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PARECER JURIDICO

Processo nº 1000011766/2022
Interessado: Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos.
Objeto: Aquisição de Coletes para identificação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras do
Município de Senador Canedo.

EMENTA: DISPENSA DE LICITAÇÃO. ART. 24, INC. II, LEI


8.666/1993. SERVIÇOS E COMPRAS DE VALOR ATÉ 10%
(DEZ POR CENTO) DO LIMITE PREVISTO NA ALÍNEA
"A", DO INCISO II DO ART. 23. VEDAÇÃO PARA MESMO
SERVIÇO, COMPRA OU ALIENAÇÃO DE MAIOR VULTO
QUE POSSA SER REALIZADA DE UMA SÓ VEZ.

I – Relatório:
Vieram os presentes autos, objetivando a análise e elaboração de parecer quanto à
legalidade de contratação por dispensa de licitação, nos termos do inciso II, do artigo 24, Lei nº
8.666/1993, para Aquisição de Coletes para identificação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e
Obras do Município de Senador Canedo.

Preliminarmente, esclarecemos que tal exame aborda apenas os aspectos gerais


do processo, inerentes às atribuições dos aspectos jurídicos da modalidade adotada, como exige a Lei
8.666/1993, não adentrando, portanto, na análise de conveniência e oportunidade dos atos praticados,
nem em aspecto de natureza eminentemente técnico-administrativa.
Consta nos autos:
1. Ofício nº 270/2022 - SEINFRA, de 22/03/2022;
2. Termo de Referência, de 23/03/2022;
3. Orçamentos, de 22/03/2022;
4. Certidão Negativa de Débitos (CND);
5. Portaria nº 275/2021, de 24/03/2022;
6. Despacho, de 24/03/2022;
7. Declaração de Saldo, Impacto e Previsão Orçamentária, de 24/03/2022;
8. Nota de Reserva Orçamentária, de 01/04/2022;
9. Despacho Aprovando Requerimento, de 24/03/2022;
10. Termo de Autuação, de 12/04/2022;
11. Decreto nº 4903, de 13/09/2021;
12. Análise da comissão de licitação, de 12/04/2022;
13. Despacho, de 12/04/2022;
14. Minuta de Ato Declaratório.

Em mãos, consulta sobre a viabilidade de contratação por dispensa de


licitação em razão do valor. É o relatório. Segue o parecer.
II – Fundamentos:
O artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal, impôs como regra a
obrigatoriedade de licitar.
Artigo 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: (...)
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações.

Para regulamentar o exercício dessa atividade foi então criada a Lei Federal nº
8.666 de 21 de junho de 1993, mais conhecida como Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
Aduz o art. 3º da citada Lei, que licitação é o procedimento administrativo que visa selecionar a
proposta mais vantajosa à Administração, e, nos termos do art. 2º, licitar é a regra, no intuito de
selecionar a melhor proposta para a Administração, em estrita igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos
que lhes são correlatos.
A Administração, quando da realização do planejamento de suas contratações,
deve prever a totalidade dos recursos, dos valores, que serão gastos no decorrer do exercício
financeiro, se tratando de objetos da mesma natureza, é obrigatório efetuar o somatório dos valores
que serão gastos durante todo exercício financeiro com aquele objeto (o período do exercício
financeiro, coincide com o ano civil, isto é, de 1° de janeiro a 31 de dezembro do mesmo ano).
Deve-se observar o princípio da anualidade do orçamento. Logo, não pode o
agente público justificar o fracionamento da despesa com várias aquisições ou contratações no mesmo
exercício, por dispensa de licitação ou sob modalidade de licitação inferior àquela exigida para o total
da despesa no ano, quando decorrente da falta de planejamento. Ocorrerá o fracionamento ilegal,
quando não adotada modalidade correspondente ao somatório dos valores gastos durante todo o
exercício financeiro para os objetos da mesma natureza, dividindo a despesa e adotando modalidades
menos amplas para cada compra/contratação, ou ainda, utilizando de contratação direta de pequeno
valor (art. 24, I e II, Lei n° 8.666/93) para cada compra/contratação.
Deve-se ser submetida à análise técnico-administrativa do órgão solicitante,
para não incorrer em fracionamento ilegal de despesa, e sendo constatado a ausência de
fracionamento do objeto de mesma natureza no exercício, prevê a legislação vigente, a hipótese em
que é dispensável a licitação, nos termos do inc. II, do artigo 24, Lei 8.666/1993:
Art. 24. É dispensável a licitação: (...)
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite
previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos
casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo
serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma
só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

Todavia, tais valores foram devidamente atualizados com respaldo do art. 120,
Lei 8.666/1993, onde prevê que os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo
Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite
superior a variação geral dos preços do mercado, no período. Assim, a Presidência da República,
editou o Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018, que atualiza os valores das modalidades de licitação
de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com vigência à partir do dia 19 de julho
de 2018, nos seguintes termos:

Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº


8.666, de 21 de junho de 1993 , ficam atualizados nos seguintes termos:
I - para obras e serviços de engenharia:
a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e
trezentos mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e
trezentos mil reais); e
II - para compras e serviços não incluídos no inciso I:
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão,
quatrocentos e trinta mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão,
quatrocentos e trinta mil reais).
Art. 2º Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação.
Brasília, 18 de junho de 2018; 197º da Independência e 130º da República.

Com isso, o limite possível para dispensa de licitação em razão do valor,


passou a ser de até R$ 17.600,00 (dezessete mil e seiscentos reais), desde que não se refiram a
parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma
só vez, devendo ser lançado aos autos o preenchimento dos requisitos legais, bem como, a razão da
escolha do fornecedor ou prestador de serviços e justificativa de preços.
Alertamos que, mesmo nas dispensas de licitação, a comprovação da
habilitação do contratado deve ser exigida com relação aos aspectos essenciais à regularidade da
contratação (art. 55, XIII c/c arts. 27 a 33, da Lei nº 8.666/93). Cabe ao administrador, pois, zelar pela
efetiva validade dessas certidões na ocasião da contratação.
No que tange à regularidade fiscal, tanto a doutrina como a jurisprudência do
TCU são uníssonos no sentido de que, mesmo nos casos de contratação direta, devem ser exigidas a
comprovação de regularidade junto à Fazenda e a Dívida Ativa da União, o INSS e o FGTS 1. Além
disso, com o advento da Lei nº 12.440, de 2011, sobreveio também a necessidade de comprovação de
regularidade trabalhista, mediante a apresentação de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas –
CNDT. Ressalte-se que é essencial, também, a declaração relativa ao cumprimento do disposto no
artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal, nos termos do artigo 27, V, da Lei. 8.666, de 1993. Deverá
ser aferida a comprovação da regularidade fiscal, trabalhista e jurídica do proponente a ser
contratado, nos termos da Lei 8.666/1993.
No âmbito das contratações públicas, a regra é que a aquisição de bens e
serviços deve ser realizada por meio de contratos administrativos, provenientes de um procedimento
licitatório ou de uma contratação direta, em que foi estipulado determinado valor para a execução de
um serviço pactuado entre o órgão da Administração Pública e o fornecedor particular. Porém,
existem algumas ressalvas, quando se trata de um processo para aquisição de produtos, pode-se não
utilizar necessariamente o termo “contrato”, uma vez que a Lei nº 8.666/1993 permite que se substitua
esse instrumento por nota de empenho ou ordem de serviço.
O art. 62 da Lei nº 8.666/1993 dispõe que o instrumento de contrato é
obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação,
e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis,

1
ACÓRDÃO Nº 260/2002 TCU – Plenário (trecho)
“8.3. determinar ao Superior Tribunal de Justiça que:
8.3.1. observe a exigência legal (art. 29, inciso IV, da Lei nº 8.666/93) e constitucional (art. 195, § 3º) de que nas
licitações públicas, mesmo em casos de dispensa ou inexigibilidade, é obrigatória a comprovação por parte da
empresa contratada, da regularidade para com a seguridade social, por meio da apresentação de Certidão
Negativa de Débito (INSS – art. 47-I-a, da Lei nº 8.212/91); Certidão Negativa de Débitos de Tributos e
Contribuições Federais (SRF-IN nº 80/97) e Certificado de Regularidade do FGTS (CEF – art.27.a da Lei nº
8.036/90);”
tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução
de serviço.
O TCU admite dispensa de contrato para aquisições com entrega imediata,
firmou entendimento, por meio do Acórdão nº 1.234/2018 – Plenário, de que é possível dispensa de
contrato para aquisições com entrega imediata. Assim, de acordo com o Tribunal, há possibilidade
jurídica de formalização de contratação de fornecimento de bens para entrega imediata e integral, da
qual não resulte obrigações futuras, por meio de nota de empenho, independentemente do valor ou da
modalidade licitatória adotada, nos termos do § 4º do art. 62 da Lei nº 8.666/1993.
Asseverou o TCU, através desse ACÓRDÃO 1234/2018-PLENÁRIO, o que
dispõe em seu enunciado:
É possível a formalização de contratação de fornecimento de bens para
entrega imediata e integral, da qual não resulte obrigações futuras, por meio
de nota de empenho, independentemente do valor ou da modalidade licitatória
adotada, nos termos do art. 62, § 4º, da Lei 8.666/1993 e à luz dos princípios da
eficiência e da racionalidade administrativa. Entende-se por "entrega imediata"
aquela que ocorrer em até trinta dias a partir do pedido formal de
fornecimento feito pela Administração, que deve ocorrer por meio da emissão
da nota de empenho, desde que a proposta esteja válida na ocasião da
solicitação.

Caso venha ser substituído contrato por nota de empenho, vale destacar que a
entrega imediata referida na Lei deve ocorrer em até 30 (trinta) dias a partir do pedido formal de
fornecimento feito pela Administração Pública, que deve ocorrer por meio da emissão da nota de
empenho. O relator da matéria, ministro José Múcio Monteiro, destacou que a emissão da nota de
empenho deve ser considerada, para fins de contagem de prazo, o pedido formal do fornecimento.
No presente caso, recomenda-se o instrumento contratual caso verificado que o
fornecimento não seja de forma imediata e integral no prazo de 30 (trinta) dia, bem como, se dela
resultar obrigações futuras.
As compras, sempre que possível, deverão atender ao princípio da
padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas,
quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas.
Deverão ser observadas, ainda, a especificação completa do bem a ser adquirido
sem indicação de marca; a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função do
consumo e utilização prováveis, cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante
adequadas técnicas quantitativas de estimação; as condições de guarda e armazenamento que não
permitam sua deterioração.
Deverá constar nos autos também, o Termo de Referência, Projeto Básico, ou
documentação que lhes faça as vezes, contendo todos os elementos necessários e suficientes para
caracterizar o objeto da contratação, inclusive orçamentos detalhados em planilhas que expressem a
totalidade dos insumos com seus respectivos quantitativos e custos unitários. Em regra, não poderá
haver especificações que venham restringir ou direcionar a determinado bem ou serviço, vez que sua
indicação deve estar amparada em razões de ordem técnica, de forma motivada e documentada, que
demonstrem ser aquela marca específica a única capaz de satisfazer o interesse público.
Caberá à autoridade demonstrar a necessidade efetiva das quantidades a serem
adquiridas e, posteriormente, contratadas, bem como a destinação dos produtos e/ou serviços, no que
couber. Ainda, o levantamento inicial de preços, fundamentado em pesquisa prévia de preços de
mercado, devidamente comprovada nos autos mediante documentos emitidos por empresas do ramo,
consoante o disposto no art. 7º, inciso II, c/c art. 15, § 1º, art. 40, inciso X, art. 43, inciso IV, todos da Lei
nº 8.666/93 e art. 3º, incisos I e III, da Lei nº 10.520/02.
Apresenta estimativa de impacto orçamentário-financeiro e declaração de
compatibilidade da despesa com o PPA, LDO e LOA (quando for o caso), conforme arts. 15, 16 e 17 da
LRF; Declaração emitida de existência de saldo orçamentário suficiente e reserva orçamentária;
Autorização do gestor para iniciar o procedimento licitatório na modalidade cabível; Decreto de
nomeação da Comissão de Licitações; Ato Declaratório de dispensa de licitação, demonstrando quem
será o contratado, o preenchimento dos requisitos de habilitação, o valor da proposta selecionada para
adjudicação e homologação; A publicação nos meios legais próprios; Contrato; Notas de empenho,
para cada contrato; e por fim, o parecer detalhado do chefe do Controle Interno, abordando os
aspectos relevantes.
III – Conclusão:
Pelo exposto, deverá ser verificado o atendimento das formalidades legais
demonstradas, bem como, caso constatado a ausência de fracionamento do objeto de mesma natureza,
prevê a legislação vigente, a hipótese em que é dispensável a licitação, nos termos do inc. II, do artigo
24, Lei 8.666/1993, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de
maior vulto que possa ser realizada de uma só vez, e obedeça ao limite legal de até 10% (dez por
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo 23 da Lei 8.666/1993, devendo o gestor
tomar conhecimento aos referidos apontamentos, bem como, nos termos do inciso I, §7º, artigo 15 da
Lei 8.666/1993, para conter todos os elementos necessários e suficientes para caracterizar o objeto da
contratação, contendo a indicação da razão da escolha do fornecedor ou prestador de serviços e
justificativa de preços.
Deve-se ser submetida à análise técnico-administrativa do órgão solicitante
responsável pelo planejamento e controle de gastos, para não incorrer em fracionamento ilegal de
despesa, bem como, providenciar a formalização dos autos nos moldes do art. 3º, da Instrução
Normativa nº 00010/20152, do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás – TCMGO, que
dispõe sobre a formalização e apresentação das licitações e contratos.
No presente caso, recomenda-se o instrumento contratual caso o fornecimento
não seja de forma imediata e integral no prazo de 30 (trinta) dias, bem como, se dela resultar
obrigações futuras. Em todo caso, deverá ser realizada aferição dos documentos de habilitação
jurídica, certidões de regularidade fiscal, trabalhista e econômico-financeira, além do cumprimento do
disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal, que constaram ausentes, nos termos do
artigo 27 da Lei 8.666/19933, observando-se o disposto no art. 61, parágrafo único da Lei 8.666/93 4,
como condição de vigência e eficácia.

2
Art. 3º Os processos referentes aos procedimentos para contratação deverão conter, no que couber:
I - solicitação das contratações feitas pelo chefe do órgão interessado nas aquisições;
II - Termo de Referência, Projeto Básico, ou documentação que lhes faça as vezes, contendo todos os elementos necessários e suficientes
para caracterizar o objeto da contratação, inclusive orçamentos detalhados em planilhas que expressem a totalidade dos insumos com
seus respectivos quantitativos e custos unitários;
devendo demonstrar a necessidade efetiva das quantidades a serem licitadas e, posteriormente, contratadas, bem como a destinação dos
produtos e/ou serviços, nos termos do art. 15, § 7º, inciso II, da Lei nº 8.666/93 c/c art. 3º, incisos I e II, da Lei nº 10.520/02, no que couber;
III - levantamento inicial de preços, fundamentado em pesquisa prévia de preços de mercado, devidamente comprovada nos autos
mediante documentos emitidos por empresas do ramo, consoante o disposto no art. 7º, inciso II, c/c art. 15, § 1º, art. 40, inciso X, art. 43,
inciso IV, todos da Lei nº 8.666/93 e art. 3º, incisos I e III, da Lei nº 10.520/02;
IV - estimativa de impacto orçamentário-financeiro e declaração de compatibilidade da despesa com o PPA, LDO e LOA (quando for o caso),
conforme arts. 15, 16 e 17 da LRF;
V - declaração emitida pelo contador de existência de saldo orçamentário suficiente e reserva orçamentária;
VI - autorização do gestor para iniciar o procedimento licitatório na modalidade cabível;
VII - decreto de nomeação da Comissão de Licitações;
VIII - edital de licitação, nos termos do art. 40 da Lei nº 8.666/93;
IX - minuta do contrato a ser firmado pelo vencedor, acompanhando o Edital de licitação;
X – Parecer prévio de exame e aprovação pela assessoria jurídica da Administração acerca das minutas do edital de licitação, bem como
dos contratos, acordos, convênios ou ajustes congêneres;
XI - publicação da íntegra do edital no site oficial do município, bem como do respectivo extrato nos meios legais próprios, conforme a
modalidade de licitação, em observância às Leis nº 8.666/93, nº 10.520/02 e nº 12.527/11 no que couber;
XII - a documentação de habilitação dos licitantes exigida no edital;
XIII - as propostas de fornecimento ou prestação, de acordo com o edital;
XIV - as atas das sessões de abertura e julgamento;
XV - o demonstrativo de análise da Comissão de Licitação, indicando as propostas vencedoras;
XVI - parecer jurídico detalhado sobre o procedimento licitatório emitido por assessor jurídico habilitado;
XVII - a adjudicação, por ato do gestor responsável, das propostas vencedoras;
XVIII - a homologação, por ato do gestor responsável, das propostas adjudicadas;
XIX - o contrato celebrado, devidamente assinado pelas partes, e as testemunhas;
XX - demonstrativo das composições dos custos da contratação;
XXI - ato emitido pelo gestor do órgão designando representante da Administração para acompanhamento e fiscalização da execução do
contrato.
XXII - a publicação nos meios legais próprios, do extrato do contrato;
XXIII - as notas de empenho, para cada contrato, e para todo o exercício, de acordo com as unidades orçamentárias;
XXIV - o parecer detalhado do chefe do Controle Interno, abordando os aspectos relevantes do procedimento licitatório, do contrato, e do
fornecimento ou prestação.
Parágrafo único. Nos casos de inexigibilidade e dispensa de licitação, os documentos tratados nos itens VIII a XIV e XVII a XVIII serão
substituídos pelo ato declaratório destas.

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Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV - regularidade fiscal.
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.

4
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua
lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às
cláusulas contratuais. Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que
O presente parecer é opinativo e não vincula o administrador, este tem a
administração do bem público, portanto, deixo a discricionariedade, conveniência e oportunidade ao
gestor quanto o prosseguimento deste procedimento que deverá ser acrescido dos atos recomendados.
É o parecer, s.m.j.
Senador Canedo - GO, aos 12 de abril de 2022.

Anadires Rodrigues Toledo Júnior


Consultor Jurídico
OAB/GO nº 32.527

é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua
assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no
art. 26 desta Lei.

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