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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO - UNICID

ISABELA KAROLINE SILVA MALAQUIAS

7/C - NOTURNO

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA – O RESPEITO AS MULHERES NO AMBIENTE


HOSPITALAR

DIREITO CÍVIL

Trabalho de Projeto de Pesquisa para o


programa de Conclusão do Curso de Direito
da Universidade Cidade de São Paulo –
UNICID

CONCEITO: [___] SATISFATÓRIO – [___] INSATISFATÓRIO


SUMÁRIO DO PROJETO

1.INTRODUÇÃO ...................................................................................................1

2. PROBLEMATIZAÇÃO ......................................................................................1

3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................1

4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................2

5. METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................3

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................3

7. SUMÁRIO DA DISSERTAÇÃO..........................................................................4
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1. INTRODUÇÃO

São recorrentes situações de abuso, desrespeito, negligência e maus tratos vivenciados por
grávidas durante o trabalho de parto. Apesar de essas violações terem chances de
acontecer em qualquer fase da gravidez, é no parto que essas mulheres se encontram mais
frágeis e susceptíveis a tais acontecimentos. Por isso este trabalho acadêmico tem como
alvo, propor uma reflexão e uma investigação sobre a ocorrência da violência obstétrica
dentro do espaço hospitalar, mais especificamente no momento do trabalho de parto, bem
como sua incidência no Sistema Único de Saúde, Considerado um problema nacional e
praticamente passível de ocorrer em qualquer situação de trabalho de parto, os atos
decorrentes desse tema ferem importantes princípio constitucionais, como o respeito à
dignidade humana, de acordo com o artigo 1º, III e 5º, III, da Constituição Federal.

2. PROBLEMATIZAÇÃO

Uma parcela significativa de mulheres que se encontram em período gravídico têm sido
vítimas da violência obstétrica. São vítimas de profissionais de saúde que contra elas
realizam procedimentos indevidos e que escoam, por vezes, em uma forma desqualificada
de agir.

No entanto, no ordenamento jurídico não há previsão legal para a violência obstétrica,


uma lei específica que garanta proteção a essas vítimas. Indaga-se: a inexistência de uma
norma específica sobre a violência obstétrica é sinônimo de impunidade ao autor?

Também é notada a fragilidade da atenção básica em relação a saúde, pois as ações de


educação ainda não são desenvolvidas de forma uniforme e efetiva em todas as unidades
de saúde, fazendo com que apenas uma parcela da população tenha conhecimento sobre
seus direitos no processo de gestar e parir, tornando as mulheres mais susceptíveis aos
acontecimentos violentos.

3. JUSTIFICATIVA

A violência obstétrica é um grande desafio dentro da saúde pública, dado as sequelas


físicas e emocionais que se fazem presentes nas vítimas. Segundo a pesquisa “Mulheres
brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, uma em cada quatro mulheres
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brasileiras já sofreram violência obstétrica e cerca de, 56% dos nascimentos acontecem
através de cesarianas, enquanto a porcentagem recomendada pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) gira em torno de 15% (VENTURI JUNIOR; GODINHO, 2013).

O Ministério Público brasileiro, define violência obstétrica como “ações que incidam sobre
o corpo da mulher, que interfiram, causem dor ou dano físico (de grau leve a intenso), sem
recomendação baseada em evidências (BRASIL,2016).

As ações caracterizadas como violência obstétrica, acontecem tanto na atenção pré-natal,


na assistência a parturiente e no período puerperal, quebrando a cadeia fisiológica do ciclo
gravídico e tornando o mesmo um evento abusivo e traumático. Este evento abusivo pode
se manifestar através de maus tratos físicos, psicológicos e verbais, tal qual a adoção de
procedimentos desnecessários e danosos a saúde da (TESSER,2015).

A equipe de enfermagem possui um papel fundamental frente a violência obstétrica, já


que ela é a responsável pelo cuidado proporcionado durante todo o ciclo gravídico-
puerperal (BRASIL,2017).

Justifica-se este estudo pela necessidade de se conhecer o perfil da população atendida


pelo projeto Consulta de Enfermagem no Pré-Natal e Pós-Parto, pois é de suma
importância o conhecimento da realidade inerente às necessidades da mulher.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Movimentos em prol da humanização já falavam em práticas violentas no parto, na


década de 80 e 90. Mas só em meados de 2007, o termo violência obstétrica começou a ser
utilizado no Brasil, mas inicialmente com invisibilidade ou naturalização pelas próprias
mulheres ou profissionais de saúde (SENA, TESSER, 2017).

A Violência Obstétrica pode se fazer presente no parto de diversas formas. Não explicar a
realização de procedimentos, não pedir autorização a mulher para a realização de
condutas, injúria verbal, palavras ofensivas, repressão dos sentimentos da mulher,
cesarianas desnecessárias e medicalização no parto, são algumas práticas consideradas
violentas (ANDRADE; AGGIO, 2014).

O excesso de intervenções acontece e caracteriza- se como um ato de violência


obstétrica, apesar do incentivo do Ministério da Saúde (MS) para a realização de uma
assistência ao parto de forma humanizada (ANDRADE et al, 2016).

Muitas condutas desnecessárias ainda são realizadas com a argumentação de que são
facilitadores para o trabalho de parto. Porém, observa- se que as necessidades individuais
de cada parturiente não são levadas em consideração e tais ações se tornam rotineiras,
caracterizando as violências obstétricas. (CARVALHO et al, 2012).
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5. METODOLOGIA DA PESQUISA

Estudo exploratório, retrospectivo com abordagem quantitativa, uma porcentagem dos


dados foram coletados através de uma equipe de antigas enfermeiras do Sistema Único de
Saúde, no período de março de 2023 a maio de 2023. A coleta de dados foi realizada
através de uma entrevista estruturada com 15 puérperas, além de 10 enfermeiras em uma
unidade básica de saúde do estado de São Paulo.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento / Ministério da Saúde.


Universidade Estadual do Ceará. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014

Brasil. Procedimento Preparatório Nº 1.16.000.001544/2016-49. Assunto: denúncia de


prática de violência obstétrica no Hospital Regional de Samambaia e em outras unidades
públicas de saúde do Diário Oficial da União. Brasília: Diário Oficial da União, 2016.
Disponível: :www.mpf.mp.br/df/sala-de-imprensa/docs/recomendacao-violencia- obstétrica.

VENTURI JUNIOR, Gustavo; GODINHO, Tatau. Mulheres brasileiras e gênero nos


espaços público e privado uma década de mudanças na opinião pública. 2013

CARVALHO, A. S. et. al. Violência obstétrica: a ótica sobre os princípios bioéticos e


direitos das mulheres. Brazilian Journal of Sugery adn Clinical Research - BJSCR, Ipatinga,
v. 26, n. 1, p. 52-58, 2019. Disponível em:
<https://www.mastereditora.com.br/periodico/20190306_114936.pdf>. Acesso em: 10 nov.
2020.

COELHO, E. B. S.; SILVA, A. C. L. G.; LINDNER, S. R. Violência: definições e tipologias.


Florianópolis: 2014. Disponível em:
<https://violenciaesaude.paginas.ufsc.br/files/2015/12/Definicoes_Tipologias.pdf>. Acesso
em: 15 nov. 2020.

CUNHA, R. S.; PINTO, R. B. Violência doméstica. 7. ed. rev. e atual. Salvador:


Juspodivm, 2018.
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7. SUMÁRIO DA DISSERTAÇÃO

1 TEMA E DELIMITAÇÃO.............................................................................

2 PROBLEMA................................................................................................

3 HIPÓTESES................................................................................................

4 JUSTIFICATIVA.........................................................................................

5 REVISÃO DE LITERATURA......................................................................

5.1 VIOLÊNCIA.............................................................................................

5.2 FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER..................................

5.3 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: DEFINIÇÃO...............................................

5.4 FORMAS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA...............................................

5.5 LEGISLAÇÃO DE PROTEÇÃO À MULHER...........................................

6 OBJETIVOS...............................................................................................

6.1 OBJETIVOS GERAL..............................................................................

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................

7 METODOLOGIA........................................................................................

8 CRONOGRAMA........................................................................................

9 ORÇAMENTO...........................................................................................

10 REFERÊNCIAS.......................................................................................

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