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Texto de posicionamento

A teoria da contingência estabelece que não há uma estrutura organizacional


única que seja altamente efetiva para todas as organizações. Portanto, é fornecido
um paradigma coerente para análise da estrutura das organizações, onde a
otimização da estrutura variará de acordo com determinados fatores, como a
estratégia da organização ou o seu tamanho. A organização ótima é contingente a
esses fatores que são denominados como contingenciais.
Uma organização de pequeno porte que tenha poucos empregados é
estruturada otimamente ao possuir uma estrutura centralizada em que a tomada de
decisão está concentrada no topo da hierarquia. O fato desse tipo de organização não
ser complexa em sua grandeza de estrutura, aproxima a alta hierarquia dos processos
organizacionais, obtendo mais informações sobre o que está acontecendo neles. Essa
proximidade em estruturas pequenas possibilita que a tomada de decisão de forma
centralizada seja bem-sucedida.
A organização de grande porte que possui muitos empregados, é estruturada
otimamente utilizando uma estrutura descentralizada, onde a autoridade para tomar a
decisão está dispersa pelos níveis inferiores da hierarquia. Nesse caso, não há grande
aproximação da alta hierarquia com todos os processos da empresa, visto que a
otimização requer hierarquias dispersas nos níveis inferiores, como consequência da
quantidade desses processos e maior estrutura. E nesse caso, em cada setor devem
haver um líder responsável para garantir o seu bom funcionamento e gestão.
Para ser efetiva, a organização precisa adequar sua estrutura a seus fatores
contingenciais, e, portanto, realizar uma autoanálise sobre sua estrutura e
necessidades. A escola clássica determinou que havia uma única estrutura
organizacional que seria altamente efetiva para atualizações. Esse pensamento
predominou até o final dos anos 50, mas a partir dos anos 30 já era combatida a ideia
pela escola de relações humanas. Houveram tentativas de aproximar as teorias da
escola de relações humanas e a teoria clássica, e, portanto, nos anos 50 e 60 as
teorias contingenciais desenvolveram-se sobre tópicos como decisões em pequenos
grupos e liderança. Dessa forma começaram a aplicar a ideia de contingência há
estruturas organizacionais.
O paradigma de pesquisa da Teoria da Contingência estrutural determinava
que assim como o funcionalismo biológico explica como os órgãos do corpo humano
contribuem para o bem estar, o funcionalismo sociológico explica a estrutura social
por suas funções, que são suas contribuições para o bem-estar da sociedade. Mesmo
com o crescimento do pluralismo nos estudos das organizações por volta dos anos
70, novos paradigmas surgiram na sociologia e na economia, que traziam explicações
sobre a estrutura organizacional, mas apesar disso, essas ideias se juntaram a Teoria
da contingência estrutural. Essas novas teorias, contribuíram suplementando a Teoria
da contingência que continua sendo a principal teoria para explicar a estrutura das
organizações, e mesmo com o surgimento de outras teorias, elas não a derrubaram,
mas somaram a ela, contribuindo para a evolução da estrutura das organizações.
O funcionalismo predominou em estudos organizacionais, mesmo com o
surgimento de outros paradigmas, como vertentes interpretacionistas, críticas e pós
modernistas. Ele se reinventou em meio aos cenários em que estava inserido, como
um bom exemplo, foi o neoinstitucionalismo fundamental para sua sobrevivência, por
volta da década de 1980. Ele se preocupava em reintroduzir as variáveis institucionais
nos debates sobre a política e a economia, e esses estudos sobre políticas públicas
ganharam maior relevância nas últimas décadas, incluindo as discussões sobre
instituições, regras e modelos. Isso promoveu o enriquecimento do que se conhecia
sobre as práticas organizacionais, e consequentemente das propostas de melhorias
para elas.

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