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133/2021
B) EM RAZÃO DE SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS – ART. 24, INCISO III (guerra e grave perturbação da
ordem pública); ART. 75, INCISO VII (guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal e grave
perturbação da ordem pública); ART. 24, INCISO V (licitação deserta é hipótese de dispensa. A fracassada
não); ART. 75, INCISO III, a e b (a deserta e a fracassada, para licitações realizadas há pelo menos 01 ano,
são hipóteses de dispensa).
HIPÓTESES DE DISPENSA DE LICITAÇÃO
• Sigilo do orçamento – Art. 24 (já previsto no RDC). Desde que justificado e previsto no edital,
o orçamento pode ser sigiloso. O sigilo não alcança os órgãos de controle interno e externo. O
sigilo não vale para o critério de julgamento maior desconto porque o preço estimado pela
Administração constará do edital;
AGENTES DE CONTRATAÇÃO
• Art. 7° - quem pode ser designado para exercer as funções da Lei:
a) servidores efetivos ou empregados públicos, preferencialmente;
b) devem ter atribuições relacionadas à licitação e contratos, ou formação
compatível, ou curso nas escolas de governo;
c) não podem ser cônjuge ou companheiro, nem mesmo ter vínculo de
parentesco (até terceiro grau)com licitantes ou contratados habituais da
Administração, nem vínculo comercial, trabalhista, civil e financeiro com
eles;
AGENTES DE CONTRATAÇÃO
• Art. 8° - a condução da licitação agora é feita por agente de contratação, exceto no pregão que
é o pregoeiro. Não há mais comissão de licitação, salvo excepcionalmente (ela está prevista
obrigatoriamente para a modalidade de diálogo competitivo e pode ser adotada para
contratação de bens e serviços especiais).
• Esse agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responde individualmente, salvo
se foi induzido a erro pela equipe (aqui a responsabilidade passa a ser solidária entre o agente e a
equipe de apoio).
• A comissão, quando possível de ser constituída, é formada por, no mínimo 3 membros, com
responsabilidade solidária entre eles, salvo aquele que expressar posição divergente dos demais.
• Art. 8°, §4° - em licitação de bens e serviços especiais, não contratados rotineiramente, poderá ser
contratada empresa ou profissional especializado para assessorar os agentes responsáveis pela
licitação.
MODALIDADES DA NOVA LEI DE
LICITAÇÃO
• Art. 28 da Lei nº 14.133/21
• São modalidades de licitação:
• I - pregão;
• II - concorrência;
• III - concurso;
• IV - leilão;
• V - diálogo competitivo.
MODALIDADES DO REGIME ANTIGO
SÃO AS MODALIDADES DE LICITAÇÃO DAS QUAIS TRÊS SÃO
INCICADAS ABAIXO (art. 22 da Lei n° 8.666/93):
1- CONCORRÊNCIA
2- TOMADA DE PREÇOS
3- CONVITE
4- CONCURSO
5- LEILÃO
6- PREGÃO – Lei n° 10520/02 e decreto federal n° 1024/19
MODALIDADES – art. 28
• 1- PREGÃO – é obrigatório para contratação de bens e serviços comuns. Também
pode ser adotada para serviços comuns de engenharia (que são aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade são definidos objetivamente pela edital, mas
dependem de acompanhamento por engenheiro ou arquiteto);
• Art. 17, §2° - preferencia para a forma eletrônica. Admite-se forma presencial, mas
desde que motivada, com sessão registrada em ata e gravada por vídeo e áudio.
• critérios de julgamento: menor preço ou maior desconto;
CONCORRÊNCIA
• 2- fase de competição:
• publicação de novo edital para contratar a solução tecnológica ou técnica escolhida
na fase de diálogo;
• todos que participaram da fase de diálogo competem em condições de igualdade
(inclusive aqueles cujas soluções foram escolhidas na fase de diálogo)
• apresentação de solução tecnológica e propostas de preço (em prazo não inferior a
60 dias). Vence quem apresentar a melhor solução (e não o melhor preço);
Fonte: MÂNICA, Fernando. In: OBSERVATÓRIO DA NOVA LEI DE LICITAÇÕES. Disponível em: http://www.novaleilicitacao.com.br/2021/01/12/dialogo-
competitivo-o-rito-de-uma-nova-modalidade-de-licitacao
DIFERENÇA ENTRE DIÁLOGO
COMPETITIVO E PMI
• O PMI – Procedimento de Manifestação de Interesse está previsto no art. 81.
A Adm. pode promover esse procedimento por meio de chamamento público para
que particulares a subsidiem com estudos, investigações, levantamentos para um
projeto que ela deseja implantar. Haverá um diálogo com o setor privado;
• Sempre antecede à licitação e a Adm. fica livre para decidir se realiza ou não o
certame. Aqui não há certeza de que haverá contratação.
• Aliás o particular que tiver seu projeto aprovado só será remunerado se houver
futura licitação e quem vai pagá-lo é o licitante vencedor.
• No diálogo competitivo, o diálogo entre o setor público e privado faz parte do
procedimento licitatório.
Mecanismos alternativos de resolução de
conflitos
• Art. 151 prevê autorização para uso dos meios alternativos de prevenção e solução de conflitos:
conciliação, mediação, arbitragem e comitê de resolução de disputas (dispute boards). Esse
último mecanismo é a primeira vez que se prevê um uma legislação brasileira;
• mecanismos autocompositivos (conciliação e mediação) e heterocompositivos (arbitragem). Esses
meios serão utilizados para solucionar controvérsias de direitos patrimoniais disponíveis
(equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, cálculo de indenizações e inadimplemento de
obrigações contratuais);
• Comitê de resolução de disputas – forma-se um comitê com especialistas (com previsão no
edital) que vão acompanhar todo o desenvolvimento do contrato de longa duração, atuando na
prevenção ou solução de possíveis conflitos, a depender dos poderes que lhes foram outorgados.
E a interferência do Judiciário ocorrerá apenas em relação às decisões que fujam da normalidade.
Entendimento TJSP – 10ª Câmara/2018.
Alteração do novo CPC
• O art. 177 altera o art. 1048 do novo CPC para estabelecer a tramitação prioritária
dos processos judiciais, em qualquer juízo ou Tribunal, em que se discute a Lei
Geral de Licitações;
• Toda e qualquer ação que discuta matéria da Lei Geral de Licitações deve ter
prioridade (essa foi a intenção do legislador);
• Há pontos em aberto e que devem ser refletidos: Juiz deve reconhecer de ofício a
prioridade de tramitação? Se não, quem deve argui-la?
• Vários licitantes discutindo judicialmente em diversas ações judiciais distintas
relativamente à mesma licitação. Pode conceder para uns e para outros não?
GARANTIAS
• A Administração pode exigir garantia do contratado e as hipóteses de garantia que o contratado pode
escolher foram mantidas (art. 96 – caução em dinheiro ou em títulos públicos, seguro-garantia e fiança-
bancária);
• Em relação ao seguro-garantia, de acordo com o texto, o edital para obras, serviços e fornecimentos
pode exigir uma garantia da empresa contratada por meio de um seguro de até 5% do valor inicial do
contrato, podendo ser majorado para até 10%, desde que haja justificativa.
• Já para contratação de obras e serviços de engenharia de grande vulto (valor estimado supera 200
milhões de reais) pode aumentar o valor do seguro-garantia e chegar a 30% do valor inicial do
contrato. Prevê-se a possibilidade de cláusula de retomada nesse caso.
SEGURO-GARANTIA
• Art. 102. Cláusula de Retomada (Performance bond). Se a empresa de obra ou serviços de
engenharia não cumprir o contrato, a seguradora deve assumir o remanescente da obra ou
do serviço (essa obrigação da seguradora deve estar prevista no edital).
• Essa previsão permite que o contrato seja cumprido, não importando por quem, sem
causar prejuízos para a administração pública e ao interesse público (com a previsão da
seguradora subcontratar a conclusão do contrato, total ou parcialmente).
• A seguradora funciona como fiscalizadora da execução do contrato.
• A seguradora, cumprindo o objeto do contrato, fica dispensada de pagar a importância
segurada na apólice; não cumprindo, deve arcar com esse valor integralmente.
COMPLIANCE E A NOVA LEI
• Art. 25, § 4º Nas contratações de obras, serviços e fornecimentos de grande vulto, o
edital deverá prever a obrigatoriedade de implantação de programa de integridade
pelo licitante vencedor, no prazo de 6 (seis) meses, contado da celebração do
contrato, conforme regulamento que disporá sobre as medidas a serem adotadas, a
forma de comprovação e as penalidades pelo seu descumprimento.
• Art. 60, inciso IV – estabelece que o edital pode prever como um dos critérios de
desempate (respeitando-se a ordem de critérios anteriormente elencados) o
desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações
dos órgãos de controle.