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Atendimento Educacional

Especializado e Ensino
Colaborativo
PROFª SÍLVIA MARIA DE OLIVEIRA PAVÃO
PROFª BÁRBARA GAI ZANINI PANTA
O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO
CABO-VERDIANA
Decreto-lei nº 9/2024:
Estabelece os princípios e as normas que garantem a inclusão
das crianças e jovens com necessidades educativas especiais
(NEE), mediante medidas especiais a serem implementadas no
processo educativo, bem como os recursos específicos a
mobilizar para responder às necessidades educativas de todas e
de cada uma das crianças e jovens ao longo do seu percurso
escolar, nas diferentes ofertas de educação e formação.
Este decreto estabelece os princípios e as normas que
garantem a inclusão das crianças e jovens com NEE,
mediante medidas especiaisa serem implementadas no
processo educativo, bem como os recursos específicos
a mobilizar para responder às necessidades
educativas de todas e de cada uma das crianças e
jovens ao longo do seu percurso escolar, nas diferentes
ofertas de educaçãoe formação.
De acordo com o novo Decreto:
Os estabelecimentos de ensino devem possuir recursos
humanos específicos de apoio à aprendizagem e à
inclusão;
As Delegações do Ministério da Educação devem ter
equipas multidisciplinares de apoio à educação inclusiva,
para a implementação de medidas especiais, que
promovem as condições de acesso, de participação e de
progresso das crianças e jovens com NEE ;
Papel dos pais ou encarregados de educação,
sendo-lhes conferidos um conjunto de direitos e
deveres, designadamente, a participação, a
cooperação e informação relativamente a todos os
aspetosdo processo educativodo seu educando;

A Equipe Multidisciplinar de Apoio à Educação


Inclusiva (EMAEI) é uma estrutura de apoio, de
importância fundamental na identificação,
planejamento e acompanhamento da intervenção
pedagógica da criança ou jovem com NEE.
Sobre o ensino colaborativo:

Dentre outras funções, cabe à EMAEI


atuar de forma colaborativa com o
docente para a definição de
estratégias pedagógicas que
favoreçam o acesso da criança ou
jovem com NEE temporária, ao
currículo;
O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA
PNEEPEI (BRASIL, 2008):
A educação especial direciona suas ações para o atendimento às
especificidades desses estudantes no processo educacional e, no
âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orienta a
organização de redes de apoio, à formação continuada, a
identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de
práticas colaborativas. (BRASIL, 2008).
Resolução n.º 4 que instituiu diretrizes operacionais
para o atendimento educacional especializado na
educação básica:

Tanto a elaboração quanto a execução do plano


de AEE deve ser realizada em articulação com os
demais professores de sala de aula regular.
Resolução CNE/CP n.º 1 (BRASIL, 2020):

III - Trabalho colaborativo entre pares - a formação é efetiva quando


profissionais da mesma área de conhecimento, ou que atuem com as
mesmas turmas, dialoguem e reflitam sobre aspectos da própria
prática, mediados por um com maior senioridade, sendo que
comunidades de prática com tutoria ou facilitação apropriada podem
ser bons espaços para trabalho colaborativo, principalmente para
professores de escolas menores, que não possuem colegas da mesma
área de atuação para diálogo. (BRASIL, 2020)
COLABORAÇÃO OBJETIVOS EM COMUM

individualidade e especificidade do
trabalho de cada profissional
Peixoto e Carvalho(2007)
Buss e Giacomazzo (2019):

“compartilhamento no planejamento,
na execução e na avaliação de um
grupo heterogêneo de estudantes, nos
quais há alunos com deficiência”

os processos colaborativos dentro da


escola iniciam-se pelo planejamento
Objetivos do Ensino
Colaborativo
1 2 3
COMPARTILHAR UTILIZAR RECURSOS MELHORAR O
OBJETIVOS E E CONHECIMENTOS DESENVOLVIMENTO
RESPONSABILIDADE ESPECÍFICOS DA DAS PRÁTICAS
SOBRE A INCLUSÃO CADA PEDAGÓGICAS
DO ESTUDANTE PROFISSIONAL EM INCLUSIVAS
SUA ÁREA
Possibilidade de parceria com professor regente visando o
planejamento de uma prática pedagógica que atenda as
demandas de aprendizagem de todos os estudantes trabalho
docente articulado [...] essencial acontecer o planejamento de
forma colaborativa, em que ambos pensem, discutam e
estabeleçam de forma coletiva os objetivos a serem atingidos pelo
aluno com NEE e pelos demais, as adaptações necessárias para
isso nas atividades em sala de aula e fora dela, bem como outros
aspectos que venham a ser relevantes para a promoção da
aprendizagem dos estudantes (HONEFF, 2013, p. 30)
“é indispensável que a gestão escolar assuma uma
postura em prol do processo de inclusão escolar,
manifestando o compromisso institucional com a
Educação para todos também no Projeto Político
Pedagógico, oportunizando a(s) articulação(s) com e
da Educação Especial, contribuindo para que este
campo assuma efetivamente o seu caráter
transversal” (MEDEIROS, 2018).
NÃO É ENSINO COLABORATIVO:
Professores que se alternam para ministrar disciplinas.
Um professor ensina, enquanto o outro faz somente adaptações.
Um professor ensina a lição, enquanto o outro permanece sem função
ou tarefa específica.
Quando as ideias de um professor prevalecem ou determinam o que ou
como algo deve ser ensinado.
Um professor agir como tutor, auxiliar, ajudante ou voluntário.
Remoção dos alunos para receber instruções em salas separadas ou
para realizar atividades paralelas no canto da própria sala de aula.
(CONDERMAN; BRESNAHAN; PEDERSEN, 2009 apud CAPELLINI;
ZERBATO, 2019).
DESAFIOS!!!
Acessibilidade atitudinal;
Falta de apoio da gestão;
Desvalorização do professor (e suas
consequências);
Falta de formação continuada,
autoformação, direcianadas às
práticas inclusivas.
MUITO
OBRIGADA!
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
Acesso em 10 jan. 2023.
BRASIL. NOTA TÉCNICA Nº 04/2014/MEC/SECADI/DPEE. Orientação quanto a documentos comprobatórios de alunos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no Censo Escolar. 2014.
BRASIL. Decreto nº 7611/2011, de 17 de novembro de 2011. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para
Assuntos Jurídicos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm
Acesso em 10 jan. 2023.
BRASIL. Nota Técnica nº 11/2010/ SEESP/GAB/N. Orientações para a institucionalização da Oferta do Atendimento
Educacional Especializado – AEE em Salas de Recursos Multifuncionais, implantadas nas escolas regulares. 2010.
Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=529 4-
notatecnica-n112010&category_slug=maio-2010-pdf&Itemid=30192 Acesso em 10 jan. 2023.
BRASIL. Manual de Orientação: Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais. Brasília, MEC/SEESP,
2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=993 6-
manual-orientacao-programa-implantacao-salas-recursos-multifuncionais&Itemid= 30192 Acesso em 19 jan. 2023.
BRASIL. Resolução nº 4/2009, de 02 de outubro de 2009. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.
Câmara De Educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf Acesso em 10
jan. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Operacionais da Educação Especial
para o Atendimento Educacional Especializado – AEE na educação básica. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=428- diretrizes-
publicacao&Itemid=30192 Acesso em 19 jan. 2023.
BRASIL. Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas
Especiais, 1994, Salamanca-Espanha. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
Acesso em 10 jan. 2023.
COSTA, V. B. Inclusão Escolar do Deficiente Visual no Ensino Regular. Jundiaí, Paco Editorial: 2012. D’ÁGUA, Solange
Vera Nunes de Lima; FLORES, Andreza Santos; MENDONÇA, Lurian Dionizio; História da Educação Especial na
perspectiva inclusiva no Brasil e a contemporaneidade. In: RONDINI, Carina Alexandra; REIS, Verônica Lima dos. (Org.)
Altas Habilidades Superdotação: Instrumentais para identificação e atendimento do estudante dentro e fora da sala
de aula comum. Curitiba: CRV, 2021.
FREITAS, A. B. M. Da concepção da deficiência ao enfoque da neurodiversidade. Revista Científica de Educação,
Inhumas, v. 01, n.1, p.86-97,dez. 2016. Disponível em https://seer.facmais.edu.br/rc/index.php/RCE/article/view/8/7
Acessso em 19 jan. 2023.
HONNEF, C. Trabalho docente articulado: a relação entre a educação especial e o ensino médio e tecnológico.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Maria. 2013.
MEDEIROS, R.V. Contribuições da gestão escolar para a efetivação do processo de inclusão educacional dos alunos
público-alvo da Educação Especial. Monografia de Especialização. Universidade Federal de Santa Maria. 2018.

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