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I. RELATÓRIO
3. Por sua vez, às fls 04/06, foi descrita a justificativa de escolha do bem, dada em razão da
conformidade com o mercado imobiliário deste município e valor nos limites estabelecidos por Lei.
Além disso, descreve a realização de consulta prévia da capacidade de contratação com a
Administração dos candidatos, já ás fls. 07 juntou-se o Processo Administrativo Nº 028-2022.
4. Às 08/09 encontra-se o instrumento particular de compra e venda onde se ler a ser locado
em favor de ANTÔNIO RAIMUNDO PEDREIRA DA SILVA, CPF Nº 083.264.445-53, ora locatária
9. É o breve relato.
11. No que tange à emissão do presente parecer jurídico, vejamos o que prescreve a
legislação em vigor:
Lei nº 8.666/93
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de
processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado,
contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e
do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados
oportunamente:
[...]
VI – pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa
ou inexigibilidade.
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos
contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente
examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da
Administração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
12. Inicialmente, importante destacar que o exame destes autos restringe-se aos seus
aspectos jurídicos, excluídos, portanto, aqueles de natureza técnica. Em relação a estes,
partiremos da premissa de que a autoridade competente municiou-se dos conhecimentos
específicos para a sua adequação às necessidades da Administração, observando os requisitos
legalmente impostos, conforme Enunciado nº 07, do Manual de Boas Práticas Consultivas da
CGU/AGU:
13. De outra banda, cumpre mencionar que não é papel do órgão de assessoramento jurídico
exercer a auditoria quanto à competência de cada agente público para a prática de atos
administrativos. Incumbe, a cada um destes observar se os seus atos estão dentro do seu
espectro de competências.
14. Como cediço, o processo licitatório é regido pela Lei Federal Nº 8.666/93 e que as
licitações tem por objetivo selecionar a proposta mais vantajosa à Administração Pública. Para
tanto, são utilizados critérios objetivos e impessoais, com a finalidade de celebração de contratos
mediante processo regido pelos princípios da Administração, assegurando igualdade de
condições a todos os concorrentes.
15. O Artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, reproduzido no Artigo 2º, da Lei Federal
Nº 8.666/93, considera obrigatória a realização do processo licitatório, salvo em casos específicos.
Veja-se:
Constituição Federal
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Lei Nº 8.666/93
Art. 2º. As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações,
concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando
contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de
licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
16. Em que pese ser regra o referido processo, há situações que excepcionam a regra geral,
seja em razão da inviabilidade de competição, seja porque a lei expressamente autoriza que se
deixe de licitar.
17. Nos casos excepcionais, os preceitos estabelecidos nos Artigos 24, 25 e 26 da Lei Federal
Nº 8.666/93 devem ser observados.
18. Impende salientar que a contratação direta não possibilita à Administração o uso de
critérios arbitrários. Mesmo em casos de dispensa ou inexigibilidade de licitação, critérios legais
devem ser cumpridos, tais como a instauração do processo administrativo, conforme se verifica no
presente caso, possibilitando controle interno, além da observância dos Princípios da
Administração, a saber, Moralidade e Supremacia do Interesse Público.
20. Consoante exposto, o presente caso, busca-se a locação de determinado imóvel para o
funcionamento da Secretaria Municipal de Saúde deste município, o que atende ao que preceitua
o inciso X, do Artigo 24, da Lei Federal Nº 8.666/93.
22. Adende-se ainda que o inter procedimental relativo ao Processo de Dispensa de Licitação
ora em análise foi rigorosamente obedecido, não merecendo nesse aspecto quaisquer reparos.
23. Desta forma, a Procuradoria Geral do Município, por meio de sua Procuradora Geral infra
assinada, considerando a legislação vigente, especialmente o Artigo 24, X da Lei Federal Nº
8666/93, além dos documentos elencados, sopesa que na hipótese não há qualquer óbice à
locação do imóvel situado rua Adriano Pedreira, nº08, bairro Centro, neste município, de
propriedade de ANTÔNIO RAIMUNDO PEDREIRA DA SILVA, CPF Nº 083.264.445-53, ao preço
de R$ 6.000,00(seis mil reais) pelo período de 6 (seis) meses, para o funcionamento do
Departamento de Tributos deste município, uma vez que a medida atende aos preceitos legais
vigentes, em especial aos supra listados, RECOMENDANDO o prosseguimento do Processo de
Dispensa de Licitação Nº 014D-2022.