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4.

Sobre desapropriação como forma de intervenção na propriedade, é correto afirmar que:

*a) A desapropriação sancionatória urbana deve ser promovida pelo Município.*

b) A desapropriação para fins de utilidade pública deve ser promovida pelo Estado.

c) A propriedade rural improdutiva se sujeita à desapropriação confisco, sem direito à


indenização

d) A propriedade produtiva que utiliza mão de obra escrava se sujeita à desapropriação


para a reforma agrária.

5.
Quanto à desapropriação, assinale a alternativa correta.

A) O direito de desapropriar um imóvel pode ter como objetivo a satisfação de um interesse


privado.

B) No caso de desapropriação por interesse social, não há prazo de caducidade para sua
efetivação.

*C) Pode ser sujeito ativo da desapropriação o poder público e seus delegados, e
sujeito passivo o proprietário do bem.*

D) A desapropriação por necessidade e interesse público tem por pressuposto a função


social da propriedade.

E) O espaço aéreo e o subsolo não podem ser expropriados, por não serem bens sujeitos à
apropriação.

PROVA A1 VAI ATÉ AQUI - DESAPROPRIAÇÃO

INÍCIO MATÉRIA PARA N2:

LICITAÇÃO

REGIME ANTIGO
Lei 8666/93 - regime anterior.
Durante a pandemia a lei 8666/93 foi afastada e foi criado um regime de excepcionalidade.
Mas ela ainda está vigorando.

Lei do pregão: Lei 10520/02


A 8666 se preocupava apenas com obras de engenharia e essa lei de pregão veio para
cobrir essa defasagem.
RDC (regime diferenciado de contratação) - Lei 12462/11 - para eventos desportivos, pois
precisavam ser feitas obras que não daria tempo de serem concluídas se fosse usar a lei
8666.
Inicialmente ele seria apenas para contratação de obras e engenharia para esses eventos,
mas depois ficou em definitivo, pois se mostrou bastante eficaz.

O Administrador devia escolher qual lei utilizaria.

Agora temos a nova lei:

Lei 10.133/21 - editada durante o período pandêmico. Essa lei entra em vigor na data da
publicação (1/4/21) e estabelece que durante dois anos o administrador ainda pode optar
qual regime ele vai adotar. Não revogou diretamente. Pequenos municípios, inclusive, terão
prazo maior - 6 anos - para continuarem utilizando o regime anterior, para adaptação
(contratação de novos servidores, capacitação etc).

Isso não é vacatio legis, pois a partir do momento que entrou em vigor já estava disponível.
E tem uma parte da 8666 que foi revogada, ART. 89 - crimes licitatórios, e toda essa parte
foi revogada, indo para o código penal.

A nova lei NÃO regula as estatais, que são regidas pela Lei 13.303/16
(Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista).

CONCEITO E FUNDAMENTOS

Licitação é um conjunto de atos, um procedimento administrativo, pelos quais o


administrador vai escolher a melhor proposta para a celebração de um contrato de interesse
público.

A regra é: quando for detectada a necessidade de contratação de algo, seja uma obra, um
serviço, uma compra ou uma alienação - a regra é que o Poder Público precisa licitar, para
dar oportunidade a todos que queiram ser contratados. Devendo dar a mesma oportunidade
a todos, escolhendo então a melhor proposta, de acordo com os critérios estabelecidos.
Impessoalidade, isonomia, moralidade são fundamentos.
Mas também pelo desenvolvimento sustentável que é um princípio na nova lei, não devendo
ser visto apenas como relação ao meio ambiente, mas também envolvem questões, além
da ambiental, questões sociais (inclusão social) e também o viés econômico.

Temos exceções? Sim.

Está prevista no próprio artigo 37, inciso XXI


XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.

Às exceções estão nas leis.

Temos as seguintes hipóteses de exceção:

Contratação direta:
- Dispensa ou dispensável
- Art. 24, 8.666/93
- Art. 75, 14.133/21
- Inexigibilidade
- Art. 25, 8.666/93
- Art. 74, 14.133/21

Dispensa x Inexigibilidade
Dispensa é um ato discricionário, onde o Poder Público não é obrigado a dispensar. Ele
que vai determinar. Se ele achar que é melhor licitar ele o fará.
O rol da dispensa como regra é taxativo! As hipóteses de dispensa estão na Lei, e o
administrador não pode criar hipóteses que não estejam na legislação. Isso não significa
que não existam outras hipóteses, mas elas também estão em outras leis. Jamais o
administrador poderá criar uma hipótese que não esteja prevista na legislação.
O legislador permite dispensar a licitação em razão de alguma situação: às vezes
excepcional, às vezes em razão do valor pequeno do contrato, às vezes para estimular um
determinado tipo de contração, mas no fundo toda hipótese contempla competição (mas o
legislador permite dispensar em razão dessas hipóteses) apesar da possível competição.

A Inexigibilidade ocorre em menor número, sendo apenas 5 hipóteses, e é um ato


vinculado - o administrador não tem opção. Diante de uma situação de inexigibilidade ele
precisa contratar diretamente, não conseguirá licitar. São situações em que não tem
competição. São situações exemplificativas, não sendo um rol taxativo, podendo, numa
situação similar, adotar a Inexigibilidade.

licitação deserta: é caso de dispensa. Na lei antiga pode ser caso de dispensa, pois abriu-se
o edital, mas ninguém teve interesse.
Então, com os mesmos critérios, ela pode dispensar a licitação.

Licitação fracassada (frustrada): enquanto na deserta não apareceu nenhum, na fracassada


abre o edital, existem interessados, mas aí todos os participantes ou tiveram suas propostas
desclassificadas ou tiveram a documentação irregular. Então todos são declarados
desclassificados, fazendo com que q licitação fracasse.
A 8666 diz que nesse caso o administrador deve conceder um prazo de 8 dias úteis pra
corrigir as irregularidades, tentando salvar a licitação, não sendo considerada hipótese de
dispensa.

Já na nova lei, as duas formas (deserta ou fracassada) são consideradas hipóteses de


dispensa. Com uma condição: desde que a licitação tenha sido feita há pelo menos um ano.
Próx aula: Licitação Dispensada

AULA 6 - 19/09

pegar o começo da aula!

LICITAÇÃO DISPENSADA
Art. 76 - Lei 14.133/21

Princípios
Art. 5° - repete-se o LIMPE do art. 37, “caput”;

Fala-se também em segurança jurídica, razoabilidade e proporcionalidade (Lei nº 9.784/99);

Competividade – a licitação deve ser estruturada de modo a atrair o maior número possível
de interessados;

Transparência – (publicidade e transparência). A transparência é mais ampla (cria-se um


portal de
transparência nacional – art. 174. PNCP – Portal Nacional de Contratações Públicas). A
publicação
no portal é condição indispensável para a eficácia do contrato e seus aditamentos. Não
basta publicar
seus atos. O poder público tem que fornecer toda e qualquer informação precisa e acessível
aos
cidadãos e órgãos de controle, permitindo-se inclusive participação social (audiência e
consultas
públicas);

Eficiência e eficácia – Eficiência é a relação de adequação entre custo benefício, enquanto


Eficácia
diz respeito ao resultado em si (ligada à análise dos resultados obtidos);

Segregação de função – as funções devem estar distribuídas entre agentes diferentes. Uma
mesma autoridade não pode elaborar o edital e julgar as propostas, conduzir a licitação e
fiscalizá-la ao mesmo tempo. O princípio impede a formação de conflito de interesses;
(crítica: Municípios menores terão que contratar novos funcionários - inchando ainda mais a
máquina pública - para poderem cumprir esse requisito da nova lei. Eles têm 6 anos para se
adequar.
Planejamento – aplica-se sobretudo na fase interna da licitação. Não se quer licitações
aventureiras. O gestor deve planejar a licitação por instrumentos próprios: plano de
contratação anual, estudos técnicos preliminares, termos de referência, anteprojeto,
projeto básico ou executivo, orçamento estimado e matriz de riscos. Apesar de válida a
preocupação, corre-se o risco de pequenos Municípios não conseguirem implementar
tantas
exigências;

Desenvolvimento nacional sustentável – já previsto na Lei n° 8.666/93 (como fundamento


da
licitação) e mantido no novo regime (como princípio). A administração usa de seu poder de
compras
para condicionar comportamentos sociais, econômicos e ambientais (para efetivar políticas
públicas);
• A nova Lei detalha um pouco mais o assunto, a exemplo do RDC.

Previsões de sustentabilidade e de reservas de preferências:


✓ O edital pode prever margem de preferência para empresas que utilizam bens recicláveis
ou
biodegradáveis– art.26, II;
✓ O edital pode prever percentual mínimo de mão-de-obra destinado às mulheres vítimas
de violência
ou a egressos oriundos do sistema prisional – art. 25, §9º, inciso I e II;

✓ O edital poderá prever margem de preferência a bens manufaturados e serviços


originários de
países partes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), desde que haja reciprocidade - art.
26,
inciso III.

Sigilo do orçamento – Art. 24 (já previsto no RDC). Desde que justificado e previsto no
edital,
o orçamento pode ser sigiloso. O sigilo não alcança os órgãos de controle interno e externo.
O
sigilo não vale para o critério de julgamento maior desconto porque o preço estimado pela
Administração constará do edital;

APS
1 - Apresentação de uma resenha crítica contendo os aspectos mais relevantes do Regime
Diferenciado de Contratações
Públicas (RDC), aprovado pela Lei 12.462 de 2011, bem como os aspectos controvertidos
e os considerados
inconstitucionais.

A professora vai passar um artigo para ajudar. Além de fazer a resenha, deverá ser feita
uma análise da decisão do Supremo (relator Fux).

RDC NÃO É INCONSTITUCIONAL. (julgamento do Supremo)

Orçamento sigiloso: ao final do procedimento se publicava o orçamento, após já definir o


vencedor.
Em nenhum momento os orçamentos foram sigilosos aos órgãos de controle.

Fazer entre 2 e 4 laudas.

AGENTES DE CONTRATAÇÃO

• Art. 7° - quem pode ser designado para exercer as funções da Lei:


a) servidores efetivos ou empregados públicos, preferencialmente;
b) devem ter atribuições relacionadas à licitação e contratos, ou formação
compatível, ou curso nas escolas de governo;
c) não podem ser cônjuge ou companheiro, nem mesmo ter vínculo de
parentesco (até terceiro grau)com licitantes ou contratados habituais da
Administração, nem vínculo comercial, trabalhista, civil e financeiro com
eles;

Art. 8° - a condução da licitação agora é feita por agente de contratação, exceto no pregão
que
é o pregoeiro. Não há mais comissão de licitação, salvo excepcionalmente (ela está prevista
obrigatoriamente para a modalidade de diálogo competitivo e pode ser adotada para
contratação de bens e serviços especiais).
• Esse agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responde
individualmente, salvo
se foi induzido a erro pela equipe (aqui a responsabilidade passa a ser solidária entre o
agente e a
equipe de apoio).
• A comissão, quando possível de ser constituída, é formada por, no mínimo 3 membros,
com
responsabilidade solidária entre eles, salvo aquele que expressar posição divergente dos
demais.
• Art. 8°
, §4° - em licitação de bens e serviços especiais, não contratados rotineiramente, poderá ser
contratada empresa ou profissional especializado para assessorar os agentes responsáveis
pela
licitação.

Comissão: responsabilidade solidária


Agente único: responsabilidade dele.
MODALIDADES DA NOVA LEI DE LICITAÇÃO
• Art. 28 da Lei nº 14.133/21
• São modalidades de licitação:
• I - pregão;
• II - concorrência;
• III - concurso;
• IV - leilão;
• V - diálogo competitivo (é um dispositivo novo, não tinha na lei 8666)

Não temos mais:


- Tomada de preços
- Convite

Essas duas modalidades foram retiradas pois se tornaram obsoletas depois do pregão e
então depois do pregão se tornaram menos usadas.

Em princípio a diferença era pelo valor do contrato. A concorrência seria para contratos de
maior valor. Contratos de valor mediano ficavam com a tomada de preços e contratos de
pequeno valor, o convite. Expedia-se a carta convite, questionando se os licitantes queriam
participar.

Hoje não se fala mais em valor, não sendo mais isso que define a diferença entre as
modalidades agora é o objeto: o que está sendo contratado.

A concorrência era a mais importante da lei 8666.

Agora temos:

- Pregão: bens e serviços comuns;


- Concorrência: obras e serviços de engenharia e os bens e serviços especiais (há
possibilidade de pregão se o serviço de engenharia for comum); a concorrência
aceita tanto serviço de engenharia comum quanto o especial;
- Concurso: Trabalho técnico, artístico ou científico;
- Leilão: Alienação de bens
- Diálogo competitivo: inovações tecnológicas (bem específico).

MODALIDADES – art. 28
• 1- PREGÃO – é obrigatório para contratação de bens e serviços comuns (aqueles que
podem ser objetivamente definidos no edital - o comum se contrapõe ao técnico, que é
predominantemente intelectual e demanda um profissional especializado).
Também pode ser adotada para serviços comuns de engenharia (que são aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade são definidos objetivamente pela edital, mas
dependem de acompanhamento por engenheiro ou arquiteto) - se o serviço de engenharia é
comum pode ser pregão;
Serviço de engenharia comum: é o serviço que é comum mas depende da aprovação de um
engenheiro (exemplo: troca de ar condicionado; serviços mais simplificados que demandam
muito mais uma aprovação do que propriamente um serviço técnico). Lembra mais uma
manutenção predial.

• Art. 17, §2° - preferência para a forma eletrônica. Admite-se a forma presencial, mas
desde que motivada, com sessão registrada em ata e gravada por vídeo e áudio.
• critérios de julgamento: menor preço ou maior desconto;
(No maior desconto não tem como ter sigilo pois a ADM precisa publicar o valor que já
conseguiu, oferecendo o serviço ou a venda para a empresa que apresentar o maior
desconto sobre o valor apresentado).

CONCORRÊNCIA
❑ PELA Lei 8.666/93, art. 23, §3º
▪ mais complexa das modalidades e pode substituir tomada de preços e convite
▪ Permite que qualquer pessoa participe, desde que preencha as condições do edital
▪ Obras e serviços de engenharia acima de 3 milhões e 300 mil e compras e outros
serviços acima de 1 milhão e 430 mil;

PROCEDIMENTO DA CONCORRÊNCIA
A CONCORRÊNCIA REGULADA PELA LEI 8.666/93 APRESENTA AS SEGUINTES
FASES:

❖EDITAL (é a lei da licitação)


❖ HABILITAÇÃO (Habilitação jurídica, Regularidade fiscal, Qualificação técnica e
Qualificação econômico-financeira) (abre-se o envelope contendo a documentação, e a
depender da quantidade de participantes essa fase poderia demorar muito). E cada um dos
participantes rubricava os documentos (essa fase era extremamente demorada e
burocrática).
❖ JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS (Conformidade de cada
proposta com o edital, desclassificação das propostas inexequíveis ou contrárias a cláusula
do edital e propostas classificadas são postas em ordem classificatória de acordo com
critério de julgamento) (aqueles que se habilitaram terão os envelopes dos valores abertos).
❖HOMOLOGAÇÃO (aprovação do procedimento licitatório) - não são mais
responsabilidade da Comissão. Essas duas últimas fases são de responsabilidade da
autoridade que teve competência para iniciar a licitação.
❖ADJUDICAÇÃO (entrega do objeto contratual ao vencedor). Não gera direito adquirido à
contratação, mas apenas o direito de não ser preterido.

MODALIDADES
• 2- CONCORRÊNCIA PELA LEI 14.133/21 – para contratar obras e serviços de
engenharia – comuns ou especiais (lembrando que serviços comuns de engenharia
podem ser contratados também por pregão); para contratar bens e serviços especiais
(que são aqueles que, pela complexidade, os padrão de desempenho e de qualidade não
possam ser definidos objetivamente pelo edital). Não importa o valor da contratação;
• Critérios de julgamento: menor preço, melhor técnica ou conteúdo artístico, técnica e
preço, maior desconto, maior retorno econômico. Só não cabe o maior lance que fica
reservado para o leilão;
• Mesma observação sobre à forma eletrônica ou presencial. Preferência para a forma
eletrônica da concorrência. Admite-se forma presencial, mas desde que motivada, com
sessão registrada em ata e gravada por vídeo e áudio.

(Depois vai falar do concurso e pregão)

FASES DO PREGÃO E DA
CONCORRÊNCIA
• Art. 29 - A concorrência e o pregão seguem o mesmo rito procedimental a que se refere o
art. 17
• Fase preparatória ou interna*
• Edital
• Apresentação de Propostas e lances (disputa fechada ou aberta - fechada é proposta
escrita em envelope. Aberta é o lance verbal).
• Julgamento
• Habilitação (é possível primeiro habilitar e depois julgar, desde que motivado e com
explicitação dos benefícios decorrentes dessa inversão – art. 17, §1°. Precisa prever
expressamente no edital.)
• Fase recursal única (quem quiser recorrer é nesse momento que pode fazer. Antes
podia recorrer em todos os momentos. Agora é uma fase única.)
• Homologação (sem adjudicação): autoridade Competente que verifica e aprova.
• Lembre-se que os critérios de julgamento na concorrência são em maior número

O pregão inverteu a ordem, em relação à concorrência, primeiro analisando as propostas


(julgamento e classificação das propostas) e depois passa-se a fazer a habilitação.
Nova modalidade licitatória – diálogo
competitivo
• Art. 32 - Para contratação de obras, serviços ou compras (contratações complexas) e só
pode ser adotada:
• para inovação tecnológica ou técnica;
• ou que envolva soluções que dependem de adaptação das opções disponíveis no
mercado;(a primeira fase não é a competição, mas sim uma conversa com a iniciativa
privada para conhecer a expertise necessária.) (num primeiro momento há um edital
chamando essas empresas para essa conversa - sigilosa - que é feita com cada
participante em separado e de forma sigilosa, a fim de proteger o segredo profissional da
empresa, quanto àquela solução tecnológica). Depois da conversa se define o objeto de
contratação agora para que sejam apresentadas as propostas de preços. (É um
procedimento complexo).
• ou quando envolva especificações que não podem ser definidas de forma suficiente pela
Administração;
• e pode ser adotada para a concessão de serviço público e PPP (Arts. 179 e 180 da nova
Lei alteram a Lei 8.987/95 e a Lei 11.079/04 - interessante essa possibilidade porque se
tratam de contratos complexos e a Administração nem sempre têm noção de como
instrumentalizá-los);

Próxima aula: DIFERENÇA ENTRE DIÁLOGO COMPETITIVO E PMI

Aula 26/09 - prova A1


Aula 03/10 - FALTEI

Aula 10/10

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (Lei 8666/93 e Lei 14.133/21)


X
CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO

Mutabilidade e equilíbrio econômico-financeiro


(só a ADM pública pode alterar o contrato para ajustar às necessidades públicas) não há
pacta sunt servanda.
O equilíbrio econômico aqui elencado significa que a toda alteração unilateral corresponde
ao reequilíbrio econômico do contrato. A ADM tem permissão para fazer essas alterações
no contrato de forma unilateral, para viabilizar interesses públicos, mas se por conta dessa
mudança haver prejuízo financeiro ao contratado, deve haver indenização. O prejuízo deve
ser arcado pela ADM.

Nova exigência. Art.94 nova Lei – a publicação dos contratos no PNCP é fundamental para
sua eficácia: publicação deve ocorrer em 20 dias úteis (se houve licitação) ou 10 dias úteis
(se houve contratação direta), a contar da assinatura do contrato;

- cláusulas exorbitantes – art. 58 Lei 8.666/93 e art. 104 da Lei 14.133/21 - aqui não são
abusivas. Também não não consideradas leoninas (relações de consumo). Tem previsão
legal. São cláusulas fora da órbita do Direito Privado. São exclusivas do Direito Público e
vão colocar o Poder Público numa posição de supremacia.

São elas:

1- exigência de garantia (art.56, §1°da Lei 8.666/93 e art. 96, §1° da Lei 14.133/21):
caução em dinheiro ou títulos da dívida pública, fiança-bancária ou seguro-garantia (é a
mais utilizada); quem escolhe é o CONTRATADO. A ADM exige, mas o contratado pode
escolher como quer prestar essa garantia.

2- alteração unilateral do contrato (mutabilidade) (limites do art. 65, §1º da Lei 8.666/93 e
art. 125 da Lei 14.133/21). Limites mantidos = até 25% para obras, serviços ou compras
(para acréscimos ou supressões) e até 50% para reforma de edifício ou equipamentos (para
acréscimos - sem limite para supressão). O CONTRATADO NÃO ALTERA
UNILATERALMENTE. QUEM ALTERA É A ADM PÚBLICA - e não depende do
consentimento do contratado.

3- extinção unilateral do contrato (antes falava-se “rescindi-los”). Pode ocorrer de forma


unilateral, por acordo, por decisão arbitral ou judicial. (Mérito, interesse público,
conveniências). Se houver prejuízo à contratada deve haver indenização por parte da ADM
pública (equilíbrio econômico financeiro). Se a contratada der causa, estiver em falta,
violando cláusulas contratuais, ela acabará levando à extinção antecipada do contrato e não
terá direito à indenização, mas sim ela que deverá indenizar a ADM pública, pois deu causa
à extinção do contrato.

4- fiscalização do contrato (é exorbitante). Esses contratos devem ser constantemente


fiscalizados pela ADM e o contratado não pode se opor à essa fiscalização. Verificar se está
sendo mantida a qualidade do serviço.

5- aplicação de sanções (art. 87 da Lei 8.666/93 e art. 156 da Lei 14.133/21). A ADM pode
aplicar sanção tudo dentro de um processo administrativo. Se ela aplica penalidade deve-se
garantir contraditório e ampla defesa.
Art. 156. Serão aplicadas ao responsável pelas infrações administrativas previstas nesta Lei
as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa;
III - impedimento de licitar e contratar;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar.

6- ocupação temporária no caso de serviços essenciais - serviço público de natureza


essencial (transporte, saneamento, energia elétrica).
Se a empresa privada está prestando um serviço essencial de maneira contínua e a ADM
suspeitar de fraude. A ADM não pode simplesmente mandar encerrar a atividade, na
verdade ela pode manter a prestação do serviço mas passará a ocupar temporariamente as
instalações da empresa privada, comandando tudo, como um tipo de intervenção, de
maneira a não permitir que o serviço essencial não seja prejudicado a de alguma forma
cesse a atividade sob suspeita de fraude.

Teoria dos Riscos ou áleas


Novidade: a Lei 14.133/21, em seu art. 103 estabelece a possibilidade de se prever uma
matriz de riscos e como se dará o compartilhamento da responsabilidade por cada uma
deles. Preferencialmente, os riscos com cobertura securitária devem ser atribuídos ao
contratado.

Pela nova sistemática, a matriz de risco é a definidora do equilíbrio econômico-financeiro do


contrato.

Ela é obrigatória para as contratações integradas e semi-integradas e contratos de grande


vulto.
RISCOS OU ÁLEAS (vem de aleatório que está sujeito à risco - risco e álea é a mesma
coisa)

Riscos ou áleas podem ser:

1. ordinárias – previsíveis pelas partes no momento da contratação. Exemplo:


dissídios coletivos; (não são problema da ADM pública - são riscos inerentes ao
negócio - é um problema que atinge o contratado);
2. extraordinárias – imprevisíveis, inevitáveis e estranhas à vontade das partes.
Ocorrendo quaisquer desses riscos cabe o reequilíbrio econômico-financeiro,
respeitada, contudo, a matriz de risco entabulada entre as partes; (art. 124, inciso II,
alínea “d”). Quando se fala em riscos é exatamente sobre esse tipo, extraordinária,
que estamos falando. Esses riscos, força maior (força da natureza), caso fortuito.
Pela doutrina francesa clássica, os riscos extraordinários deveriam ser suportados
pela ADM Pública. Entretanto, com o advento da Covid, esse entendimento foi
questionado. Sendo assim, a lei que foi aprovada durante a pandmeia já se
aproveita dessa discussão e passa a estabelecer a necessidade em alguns
contratos de se prever uma MATRIZ DE RISCO. As partes devem estabelecer os
riscos que podem vir a incidir e como devem ser distribuídos. Em especial, riscos
segurados. Muitos riscos já estão assegurados. Pela nova lei para saber quem vai
assumir um risco deve-se observar a Matriz de Risco. Se não foi contratado pela
nova lei, a tendência é não atribuir os riscos extraordinários à ADM pública.

RISCOS EXTRAORDINÁRIOS

1. CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR

2. ÁLEAS ADMINISTRATIVAS:
a. fato do príncipe: Ex: contrato de concessão de obra (municipal x empresa).
Então a União, que não tem qualquer relação com o contrato, expede um
decreto aumentando a alíquota no imposto de uma mercadoria que será
usada naquela obra. Ou seja, um ente da ADM pública, fora da relação
contratual, está interferindo no contrato.

b. fato da Administração (“falta de pagamento” e a exceptio non adimplecti


contractus – art. 78, XV da lei 8.666/93 e art. 127, §2º, inciso IV: causa de
extinção do contrato se o atraso de pagamento for superior a 2 meses. Se o
contratado quiser, pode optar pela suspensão do contrato até a
normalização da situação)

Fato do príncipe não se confunde com Fato da Administração. O fato da administração é um


comportamento da administração contratante que causa um desequilíbrio econômico
financeiro.
3. INTERFERÊNCIAS IMPREVISÍVEIS OU PREVISÍVEIS DE CONSEQUÊNCIAS
INCALCULÁVEIS (Ex: áleas econômicas que oneram excessivamente o contrato).
(Ex. Covid)

PRAZOS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Como era? Regra Geral: art. 57 caput da Lei 8.666/93 (regra: prazo de 12 meses =
correspondentes a um exercício financeiro), salvo exceções. (Vinculação do prazo do
contrato ao orçamento. Havia exceções mas essa era a regra). (Permitia algumas
prorrogações até o máximo de 5 anos).

Como fica? Regra Geral: Art. 105. A duração dos contratos será a prevista em edital,
podendo ultrapassar 1 (um) exercício financeiro, mas a cada novo exercício demonstra-se a
disponibilidade orçamentário ou a previsão no plano plurianual;

A nova Lei 14.133/21 inova quanto aos prazos dos contratos administrativos. Hoje se
permite contratos indeterminados, de 05, 10, 15 até 35 anos.

Próxima aula: concessões e ppp

Atenção! Haverá atividade surpresa! em grupo, valendo 1 ponto na prova.

Aula 17/10

Pegar começo da aula

→ Concessão
Comum de serviço público

Estatuto das Concessões e Permissões de serviço público: Lei 8987/95

Concessão : serviços mais complexos


Pessoa jurídica ou consórcio de empresas
Para contratar concessão a modalidade como regra é a concorrência.

Permissão: serviços públicos menos complexos de menor investimento. Pode ser pessoa
física ou jurídica mas não pode ser um consórcio de empresas.
Para contratar aqui não há regra específica. O ADM pode escolher mas precisa licitar.

Em ambas as hipóteses precisa licitar para contratação.


Tarifa ou preço público é diferente de taxa.

Diferença taxa x tarifa

Tarifa - vem de relação contratual


Instituída negocialmente pelo contrato e q revisão é mais fácil.

Contrato de concessão de serviço público (Lei nº 8.987/95)

Concessão comum da lei n°8.987/95 – delegação da prestação de um serviço público a


uma pessoa jurídica ou consórcio de empresas, mediante licitação na modalidade
concorrência e por prazo determinado, remunerando a concessionária por tarifas pagas
pelos usuários;
CUIDADO: (Nova Lei Geral de Licitações – Lei 14133/21)) estabelece que as concessões
de serviços públicos podem seguir também a nova modalidade licitatória de diálogo
competitivo.

Características:
prazos dilatados e não se aplica o art. 105 e seguintes da Lei nº. 14.133/21
prevê cobrança de tarifas dos usuários, mas também prevê receitas alternativas
edital pode prever inversão de fases na concorrência - habilitação e julgamento
Art. 9°, §4º. Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio
econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à
alteração;

RISCOS: vigora interpretação da doutrina francesa clássica: Ordinários (responsabilidade


da concessionária) e Extraordinários (suportados pelo Poder Público Concedente).

Doutrina questionável diante da Lei 11.079/04 e da nova Lei de Licitação (ambas


requerendo distribuição clara e objetiva dos riscos entre as partes contratantes).

Cita-se ainda o Enunciado 28 da I Jornada de Direito Administrativo: Na fase interna da


licitação para concessões e parcerias público-privadas, o Poder Concedente deverá indicar
as razões que o levaram a alocar o risco no concessionário ou no Poder Concedente, tendo
como diretriz a melhor capacidade da parte para gerenciá-lo. Consequências da Covid-19.

EXTINÇÃO - Art. 35 da Lei nº. 8.987/95:

I - advento do termo contratual;


II - encampação;
III - caducidade;
IV – rescisão (unilateral, de comum acordo ou de pleno direito);
V – anulação (vício de ilegalidade); e
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do
titular, no caso de empresa individual.

Encampação e Caducidade
Sempre será o poder Público concedente que tem capacidade de extinguir unilateralmente
por encampação ou caducidade. Mas os motivos são diferentes.

Encampação: Rescisão unilateral da concessão pelo Poder Concedente por razões de


interesse público. Há direito à indenização. Não existe encampação sem indenização - o
poder Público precisa indenizar a concessionária.

Caducidade: Rescisão unilateral da concessão por inadimplemento contratual da


concessionária. Aqui não há indenização do poder Público, mas sim a concessionária pode
indenizar o poder Público por eventuais prejuízos, devendo ressarcir. Regra: a
concessionária ainda pode receber outras penalidades.

Parceria Público-Privada
(Lei n° 11.079/2004)

Art. 2º da Lei n° 11.079/04. Parceria público-privada é o contrato administrativo de


concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de


que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à
tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado. (Exemplo: todas as linhas novas do metrô. As antigas são concessão comum. As
novas tiveram investimento acima de 10 milhões de reais, devendo ser por concessão
patrocinada. A linha amarela é toda gerida pela iniciativa privada (via quatro) e ela recebe
além da tarifa uma contraprestação do Poder Público. A grande diferença aqui é a
remuneração. Se a concessionária estiver recebendo só tarifa, é uma concessão comum.
Se a concessionária estiver recebendo tarifa + contraprestação do Poder Público é
concessão patrocinada.)

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços (não existe ppp sem


que haja prestação de serviços) de que a Administração Pública seja a usuária direta ou
indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
Aqui, a remuneração é paga INTEGRALMENTE pelo parceiro público. Não tem tarifa.
Exemplo: a primeira concessão administrativa que tivemos foi um Hospital em Salvador que
está sendo totalmente gerido pela iniciativa privada. É o Hospital do Subúrbio (BA). Os
profissionais são contratados pela Concessionária. Não são concursados.

Só tarifa: concessão comum


Tarifa + contraprestação: concessão patrocinada
Sem tarifa: concessão administrativa
CUIDADO: (Nova Lei Geral de Licitações – Lei 14.133/21) estabelece que as PPPs podem
seguir também a nova modalidade licitatória de diálogo competitivo.

ATIVIDADE EM SALA

PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS

CONCESSÃO ADMINISTRATIVA

Vantagens:
- Eficiência e eficácia (efetividade) da iniciativa privada. Os detentos são beneficiados
com um sistema muito mais eficaz no que se refere à ressocialização, a exemplo
temos as salas de informática com possibilidade de utilização para cursos
profissionalizantes e estudos diversos, além de sistema de saúde e salas de aulas;
- As celas possuem rígido controle quantitativo, no presídio em BH por exemplo, há 4
detentos por cela no regime fechado e 6 detentos no regime semi aberto;
- Os valores de manutenção dos detentos pode parecer, inicialmente, relativamente
maiores do que quando o presídio é exclusivamente gerido pelo Poder Público, no
entanto, a longo prazo, considerando os altos investimentos na ressocialização, há
probabilidade desse detento nunca mais voltar a ser preso, seguindo com a vida
normalmente após cumprir a pena, o que pode ser considerado uma vantagem, já
que nós presídios geridos pelo Poder Público, muitas vezes o preso retorna, após
cometer novos crimes, por ineficácia da ressocialização, e se torna, novamente, um
gasto ao Estado. O barato saiu caro.

DESVANTAGENS

- Não há qualquer garantia de que a iniciativa privada vai manter essa mesma
qualidade na gestão do presídio modelo em Ribeirão das Neves, sendo esse um
grande questionamento, considerando a população carcerária no Brasil ser uma das
maiores do mundo;
- O provável interesse exclusivo no lucro pelo empresário que se beneficiará pela
quantidade de presos, considerando a lucratividade por indivíduo. Quanto mais
presos, melhor. Sem pensar no que realmente importa: o bem comum social.

Aula 24/10

Continuação PPP

vedações - PPP
O contrato de parceria público-privada exige alguns requisitos formais para sua válida
celebração, conforme previsto no §4º do art. 2º da Lei nº. 11.079/04:

§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação
dada pela Lei nº 13.529, de 2017)

II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos (5 a 35 anos); ou

III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e


instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

remuneração

Na PPP sempre haverá contraprestações do Parceiro Público total (concessão


administrativa) ou parcialmente (concessão patrocinada):

Art. 6º A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria


público-privada poderá ser feita por:

I – ordem bancária;
II – cessão de créditos não tributários;
III – outorga de direitos em face da Administração Pública;
IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
V – outros meios admitidos em lei.

§ 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável


vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade
definidos no contrato. (utilizado na PPP da Saúde).

Parceria Público-Privada
aporte de recursos públicos

Para diminuir o endividamento e viabilizar a realização de empreendimentos robustos –


Aporte de Recursos:

Art. 6º. [...] § 2º O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado
para a realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI
do caput do art. 18 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 , desde que autorizado no
edital de licitação, se contratos novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8
de agosto de 2012.;
Parceria Público-Privada
garantias ao parceiro privado

Garantias do Parceiro Público ao Parceiro Privado:

Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de


parceria público privada poderão ser garantidas mediante:
I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição
Federal;
II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei;
III – contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não sejam
controladas pelo Poder Público;
IV – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não
sejam controladas pelo Poder Público;
V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa
finalidade;
VI – outros mecanismos admitidos em lei.

Parceria Público-Privada
riscos e SPE (Sociedades de propósitos específicos)

Nas parcerias público-privadas os riscos são compartilhados entre os parceiros – Art. 5º As


cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da Lei
nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever: III – a
repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato
do príncipe e álea econômica extraordinária;

Nas parcerias público-privadas o gerenciamento da parcerias fica a cargo de SPE -


sociedade de propósito específico - Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser
constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto
da parceria.
O propósito: gerir o objeto da parceria.
Acabou a PPP essa sociedade é extinta.
ATENÇÃO: O PODER PUBLICO NÃO POSSUI MAIORIA DAS AÇÕES COM DIREITO A
VOTO NA SPE. AQUI O PROPÓSITO É CRIAR UMA SOCIEDADE QUE ASSUMA A
RESPONSABILIDADE PRA GERIR A PARCERIA.
EM CASO DE AÇÃO JUDICIAL, NAO VAI PRA FAZENDA.

QUESTÕES CONCESSÃO COMUM


1.
Acerca da concessão de serviço público, assinale a alternativa incorreta.

A) Por meio da concessão, o Estado atribui o exercício de um serviço público a alguém que
aceite prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas e alteráveis
unilateralmente pelo Poder Público, mas sob garantia contratual de um equilíbrio
econômico-financeiro.

B) O poder concedente é titular, dentre outros, do ius imperii no atendimento do interesse


público.

C) Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas a fim de manter o


equilíbrio econômico-financeiro.

D) A tarifa, como instrumento de remuneração do concessionário de serviço público, é


exigida diretamente dos usuários.

E) A relação jurídica existente entre a concessionária e o usuário possui natureza


tributária.
É tarifa! Relação contratual.

2.
Quando, na concessão de serviços públicos, houver a retomada do serviço pelo poder
concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, tem-se o que se
considera

A) encampação.

B) caducidade.

C) reversão.

D) outorga.

E) disponibilidade.

3.
Uma empresa de transporte coletivo vem prestando de forma inadequada o serviço público
que lhe foi concedido. Atrasos, manutenção deficiente dos veículos e irregularidades nos
horários são algumas das falhas apontadas pela fiscalização do órgão estatal responsável
pela concessão. Já foram aplicadas à empresa diversas multas, mas ela não mudou seu
comportamento. Diante de tal situação, deve-se

A) esperar o término do prazo da concessão, para escolha de outra concessionária, pois ela
tem direito adquirido de manter o serviço até o termo contratual.
B) converter a concessão em permissão, que tem natureza precária e pode ser revogada
em qualquer tempo.

C) instaurar processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa, sendo


cabível a aplicação da pena de caducidade, caso comprovada a inadimplência da
concessionária.

D) promover a encampação da concessão, mediante autorização legislativa e indenização


prévia à concessionária.

E) decretar o confisco da concessão, mediante processo da verdade sabida.

4.
O Município divulga uma licitação, na modalidade concorrência, para concessão de serviço
público, com base na Lei Federal n° 8.987/1995, fazendo constar as seguintes cláusulas: (I)
a tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da
licitação; (II) será permitida a subconcessão do serviço, conforme previsto no contrato (pode
ter, mas nunca o serviço todo, mas pode ter subconcessão, e tem que ter previsão no
contrato) ; e (III) as tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas
e dos custos para atender aos usuários.
Nessa situação hipotética, é correto afirmar que a referida licitação

a) é plenamente válida, pois a modalidade de licitação e as suas cláusulas estão de


acordo com os ditames da Lei.

b) é inválida, pois a concessão não pode ser realizada por meio de concorrência.

c) é inválida, uma vez que a cláusula (I) está em discordância com a Lei.

d) é inválida em face da cláusula (II), tendo em vista que a Lei não permite a subconcessão
do serviço.

e) é inválida, considerando que a cláusula (III) estabelece forma de cobrança de tarifa não
prevista na Lei.

5.
Considerando que uma pessoa jurídica de direito privado seja concessionária de serviço
público, bem como as características da concessão comum de serviço público, está
CORRETO o que se afirma em:

A) A pessoa jurídica em questão é legitimada primária em face das vítimas de danos


causados, o que se traduz como consequência da delegação da prestação do serviço.
B) Na hipótese de extinção da concessão por caducidade, a pessoa jurídica concessionária
não terá que indenizar eventuais danos causados ao interesse público.

C) O processo licitatório que precedeu a outorga seguiu o procedimento de concorrência


sem derrogações ou especificidades em face da Lei 8.666/1993.

D) Seria correto supor que tal pessoa jurídica nunca pode ser uma empresa pública ou
sociedade de economia mista, já que essas empresas somente prestam serviço público
mediante delegação legal ao serem criadas para tal fim.

QUESTÕES PPP

1.
O Esta do Ceará pretende construir um corredor de ônibus metropolitano e não
dispõe de recursos orçamentários suficientes para a realização das obras e aquisição dos
veículos e, por outro lado, a cobrança de tarifa dos usuários não gera receita
suficiente para os investimentos necessários. Diante de tal situação, constitui
alternativa legalmente viável a concessão de serviço público, precedida de obra
pública, com pagamento de contraprestação pelo Estado. De qual modalidade de
concessão o enunciado se refere? Justifique.

Concessão patrocinada - tarifa+contraprestação

2.
A União Federal celebrar contrato pretendendo unicamente a execução de importante obra
pública. Para a contratação, dispõe do montante de quinze milhões de reais. Assim, foi
publicado o respectivo edital de tomada de preços, de modo a ser aplicável a empresa que
melhor atenda ao interesse público. Neste caso, o contrato de concessão na modalidade de
parceria público-privada NÃO é cabível. Justifique as razões de sua impossibilidade.

Só pra construir (só obra) não pode PPP. A modalidade licitatório está errada também. O
certo é concorrência.

RESPONSABILIDADE (extracontratual) DO ESTADO - AQUILIANA


Ocorre quando um agente estatal no exercício de sua função causa danos, seja por ação ou
omissão. NÃO É RESPONSABILIDADE CONTRATUAL.
Agentes estatais causam danos à terceiro.

Conceito
• É a responsabilidade do Estado por danos que seus agentes públicos, nessa
qualidade, causarem a terceiros. (O agente deve estar a serviço do Estado. Se estiver de
folga não é considerada responsabilidade do Estado)
• A responsabilidade é extracontratual ou aquiliana;
• O Estado responde por atos lícitos e ilícitos; (às vezes o estado está em uma atividade
licita e ao causar Dano será responsabilizado - exemplo: obra pública).
• Regra a responsabilidade é por atos do Poder Executivo

Previsão Constitucional
• Artigo 37, §6° da CF -

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços


públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.
(Responsabilidade objetiva do Estado mas tem direito de regresso)

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.
• Ação é proposta em face da pessoa jurídica de direito público ou pessoa jurídica de direito
privado desde que prestadora de serviço público; - se não estiver prestando um serviço
público não vai entrar na regra da CF. Banco,.mesmo que seja empresa pública, sempre
será pela responsabilidade civil (subjetiva) -
• Não cabe o “per saltum” (ação proposta diretamente em face do agente);
• Responsabilidade objetiva. Adota-se a Teoria do Risco administrativo: ação, nexo
causal e dano; (responsabilidade objetiva: tem que demonstrar DANO, AGENTE PÚBLICO,
NEXO)

• Reponsabilidade subjetiva do agente. Direito de regresso. (Para ganhar o direto de


regresso, o Estado precisa provar que o agente agiu com dolo ou culpa. Para o agente a
responsabilidade é subjetiva. Pra vítima, em relação ao Estado, é objetiva)

Esse direito de regresso é exercido como?


Denunciação da lide (apesar do posicionamento contrário da doutrina, o STJ permite. A
controvérsia é que irá discutir dolo e culpa numa ação que em tese não era pra discutir.)

Teoria do risco.
Integral: não se admite excludente (mas não é regra);
Administrativo: se estiver presente a incidência de uma excludente capaz de romper o nexo
causal, afasta-se a responsabilidade do Estado. O Estado precisa provar a existência de
excludentes.
Adotamos a administrativa.

Excludentes de Responsabilidade
• Culpa exclusiva da vítima; surfistas de trem? (Será? Pode ser culpa concorrente)
• Caso fortuito ou força maior; danos causados por fortes chuvas?
• Fato de terceiro; movimentos multitudinários (torcida revoltada quebra tudo)? Depende
também.

Próxima aula:

Responsabilidade por omissão estatal (tem muita divergência) -


• Omissão genérica. Celso Antônio Bandeira de Mello – afasta-se a teoria do risco e
aplica-se a teoria da culpa do serviço público; Reponsabilidade subjetiva;
• Omissão específica – dever de custódia – volta-se a teoria do Risco e a
responsabilidade objetiva; Exemplo: morte de detentos em presídios;

aula 07/11 - FALTEI

aula 14/11 - NÃO TEVE AULA

Aula 21/11

Pegar começo da aula

Lei 8429/92
- Art. 9: enriquecimento ilícito "notadamente"
- Art. 10: lesão ao erário "notadamente"
- Art. 11: atentado contra os princípios da ADM

Sanções das Condutas de improbidade

na hipótese do art. 9º desta Lei, (deve) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos,
pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de
contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos;  Cabe ressarcimento ao erário quando houver
efetivo dano

Delimitação matéria da prova


N2 - tudo depois de licitação
- A partir de licitação, tudo

3 questões.

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