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Sobre a inclusão de pessoas com deficiência física no trabalho: uma revisão

sistemática de literatura

Evelyn Gomes Barbosa, Unesp-Bauru, evelin_gb@yahoo.com.br


Raissa Viviani Silva, Mestranda, Unesp-Bauru, rai.viviani@gmail.com
Marianne Ramos Feijó, Doutora, Unsep-Bauru, mariannefeijo@fc.unesp.br
Mário Lázaro Camargo, Doutor, Unesp-Bauru, mario.camargo@fc.unesp.br

Resumo: O ambiente de trabalho apresenta-se cada vez mais competitivo, sendo


exigida crescente qualificação dos profissionais. Além da competitividade e das
dificuldades encontradas na busca por emprego, as pessoas com deficiência (PcD)
enfrentam também obstáculos arquitetônicos, barreiras sociais e baixa escolarização.
No Brasil, em 2010, segundo o IBGE, havia cerca de 45,6 milhões de PcD. Diante deste
contexto, o objetivo deste trabalho consistiu em realizar uma revisão sistemática de
literatura com o levantamento dos artigos científicos produzidos no período de 2005 a
2015, a respeito da inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência física no
mercado de trabalho no Brasil. Para isso, foi realizada uma busca nas bases de dados
eletrônicas Portal Capes, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca
Virtual de Saúde (BVS). Foram encontrados 382 artigos, a partir dos quais realizou-se
uma busca mais refinada para selecionar os achados que se enquadravam nos critérios
estabelecidos da pesquisa. Excluindo os artigos replicados, restaram 32 artigos para a
revisão, os quais foram agrupados em categorias, a saber: significado do trabalho;
qualidade de vida no trabalho; mercado de trabalho; inclusão; desenvolvimento;
inserção; legislação e acessibilidade. Os achados mostraram que, apesar do respaldo
das leis sobre inclusão social, ainda estão fortemente presentes barreiras, como
acessibilidade arquitetônica, preconceitos, falta de fiscalização de políticas públicas,
que dificultam a inserção adequada de pessoas com deficiência física no mercado de
trabalho. Além disso, foram encontrados poucos estudos que investigam o tema,
necessitando assim, de mais pesquisas e intervenções.

Palavras-chave: Revisão de literatura; Deficiência física; Mercado de trabalho.


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Abstract: Work environment shows itself increasingly competitive and demands a


growing qualification of professionals. Besides competitiveness and present difficulties
to achieving a job, people with disabilities (PwD) also faced architectonic obstacles,
social barriers and low schooling. According IBGE, in 2010, there were 45.6 million of
PWDs in Brazil. Due to this context, the objective of this paper consisted in accomplish a
systematic literature review from a collection of scientific articles produced between
2005 and 2015, concerning to inclusion and accessibility of people with physical
disabilities at the Brazilian labour market. For this, a search was conducted in the Capes
Portal, in the Scientific Electronic Library Online (SciELO) and in the Health Virtual
Library (BVS). In total, 382 papers were found, by means of which a more refined
search
was done to select the findings which could be framed in the criteria established by the
research. Excluded the repeated articles, 32 of them remained for reviewing, which were
grouped in the following categories: work meaning; life quality in the work; labour
market; inclusion; development; insertion; legislation and accessibility. Results showed
that, despite the support of laws on social inclusion, barriers are still strongly present,
such as architectural accessibility, prejudice, lack of policy enforcement, which hinder a
proper integration of people with disabilities in the labour market. In addition, few studies
concerning the subject were found, what justifies, thus, more researches and
interventions.

Keywords: Literature review; Physical disability; Labour market.

Introdução

O ambiente de trabalho apresenta-se cada vez mais competitivo na atualidade,


sendo exigida crescente qualificação dos profissionais que almejam o ingresso no
mercado de trabalho. Além da competitividade e das dificuldades encontradas na busca
de emprego, as PcD enfrentam também obstáculos arquitetônicos (como a falta de
adaptação nos transportes coletivos, nas instalações físicas e nos mobiliários das
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organizações de trabalho), barreiras sociais (discriminação quanto à aparência física,


preconceito, descrédito relacionado à capacidade, pouca oportunidade) e baixa
escolarização.
Dejours (2004) considera o trabalho como realidade social, sendo essencial à
atividade humana, para a satisfação de necessidades econômicas, psicológicas e
sociais. Para as PcD, portanto, o trabalho adquire um sentido fundamental, além de
suprir as necessidades do indivíduo, pode ser uma importante via de inclusão social.
No Brasil, em 2010, segundo o IBGE, havia cerca de 45,6 milhões de PcD, ou
seja, 23,9% da população brasileira (IBGE, 2010).
A deficiência física, entendida como “a alteração completa ou parcial de um ou
mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física”
(BRASIL, 2004), apresenta-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
ostomia, amputação ou ausência de membro, nanismo, membros com deformidade
congênita ou adquirida. Não se incluem nesta definição as deformidades estéticas e as
que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
A sociedade tem mudado a sua relação com a população com deficiência no
decorrer dos tempos. A mudança consiste tanto nos pressupostos filosóficos que a
determinam e permeiam, quanto no conjunto de práticas nas quais se objetiva
(ARANHA, 2001; DOTA, 2015).
Tal transformação, também chamada por alguns autores de mudança de
paradigma, pode ser resumida em três etapas: exclusão, inserção e, mais
recentemente, a busca da inclusão social. Neste sentido, os paradigmas formais de
relação da sociedade com as PcD evoluíram da institucionalização (marcada pela
retirada das PcD da comunidade e internação em instituições, a título de proteção,
tratamento ou educação), passando pelo paradigma de serviços e chegando ao atual
paradigma de suportes, antes de ser enfocada a inclusão.
O paradigma de serviços é caracterizado pela integração das PcD à sociedade,
com o oferecimento de programas e ações necessários à satisfação de suas
necessidades e promoção de sua autossuficiência. Significa, porém, localizar a
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mudança no sujeito, para normaliza-lo, praticando-se o modelo de atenção, ou seja,


avaliação, intervenção e encaminhamento para a vida em comunidade.
O paradigma de suportes, por sua vez, busca a garantia de acesso a todos os
cidadãos, aos direitos e recursos da sociedade, oferecendo serviços às PcD, em termos
de saúde, educação, lazer, trabalho, segundo o modelo de intervenção no processo de
desenvolvimento do sujeito e no processo de reajuste da realidade social, nas
diferentes instâncias que compõem a vida em comunidade, possibilitando às PcD o
acesso imediato aos recursos sociais. (ARANHA, 2001).
De acordo com Aranha (2001), o Brasil ainda mantém um panorama de suas
relações com a parcela da população representada pelas PcD, marcado por resquícios
históricos que consistem em segregar esse grupo. Os projetos de atenção pública são
planejados para pessoas sem o diagnóstico de deficiência; quando abertos para PcD,
são segregatórios.
Apesar disso, tem-se observado no Brasil, um aumento da formulação de políticas
e ações governamentais para buscar a inclusão das PcD. Aos poucos, conquistas
foram alcançadas como resultado de reivindicações encaminhadas por entidades
representativas e movimentos sociais, com a participação ativa de PcD e seus
familiares.
Segundo Werneck (1997), o conceito de sociedade inclusiva é novo no Brasil. Só
a partir de 1995, este conceito vem sendo incorporado às reflexões e aos objetivos de
profissionais que lidam com a questão da deficiência.
No campo da educação, Sassaki (1998) apontou a preocupação com a inclusão
de PcD na escola, quando tratou da necessidade da mesma, além de inserir, adequar-
se às PcD, em fase escolar:

[...] esse paradigma é o da inclusão social – as escolas (tanto comuns como


especial) precisam ser reestruturadas para acolherem todo espectro da
diversidade humana representado pelo alunado em potencial, ou seja, pessoas
com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas e com qualquer grau
de severidade dessas deficiências, pessoas sem deficiências e pessoas com
outras características atípicas, etc. É o sistema educacional adaptando-se às
necessidades de seus alunos (escolas inclusivas), mais do que os alunos
adaptando-se ao sistema educacional (escolas integradas) (SASSAKI, 1998, p.
9).
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O mesmo raciocínio pode ser aplicado à relação entre as PcD e sua inclusão ou
inserção no campo do trabalho, ou seja, à sociedade não basta garantir a mera
inserção das PcD nos postos de trabalho, adaptando-as a determinadas funções, mas é
imprescindível que os ambientes laborais se adaptem às PcD, de acordo com as
necessidades desses sujeitos, para que possam ser realmente incluídos e aceder às
suas máximas potencialidades. Os demais trabalhadores, que convivem com PcD, mas
não apresentam tal diagnóstico, também devem receber informações, para que
garantam a inserção e, portanto, para que diferenças não resultem em medos,
preconceitos e discriminação. O processo de inclusão depende da satisfação de
necessidades das pessoas, o que inclui possibilidade de acesso aos espaços e à
realização de atividades no trabalho (quebra de barreiras arquitetônicas e
ergonômicas), e também da satisfação de necessidades psicológicas e sociais, tais
como o desenvolvimento contínuo, a integração, os quais dependem de mudanças
culturais e atitudinais.
Estudos voltados para os aspectos “psicossociais” (AMARAL, 1995; GLAT, 1989;
1995; OMOTE, 1994), tiveram como objeto as condições de interação social,
marginalização, socialização e estigmas que reforçam a segregação das PcD. Desta
forma, procura-se compreender o significado ou representações que as pessoas têm
sobre as PcD, e como esse significado determina o tipo de relação que se estabelece
com elas.
Visando combater a segregação, a Constituição Federal (BRASIL, 1988) proíbe a
discriminação, no trabalho, da PcD, tanto em relação ao salário, como em relação aos
critérios de admissão (art. 7º, inciso XXXI), prevê a reserva de cargos em empregos
públicos (art. 35, inciso VIII) e assegura a criação de programas de prevenção,
atendimento especializado e treinamento para o trabalho (art. 227, parágrafo 1°, inciso
II).
Apesar de criar e assegurar direitos, a Constituição Federal trata das questões
referentes às PcD de maneira genérica, ficando a cargo da legislação
infraconstitucional cuidar especificamente deste assunto.
Neste sentido, há dispositivos legais de destacada importância. Em relação ao
setor público, a Constituição Federal determina que “a lei reservará percentual dos
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cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os


critérios de sua admissão” (BRASIL, 1988). Acompanhando a disposição constitucional,
o decreto 3.298/99, que trata da Política Nacional para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência, assegura às pessoas com deficiência o direito à inscrição em
concurso público e a reserva de no mínimo cinco por cento de vagas de acordo com a
classificação obtida (BRASIL, 1999).
No setor privado, a lei 8.213/1991, chamada de Lei de Cotas, instituiu a
obrigatoriedade da reserva legal de cargos, de modo que as empresas com 100 ou
mais funcionários devem destinar de 2% a 5% de seus cargos a PcD, obedecendo à
seguinte proporção: de 100 a 200 empregados, 2% de vagas; de 201 a 500, 3%; de 501
a 1000, 4% e de 1001 em diante, 5% (BRASIL, 1991).
Diante deste panorama social, jurídico e científico, o presente artigo busca
pesquisar na literatura nacional, o que tem sido escrito a respeito da inclusão das
pessoas com deficiência física no trabalho.

Objetivo

O objetivo deste trabalho consistiu em realizar uma revisão sistemática de


literatura com o levantamento de artigos científicos produzidos e publicados no período
de 2005 a 2015, a respeito da inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência
física no mercado de trabalho no Brasil. Para isso, foi realizada uma busca nas bases
de dados eletrônicas, relacionadas a seguir.

Método

A pesquisa de revisão sistemática de literatura foi operacionalizada mediante a


busca eletrônica de artigos indexados nas seguintes bases de dados: Portal Capes,
Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), a
partir de palavras-chaves relacionados a inclusão social de pessoas com deficiência
física no trabalho, sendo utilizados os descritores: “inclusão sócia”l, “inclusão social e
deficiência física”, “inclusão social e trabalho”, “deficiência física e trabalho”, “deficiência
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física e acessibilidade”, “acessibilidade e inclusão social”, “acessibilidade e trabalho”. A


amostra compreendeu as publicações de artigos indexados em periódicos,
selecionados a partir da leitura prévia dos resumos anexados, seguindo os seguintes
critérios: 1) veículo de publicação – foram escolhidos apenas periódicos indexados, por
ter maior visibilidade e facilidade de acesso; 2) ano de publicação – foram selecionados
estudos publicados entre de 2005 e 2015; 3) idioma de publicação – foram
selecionados estudos publicados no idioma português; 4) Tipos de recursos – foi
escolhida a modalidade de artigos, excluindo teses e livros; 5) temática – foram
selecionados estudos que abordavam a relação entre deficiência física e trabalho.
Na utilização dos critérios para inclusão das referências, foi feito um levantamento
preliminar através da leitura seletiva dos resumos encontrados. Em seguida, os artigos
originais selecionados foram recuperados na íntegra, proporcionando uma melhor
análise dos dados. A partir da leitura mais apurada dos estudos, foram identificados os
principais assuntos emergentes no panorama nacional sobre deficiência física no
trabalho. As etapas deste procedimento de análise foram: 1) pré-análise – organização
dos dados através da leitura de cada artigo selecionado, sistematizando em tabelas os
principais artigos encontrados; 2) exploração do material – com os dados já tabulados,
foi feita a síntese dos achados; 3) interpretação dos dados – foram selecionados os
temas mais recorrentes, e, por fim, 4) separados por categorias temáticas.

Resultados

Na busca nas bases de dados on line, ao colocar os filtros nos descritores, foi
encontrado um total de 382 artigos. A partir destes materiais encontrados, foi realizada
uma busca mais refinada para selecionar os achados que se enquadravam com os
critérios estabelecidos da pesquisa. Excluindo os artigos replicados, restaram 32 artigos
para a revisão, conforme se pode verificar na Tabela 1.
Dos 32 artigos selecionados que se enquadravam com os critérios de busca, foi
realizado um gráfico de publicação ao longo do período selecionado, de 2005 a 2015 e
foi observado um crescimento positivo de publicação no período de 2007 a 2011,
conforme se vê no Gráfico 1.
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Os temas mais recorrentes dentro dos artigos selecionados foram classificados


por categorias temáticas das discussões mais recorrentes. Após a leitura dos artigos,
as categorias foram divididas em: significado do trabalho; qualidade de vida no trabalho;
mercado de trabalho; inclusão; desenvolvimento; inserção; legislação e acessibilidade.

 Significado do trabalho – esta categoria engloba os trabalhos que discutem o


significado do trabalho dentro da percepção de trabalhadores com e sem
deficiência física. Foram listados três artigos que abordam esta temática (TETTE;
CARVALHO-FREITAS; OLIVEIRA, 2014; MOREIRA et al., 2011; PEREIRA; DEL
PRETTE; DEL PRETTE, 2008).
 Qualidade de vida no trabalho – nesta categoria, abordam-se questões sobre
ambiente de trabalho, condições ambientais e estratégias que garantam o bem-
estar no trabalho para PcD. Foram listados cinco artigos que abordam esta
temática (CARVALHO-FREITAS et al., 2013; CARVALHO-FREITAS; TETTE,
2012; SILVA; RIBEIRO, 2011; ABREU; DE MORAES, 2012; COLOM TOLDRÁ,
2009).
 Mercado de trabalho – neste tema, incluem-se trabalhos que englobam as
condições empregatícias de PcD, principais características de participação no
mercado, as condições e principais barreiras para a inserção no mercado de
trabalho. Foram listados sete artigos que abordam esta temática (NASCIMENTO;
DAMASCENO; ASSIS, 2011; MAIA; CAMINO; CAMINO, 2011; VIOLANTE;
LEITE, 2011; ÁVILLA; CARVALHO-FREITAS, 2011; GARCIA; MAIA, 2014;
LINO; CUNHA, 2008; ÁVILA-VITOR; CARVALHO-FREITAS, 2012; AREOSA,
2009).
 Inclusão – nesta temática, foram incluídos os artigos que discutiam a percepção
de pessoas incluídas e dos empregadores sobre a inclusão no trabalho. Foram
listados seis artigos que abordam esta temática (ÁVILA-VITOR; CARVALHO-
FREITAS, 2012; FARIA; CARVALHO, 2011; CARVALHO-FREITAS; MARQUES,
2009; ARAUJO; SCHMIDT, 2006; TANAKA; MANZINI, 2005; VASCONCELOS,
2010; FRANCA; PAGLIUCA, 2009).
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 Desenvolvimento – foram incluídos nesta categoria artigos que investigavam as


condições que proporcionavam desenvolvimento para as pessoas com
deficiência física no ambiente de trabalho. Foram listados quatro artigos que
abordam esta temática (TOLDRÁ; SÁ, 2008; LARA; ÁVILLA; CARVALHO-
FREITAS, 2008; PEREIRA-GUIZZO; DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2012;
PEREIRA; DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2009).
 Inserção – Nesta categoria, foram incluídas as condições e principais estratégias
de inserção de PcD no mercado de trabalho, as percepções das pessoas
inseridas e dos empregadores. Foram listados sete artigos que abordam esta
temática (LINO; CUNHA, 2008; NEPOMUCENO; CARVALHO-FREITAS, 2008;
TOLDRÁ; SÁ, 2008; COLOM TOLDRÁ, 2009; CARVALHO-FREITAS;
MARQUES, 2009; TANAKA; MANZINI, 2005; GARCIA; MAIA, 2014).
 Legislação – Foram listados os artigos que abordavam as legislações que
vigoram sobre o tema de pesquisa. Nesta categoria, foram listados três artigos
que abordam esta temática (YOSHIDA, 2008; COLOM TOLDRÁ, 2009;
ZANITELLI, 2013).
 Acessibilidade – nesta categoria, pretendeu-se selecionar os artigos que
discutissem as estratégias de adaptação do ambiente de trabalho para inclusão
de PcD. Foi listado um artigo que aborda esta temática (YOSHIDA, 2008).

Discussão dos resultados

Na busca realizada, foi encontrada uma discrepância em relação aos estudos


voltados para a inclusão de pessoas com deficiência física no trabalho com a mesma
população na escola. Pesquisas no contexto escolar foram mais frequentemente
realizadas, tendo em vista o número superior de publicações em relação com o
contexto de trabalho. Este dado permite postular sobre a importância de realizar-se
mais estudos sobre este assunto, no Brasil, país em que apesar da existência de uma
legislação que ampara as PcD em certos aspectos, ainda são diversas as barreiras à
inclusão encontradas: culturais, falta de políticas públicas e fiscalização (YOSHIDA,
2008; TOLDRÁ, 2009; GARCIA; MAIA, 2014; NASCIMENTO; DRAMASCENO; ASSIS,
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2011). O acesso das PcD aos serviços é reduzido, se comparado às necessidades que
se apresentam em relação ao trabalho, renda e vida social (TOLDRÁ; SÁ, 2008),
diferente do contexto educacional, onde a efetivação de políticas públicas está mais
fortemente estruturada, sendo observado maior espaço de investigação e intervenção,
obtendo maior visibilidade.
Estudos apontaram que em relação à qualidade de vida no trabalho, fatores como
condições de trabalho, oportunidades de crescimento profissional e remuneração foram
pontuadas como insatisfatórias (ABREU; MORAES, 2012). Para melhor qualidade de
vida no trabalho para PcD, exige-se que ações organizacionais assegurem recursos
adequados de trabalho, como possibilidades de feedbacks sobre seus desempenhos,
participação nas tomadas de decisão e treinamento, desta forma, minimizam-se fatores
estressores e favorecem-se atitudes mais inclusivas (CARVALHO-FREITAS; TETTE,
2012).
Os artigos apontaram estudos que investigam a inclusão de PcD e o significado do
trabalho. Este significado carrega um valor social e pessoal, que demonstra a
importância da inclusão no trabalho para PcD (PEREIRA; DEL PRETTE; DEL PRETTE,
2008; TETTE; CARVALHO-FREITAS; OLIVEIRA, 2014). No entanto, no mercado de
trabalho, este público ainda se depara com discriminação vinda dos demais
empregados e empregadores (MAIA; CAMINO; CAMINO, 2011). O conceito de inclusão
não se encontra claro no ambiente de trabalho; partem de uma concepção individual,
onde o sujeito deve se ajustar às condições impostas (VIOLANTE; LEITE, 2011).
Apesar dos estudos apontarem a importância do trabalho para pessoas com
deficiência física e a legislação brasileira abarcar leis que contemplem a inserção e
inclusão no trabalho, ainda existem muitas barreiras. Poucos artigos trouxeram
exemplos de condições adequadas de inclusão, desde condições estruturais do espaço
físico, até as relações sociais no ambiente de trabalho.

Considerações finais

No contexto nacional, está em curso um longo processo de mudança em relação


às PcD. No passado, a relação era de exclusão, isolando essas pessoas da sociedade,
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privando-as de interação social, inclusive do trabalho. Depois, passou-se para a


inserção, aumentando-se o acesso a áreas antes restritas, no entanto, sem um cuidado
de adaptação do meio, onde as barreiras eram principalmente físicas. Hoje, busca-se
efetivar o processo de inclusão, com adaptações de diversas naturezas para receber
pessoas com diferentes deficiências nos contextos de trabalho.
No entanto, o processo de inclusão está longe de ser concluído. Apesar de ser
subsidiado por leis que visam garantir a inclusão, é pouco aplicado na prática, como
consta na literatura supracitada.
Nesse sentido, entende-se que a Lei de Cotas, atrelada a outras recomendações
normativas, se configura ainda como necessária para o desenvolvimento inicial de
práticas inclusivas, pois promove a garantia da oportunidade de PcD, que por longos
anos foram segregados do convívio comum, se inserirem no mercado de trabalho.
Contudo, para que a inclusão não se restrinja a oportunidade de acesso, ou seja,
para que não se resuma à simples inserção, são necessárias mudanças estruturais nas
relações de trabalho, sem as quais a aplicabilidade das medidas previstas teria apenas
efeito paliativo. Ressalta-se aqui a necessidade cada vez maior do desenvolvimento de
pesquisas voltadas à compreensão e análise da nova realidade profissional no interior
das organizações de trabalho, tanto na avaliação e questionamento das práticas
existentes quanto para aventar e inventar novas possibilidades.
Na pesquisa realizada, verificou-se uma realidade diferente do que preconiza o
paradigma da inclusão de PcD. Nem todos os ambientes de trabalho que seguiam a Lei
de Cotas, investiam na acessibilidade física do local, tão pouco investiam na
profissionalização dessas pessoas.
As barreiras físicas e sociais ainda estão fortemente presentes, exigindo maior
investigação e intervenção, para ampliação da perspectiva de inclusão, de fato de PcD
no mercado de trabalho. Para tanto, faz-se necessário, além do acesso, a criação de
condições equânimes de se desenvolver profissionalmente, podendo, tanto quanto os
trabalhadores sem deficiência, vivenciar uma experiência de desenvolvimento de
carreira profissional e de ascensão nas estruturas organizacionais de trabalho,
ocupando, inclusive, postos de destacada liderança, autoridade e com a devida
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autonomia para a tomada de decisões que culminarão com o pleno exercício da


profissão escolhida.

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Campinas: Fragilidades e perspectivas. Revista de Terapia Ocupacional da
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VASCONCELOS, F. D. O trabalhador com deficiência e as práticas de inclusão no


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análise da inclusão social no mercado de trabalho do município de Bauru, SP.
Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 73-91, 2011.

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Boletim Epidemiológico Paulista (BEPA), v. 5, n. 57, 2008.

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brasileiras: impacto e possíveis alternativas. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro,
v. 18, n. 7, p. 2085-2094, 2013.

Tabela 1: Artigos selecionados após a busca on line.

Título Revista Nome Ano

Relações entre significado do trabalho e TETTE, R. P.G.;


Estudos de
percepção de suporte para pessoas com CARVALHO-FREITAS, M. N.; 2014
Psicologia (Natal)
deficiência em organizações brasileiras OLIVEIRA, M. S.

Características da participação das Revista Brasileira


pessoas com deficiência e/ou limitação de Estudos GARCIA, V. G.; MAIA, A. G. 2014
funcional no mercado de trabalho brasileiro Populares

Inclusão de pessoas com deficiência no Psicologia: Teoria e


SIMAS, A. 2014
trabalho: percepção dos universitários Prática

A lei de cotas para pessoas portadoras de


Ciência & Saúde
deficiência nas empresas brasileiras: ZANITELLI, L. M. 2013
Coletiva
impacto e possíveis alternativas

Trabalhador com deficiência física: Revista Brasileira LEAL, D. R.; MATTOS, G. D.;
2013
fragilidades e agravos autorreferidos de Enfermagem FONTANA, R. T.

CARVALHO-FREITAS, M. N.;
Comprometimento organizacional e
SILVA, L. M.; FARIAS, S. P.
qualidade de vida no trabalho para pessoas Psico USF 2013
M.; OLIVEIRA, M. S.; TETTE,
com e sem deficiência
R. P. G.
18

Pressões no trabalho e receptividade de Psico (Porto CARVALHO-FREITAS, M.N.;


2012
pessoas com deficiência Alegre) TETTE, R. P. G.

Avaliação de um programa de habilidades PEREIRA-GUIZZO, C. S.;


Psicologia:
sociais profissionais para pessoas com DEL PRETTE, A.; DEL 2012
Reflexão e Crítica
deficiência física desempregadas PRETTE, Z. A. P.

Valores organizacionais e concepções de


Psicologia: Ciência ÁVILA-VITOR, M. R. C.;
deficiência: a percepção de pessoas 2012
e Profissão CARVALHO-FREITAS, M. N.
incluídas

A qualidade de vida no trabalho de pessoas Revista Eletrônica


ABREU, V.; DE MORAES, L.
com deficiência: um estudo de caso em de Gestão 2012
F. R
uma grande empresa do setor metalúrgico Organizacional

Avaliação da estabilidade temporal do


Interação em ÁVILLA, M. R. C.;
inventário de concepções de deficiência em 2011
Psicologia CARVALHO-FREITAS, M. N.
situações de trabalho

A empregabilidade das pessoas com


Cadernos de
deficiência: uma análise da inclusão social VIOLANTE, R. R.; LEITE, L.
Psicologia Social 2011
no mercado de trabalho do município de P.
do Trabalho
Bauru, SP

Pesquisas e NASCIMENTO, L. C.;


Mercado de Trabalho para as Pessoas com
Práticas DAMASCENO, G. J. B.; 2011
Deficiência em Betim/MG
Psicossociais ASSIS, L. J.

Pessoas com Deficiência no Mercado de


Pesquisas e
Trabalho: Uma Análise do Preconceito a MAIA, L. M.; CAMINO, C.;
Práticas 2011
partir das Concepções de Profissionais de CAMINO, L.
Psicossociais
Recursos Humanos

As Repercussões Psicossociais do
Pesquisas e
Benefício de Prestação Continuada na Vida SILVA,A. I. P.; RIBEIRO, M.
Práticas 2011
no Trabalho de Pessoas com Deficiência A.
Psicossociais
Física

O Trabalho para Pessoas com Deficiência: Pesquisas e


Uma Discussão Preliminar sobre Práticas MOREIRA, L. B. et al. 2011
Diversidade, Poder, Minoria e Deficiência Psicossociais

Pessoas com Deficiências como Clientes


Pesquisas e
Internos e Externos: Investigando a FARIA, M. D.; CARVALHO, J.
Práticas 2011
Inclusão como Potencial Atrativo para L. F.
Psicossociais
Jovens Talentos

Cadernos de
O trabalho do deficiente como fator de RIBEIRO, R. P. D.; LIMA, M.
Psicologia Social 2010
desenvolvimento E. A.
do Trabalho

O trabalhador com deficiência e as práticas Revista Brasileira


de inclusão no mercado de trabalho de de Saúde VASCONCELOS, F. D. 2010
Salvador, Bahia Ocupacional

Políticas afirmativas: opinião das pessoas Rev. Ter. Ocup. COLOM TOLDRÁ, R. 2009
19

com deficiência acerca da legislação de


Univ. São Paulo
reserva de vagas no mercado de trabalho

Ativismo e deficiência: um estudo sobre os


Psicologia em CORDEIRO, M. P.
repertórios que dão sentido à vida 2009
Revista
independente

PEREIRA, C. S.; DEL


Habilidades sociais de trabalhadores com e Psicologia: Teoria e
PRETTE, A.; DEL PRETTE, 2009
sem deficiência física Pesquisa
Z. A. P.

Pessoas com deficiência e trabalho:


Psicologia Ciência CARVALHO-FREITAS, M. N.;
percepção de gerentes e pós-graduandos 2009
e Profissão MARQUES, A. L.
em Administração

Competitividade organizacional e os
portadores de necessidades especiais: a
função e o desempenho laboral destes Barbarói AREOSA, A. L. 2009
atores no interior da indústria do fumo e de
instituições financeiras

Uma questão de cotas?: como pessoas


Pesquisas e
com deficiência percebem sua inserção no
Práticas LINO, M. V.; CUNHA, A. C. B. 2008
mercado de trabalho com base em políticas
Psicossociais
públicas de inclusão

A profissionalização de pessoas com


Revista de Terapia TOLDRÁ, R. C.; SÁ, M. J. C.
deficiência em Campinas: fragilidades e 2008
Ocupacional N.
perspectivas

PEREIRA, C. S.; DEL


Qual o significado do trabalho para as
Psico-USF PRETTE, A.; DEL PRETTE, 2008
pessoas com e sem deficiência física?
Z. A. P.

A questão cognitiva e afetiva na inserção LARA, G. B.; ÁVILLA, M. R.


Psicologia em
das pessoas com deficiência no mercado C.; CARVALHO-FREITAS, M. 2008
Pesquisa
de trabalho N.

As crenças e percepções dos gerentes e as


Psicologia em NEPOMUCENO, M. F.;
possibilidades de trabalho das pessoas 2008
Pesquisa CARVALHO-FREITAS, M. N.
com deficiência

Bepa - Boletim
Pessoas com deficiência: legislação,
Epidemiológico YOSHIDA, M. A. G. B. 2008
acessibilidade e trabalho
Paulista

A inclusão de pessoas com necessidades


Revista Brasileira
especiais no trabalho: a visão de empresas
de Educação ARAUJO, J. P.; SCHMIDT, A. 2006
e de instituições educacionais especiais na
Especial
cidade de Curitiba

Revista Brasileira
O que os empregadores pensam sobre o TANAKA, E. D. O.; MANZINI,
de Educação 2005
trabalho da pessoa com deficiência? E. J.
Especial
Fonte: in loco.
20

Gráfico 1: Frequência acumulada dos artigos publicados no período de 2005 a 2015.

Fonte: in loco.

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