SUMÁRIO
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Educação Especial e Inclusiva
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subjetivo, isto é, inalienável, sem que as famílias pudessem abrir mão de sua
exigência perante o Poder Público. Segundo Zacharias (2007), no começo da década
de 1990, em todo o mundo, iniciou-se um processo de reintegração da criança
portadora de deficiências ou distúrbios de aprendizagem na Escola e classes comuns.
O nome desse movimento mundial é Educação Inclusiva, que propõe o atendimento
da criança em classes comuns, garantindo-se as especificidades necessárias, com
um atendimento de um professor especialista ao professor da classe comum. O mais
importante documento que norteia a Educação Inclusiva é a Declaração de
Salamanca, que é, ao mesmo tempo, uma Declaração de Direitos e uma proposta de
ação. Surgiu na Conferência Mundial, patrocinada pela UNESCO, em junho de 1994,
em Salamanca, na Espanha. Tem como objetivo maior, garantir o direito a todos os
alunos com qualquer grau de deficiência ou distúrbio de aprendizagem, ao que
comumente chamamos de Educação Comum. Crianças em idade escolar apresentam
dificuldades de aprendizagem, as quais podem ser transitórias ou permanentes,
decorrentes de condições individuais, econômicas ou socioculturais. A essas
dificuldades dá-se o nome de Necessidades Educacionais Especiais – NEE.
O termo necessidades educacionais especiais refere-se a todas aquelas
crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou
dificuldades de aprendizagem.
Crianças com necessidades especiais são aquelas que, por alguma espécie de
limitação requerem certas modificações ou adaptações no programa educacional, a
fim de que possam atingir seu potencial máximo. Essas limitações podem decorrer de
problemas visuais, auditivos, mentais ou motores, bem como de condições ambientais
desfavoráveis (ZACHARIAS, 2007, p. 1).
Apresentar e delinear alguns conceitos sobre a matéria em questão é
importante para que o leitor entenda o contexto e também porque vem mostrar a
evolução do pensamento e dos valores que nascem através deles. Assim, são
expostos abaixo, os conceitos de estudiosos do assunto que envolve a inclusão,
conceitos estes que entendemos ser de extrema importância para a compreensão dos
movimentos e das ações exercidas pelos diversos atores deste cenário da educação
inclusiva.
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Exclusão
Integração
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Inclusão
p.41), encontra-se que a inclusão é: [...] Um processo pelo qual a sociedade se adapta
para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades
especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na
sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas
ainda excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir
sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.
Após as devidas conceituações, podemos inferir que existe uma diferença
importante entre integrar e incluir. O primeiro pressupõe adaptar o aluno à escola, e
incluir, vai muito além, é preparar a escola, como um todo, em seu espaço físico, na
formação do corpo docente, entre outros, para receber o aluno portador de qualquer
que seja sua necessidade. Observa-se no primeiro conceito que na integração, a
escola abre as portas para o aluno, mas não disponibiliza os meios para que este
possa locomover, acompanhar, aprender. Já na inclusão, que é completamente mais
justa, quem se movimenta, quem se prepara para receber o aluno é a escola.
Educação Inclusiva
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exercer o sentido amplo de educação inclusiva. De acordo com Mrech (2009), “Por
educação inclusiva se entende o processo de inclusão dos portadores de
necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino
em todos os graus”. Como se observa na fala de Mrech (2009), seu pensamento vai
além, quando coloca no processo de inclusão, os portadores de distúrbios de
aprendizagem, que até certa época não eram considerados para essa educação.
A melhor e mais simples conceituação para educação inclusiva é vê-la como
um processo de inclusão de alunos que apresentem necessidades educacionais
especiais, na rede comum do ensino em todos os seus graus ou série, e deste modo,
conquistar o objetivo maior da educação: educação de qualidade e para todos.
Escola Inclusiva
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Necessidades
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Autismo
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Dislexia e disgrafia
Distúrbios de aprendizagem, perfeitamente controláveis, correspondendo a
uma dificuldade do sujeito em decodificar o código linguístico (o disgráfico não
consegue escrever com a mão, mas consegue digitar perfeitamente bem).
Gagueira
Emocional de causas variadas, passíveis de tratamento através da intervenção
concomitante de profissionais de fonoaudiologia e psicologia.
Lentidão
Distúrbio de aprendizagem - alunos que apresentam dificuldades em
acompanhar o desenvolvimento do currículo regular (geralmente baseado em
conteúdos lógico-dedutivos ou de memorização), e ocasionados por motivos variados,
entre eles problemas emocionais ou Q.I. (Quociente de Inteligência) muito abaixo da
média. São facilmente recuperáveis através da dispensa de atenção redobrada, com
reforço nos conteúdos curriculares.
Valente (2009) alerta ainda que os superdotados, aqueles indivíduos que
possuem uma capacidade intelectual muito acima da média, também são portadores
de necessidades especiais, porém, não por deficiência (dedicamos um tópico
específico para falar sobre os superdotados).
Devido essa condição, a legislação recomenda aceleração de currículo ou
encaminhamento para serviços especializados, os quais são praticamente
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No Brasil
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LEIS
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constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a
educação infantil.
Os sistemas de ensino deverão assegurar:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos
oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas
áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Decreto 3.298/99 regulamenta a Lei 7.853/89
Dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providencias.
Portaria MEC n°1.679/99
Dispõe sobre os requisitos de acessibilidade a pessoas portadoras de
deficiências para instruir processos de autorização e de reconhecimento de cursos e
de credenciamento de instituições. 1.8 - Lei n°10.098/00. Estabelece normas gerais e
critérios básicos para promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.
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Dilemas e controvérsias
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perceptivo. Assim sendo, estímulos variados são fundamentais nos primeiros anos de
vida;
3. Nós, humanos, mostramos diferenças em nossos padrões sensoriais e em
nossa capacidade de aprender por meio de um ou outro sentido, ou seja, alguns
utilizam melhor a visão, outro a audição. O sentido do paladar ou gustação encontra-
se nos receptores localizados na língua, as papilas gustativas. Esse sentido distingue
quatro sabores básicos: amargo (parte posterior da língua); azedo e salgado (bordas
da língua) e doce (ponta da língua). A gustação é nosso sentido mais fraco, devido a
língua ter de cumprir outras funções como articular a fala, por exemplo. O sentido do
olfato funciona com quimiorreceptores localizados no nariz e que captam as
substâncias voláteis dispersas no ar. Há uma estreita relação entre gustação e olfato,
o que pode ser experimentado cheirando e degustando ao mesmo tempo um pedaço
de bolo. Os mesmos autores destacam que existe uma associação entre olfato e as
lembranças e que essa relação pode ter um fundo adaptativo para nos proteger de
perigos como alimentos venenosos, por exemplo, mas é uma associação pouco
explorada no contexto pedagógico. O tato é um dos primeiros sentidos a amadurecer,
tendo seus receptores na pele, onde há células especializadas para a percepção do
calor, do frio e da dor. É importante no desenvolvimento emocional, no conhecimento
do corpo e na formação de vínculos afetivos (Legarda e Miketta, 2008). A sensibilidade
auditiva proporciona não só o reconhecimento objetivo dos sons ambientais (chuva,
sons de instrumentos musicais, entre outros), mas participa efetivamente no processo
de comunicação entre os indivíduos e, deste modo, constitui um importante elemento
da linguagem. A perda da sensibilidade auditiva ou a surdez dificulta esse aspecto da
relação humana, pois o nosso principal meio de comunicação é através da linguagem
falada. O próprio mecanismo de aprendizado da linguagem falada depende da
audição (NISHIDA, 2007). Nabuco e Cortez (2005) esclarecem que, no início, os
recém-nascidos enxergam apenas borrões. Entre a 4ª e 6ª semana de vida, passam
a fixar o olhar em objetos, uma vez que se completa a formação da região da retina
que permite visualizar detalhes. A partir dos dois meses, as imagens que eram
acinzentadas ganham matizes de vermelho, branco e azul. A visão evolui rápido, de
modo que ao completar quatro meses a criança já distingue as demais cores e segue
os objetos com os olhinhos. O passo seguinte é apanhar os objetos que vê.
Posteriormente, passa a reconhecer as pessoas e estranham rostos e locais
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Deficiências sensoriais
Várias são as deficiências que um ser humano pode apresentar. Dentre elas
temos as deficiências sensoriais, que serão nosso ponto de partida para refletirmos
sobre a relação existente entre elas e práticas pedagógicas para promover a
educação inclusiva. Outro objetivo deste capítulo é refletir sobre a utilização dos
sentidos para conhecimento e relacionamento com o mundo, além de valorizarmos o
desenvolvimento da acuidade sensorial no sistema educativo. Dentre as deficiências
sensoriais analisaremos a deficiência auditiva e a visual, mas também há a múltipla
deficiência sensorial onde acontece a associação entre surdez e/ou deficiência visual
a outras deficiências (intelectual e/ou física), bem como distúrbios (neurológico,
emocional de linguagem ou no desenvolvimento global) que podem acarretar atrasos
no desenvolvimento, devido às dificuldades de interação com o meio.
Deficiência visual
Um primeiro contato com uma pessoa cega, geralmente, é suficiente para que
ela retenha na memória a sua voz, reconheça-lhe pelo toque ou talvez pelo seu
perfume. Não que ela seja um ser extraordinário, mas por necessidade esses sentidos
lhe são estimulados e favorecem sua interação com o meio. Em relação às pessoas
com baixa visão, aquelas com visão reduzida e cuja deficiência é corrigível por lentes,
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Cegueira
Têm somente a percepção da luz ou que não têm nenhuma visão e precisam
aprender através do método Braille e de meios de comunicação que não estejam
relacionados com o uso da visão. Deverá, no entanto, ser incentivado a usar seu
resíduo visual nas atividades de vida diária sempre que possível.
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Deficiência auditiva
As pessoas com surdez, por sua vez, são extremamente visuais, o que
favorece o domínio de uma linguagem visual-espacial. Também é importante
considerar as pessoas que apresentam resíduo auditivo e que, portanto, carecem de
estímulos dessa natureza (FIOCRUZ, 2009). Deficiência auditiva é considerada como
a diferença existente entre o desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a
detecção sonora de acordo com padrões estabelecidos pela American National
Standards Institute (ANSI - 1989). Considera-se, em geral, que a audição normal
corresponde à habilidade para detecção de sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de
audição).
A audição desempenha um papel principal e decisivo no desenvolvimento e na
manutenção da comunicação por meio da linguagem falada, além de funcionar como
um mecanismo de defesa e alerta contra o perigo que funciona 24 horas por dia, pois
nossos ouvidos não descansam nem quando dormimos. Dentre os tipos de deficiência
auditiva temos a condutiva, sensório-neural, mista, central ou surdez central.
Condutiva: Quando ocorre qualquer interferência na transmissão do som
desde o conduto auditivo externo até a orelha interna. A grande maioria das
deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou
cirúrgico. Essa deficiência pode ter várias causas, entre elas podem-se citar: corpos
estranhos no conduto auditivo externo; tampões de cera; otite externa e média;
malformação congênita do conduto auditivo; inflamação da membrana timpânica;
perfuração do tímpano; obstrução da tuba auditiva; entre outras.
Sensório-Neural: Quando há uma impossibilidade de recepção do som por
lesão das células ciliadas da orelha interna ou do nervo auditivo. Esse tipo de
deficiência auditiva é irreversível. A deficiência auditiva sensório-neural pode ser de
origem hereditária, como problemas da mãe no pré-natal tais como a rubéola, sífilis,
herpes, toxoplasmose, alcoolismo, toxemia, diabetes, entre utros. Também podem ser
causadas por traumas físicos, prematuridade, baixo peso ao nascimento, trauma de
parto, meningite, encefalite, caxumba, sarampo, entre outros.
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Deficiências físicas
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Deficiências mentais
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Crianças superdotadas
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Capacidade de liderança
Sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, capacidade de resolver
situações sociais complexas, poder de persuasão e de influência no grupo.
Capacidade psicomotora
Desempenho superior em velocidade, agilidade de movimentos, forçam
resistência, controle e coordenação motora
Um superdotado pode se destacar em uma área ou combinar várias, pode
também apresentar graus de habilidades diferenciadas. Destaca-se aqui a questão
das características e dos perfis individuais que são aspectos relevantes com relação
à superdotação. Assim como nós, os superdotados podem apresentar sentimentos,
atitudes e comportamentos diversificados, o que os caracteriza e os diferencia
enquanto pessoa. Os pesquisadores George Betts e Maureen Neihart, após anos de
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A – Testes de Inteligência
(QI) Até algumas décadas atrás, o processo de identificação era relativamente
fácil, pois para tanto bastava-se aplicar os testes de inteligência (QI). Entretanto, nos
últimos anos, observou-se a ineficácia desses testes, pois como diz Winner (1998, p.
15):
Os testes de QI medem uma estreita gama de habilidades humanas,
principalmente facilidade com linguagem e número. Há poucas evidências de que
superdotação em áreas não-acadêmicas, como artes ou música, requeiram um QI
excepcional.
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Nesse sentido, há uma parcela da população que não está incluída nessas
estatísticas, já que os testes padronizados não privilegiam áreas mais subjetivas, por
exemplo, habilidades sinestésicas.
A partir desse conhecimento, percebe-se que para a identificação de crianças
superdotadas, múltiplos critérios devem ser utilizados considerando-se informações
obtidas de fontes variadas, incluindo tanto a criança, como seus professores, pais e
colegas, além, naturalmente, daquelas obtidas pelo psicólogo através do uso de
testes. Além disso, existem muitos fatores que podem afetar sua pontuação, como o
cansaço, doenças ou distração. Talento musical, artístico e vários outros não são
medidos, mas os testes dão uma boa indicação de sua habilidade de pensar,
raciocinar e resolver problemas, o que acaba sendo um fator crítico para o sucesso
na vida. B – Técnica de autoidentificação A técnica de autoidentificação é uma das
técnicas sugeridas por Guenther (1995) para ajudar nesse processo de identificação.
Ela consiste em perguntar à criança sobre seus hobbies e interesses principais, as
atividades desenvolvidas fora da escola, formas de pensamento preferidas, bem como
reações a elementos de seu ambiente. A nomeação pelos companheiros de sala de
aula, dos alunos que se destacam em alguns traços é outro critério que deve ser
utilizado no processo de identificação. É muito importante o julgamento, a avaliação e
a observação do professor. Este desempenha um papel significativo no processo de
identificação, no sentido de atender às necessidades desses alunos e favorecer o seu
desenvolvimento. Para facilitar essa identificação, Antipoff (1992, p. 23) sugere ao
professor atentar-se:
• Ao melhor aluno;
• Àquele com vocabulário maior;
• Ao aluno mais criativo e original;
• Ao aluno com maior capacidade de liderança;
• Ao aluno com pensamento crítico mais desenvolvido;
• Ao aluno com maior motivação para aprender;
• Ao aluno que os colegas mais gostam;
• Ao aluno com maior interesse nas áreas das ciências;
• Ao aluno que está mais avançado na escola em relação à idade.
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esse profissional também presta atendimento aos professores das classes comuns,
aos demais profissionais da escola e à família dos alunos; 3. Classe Especial –
Instalada em escola comum, caracteriza-se pelo agrupamento de alunos classificados
como da mesma categoria de excepcionalidade, que estão sob a responsabilidade de
um professor especializado. Tem sido mais utilizada para alunos deficientes mentais
educáveis; 4. Escola Especial ou Educação Especial – É aquela que foi organizada
para atender específica e exclusivamente a alunos excepcionais. Algumas atendem
apenas a um tipo de excepcionalidade, outras já atendem a diferentes tipos. Tem sido
bastante criticada por reduzir o convívio do aluno excepcional com outras crianças
não portadoras de desvios, bem como pelo estigma de que são objetos tanto a escola,
como seus alunos. É importante lembrarmos que sempre existirão alunos que
necessitam desse tipo de atendimento (BRASIL, 1995). Vamos discorrer um pouco
mais sobre o Atendimento Educacional Especializado – AEE.
Esse atendimento existe para que os alunos possam aprender o que é diferente
dos conteúdos curriculares do ensino comum e que é necessário para que possam
ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência. As barreiras da deficiência mental
diferem das barreiras encontradas nas demais deficiências. Trata-se de barreiras
referentes à maneira de lidar com o saber em geral, fato que reflete
preponderantemente na construção do conhecimento escolar. A educação
especializada tradicional, realizada nos moldes do treinamento e da adaptação,
reforça a deficiência desse aluno. Essas formas de intervenção mantêm o aluno em
um nível de compreensão que é muito primitivo e que a pessoa com deficiência mental
tem dificuldade de ultrapassar – o nível das chamadas regulações automáticas,
descritas por Piaget. É necessário que se estimule o aluno com deficiência mental a
avançar na sua compreensão, criando-lhe conflitos cognitivos, ou melhor, desafiando-
o a enfrentá-los. Deve propiciar aos alunos com deficiência mental condições de
passar de um tipo de ação automática e mecânica diante de uma situação de
aprendizado/experiência – regulações automáticas para um outro tipo, que lhe
possibilite selecionar e optar pelos meios que julguem mais convenientes para agir
intelectualmente – regulações ativas, também descritas por Piaget (BRASIL, 2006). O
Atendimento Educacional Especializado para tais alunos deve, portanto, privilegiar o
desenvolvimento e a superação de seus limites intelectuais, exatamente como
acontece com as demais deficiências, como exemplo: para o cego, a possibilidade de
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ler pelo braile; para o surdo, a forma mais conveniente de se comunicar e para a
pessoa com deficiência física, o modo mais adequado de se orientar e se locomover.
O Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com deficiência mental
está centrado na dimensão subjetiva do processo de conhecimento. O conhecimento
acadêmico refere-se à aprendizagem do conteúdo curricular; o Atendimento
Educacional Especializado, por sua vez, refere-se à forma pela qual o aluno trata todo
e qualquer conteúdo que lhe é apresentado e como consegue significá-lo, ou seja,
compreendê-lo.
É importante insistir que o Atendimento Educacional Especializado não é
ensino particular, nem reforço escolar. Ele pode ser realizado em grupos, porém é
preciso atentar-se para as formas específicas de cada aluno se relacionar com o saber
(BRASIL, 2007). Não é indicado realizá-lo em grupos formados por alunos com o
mesmo tipo de problema (patologias) e/ou desenvolvimento. Pelo contrário, esses
grupos devem ser constituídos de alunos da mesma faixa etária e em vários níveis do
processo de conhecimento. Alunos com síndrome de Down, por exemplo, poderão
compartilhar esse atendimento com colegas, com outras síndromes, sequelas de
paralisia cerebral e ainda outros com ou sem uma causa orgânica esclarecida de sua
deficiência e com diferentes possibilidades de acesso ao conhecimento (BRASIL,
2007). No caso da deficiência física, para que o educando com deficiência física possa
acessar ao conhecimento escolar e interagir com o ambiente ao qual ele frequenta,
faz-se necessário criar as condições adequadas à sua locomoção, comunicação,
conforto e segurança. É o Atendimento Educacional Especializado, ministrado
preferencialmente nas escolas do ensino regular, que deverá realizar uma seleção de
recursos e técnicas adequados a cada tipo de comprometimento para o desempenho
das atividades escolares. O objetivo é que o aluno tenha um atendimento
especializado capaz de melhorar a sua comunicação e a sua mobilidade. Por esse
motivo, o Atendimento Educacional Especializado faz uso da Tecnologia Assistiva
(TA) direcionada à vida escolar do educando com deficiência física, visando a inclusão
escolar. A Tecnologia Assistiva, segundo Bersch (2006, p. 2), “deve ser entendida
como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária
ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por
circunstância de deficiência”. Assim, o Atendimento Educacional Especializado pode
fazer uso das seguintes modalidades da Tecnologia Assistiva, visando à realização
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2 – Materiais didático-pedagógicos
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3 – Recursos de informática
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necessidade de cada caso, sem pensar que o desempenho escolar do aluno com
deficiências venha em primeiro plano.
Em relação aos professores e pais que queiram criar um ambiente de
linguagem, que realmente favoreça o desenvolvimento da comunicação alternativa,
terão realmente que modificar seus pensamentos e flexibilizarem suas atitudes. Eles
deverão, acima de tudo, modificar algumas ideias ultrapassadas sobre o ensino de
linguagem, buscando transcender a compreensão do papel de instrutores.
Linguagem não é algo que se treina. A comunicação, quando em um ambiente
favorável, variado e agradável, ocorre o tempo todo.
Por fim, não podemos nos esquecer dos recursos humanos necessários para
a efetivação das TAs que englobam toda uma parceria dos profissionais das
Secretarias de Educação, gestores escolares, fonoaudiólogos, terapeutas
ocupacionais, fisioterapeutas, arquitetos, engenheiros, todos em prol da
aprendizagem e desenvolvimento da qualidade de vida do educando.
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