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Curso Souza Barros – Campus Campo Grande

Turma: 08 tarde

TRABALHO DE ESTUDOS REGIONAIS

VIOLÊNCIA NO PROCESSO DE

SAÚDE DOENÇA

Nomes:

Gabriela Oliveira

Karen Cristina

Larissa Cunha

Liliane Souza

Milria Oliveira
Curso Souza Barros – Campus Campo Grande
Turma: 08 tarde

Sumário

1. Apresentação..........................................................................................01

2. Introdução...............................................................................................02

3. Processo Saúde X Doença através da violência ...................................03

4. Conceito á violência................................................................................03

5. Processo Saúde – doença......................................................................05

6. A visão da violência no setor de saúde...................................................06

7. Tipologia de violência..............................................................................08

6.1 Violência intelectual ...................................................................,08

6.2 Violência de senso comum..........................................................09

6.3 Violência dirigida.........................................................................10

6.4 Violência Infantil..........................................................................11

6.3.1 Negligência........................................................................12

6.3.2 Violência Sexual Infantil.....................................................13

8. Como podemos ajudar a evitar a violência em crianças ........................14

9. Os 04 maiores quadros de transtornos na fase adulta...........................15

10. Como prevenir, evitar e tratar a violência................................................21

11. Sete estratégias para prevenir a violência..............................................23

12. Conclusão..............................................................................................24

13. Gráficos ..................................................................................................25

11.1 Suícidio...................................................................................25

11.2 Violência sexual crianças e adolescentes..............................25

11.3 Denúncia de violência doméstica ..........................................26

11. Pratique hábitos saudáveis ....................................................................27

12. Referências Bibliográficas .....................................................................28


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Apresentação

Quando falamos do processo saúde-doença, estamos falando de vidas.


E com isto este trabalho visa analisar e informar sobre alguns tipos de
violências em o que as consequências da violência e os problemas de doença /
saúde refletem na vida nas pessoas. Os resultados apresentados através de
pesquisas, mostram que a maioria da ameaça de vida das pessoas, em nosso
país, principalmente em crianças / jovens, não são doenças e sim a violência
direta ou indiretamente, afetando sua vida adulta.

Após esta análise, buscamos a compreensão de seus determinantes,


através de áreas sociais, fatores de risco e grupos populacionais. Com isso
iremos também falar de medidas preventivas.

Com este trabalho percebemos que isto é um problema que também


afeta na área de saúde, pois seus resultados precisam de vários fatores, que
podem ser individuais, sociais, econômicos, culturais entre outros.

No livro Violência – um problema de saúde para os brasileiros, feito pelo


Ministério de Saúde, junto com a Organização Pan-Americana da Saúde
(Organização Mundial de Saúde) buscam conceituar a violência, tendo ciência
da complexidade e os limites existentes sobre o assunto.

Por fim, pretendemos mostrar os resultados de nossas pesquisas e que


possa contribuir de alguma forma para um debate e auxiliar algumas pessoas
que sofrem algum tipo de violência e nem sabem podendo assim buscar ajudar
de alguma forma.

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Introdução

A sua origem e manifestações, a violência é um a ato sócio histórico


para toda experiência da humanidade. Ela não é, em si, uma questão direta da
saúde pública. Só se tornando uma situação na área de saúde, quando afeta a
saúde individual, coletiva e precisa de prevenção e tratamentos e organização
de práticas de serviços deste setor, temos hoje até agente de saúde que
contribuem para coleta destes dados.

Muitas mortes, danos, lesões e traumas são causados por acidente e


violências físicas e mentais, fazendo as vezes o indivíduo tomar atitudes em
que se auto se machuquem.

A violência é um fator muito presente na vida das pessoas. Existem


pessoas que sofrem violência de alguma forma e nem sabe, fazendo a vítima
as vezes se questionar de sua própria saúde mental e sanidade.

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PROCESSO DE SAÚDE X DOENÇA ATRAVÉS DA VIOLÊNCIA

Representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona


o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos
momentos históricos e do desenvolvimento científico na humanidade.

 Conceito de violência

É uma palavra de origem latina, que diz força e também noções de


constrangimento e uso de superioridade sobre outro. A maior parte das
dificuldades de conceituar a violência é o fato de ser um ato de ordem vivido e
cuja as manifestações provocam ou são provocadas por forte carga emocional
de quem a comete, a peso de quem sofre e presencia o ato.

O conjunto em que a pessoa está inserida, definindo muito o estado de


qualidade de vida desta pessoa, pois é associada em diversos pontos com a
definição de saúde, envolvendo vários fatores como alimentação, moradia,
renda, condições de trabalho, lazer e o meio ambiente. Dessa forma, o
conceito é uma relação com o desenvolvimento do indivíduo, atrelado desde a
sua infância (mesmo que você não perceba) até sua vida atual.

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Social Biológico

Saúde
Doença

Cultural Econômico

A violência, pelo número de vítimas e pela magnitude de sequelas


orgânicas e emocionais que produz, adquiriu um caráter
endêmico e se converteu num problema de saúde pública em
muitos países (...). O setor Saúde constitui a encruzilhada para
onde convergem todos os corolários da violência, pela pressão
que exercem suas vítimas sobre os serviços de urgência, atenção
especializada, reabilitação física, psicológica e assistência social
(ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE, 1994)

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 Processo Saúde – Doença

Está diretamente agregado a forma de como o ser humano, no decorrer


de sua existência, foi se apropriando da sua natureza de busca ao atendimento
de suas necessidades.

Representa o conjunto de relações e variáveis que condiciona o estado


de saúde e doença de uma pessoa, que se modifica nos diversos fatores
ocorridos e desenvolvidos durante a vida.

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 A visão da violência no setor de saúde

A visão do setor de saúde tem duas vertentes: uma explicativa pela


reflexão filosófica e teórica; a outra é a operacional que tem por fundamento de
transtornos biológicos, emocionais e físicos e sua dinâmica provoca o bem-
estar e na qualidade de vida nas pessoas.

Em 2001 a OMS (organização Mundial de Saúde) no Brasil criou o


conceito a definição de violência: “consideram-se como violências, ações
realizadas por indivíduos, grupos, classes, nações que ocasionam danos
físicos, emocionais e espirituais a si próprios e aos outros” (BRASIL, 2001, p.
7).

O psicólogo Klineberg (1981) utiliza a teoria da frustação/agressão como


um tipo de violência. Em resumo a pesquisa, juntos com vários especialistas
concordam que a frustação/agressões físicas ou psicológicas aumenta a
probabilidade de que a pessoa no decorrer de seu crescimento tenha
tendências em comportamentos violentos, submissão, uso de drogas, se culpar
por tudo que acontece consigo e os outros entes próximos e impotência.
Também eles verificaram outras que fazem parte de fatores sociais e
biológicos, a probabilidade de violência individual, mutilação, falta de controle
emocional (a maioria das vezes ser explosivo ou introvertido), não consegue
manter amizades a longo prazo, ser pouco emocional com as pessoas ou ser
muito emotivo consigo mesmo, egocentrismo.

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“Essa agressividade fundamental, que permite aos dominantes


conquistarem e conservarem sua posição de domínio está tão
perfeitamente ritualizada e institucionalizada que deixou de ser
manifesta. Ela adotou o aspecto do direito, da justiça e da
ausência de agressividade, a ponto de se permitir,
frequentemente, profissão de fé humanista, de piedade, de
mansidão, ao mesmo tempo em que estigmatiza as explosões
brutais de violência dos dominados. PSICÓLOGO KLINEBERG”

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 Tipologia de violência

Existem alguns tipos de violência físicas que trazem problemas


emocionais e violência emocionais que causam violência física, iremos falar
dos tipos mais comuns em que vivemos.

A violência institucional é a revitimização da criança/adolescente que


já se encontra em uma fase vulnerável, por organizações públicas que
deveriam oferecer acolhimento, proteção ás vítimas, não auxiliam quando
percebem que a vítima está passando por algum problema.

“O abuso sexual institucional ocorre em instituições, cuja função é


cuidar da criança no momento em que esta está afastada da família.
Pode ser praticado por uma criança maior ou pelos próprios cuidadores
ou funcionários”. (PIRES & MIYAZAKI, 2005, p 45)

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A violência de senso comum: crime, corrupção. Este tipo de violência


é criminal, e não possui tolerância social, uma vez que ele fere, atinge a
integridade corporal, agressões, violências, roubos a mão armada. Indo a este
caminho temos também a violência moral, que acontece na maioria das
comunidades, pois ela trata da dominação cultural, fazendo que os moradores
não poderem ter alguns direitos básicos, ir e vir e ter que seguir as regras da
comunidade, como só comprar o gás, pão, mercado da própria comunidade.
Mandar fechar as lojas, cobrar taxas para as lojas se manterem abertas.

8 REGRAS INTERNAS NAS COMUNIDADES

1. Estuprador morre;
2. Carro roubado, não pode ficar
circulando abertamente na comunidade;
3. Não pode ter roubos de moradores
dentro da comunidade;
4. O “tribunal” determina o futuro da
pessoa que não obedeceu às ordens;
5. Quem é expulso da comunidade, tem a
casa ocupada, por outra família;
6. Quem entrega traficante ou “X9” é
Imagens reais
punido;
7. Homem que se envolve com mulher de
traficante, é morto ou gravemente
agredido;
8. Não pode ter pessoas de outros
membros de outras favelas;

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A violência dirigida é uma violência consciente do indivíduo, com início


de negação de seus direitos básicos, isso acontece a maioria das vezes em
relacionamentos, por parentes próximos, se tornando tóxico e abusivo, essa
violência geralmente é iniciada em pequenas coisas, e o indivíduo não percebe
e quando vê já se encontra nesta situação, como o indivíduo perde o direito de
ir e vir, ou comunicar que irá a algum lugar e receber várias ofensas por não
acreditar que estava naquele local, ir algum lugar e a tem que estar
acompanhada as vezes desnecessariamente do indivíduo, e o indivíduo as não
vezes não percebe, o direito de liberdade, não poder trabalhar, viver sempre
sofrendo violências psicológicas, duvidando de sua capacidade. Fazendo isto
se tornar um ato autodestrutivo, podendo ser pode ser dividida em
comportamento suicida (que inclui pensamentos suicidas, tentativas de suicídio
e o suicídio consumado) e agressão auto infligida (automutilação) ou
autointoxicação. É realizado pela própria vítima, em algum momento de alto
estresse ou crise.

Pessoas que tem tendência há este tipo de violência, sofrem transtornos


depressivos, ás vezes desde a sua infância não tratados, uso de substância
psicoativas em alta quantidade, excesso de estresse, problemas familiares e
pessoais não resolvidos.

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Violência Infantil, a cada uma hora, cinco crianças e adolescentes são


vítimas sexuais no Brasil, entre 09 e 14 anos.

A infância é uma parte muito importante na vida de uma criança, a


educação e o ambiente em que ela convive influenciará sobre a sua maneira
de sobrevivência e qualidade de vida, ela está agregada a cultura familiar, pois
nesta fase da vida que ela aprende o que é certo e errado, sendo um espelho
da pessoa que ela mais ama e convive, fazendo assim a criança formar ideias
e opiniões próprias, e nós pais temos que realizar grandes investimentos
afetivos e de suporte social, apesar de toda pressão que temos como nossos
compromissos como adultos. Muitas crianças sofrem algum tipo de violência
física ou mental, dentro de seus próprios lares, local que teria quer seguro para
elas, isto é chamado de violência familiar ou doméstica expressada em
agressões físicas excessivas, abuso sexual e abuso psicológico.

Para entendermos um pouco melhor os tipos de violência infantil


daremos alguns exemplos, como briga de pais de forma exagerada com
ofensas e agressões entre companheiros ou até na criança, constrangimento,
discriminação em geral, manipulação, agressão verbal, bulliying, exploração,
negligência e até a alienação parental, estes são alguns fatores que podem
desencadear ansiedade, depressão, sentimento de incapacidade, agir da
mesma violência com colegas, desempenho na escola, alteração de postura
em casa, agressividade até tentativa de suicídio. Fazendo a formação no
desenvolvimento biopsicossocial, a ser um adulto incapaz.

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A negligência e o abandono é quando há omissão dos cuidados


básicos e proteção. A negligência física, consta os maus tratos, como falta de
cuidados médicos, pois os pais não reconhecem a necessidade de atenção à
saúde da criança, práticas religiosas, que ferem e machucam, falta de
alimentação, cuidados básicos de higiene e a supervisão inadequada da
criança, deixando ela sozinha em casa durante muito tempo. Com isso
acontece a negligência emocional / educacional, que nada mais é a falta de
carinho, afeto, exposição a violência constante, permitir uso de drogas e álcool,
permitir e encorajar atos delinquentes, permitir faltar as aulas não realizar a
matrícula na escola, ou ir à escola quando chamados pela instituição e a
recusa de procura de ajuda.

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A violência sexual infantil a maioria das vezes são encobertas, pelo


medo de a criança/adolescente falar pois são realizados por pessoas
próximas a família e o medo da família não acreditar também influência. Em
alguns casos quando o “fato” não é consumado, tem a justificativa do
agressor dizer que é uma amostra de carinho, e que você é especial, fazendo
a criança não ter a capacidade emocional ou cognitiva de avaliar o que está
acontecendo, se é certo ou errado, pois como estimula a criança e não
machuca e a criança sente algo bom, a criança não entende e guarda como
segredo pedido pelo agressor, fazendo a criança/adolescente ter danos para
a vida toda se não for tratado. Algumas consequências de violência não
tratadas, gera problemas sociais, emocionais, psicológicos durante toda a
vida. Dando início de uso de álcool, drogas, iniciação a atividades sexuais
precoce ou até mesmo a prostituição.

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As vezes o fato de estarmos passando ou passado por estes tipos de


violência / estresse, acaba atrapalhando na vida desta pessoa, com seu físico e
emocional “ferido” ocorre coisas que as vezes os familiares, amigos, colegas
ou até mesmo a vítima acontecem algumas atitudes que não entendemos,
como estresse excessivo, aborto espontâneo, se sentir incapaz ou começar
algo e nunca concluir ou desistir no meio do caminho.

Como podemos ajudar a evitar a violência em crianças:

1. Observar alguma mudança de postura, como mudar o modo de falar, a


preferência de ficar isolado dos outros;

2. Conversar orientando sobre o risco de violência no dia a dia e como se


prevenir.

3. Mostrar pode contar sempre com você, te fazendo como um protetor;

4. A escola pode começar a analisar a postura do aluno e chama os pais


para conversar sobre o assunto, para tentar a descobrir o que está
havendo;

5. Adotar postura proativas frente a qualquer situação de violência.

6. Procurar ajuda técnica, psicológicos, psiquiatras e terapias.


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O mais agravante de todos estes tipos de violência não tratados na fase


no decorrer da vida de uma pessoa, temos os quatros mais comuns transtornos
na fase adulta: Transtorno de Estresse Agudo, Transtorno de Estresse
Pós-Traumático (TEPT) e os quadros associados de ansiedade e transtorno
de humor.

Transtorno de estresse agudo

O Transtorno de estresse agudo é uma reação descontrolada intensa,


geralmente tem início após algum evento traumático e dura menos de 30 dias.
Caso os sintomas persistirem após os 30 dias. Através de um profissional será
diagnosticado com estresse pós-traumático (TEPT).

Alguns exemplos de Transtorno de Estresse agudo:

 Exposta direta ou indiretamente a um evento traumático;

 Memórias angustiantes recorrentes, incontroláveis e intrusivas sobre o


evento;

 Sensação de que o evento traumático está ocorrendo novamente, por


exemplo, por meio de flashbacks;

 Irritabilidade ou ataques de raiva;

 Dificuldade de concentração;

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Tratamento

O tratamento varia de pessoa para pessoa e pode incluir ou não o


suporte médico psiquiátrico associado à psicoterapia quando o paciente
necessita de intervenção medicamento. Na maioria dos casos, a
psicoterapia e psicoterapeuta oferece bom acolhimento e tratamento.

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TEPT

A manifestação de TEPT é uma das decorrentes da violência no


decorrer da vida do indivíduo. O TEPT é uma condição duradoura e muitas
vezes se desenvolve de maneira crônica, tratamento e cura podem ocorrer em
alguns casos. Em outros, particularmente naqueles que sofreram exposição
sequencial a múltiplos tipos de trauma, psicoterapia e medicação contribuem
de forma tímida para reduzir os sintomas psicológicos e melhorar a qualidade
de vida dos pacientes “As pessoas passam anos sofrendo, sem
necessariamente receber o diagnóstico correto. Estudos mostram que levam,
em média, 11 anos entre a ocorrência do evento estressor e a busca por
tratamento efetivo”.

Alguns exemplos de TEPT:

 Taquicardia;  Ataque de pânico;


 Tonturas;  Solidão;
 Insônia;  Auto mutilação;
 Distúrbios de sono (mesmo com  Alucinações;
medicamentos);  Medo
 Irritabilidade;  Ansiedade severa;
 Dificuldade de concentração;  Dor de cabeça constante;
 Pensamentos suicidas;

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Tratamento
O tratamento do TEPT costuma ser multidisciplinar, como terapias em
grupo ou individuais, tratamento para controle da raiva, psicoterapia, terapia
comportamental entre outros. Além de uso de medicamentos que impeçam que
o corpo tenha uma reação exagerada, em relações aos sintomas que o TEPT
causa.

Trauma tem cura?


Não é uma doença. É um evento adverso que ocorreu no passado de uma
pessoa. Às vezes, a experiência traumática leva ao desenvolvimento de um
distúrbio psicológico relacionado ao trauma.

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Ansiedade e Transtorno de humor

A ansiedade, caracterizada como um sentimento de preocupação,


quando em excesso, se torna uma doença. Este quadro faz com que a
pessoa apresente sintomas de angústia e medo extremo diante de situações
simples da rotina.

Os transtornos do humor são transtornos de saúde mental nos quais


as alterações emocionais consistem em períodos prolongados de tristeza
excessiva (depressão), de exaltação excessiva ou de euforia (mania), ou
ambos. A depressão e a mania representam os dois extremos opostos, ou
polos, dos transtornos do humor.

Como prevenir, evitar e tratar

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Tratamento

Ansiedade

Atividade física, uma dieta saudável, sono regular e exercícios de


relaxamento podem ajudar a reduzir a ansiedade. Participar de um grupo de
apoio também pode ajudar. Para controlar os sintomas de forma eficaz, é
recomendável evitar a cafeína, o álcool e a nicotina, utilizar medicamentos
(sempre com acompanhamento e receita médica); psicoterapia com psicólogo
ou com médico psiquiatra;– combinação dos dois tratamentos (medicamentos e
psicoterapia).

Transtorno de humor

Psicoeducação, terapia cognitivo comportamental, terapia familiar, grupos


de apoio, mudanças no estilo de vida e fim do uso de substâncias
psicoativas também se constituem como formas de tratar o transtorno de
humor.

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Como prevenir, evitar e tratar

 Tipos de atitudes tomadas para amenizar estas situações:

 Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde - Foi criada em


2006, com o objetivo de promover estudos sobre os determinantes sociais em
saúde, recomendar políticas para a promoção da equidade em saúde,
mobilizar setores da sociedade para o debate e posicionamento em torno
desse tema e para o enfrentamento das iniquidades em saúde. Esta comissão
trabalhou por dois anos, e alguns dos resultados podem ser vistos em:
http://dssbr. org/site/.

 Intervenções de saúde pública são tradicionalmente caracterizadas


em termos de três níveis de prevenção:

 Prevenção primária — abordagens que visam prevenir a violência antes


que ela ocorra.

 Prevenção secundária — abordagens que se concentram em respostas


imediatas à violência, como cuidados pré-hospitalares, serviços de
emergência ou tratamento para doenças sexualmente transmissíveis
decorrentes de um estupro.

 Prevenção terciária — abordagens que se concentram em cuidados de


longo prazo frente à violência, como reabilitação e reintegração e
tentativas de diminuir traumas e reduzir deficiências de longo prazo
associadas com violência.

 A violência é um problema multifacetado com raízes biológicas,


psicológicas, sociais e ambientais, por isso precisa ser enfrentada em
diversos níveis ao mesmo tempo. O modelo ecológico serve um

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propósito duplo neste sentido: cada nível representa um risco, mas


também pode ser pensado como um ponto central para intervenção.

 Lidar com a violência em vários níveis envolve cuidar de todos os


seguintes aspectos:

 Atentar para fatores de risco individuais e agir para modificar


comportamentos de risco individuais;

 Influenciar relações pessoais e trabalhar para criar ambientes familiares


saudáveis, bem como oferecer auxílio profissional e apoio para famílias
disfuncionais;

 Monitorar locais públicos como escolas, ambientes de trabalho e


vizinhanças e agir para tratar de problemas que possam levar à violência;

 Atacar a desigualdade de gênero e atitudes e práticas culturais


prejudiciais;

 Agir sobre os fatores culturais, sociais e econômicos mais amplos que


contribuem para a violência e agir para mudá-los, incluindo medidas para
reduzir o abismo entre os ricos e pobres e para garantir acesso igualitário
a bens, serviços e oportunidades.

 Tratamento:

Terapia cognitivo – comportamental

Hipnoterapia

Psicolócogos

Psicoterapeutas
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Psiquiatras

Uso de medicamentos em caso de necessidade

 Sete estratégias para prevenir a violência

A violência pode ser prevenida. Esta não é uma questão de crença,

mas uma declaração baseada em evidências. A ONU apresenta sete


proposições baseadas em rigorosas revisões de literatura examinando
evidências científicas sobre a eficiência de intervenções para prevenir violência
interpessoal e auto infligida:

1. Desenvolver relações seguras, estáveis e saudáveis entre crianças e


seus pais e cuidadores;

2. Desenvolver habilidades de vida em crianças e adolescentes;

3. Reduzir a disponibilidade do uso danoso de álcool;

4. Reduzir o acesso a armas, facas e pesticidas;

5. Promover igualdade de gênero para prevenir a violência contra mulheres;

6. Mudar normas culturais e sociais que apoiam a violência;

7. Criar programas de identificação, cuidado e apoio a vítima

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Conclusão

Temos setores, propagandas e ações sociais que nos oferecem pistas

sobre ações que podem ajudar a enfrentar a violência. Elas devem ser
trabalhadas em nível coletivo, mas também individual.

O primeiro passo é perceber e saber que você ou outra pessoa já sofreu


algum tipo de violência e criar consciência.

Quando identificado o que é violência — em especial aquilo que estamos


acostumados a ignorar, podemos iniciar um trabalho para enfrentá-la. Criar
ambientes seguros e relações não-violentas exige disposição e energia, mas é
o que precisamos para viver melhor.

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Homens estão entre as principais vítimas de suicídio


Morte autoprovocada é quase quatro vezes maior entre homens e a terceira
principal causa de óbito na faixa de 15 a 29 anos, apontam dados oficiais.

Dados 2019 – OMS

Violência Sexual contra crianças e adolescentes

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Brasil tem mais de 31 mil denúncias de violência doméstica ou


familiar até julho de 2022.

Link: Brasil tem mais de 31 mil denúncias de violência doméstica ou familiar


contra as mulheres até julho de 2022 — Ministério dos Direitos Humanos e da
Cidadania (www.gov.br)

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Referências Bibliográficas:

 livro_imp_violência.indb (saude.gov.br)

 O processo saúde doença no contexto da violência contra a mulher


(nucleodoconhecimento.com.br)

 Os efeitos da violência - Revista PUCRS

 Artigo_A_SAUDE-DOENCA.pdf (ufsc.br)

 Os efeitos da violência - Revista PUCRS

 Tipologia da Violência - Centro Estadual de Vigilância em Saúde


(cevs.rs.gov.br)

 Conheça os principais sinais de violência psicológica | Telavita

 Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) - Distúrbios de saúde


mental - Manual MSD Versão Saúde para a Família (msdmanuals.com)

 Tipos de Violência Contra Crianças e Adolescentes | Infância Segura


(infanciasegura.pr.gov.br)

 https://clinicamarinabaitello.com.br/mapa-da-saude-mental/

 Pesquisa mostra que 70% das crianças e adolescentes vítimas de abuso


sexual são do sexo feminino | Rio de Janeiro | G1 (globo.com)

 O que a ONU nos ensina sobre prevenção da violência | by Tales Gubes


| Medium

 8 regras secretas das favelas que os moradores nunca te contam –


Fatos Desconhecidos

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