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Acadêmica: Raiane Natali dos Anjos Correa 8º período Letras

Gênero, sexualidade e poder

Diferenças e desigualdades: afinal, quem é diferente?

Neste segundo capitulo da obra, o destaque é o debate das relações de poder, em

outras palavras, como o reconhecimento da existência do machismo gerou logo uma

explicação para o “papel da mulher” dentro da sociedade, ou a simples vitimização

dela.

O texto menciona a teoria de Foucault para com o objetivo do poder. Ele deve ser

descentralizado, dividido entre o masculino e o feminino, logo, gera conflito aos que

afirmam que somente os homens são detentores do poder. Para o autor, são donos

do poder os que são capazes de resistir, ou seja, tem antes de poder, liberdade, pois

caso contrário, é uma espécie de ditadura.

Dessa forma, é possível inferir que homens e mulheres devem estar em constante

movimento dentro das relações de poder, ora divergindo, ora concordando, ora

cedendo e recuando para depois avançar e assim, não declarando a figura

masculina automaticamente como vencedora e a mais poderosa. É fato que as

mulheres sofrem golpes durante esse processo, mas isso não as impede de revidar.

Sobre gênero e desigualdade, o que se apresenta no texto é que sim, existem

diferenças entre os gêneros, mas questiona sobre essas diferenças serem apenas

biológicas ou sexuais e culturais também, e até que ponto essa afirmação (de que

existe diferença entre homens e mulheres) pode ser considerado algo bom.

A autora ainda destaca que os homens que são homossexuais ou fogem do


“padrão” também sofrem com esse tipo de diferenciação, assim como as mulheres

negras, que são ainda mais segregadas. O projeto de homem estereotipado na

sociedade atual é transmitido dentro das gerações, sendo moldado de pai para filho,

quais são os comportamentos que uma figura masculina deve manter.

Qualquer comportamento que permeie o considerado correto será visto como um

ameaça e recriminado. Ainda que escrever sobre esse assunto tenha se tornado

algo comum dentro das áreas de pesquisas sociais. A busca por uma identidade

acaba aferindo demasiadamente os grupos num geral, mas os minoritários em

específico, que são conduzidos a não entenderem a possibilidade de uma

pluralidade de identidades, têm suas lutas desmerecidas e infundadas perante a

hegemonia branca e machista.

E todas as classes terão de lutar, em posições e por motivos diversos, e por tempos

diferentes, o que é comum dentro da história. Em outras palavras, as relações de

poder, e as lutas, são mutáveis, transitam entre um ou outro grupo, sem estabelecer

uma fixação. Isso pode ser traduzido, como a autora reforça, na expressão “mulher

casada”, que pode ser algo que torna a mulher subordinada ou mesmo é um

privilégio a ela. Essa divisão se dará pelo ponot de vista, pela busca da identidade,

etc.

Existe ainda o erro de normalizar problemas sociais como o racismo e machismo,

que assolam o território brasileiro e ainda assim passam, inúmeras vezes,

despercebidos por quem pratica ou sofre de tal preconceito. Vale ressaltar que

esses temas aqui mencionados (relações de poder, diferenças de gênero, busca por

identidade, lutas sociais), devem perpassar as páginas dos livros e artigos e serem o

que são em essência: debates políticos.

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