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FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO

ESPECIAL /
SALA DE RECURSOS
MULTIFUNCIONAIS - 2017

“O movimento inclusivo implica na transformação da sociedade


e suas instituições para que reconheçam a diferença de todos e
não de alguns e que acolha a todos nesta diferença.”
Maria Teresa Eglér Mantoan
INICIANDO A CONVERSA...

 Respeito e Empatia
 Qual a nomenclatura utilizada?
 Existe uma “receita” para se trabalhar
com as pessoas com deficiência?
 Quais funções poderei exercer após este
curso?
 Como serão as avaliações e o
cumprimento de carga horária?

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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

A história da atenção à
pessoa com deficiência tem
se caracterizado pela
segregação, acompanhada
pela consequente e
gradativa exclusão, sob
diferentes argumentos,
dependendo do momento
histórico focalizado.

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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

ANTIGUIDADE
IDADE MÉDIA
•Execução
•Abandono • Filhos de Deus
•Diversão • Inquisição =
•Isolamento “endemoniados”
• Caridade = asilos e
conventos

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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

IDADE
MODERNA FINAL DO
SÉCULO XIX
•Humanismo
•Medicina = Doença • Primeiras ideias de
•Hospitais = estimulação
Tratamento • Primeiras
instituições
especializadas

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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

BRASIL: SÉCULO XIX

•Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual


Instituto Benjamin Constant (1854);
•Instituto dos Surdos Mudos, atual Instituto
Nacional de Educação de Surdos (1857);
•As instituições foram gradativamente
assumindo uma natureza de asilos, destinadas
ao acolhimento de pessoas inválidas.

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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

BRASIL: SÉCULO XX

•Década de 20 e 50 - entidades assistenciais


privadas;
•Década de 60 – centros de reabilitação;
•Início do modelo médico de atenção à
pessoa com deficiência. (Paradigma do
Serviço)

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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

PARADIGMA DO SERVIÇO
INTEGRAÇÃO

•Princípio da Normalização
•Direito a convivência
•Espaços segregados
•Prestação de serviços especializados
•Integração social após habilitação e
reabilitação
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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

BRASIL – DÉCADA DE 90

•Educação para Todos – Jomtien, Tailândia -


1990
•Declaração de Salamanca – Salamanca,
Espanha - 1994
•Início do modelo social de atenção à pessoa
com deficiência. (Paradigma do Suporte)

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HISTÓRIA DA ATENÇÃO À PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

PARADIGMA DO SUPORTE
INCLUSÃO

Acesso imediato ao espaço comum


Princípio da igualdade
Diversidade
Construção de contextos sociais inclusivos
Ações afirmativas
Políticas de desenvolvimento inclusivo
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

LDB-9394/96

 Art. 58.  Entende-se por educação especial, para os


efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
para educandos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. 

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

 Art. 2o  Considera-se pessoa com


deficiência aquela que tem
impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, o qual, em interação com
uma ou mais barreiras, pode obstruir
sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas. (Lei
13.146/25)
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

TRANSTORNOS GLOBAIS DO
DESENVOLVIMENTO

 Art. 1º, § 2o  A pessoa com transtorno do espectro autista


é considerada pessoa com deficiência, para todos os
efeitos legais. (Lei nº 12.764/12);
 Pessoas que apresentam alterações qualitativas das
interações sociais recíprocas e na comunicação, um
repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado
e repetitivo.

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

ALTAS HABILIDADES /
SUPERDOTAÇÃO

 Pessoas que demonstram potencial


elevado em qualquer uma das
seguintes áreas, isoladas ou
combinadas: intelectual, acadêmica,
liderança, psicomotricidade e artes,
além de apresentar grande criatividade,
envolvimento na aprendizagem e
realização de tarefas em áreas de seu
interesse.
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CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS
– DÉCIMA EDIÇÃO
Deficiência CID-X
M-20; M-21; M-84; S-88; S-58; G-81; G-82; G-83;
Deficiência Física
etc.
Deficiência Auditiva H-90; H-91; H-72; etc.
Deficiência Visual H-53; H-54; etc.
Deficiência Intelectual F-70 à F-79; Q-90; Q-91; Q-96; Q-02; Q-03; etc.
Deficiências Múltiplas G-80; G-35; etc.

TGD CID-X

Transtornos Globais do
F-84
Desenvolvimento

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

CONCEITO

É um processo em que se amplia à participação de


todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino
regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da
prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo
que estas respondam à diversidade de alunos. É uma
abordagem humanística, democrática que percebe o
sujeito e suas singularidades tendo como objetivos o
crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de
todos.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Neste sentido, a Educação


Inclusiva não abrange
apenas os alunos da
Educação Especial, como
também, a todos os outros
alunos, independente das Educação
Inclusiva
diferenças sociais, Educação
econômicas, culturais, Especial

religiosas, etc.

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

TRANSTORNOS MENTAIS E
TRANSTORNOS FUNCIONAIS
ESPECÍFICOS DA APRENDIZAGEM

 Nesta categoria inclui os Transtornos Funcionais


Específicos que referem-se à funcionalidade específica
(intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento
intelectual do mesmo. Diz respeito a um grupo
heterogêneo de alterações manifestadas por
dificuldades significativas na aquisição e uso da
audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou
habilidades matemáticas, na atenção e concentração.
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TRANSTORNOS FUNCIONAIS
ESPECÍFICOS DA APRENDIZAGEM

Transtornos Funcionais Específicos CID-X


Transtorno de Déficit de Atenção e
F-90
Hiperatividade
Transtorno Opositor Desafiador F-91.3
Transtornos Específicos do Desenvolvimento
F-81
das Habilidades Escolares
Transtornos Específicos do Desenvolvimento da
F-80
Fala e da Linguagem
Transtorno Específico do Desenvolvimento
F-82
Motor

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DIREITOS
EDUCAÇÃO ESPECIAL EDUCAÇÃO INCLUSIVA
 Tem direito ao profissional de apoio  Tem direito a adequação e
escolar (Auxiliar de Classe); flexibilização curricular;
 Tem direito ao Atendimento  Tem direito a avaliações e exercícios
Educacional Especializado (AEE); diferenciados;
 Tem direito a cumprir o ano de  Tem direito a participar de todos os
escolaridade por mais tempo; eventos escolares, junto como os
outros alunos;
 Tem direito a redução do número de
alunos na classe ao qual está  Tem direito de ter uma atenção
matriculado; específica do professor regente da
turma durante o horário de aula;
 Tem direito a material pedagógico
adaptado, bem como estrutura  Tem direito à igualdade de
arquitetônica, como banheiros, oportunidades com as demais pessoas
cadeiras, mesas, pranchas, etc. e não sofrerá nenhuma espécie de
discriminação.

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

RESOLUÇÃO Nº 04/09 – CNE/CEB


Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade
Educação Especial.
Art. 13. São atribuições do professor do Atendimento Educacional
Especializado:
I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos
pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as
necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação
Especial;
II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional
Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos
recursos pedagógicos e de acessibilidade;
III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de
recursos multifuncionais;
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos


pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino
regular, bem como em outros ambientes da escola;
V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração
de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e
de acessibilidade utilizados pelo aluno;
VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar
habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e
participação;
VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula
comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem
a participação dos alunos nas atividades escolares.

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