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Inclusão Escolar
SUMÁRIO
11 RESUMO ............................................................................................... 38
12 INTRODUÇÃO....................................................................................... 38
1
15 CAPÍTULO III- PARCERIA ESCOLA E FAMILIA DO ALUNO PORTADOR
DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS..................................................... 47
17 BIBLIOGRÁFIA ...................................................................................... 50
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1 EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO ESCOLAR
Fonte: cdn.doutissima.com.br
3
necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças. (MEC/SEESP,
2006:33)
4
Fonte: www.clmais.com.br
5
Para crianças com necessidades educacionais especiais uma rede contínua
de apoio deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima na classe
regular até programas adicionais de apoio à aprendizagem dentro da escola e
expandindo, conforme necessário, à provisão de assistência dada por professores
especializados e pessoal de apoio externo. (MEC/SEESP, 2006:335)
2 O DESPREPARO E O MEDO
6
Fonte: portal.mec.gov.br
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futuro remoto, supõe-se, são exequíveis na atualidade, em condições restritamente
específicas de programas-modelos ou experimentais.
O que se afigura de maneira mais expressiva ao se pensar na viabilidade do
modelo de escola inclusiva para todo o país no momento, é a situação dos recursos
humanos, especificamente dos professores das classes regulares, que precisam ser
efetivamente capacitados para transformar sua prática educativa.
A formação e a capacitação docente impõem-se como meta principal a ser
alcançada na concretização do sistema educacional que inclua todos,
verdadeiramente.
É indiscutível a dificuldade de efetuar mudanças, ainda mais quando implicam
novos desafios e inquestionáveis demandas socioculturais. O que se pretende, numa
fase de transição onde os avanços são inquietamente almejados, é o enfrentamento
desses desafios mantendo-se a continuidade entre as práticas passadas e os
presentes, vislumbrando o porvir; é procurar manter o equilíbrio cuidadoso entre o que
existe e as mudanças que se propõem.
Observe-se a legislação atual. Quando se preconiza, para o aluno com
necessidades especiais, o atendimento educacional especializado preferencialmente
na rede regular de ensino, evidencia-se uma clara opção pela política de integração
no texto da lei, não devendo a integração – seja como política ou como princípio
norteador – ser penalizada em decorrência dos erros que têm sido identificados na
sua operacionalização nas últimas décadas.
O êxito da integração escolar depende, dentre outros fatores, da eficiência no
atendimento à diversidade da população estudantil. Como atender a essa
diversidade? Sem pretender respostas conclusivas, sugere-se estas, dentre outras
medidas: elaborar propostas pedagógicas baseadas na interação com os alunos,
desde a concepção dos objetivos; reconhecer todos os tipos de capacidades
presentes na escola; sequenciar conteúdos e adequá-los aos diferentes ritmos de
aprendizagem dos educandos; adotar metodologias diversas e motivadoras; avaliar
os educandos numa abordagem processual e emancipadora, em função do seu
progresso e do que poderá vir a conquistar.
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Fonte: www.portals1.com.br
Alguns educadores defendem que uma escola não precisa preparar-se para
garantir a inclusão de alunos com necessidades especiais, mas tornar-se preparada
como resultado do ingresso desses alunos. Indicam, portanto, a colocação imediata
de todos na escola. Entendem que o processo de inclusão é gradual, interativo e
culturalmente determinado, requerendo a participação do próprio aluno na construção
do ambiente escolar que lhe seja favorável. Embora os sistemas educacionais tenham
a intenção de realizar intervenções pedagógicas que propiciem às pessoas com
necessidades especiais uma melhor educação, sabe-se que a própria sociedade
ainda não alcançou níveis de integração que favoreçam essa expectativa.
Para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada, devendo firmar
a convivência no contexto da diversidade humana, bem como aceitar e valorizar a
contribuição de cada um conforme suas condições pessoais.
A educação tem se destacado como um meio privilegiado de favorecer o
processo de inclusão social dos cidadãos, tendo como mediadora uma escola
realmente para todos, como instância sociocultural.
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3 A PRÁTICA ESCOLAR
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Fonte: gestaoescolar.org.br
12
Fonte: www.observatoriodorecife.org.br
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5 NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
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Fonte: s2.glbimg.com
15
Fonte: www.fireflyfriends.com
Mas, apesar desse relativamente longo período, tal diretriz ainda não produziu
a mudança necessária na realidade escolar, de sorte que todas as crianças, jovens e
adultos com necessidades especiais sejam atendidos em escolas regulares, sempre
que for recomendado pela avaliação e suas condições pessoais.
A concepção da política de integração da educação especial na rede regular
de ensino abrange duas vertentes fundamentais:
O âmbito social, a partir do reconhecimento das crianças, jovens e adultos
especiais como cidadãos e de seu direito de estarem integrados à sociedade o mais
plenamente possível;
O âmbito educacional, tanto nos aspectos administrativos (adequação do
espaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos) quanto na
qualificação dos professores e demais profissionais envolvidos. O ambiente escolar
como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita integração. Propõe-se uma
escola integradora, inclusiva, aberta à diversidade dos alunos, no que a participação
da comunidade é fator essencial.
Entre outras características dessa política, são importantes a flexibilidade e a
diversidade, quer porque o aspecto das necessidades especiais é variado, quer
porque as realidades são bastante diversificadas no país.
Quanto às escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem
apoio aos programas de integração.
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Enquanto modalidade de ensino, a educação especial deve seguir os mesmos
requisitos curriculares dos respectivos níveis de ensino aos quais está associada. No
entanto, de modo a considerar as especificidades dessa modalidade de ensino e
auxiliar no processo de adaptação à nova política de integração, os sistemas de
ensino contam atualmente com o documento Adaptações curriculares.
Esse documento define estratégias para a educação de alunos com
necessidades educativas especiais e orienta os sistemas de ensino para o processo
de construção da educação na diversidade.
Os currículos devem ter uma base nacional comum, conforme determinam os
arts. 26 e 27 da LDBEN, a ser suplementada e complementada por uma parte
diversificada, exigida, inclusive, pelas características dos alunos.
Em casos muito singulares, em que o educando com graves
comprometimentos mentais e/ou múltiplos não puder beneficiar-se de um currículo
que inclua formalmente a base nacional comum, deverá ser proposto um currículo
especial para atender suas necessidades, com características amplas apresentadas
pelo aluno.
O currículo especial – tanto na educação infantil como nas séries iniciais do
ensino fundamental – distingue-se pelo caráter funcional e pragmático das atividades
previstas.
Alunos com grave deficiência mental ou múltipla têm, na grande maioria das
vezes, um longo percurso educacional sem apresentar resultados de escolarização
previstos no Inciso I do art. 32 da LDBEN: «o desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo».
Nesse caso, e esgotadas todas as possibilidades apontadas no art. 24 da
LDBEN, deve ser dada, a esses alunos, uma certificação de conclusão de
escolaridade, denominada «terminalidade específica». Terminalidade específica,
portanto, é «uma certificação de conclusão de escolaridade, com histórico escolar que
apresenta, de forma descritiva, as habilidades atingidas pelos educandos cujas
necessidades especiais, oriundas de grave deficiência mental ou múltipla, não lhes
permitem atingir o nível de conhecimento exigido para a conclusão do ensino
fundamental, respeitada a legislação existente, esgotadas as possibilidades
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pontuadas no art. 24 da Lei n.º 9.394/96 e de acordo com o regimento e a proposta
pedagógica da escola».
Fonte: nutrifilhos.com
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• A educação especial para o trabalho pode ser realizada em escolas
especiais, governamentais ou não, em oficinas pré-profissionais ou
oficinas profissionalizantes (de forma protegida ou não), em escolas
profissionais do sistema S (SESI, SENAI, SENAC, etc.), em escolas
agro técnicas e técnicas federais ou em centros federais de educação
tecnológica e em outras congêneres.
Os arts. 3º e 4º do Decreto n.º 2.208/97 contemplam a inclusão de alunos em
cursos de educação profissional de nível básico, independentemente de escolaridade
prévia, além dos cursos de nível técnico e tecnológico. Assim, alunos com
necessidades especiais também podem, com essa condição, beneficiar-se desses
cursos, qualificando-se para o exercício de funções demandadas pelo mundo do
trabalho.
A educação para o trabalho oferecida aos alunos com necessidades especiais
que não apresentarem condições de se integrar aos cursos profissionalizantes acima
mencionados deve ser realizada em oficinas profissionalizantes protegidas, com vista
à inserção não-competitiva no mundo do trabalho.
Sendo a educação especial uma modalidade de ensino que perpassa os
diversos níveis de ensino, o nível de formação exigido equivale aos requisitos para
atuação nos respectivos níveis de ensino aos quais está associada.
Sendo assim, para atuação na educação infantil e no primeiro segmento do
ensino fundamental, exige-se formação mínima em nível médio, na modalidade
Normal. Para atuação no segundo segmento do ensino fundamental e no ensino
médio, exige-se formação em nível superior.
A partir de 2007, a formação mínima exigida para atuação nos respectivos
níveis de ensino e, portanto, na modalidade de educação especial será a licenciatura
plena, obtida em nível superior.
O Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação Especial,
também desenvolve o Programa Nacional de Capacitação de Recursos Humanos,
dirigido aos profissionais que atuam no ensino regular.
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Fonte: www.celsoantunes.com.br
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De qualquer forma, o atendimento nos estabelecimentos escolares mostra-se
muito inferior ao necessário. Em 1999, havia cerca de 311 mil alunos matriculados,
distribuídos da seguinte forma: 53,8% deficientes mentais; 12,6% com deficiências
múltiplas; 12,6% com deficiência auditiva; 4,9% com deficiência física; 4,6% com
deficiência visual; 2,7% com problemas de condutas típicas. Apenas 0,4% com altas
habilidades/superdotados e 8,5% com outro tipo de deficiência.
7 O MOVIMENTO INCLUSIVO
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Fonte: tatianebaptista.blogspot.com.br
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Sabemos que a pessoa é um ser indivisível, em que cada uma de suas partes
interage com a outra, influenciando e determinando a condição do seu funcionamento
e crescimento como pessoa.
Como exemplo, podemos citar o atendimento educacional especializado, que
na construção do conhecimento toca em questões subjetivas para o aluno, o que
fatalmente acarretará consequências no seu desenvolvimento global e
consequentemente na resposta ao atendimento clínico.
Se uma instituição especializada mantém o atendimento educacional e clínico,
esses especialistas devem interagir, embora cada um mantenha os limites de suas
especificidades.
E mesmo naquelas escolas especiais e comuns que não têm o propósito de
desenvolver o atendimento clínico, o diálogo com os especialistas é fundamental. E
que esta interação não se estabeleça para encerrar as possibilidades do aluno em um
diagnóstico que contempla apenas as deficiências, mas para descobrir saídas
conjuntas de atuação em cada caso.
Todos esses três saberes: o clínico, o escolar e o especializado devem fazer
suas diferentes ações convergir para um mesmo objetivo, o desenvolvimento das
pessoas com deficiência.
O atendimento educacional especializado foi criado para dar um suporte para
os alunos deficientes para facilitar o acesso ao currículo.
De acordo com o Decreto nº 6571, de 17 de setembro de 2008:
Art. 1o A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de
ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma deste Decreto,
com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular. § 1º Considera-se
atendimento educacional especializado o conjunto de atividades, recursos de
acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma
complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. § 2o O
atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da
escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as
demais políticas públicas.
23
Fonte: www.celsoantunes.com.br
24
Fonte: www.vilavelha.es.gov.br
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superdotação. Ele deve ser realizado nas Salas de Recursos Multifuncionais das
escolas comuns podendo também ser oferecido por instituições especializadas.
Seu objetivo é criar condições para que o aluno acesse os conhecimentos,
conteúdos e informações que são compartilhados e produzidos nas salas do ensino
comum. Ao AEE não cabe o ensino de conteúdos escolares.
Um aluno com deficiência pode se beneficiar das atividades realizadas nos
Grupos de Apoio Pedagógico de uma escola e do Atendimento Educacional
Especializado/AEE. Os serviços que a ele serão oferecidos devem ser definidos
durante a realização de um estudo de caso.
O mais importante é que não criemos espaços separados apenas para pessoas
com deficiência, a fim de que conteúdos escolares sejam ensinados.
Tampouco descaracterizemos o Atendimento Educacional Especializado/AEE
ministrando aulas e trabalhando com conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática,
Ciências e outras disciplinas curriculares.
Gestores, professores, familiares e diferentes profissionais devem conhecer os
propósitos do AEE para que possam identificá-los e adequá-los sempre que
necessário.
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Fonte: 3.bp.blogspot.com/
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8.2 Institucionalização do AEE no Projeto Político Pedagógico
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Fonte: 1.bp.blogspot.com
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necessidades educacionais específicas dos estudantes público alvo da educação
especial.
As atribuições do professor de AEE contemplam:
• Elaboração, execução e avaliação do plano de AEE do estudante;
• Definição do cronograma e das atividades do atendimento do
estudante;
• Organização de estratégias pedagógicas e identificação e produção
de recursos acessíveis;
• Ensino e desenvolvimento das atividades próprias do AEE, tais
como: Libras, Braille, orientação e mobilidade, Língua Portuguesa
para alunos surdos; informática acessível; Comunicação Alternativa
e Aumentativa - CAA, atividades de desenvolvimento das habilidades
mentais superiores e atividades de enriquecimento curricular;
• Acompanhamento da funcionalidade e usabilidade dos recursos de
tecnologia assistiva na sala de aula comum e demais ambientes
escolares;
• Articulação com os professores das classes comuns, nas diferentes
etapas e modalidades de ensino;
• Orientação aos professores do ensino regular e às famílias sobre a
aplicabilidade e funcionalidade dos recursos utilizados pelo
estudante;
• Interface com as áreas da saúde, assistência, trabalho e outras.
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Fonte: www.cidade24.com.br
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Desenvolvimento da Educação – PDE e o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência – Viver sem Limite.
No contexto da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, o Programa objetiva:
• Apoiar a organização da educação especial na perspectiva da
educação inclusiva;
• Assegurar o pleno acesso dos estudantes público alvo da educação
especial no ensino regular em igualdade de condições com os
demais estudantes;
• Disponibilizar recursos pedagógicos e de acessibilidade às escolas
regulares da rede pública de ensino;
• Promover o desenvolvimento profissional e a participação da
comunidade escolar. Para atingir tais objetivos, o MEC/SECADI
realiza as seguintes ações:
• Aquisição dos recursos que compõem as salas;
• Informação sobre a disponibilização das salas e critérios adotados;
• Monitoramento da entrega e instalação dos itens às escolas;
• Orientação aos sistemas de ensino para a organização e oferta do
AEE;
• Cadastro das escolas com sala de recursos multifuncionais
implantadas;
• Promoção da formação continuada de professores para atuação no
AEE;
• Publicação dos termos de Doação;
• Atualização das salas de recursos multifuncionais implantadas pelo
Programa;
• Apoio financeiro, por meio do PDDE Escola Acessível, para
adequação arquitetônica, tendo em vista a promoção de
acessibilidade nas escolas, com salas implantadas.
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8.6 Critérios para a Implantação das Salas de Recursos Multifuncionais
Aos gestores dos sistemas de ensino cabe definir quanto à implantação das
salas de recursos multifuncionais, o planejamento da oferta do AEE e a indicação das
escolas a serem contempladas, conforme as demandas da rede, atendendo os
seguintes critérios do Programa:
Fonte: agencia.sorocaba.sp.gov.br
33
• A escola deve disponibilizar espaço físico para a instalação dos
equipamentos e mobiliários e o sistema de ensino deve disponibilizar
professor para atuação no AEE.
34
Com base nos dados do Censo Escolar, o MEC/SECADI faz o planejamento
de expansão do Programa, bem como de novas ações a serem disponibilizadas às
escolas com salas de recursos multifuncionais, em efetivo funcionamento, tais como:
• Atualização das salas de recursos multifuncionais implantadas em
escolas, que continuam apresentando matrículas de estudantes
público alvo da educação especial;
Fonte: oregionalpr.com.br
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• Mudança de endereço ou de denominação da escola, informando os
dados novos;
• Troca da sala para outra escola da rede de ensino, devidamente
justificada e de acordo com os critérios do Programa;
• Destruição dos recursos por calamidade pública, com documento
declaratório e relação dos itens danificados em anexo;
• Eventual furto de algum de seus itens, com Boletim de Ocorrência
(BO) em anexo.
• Todas as salas de recursos multifuncionais deverão manter
atualizado seu registro de funcionamento no Censo Escolar, bem
como preencher formulários enviados pelo MEC/SECADI para
atualização de cadastro, que se faz necessário para:
• Envio de materiais pedagógicos para formação continuada dos
professores do AEE e demais correspondências do Programa;
• Informações relativas à realização de cursos de formação docente;
• Estabelecimento de redes de colaboração entre professores e
escolas com salas de recursos multifuncionais;
• Acompanhamento e avaliação do Programa;
• Recebimento de itens relativos à atualização das salas;
• Participação em programas e ações de apoio complementar.
• Outras informações sobre o Programa Implantação de Salas de
Recursos Multifuncionais poderão ser obtidas pelo e-mail
srm@mec.gov.br.
BIBLIOGRAFIA
36
CORREIA, Luís de Miranda. Alunos com Necessidades Educativas Especiais
nas classes regulares: Porto Editora, 1997.
CUNHA, B. Classes de Educação Especial para Deficiente Mental? São Paulo:
IPUSP, 1989. (Dissertação de Mestrado).
EDLER-CARVALHO, R. Avaliação e atendimento em educação especial.
Temas em educação especial. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, v.
02, 1993, p. 65-74.
FERREIRA, J. R. A construção escolar da deficiência mental. Tese de
Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP, 1989.
JANNUZZI, G. A luta pela educação do deficiente mental no Brasil.
Campinas/SP: Editores Associados, 1992.
KIRK, S. A.; GALLAGHER, J. J. Education exceptional children. Boston:
Houghton Miffin Company, 1979.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas.
São Paulo: Cortez, 1996.
MENDES, E. G. Deficiência mental: a construção científica de um conceito e a
realidade educacional. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. São Paulo,
1995.
PEREIRA, O. et al. Educação especial: atuais desafios. Rio de Janeiro:
Interamericana, 1994.
SASSAKI R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de
Janeiro: WVA, 1997.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais. As transformações na Política
da Pedagogia e na Pedagogia da Política. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
37
10 A CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS E
A SUA INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
11 RESUMO
12 INTRODUÇÃO
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Dividiu-se o trabalho em três capítulos. O primeiro capítulo trata sobre a
inclusão do aluno portador de necessidades educativas especiais na escola regular,
ressaltando como estão estruturadas as escolas que recebem estes alunos.
A segunda parte do trabalho ressaltará a importância que é dada ao tema
inclusão dentro das instituições escolares, bem como ao que dizem as leis sobre o
tema em questão.A terceira e última parte do trabalho trata sobre a parceria que deve
ser estabelecida entre a escola e a família, ressaltando-se a importância do
atendimento que se destina à família do aluno portador de necessidades educativas
especiais.
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especiais dentro de uma escola regular, haverá muitas possibilidades de
desenvolverem plenamente as suas potencialidades, além de quê, as demais crianças
aprenderão a conviver com um colega que necessita de seu apoio e da sua
compreensão. Haverá nisso uma troca que favorecerá o aprendizado de todos. Como
cita:
O motivo principal de elas estarem na escola é que lá vão encontrar um espaço
genuinamente democrático, onde partilham o conhecimento e a experiência com o
diferente, tenha ele a estatura, a cor, os cabelos, o corpo e o pensamento que tiver.
Por isso quem vive a inclusão sabe que está participando de algo revolucionário.
(CAVALCANTE, 2005, p. 40)
Também Mantoan (2003) cita que as escolas de qualidade são espaços
educativos de construção de personalidades humanas autônomas e críticas. Segundo
a autora, nessas escolas os alunos aprendem a valorizar a diferença a partir da
convivência com seus pares. Nessas escolas as aulas são ministradas embasadas
em relações de afetividade. Uma escola que funciona dessa maneira estará aberta às
diferenças e os educadores são capazes de ensinar a turma toda sem discriminação.
0.2 Cuidados diferentes para cada deficiência
1- Quando a escola recebe um aluno portador de necessidades educativas
especiais, deve estar preparada para atender às suas necessidades. Algumas
orientações são norteadoras para que a atuação vá de encontro ao que cada sujeito
necessita.
Quando a escola recebe um aluno que apresente deficiência auditiva, se faz
necessário que na escola exista um professor ou um monitor que seja especializado
na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Pois para que a comunicação com a criança
aconteça é importante que o professor da sala e as demais crianças aprendam a
comunicar-se através da Língua Brasileira de Sinais.
No caso de alunos que utilizam aparelho auditivo, o professor da sala deverá
obter junto à família da criança o funcionamento e a potência do aparelho utilizado.
Para que o aprendizado aconteça mais sistematicamente, o professor também poderá
fazer uso de representações gráficas. Outro fator importante se refere à comunicação
direta com o aluno, pois todos devem falar sempre de frente para ele, o que facilita a
compreensão da situação comunicativa.
41
Quando o aluno atendido apresentar dificuldades visuais existem determinados
materiais que devem ser usados para que as situações de aprendizagem sejam
realmente significativas para ele: o uso de regletes (uma espécie de régua para
escrever em braile). Se faz importante que o professor saiba como se dá o uso desse
material, que seja capacitado para este fim. Algumas orientações que devem ser
passadas para o aluno no que diz respeito à locomoção, comunicação e
acessibilidade. É necessário, por exemplo, colocar cercados no chão, abaixo dos
extintores de incêndio e também deve ser instalado corrimões nas escadas, caso
existam escadas na escola. Também é importante que não se modifique a disposição
dos móveis e utensílios da sala, pois o aluno aprende a posição em que se encontram
e usa essa orientação para locomover-se na sala de aula.
Quando a escola recebe um aluno portador de deficiência física os espaços
das escolas devem ser adequados as suas necessidades e não o contrário. Não é o
aluno que deve adaptar-se à escola, mas sim a escola que deve ser adaptada para
atende às necessidades do educando. A adaptação do espaço físico deve conter:
rampas de acesso, barras de apoio e portas largas, móveis adequados para tender as
necessidades do aluno.
No caso de alunos que fazem uso de cadeiras de rodas, deve-se atentar para
que a posição seja mudada constantemente evitando desconforto e cansaço para o
aluno. Se faz importante questionar aos pais do aluno se existem posições adequadas
para ficar e o professor deve certificar no decorrer das aulas se esta posição está
correta.
Nos casos em que a escola recebe alunos portadores de deficiência mental
deve possuir uma equipe que possa realizar um acompanhamento individual e
contínuo. Sabe-se que, geralmente os deficientes mentais têm dificuldades para
operar ideias abstratas. O professor deverá receber todo o apoio dos profissionais
especializados para que possa oferecer ao aluno condições de aprendizagem
adequadas às suas necessidades, de modo que o mesmo tenha todas as suas
potencialidades desenvolvidas.
Existem algumas posturas que devem ser adotadas pelos educadores para
favorecer o aprendizado e crescimento do aluno, tais como: posicionar o aluno já nas
primeiras fileiras de modo que possa está a todo instante está sempre atento a ele;
estimular o aluno a desenvolver habilidades interpessoais e ensiná-lo a pedir
42
instruções e solicitar ajuda; trata-lo de acordo com a faixa etária, somente deverá
adaptar os conteúdos curriculares se receber orientações de uma equipe de apoio
multiprofissional; avalie a criança sempre com base no seu crescimento individual e
respeitando o que ela é capaz de fazer até aquele momento, sem jamais comparar o
seu desenvolvimento com o dos demais colegas da sala.
O professor deve estar atento às necessidades de cada aluno, para que a partir
dessa observação possa auxiliá-lo nas dificuldades que o mesmo apresenta. É
importante afirmar que nem sempre quando um aluno vai mal e toda a sala tem um
desenvolvimento satisfatório, esse aluno apresenta algum tipo de deficiência. Deve-
se considerar que, muitas vezes a forma como é ministrada a aula atinge
determinados alunos, mas não foi a forma correta para atender a necessidade de
aprendizagem de outro. Daí a importância do olhar sempre atento do professor.
Camargo (2005) define que para que todas as necessidades dos alunos
portadores de necessidades educativas especiais sejam verdadeiramente atendidas
se faz necessário que os professores e todos os outros profissionais saibam como
atuar de modo a atender estas necessidades. Não se pode falar de inclusão quando
dentro da instituição escolar a equipe não tem o devido preparo para atender aos
alunos. Muitas vezes é fundamental a atuação de uma equipe multidisciplinar.
Também Baptista e Rosa (2002) tratam sobre o tema inclusão, afirmando quão
importante é a integração da pessoa portadora de necessidades educativas especiais.
Os autores citam que na Itália, país em que há um alto índice de inclusão existem
alguns critérios nas escolas para que a inclusão seja realmente eficaz para o aluno.
Como citam os autores mencionados:
A limitação numérica de 20 alunos para as classes que possuem alunos com
necessidades educativas. A presença de, no máximo, dois alunos com necessidades
educativas especiais em uma sala. A presença de um professor de apoio para atuar
junto à classe, como suporte de todos os envolvidos (professor e alunos). (BAPTISTA
E BOSA, 2002, P. 131)
43
Outra autora que trata sobre os portadores de necessidades educativas
especiais Maria Tereza Mantoan (2003) que diz ser a inclusão uma das melhores
maneiras para que as escolas revejam diversos fatores dentro do seu quadro.
O aluno portador de necessidades educativas especiais não pode ser tratado
como um sujeito que não tem habilidades a serem desenvolvidas. Deve-se acreditar
e investir no seu potencial.
A escola inclusiva oferece a todos as mesmas oportunidades. Mantoan (2005)
em entrevista concedida à Revista Pátio (2005, p. 24-26), quando questionada sobre
o que é inclusão diz que:
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio
de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva
acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física,
para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as
minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer
que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus ou até na sala de aula com
pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.
Cada aluno que a escola recebe deve ser visto dentro da sua singularidade,
independente das necessidades que este apresenta, ele é um ser único e que tem
direito à educação de qualidade. O espaço escolar deve ser organizado de modo a
tornar a educação acessível a todos os alunos. A LDB nº 9394/96 tem um capítulo
destinado à Educação Especial e, em seu artigo 58 diz que a Educação Especial é
uma modalidade destinada aos portadores de necessidades educativas especiais e
que deve ser ofertada, de preferência na escola regular e, se necessário, os serviços
especializados atuarão juntamente com a escolar regular em que o aluno está
matriculado.
Mesmo com as leis diversas que buscam assegurar aos portadores de
necessidades educativas especiais todos os seus direitos, é importante que cada
cidadão procure compreender o quanto é importante que a sociedade esteja pronta a
oferecer a todos boas condições de acesso e permanência na escola, no mercado de
trabalho e no meio social em geral.
2.1. Os direitos dos portadores de necessidades educativas especiais
Em dezembro de 1982 foi aprovado na Assembleia Geral das Nações Unidas
o Programa de Ação Mundial para pessoas com deficiência. A principal finalidade
44
desse programa é servir de base para todos os países interessados em lutar para
defender os direitos das pessoas portadores de deficiência, de forma que as mesmas
tenham os seus direitos garantidos.
Outro marco importante aconteceu em 1990, em Jomtien, na Tailândia, foi
aprovada a Declaração Mundial sobre Educação para todos. Esta declaração serve
de referência para governos, organizações internacionais, ONGs e todos que estão
interessados e envolvidos na meta de Educação para todos.
No ano de 1994 foi elaborada pela Unesco e pelo governo da Espanha a
Declaração de Salamanca de Princípios, Política e Prática para as Necessidades
Educativas Especiais. Consta nessa declaração o princípio de integração e
preocupação em garantir escola para todos. Como se afirmar, a Declaração de
Salamanca:
Proporcionou uma oportunidade única de colocação da Educação Especial
dentro da estrutura de “Educação para todos” firmada em 1990. Ela promoveu uma
plataforma que afirma o princípio e a discussão da prática de garantia de inclusão das
crianças com necessidades educativas especiais. (UNESCO, 1994, p. 15)
A Declaração de Salamanca cita ainda quão importante é que os governos
executem ações que acolham todas as crianças na escola, independentemente de
condições físicas, sociais, intelectuais, emocionais e linguísticas.
A inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os
alunos, provoca e exige da escola brasileira novos posicionamentos e é um motivo a
mais para que o ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas
práticas. É uma inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação
das condições atuais da maioria de nossas escolas de nível básico.
O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as
pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e
privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um
de seus alunos, de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação
especial e suas modalidades de exclusão.
O sucesso da inclusão de alunos portadores de necessidades especiais com
na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos
significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas
pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse sucesso,
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quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas
deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a
aprendizagem é concebida e avaliada.
Priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que precisa ser
assumido por todos os educadores. É um compromisso inadiável das escolas, pois a
educação básica é um dos fatores do desenvolvimento econômico e social. Trata-se
de uma tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio dos
modelos tradicionais de organização do sistema escolar.
É de suma importância que o aluno portador de alguma necessidade
educacional especial seja visto como um sujeito eficiente, capaz, produtivo e
principalmente um ser que tem aptidão para aprender a aprender. Esse aluno deve
receber todo o apoio para que se desenvolva em toda a sua potencialidade.
Todos têm direitos à educação, isso é um direito que é assegurado por lei e
que precisa ser cumprido para que se garanta a todos o seu pleno desenvolvimento e
o pleno exercício de sua cidadania. Independentemente de qualquer necessidade,
transtorno ou distúrbio que apresente todo e qualquer aluno merece ser tratado em
condições de igualdade com os demais, não se pode de forma alguma excluir o aluno
das situações vivenciadas na escola. O que se pode é criar condições que assegurem
a todos as melhores formas de aprender e de atender as suas necessidades.
Na luta por uma educação que respeite a individualidade de cada sujeito pode
entrar todo e qualquer cidadão que esteja comprometido com o crescimento e
desenvolvimento da sociedade.
A LDB 9394/96 em seu artigo 59 prescreve que é de responsabilidade dos
sistemas de ensino assegurar aos educandos com necessidades especiais a sua
efetiva integração na vida no meio social, inclusive criando condições de inserção no
mercado de trabalho para aqueles que possuem condições de exercer uma profissão.
Mesmo tendo garantido por lei o seu acesso e permanência na escola, sabe-
se que o aluno portador de necessidades educativas especiais ainda não tem todos
os seus direitos garantidos, uma vez que, a Educação Especial ainda é mal
interpretada e questionada. O que pode ser considerado como favorável é que, cada
vez mais cresce o reconhecimento por parte da sociedade e dos responsáveis pelas
políticas públicas a necessidade de atender a todos, sem discriminação.
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O que faz uma escola ser realmente inclusiva, inclui, acima de tudo, o seu
projeto pedagógico. Pois de acordo com MANTOAN (2005) quando se trata de
inclusão é importante considerar que não se trata apenas de se colocar dentro da
escola rampas e banheiros adaptados, mas sim uma a modificação nas práticas
pedagógicas, com atividades e programas diversificados afim de atender as
potencialidades de cada sujeito envolvido no processo de ensino-aprendizagem.
Todos têm o direito a aprender e isso deve ser visto dentro da capacidade que cada
sujeito apresenta, cada um têm as suas condições e isso deve sempre ser levado em
consideração pela equipe escolar.
Ao educador que atua com alunos que apresentam alguma deficiência é de
responsabilidade está sempre atento às reais necessidades e dificuldades que o
educando apresenta. Em determinados momentos se faz importante que o aluno
receba um cuidado mais individualizado, uma atenção maior para que as suas
potencialidades sejam desenvolvidas plenamente. O aluno tem capacidade de
aprender, mas é de suma importância que o professor saiba como organizar as
atividades de forma que o aluno possa desenvolvê-las. Deve-se sempre respeitar o
ritmo de aprendizado de cada um. Isso vale para qualquer sujeito aprendiz, seja ele
um aluno com deficiência ou não.
3.1 A família
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pode ter um efeito duradouro sobre a atitude e as respostas dos pais para com as
dificuldades de seu filho. Os pais lembram para sempre a forma como a notícia foi
dada, do quão apoiadores os profissionais foram e que mensagens subjacente foi
transmitida. (WISE, 2002, p. 17)
Se faz importante que no contato com os pais, os professores e a coordenação
da escola questionem que tipo de ajuda o aluno necessita, qual o tipo de medicamento
faz uso, que horários são determinados para ir ao banheiro, por exemplo, se tem crise
e quais procedimentos devem ser adotados.
Para incluir verdadeiramente os portadores de necessidades educativas
especiais, a escola necessita contar com a participação da família do mesmo. A família
tem um significado de grande importância, principalmente no que se refere ao lado
emocional do aluno. É a partir do convívio familiar que se estabelecem as relações
sociais, é a família a primeira instituição social que o sujeito está inserido. Por isso, a
importância de que a escola a todo instante tenha a família como parceira.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) utilizaram como base o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) e determinaram que existem princípios que
servem de orientação para a educação escolar. Seguem as ideias centrais que regem
esses princípios, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Dignidade da pessoa humana - Implica respeito aos direitos humanos, repúdio
à discriminação de qualquer tipo, acesso a condições de vida digna, respeito mútuo
nas relações interpessoais, públicas e privadas.
Igualdade de direitos - Refere-se à necessidade de garantir a todos a mesma
dignidade e possibilidade de exercício de cidadania. Para tanto há que se considerar
o princípio da equidade, isto é, que existem diferenças (étnicas, culturais, regionais,
de gênero, etárias, religiosas, etc) e desigualdades (socioeconômicas) que
necessitam ser levadas em conta para que a igualdade seja efetivamente alcançada.
Participação - Como princípio democrático, traz a noção de cidadania ativa, isto
é, da complementaridade entre a representação política tradicional e a participação
popular no espaço público, compreendendo que não se trata de uma sociedade
homogênea e sim marcada por diferenças de classe, étnicas, religiosas, etc...
Corresponsabilidade pela vida social - Implica partilhar com os poderes
públicos e diferentes grupos sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos
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destinos da vida coletiva. É, nesse sentido, responsabilidade de todos a construção e
a ampliação da democracia no Brasil.
Se faz importante que a integração da pessoa portadora de necessidades
educativas especiais também abarque a família, ela deve estar inserida nesse
processo para que a aceitação e a adaptação aconteçam de modo a fazer com que o
pleno desenvolvimento do sujeito aconteça. A todo o momento o mais importante é o
bem-estar do portador de necessidades educativas especiais, a sua melhor qualidade
de vida e o atendimento às suas reais necessidades.
16 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Ainda há muito para fazer, mas a bandeira da inclusão já foi levantada e tem
conseguido fazer a luta valer a pena. Com isso ganham a sociedade, a escola, a
família e os portadores de necessidades educativas especiais.
17 BIBLIOGRÁFIA
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