a importância de cada ser no mundo.
O Projeto de Vida é um forte aliado na formação integral da pessoa, ajudando-a a entender as
dinâmicas de forças que agem de forma holística sobre as múltiplas realidades da vida, tais
como natureza, sociedade, economia e política. No entanto, para que as pessoas possam
arquitetar seu projeto de vida, é necessário partir da percepção de onde se está, aonde se quer
chegar e como fazer para obter os resultados esperados. Assim, o projeto de vida aparece como
caminho entre a descoberta de sonhos e desejos e a forma efetiva de ações, com o apoio dos
educadores e da família. Do mesmo modo, para que as instituições possam oferecer uma
formação acadêmica de excelência, fundamentada em valores que possibilitem aos estudantes
tomar decisões ao longo de suas vivências, com base em escolhas conscientes e no
desenvolvimento de competências, é preciso que todos da equipe escolar reúnam esforços para
promover as condições necessárias para os jovens desenvolverem o seu projeto de vida.
O IF Projeto de Vida permite que todas as
áreas de conhecimento se interliguem em
torno dos Eixos Estruturantes, quais sejam:
Sistema Saber
Bom trabalho!